História Alma Gêmea ( AU ) - Um passeio

Leiam as notas por favor!

- A onde estamos indo Adrien?- Marinette disse quase tropeçando em seus próprios pés 
- Quero te levar a um lugar especial- ele disse olhando pra trás e lhe lançando um sorriso 
A azulada corou, o sorriso dele havia sido tão intenso que chegou a encanta-la, ela não estava mais dividida...não como antes, tinha assumido o amor por Chat Noir, mas Adrien ainda a deixava confusa. 
Sem que ela percebesse,Adrien parou de correr, e andava calmamente, em um movimento rápido ele entrelaçou seus dedos aos dela, qualquer um que os visse com certeza diria que eram um belo casal, não somente pela beleza que esbanjavam mas também pela harmonia que os dois transmitiam. 
Adrien foi levando a menina parque a dentro e ao chegar próximo ao lago atualmente congelado disse: 
- Vamos patinar!- e a guiou para a barraquinha que alugava patins 
- A-Adrien...- disse a menina fitando o chão 
- O que foi Mari?- disse ele pondo a outra mão no rosto dela
- E-eu não sei patinar...
- Eu te ensino bobinha, vem! 
Ele havia armado todo o dia: patinar, passar em frente à loja, ir a feira de inverno, presente-lá com um buquê como Adrien e faria uma surpresa que só ele poderia fazer, mas faria a mesma como Chat Noir, se ela fosse esperta conectaria os pontos e teria mais uma peça daquele louco quebra-cabeça que era a vida dupla.
O seu lado Adrien,ao estar perto de Marinette,o dominava, ele sempre era gentil, raramente fazia trocadilhos, não dava cantadas, não falava de si...ele era puramente o Adrien Agreste, o garoto gentil e bem humorado. 
Ambos alugaram os patins de seus números e o loiro insistiu em pagar o aluguel da menina, logo já estavam no gelo tentando se equilibrar
- Calma Mari! Se você achar que vai cair segure em mim
- Tudo bem, eu acho que conse...- a menina escorregou e caiu por cima do loiro, estavam face à face, rostos próximos e lábios quase encostados 
- Desculpa Adrien...- ela disse em um sussurro 
- Tudo bem...eu gosto de ver os seus olhos perto assim- ele respondeu no mesmo tom de voz,colocando a mão na bochecha dela e fazendo carinho com polegar 
O nervosismo tomou conta dos dois, a azulada se viu confusa, droga, droga, Adrien estava aproximando sua cabeça e quase tocando seus lábios, ela se levantou de maneira bruta, apoiando os braços no peitoral do jovem e jogando as costas do mesmo no lago congelado, causando um dor e uma queimação nas partes descobertas. 
- D-desculpa A-Adrien...
- Tudo bem Mari,vamos levantar 
A menina saiu do colo do jovem e o ajudou a se levantar. Depois de alguns minutos caindo a menina tomou jeito pra coisa. E que jeito! Suas habilidades e equilíbrio adquiridos com a vida de Ladybug a fizeram ficar espetacular e em pouco tempo já conseguia patinar de costas e dar pequenos saltos ( Adrien a ensinou essa parte, mas se surpreendeu).
- Uau, nem parece que acabou de aprender!- disse chegando perto dela com os patins rápidos 
- Acho que levo jeito pra isso haha- disse acelerando um pouco, forçando o loiro a correr um tanto. 
Ele se aproximou dela segurando uma de suas mãos e girando como numa dança, depois pousou sua mão na cintura dela, quase caindo e os dois começaram a gargalhar. 
Ficaram cerca de uma hora patinando e para Marinette foi uma experiência incrível, Adrien novamente segurou suas mãos e foi guiando ela pelas ruas de Paris, disse que desejava mostrá-la algo, ele conhecia uma pequena floricultura-dentro da feira de inverno- que nesta época do ano vendia a flores mais bonitas do inverno: cíclames vermelhas. Ele queria presente-lá com rosas mas era tarde demais, elas não floresciam nessa época fria do ano.
A feira acontecia em uma rua sem saída  próxima ao parque, os dois andaram cerca de uma quadra para chegar ao destino, a azulada estava maravilhada com o local,repleto de luzes coloridas, ramos de azevinhos ( por estar próximo ao dia 25 ) ,velas falsas e várias barracas com lembrancinhas variadas.
A floricultura ficava no final da rua, era na realidade um estande com várias flores,a feira já acontecia a anos e a mãe do loiro sempre o levava para passear,era um local especial para ele e já que ela era especial, era o seu desejo apresentá-la aquele local. 
Passaram de vagar, ela olhava pra todos os lados de maneira fofa, era quase natal Adrien quase que se ajoelhou pedindo para aparecer um ramo de azevinho, poderia realizar um desejo que o perseguia desde que a encontrara na padaria, parou em uma barraquinha que vendia chocolate quente, parecia maravilhoso, ele comprou dois e entregou um a ela, a brisa estava cada vez mais fria o que fazia a menina tremer de maneira absurda, ela tentava esconder o frio mas nada adiantava, o menino percebeu e a abraçou. 
- Deixa que eu esquento você.- ele disse gentilmente, a puxando pra perto - espera aí.
Ele a soltou e retirou o cachecol, passando -o pelo pescoço da menor, dando uma volta e fazendo o resto ficar solto, dando um ar um tanto infantil e fofo, criando uma imagem adorável e incrível na visão do loiro. Passando novamente os braços em torno dela, formando uma espécie de abraço enquanto tomava a bebida quente. 
A atendente estava encantado nunca vira um casal tão amável, só tinha um problema. Eles não eram um casal. Eles não tinham um relacionamento 
Adrien laçou seus dedos aos de Marinette e foi a levando até a pequena barraca, disse a azulada para ver alguma coisa enquanto ele comprava algo e ela foi a uma barraca ao lado, de porcelanatos. 
Ele pediu às flores vermelhas, um buquê. Estavam lindas e muito bem tratadas, seria a segunda vez que ele lhe dava flores, sendo que a primeira havia sido como Chat Noir. 
- Adrien! Olha isso aqui!- disse a mestiça com animação
- O que é? - ele escondia o buquê atrás do corpo 
- Olha que fofo!- ela apontou pra duas canecas, um rosa-claro escrito "princess" em branco com letra de carta e uma preta com a face de um gato em verde. 
ele se lembrou dos bons momentos que tivera com ela, os chocolates quentes e ele viajou durante um tempinho, tempo suficiente para que a mestiça comprasse as duas canecas, pensando no seu amado gatinho e nas próximas noites que teriam juntos. 
- Vamos Adrien? Já esta ficando tarde...- o rosto corado dela e a ponta do nariz vermelho indicavam frio
- Claro! Mas antes feche os olhos! 
- Tudo bem- ela pôs as mãos na frente do rosto, bloqueando sua visão. 
Adrien de maneira estratégica a puxou para perto de um ramo de azevinho, e tirou o buquê das costas. 
- Pode abrir!
Surpresa ela abriu e pôs as mãos no rosto, corado e agora confuso, por que ele estava sendo tão gentil! 
- O-obrigada Adrien...- ela sorriu enquanto sentia o cheiro suave das flores.
Ao observar o lugar ele percebeu a onde estava, abaixo do ramo, e percebeu que ele também olhava pra cima, o tom escarlate estava presente nas bochechas do loiro e então ele disse: 
- se importa?
Ela sacudiu a cabeça, sinalizando um não um tanto receoso. 
- É a tradição não é?
Então o loiro se aproximou da azulada devagar, tinha medo que pudesse assusta-la e segurou-lhe o rosto com delicadeza.
Em poucos segundos a sensação dos lábios macios dele aos seus a invadiu, aquilo era confortável, é muito familiar. 
O beijo foi algo singelo e simples mas que levava a uma explosão de sentimentos. 
Se separaram, não por falta de ar mas por vergonha de continuar. 
- vamos? 
- Vamos sim Mari. 
E ele engatou suas mãos outra vez. 
Ao ir para a casa de Marinette passaram em frente a uma joalheria, a azulada se apaixonou por um belo colar, inspirado nos heróis de Paris, o de Chat Noir era o mais bonito e um outro, com um pingente de joaninha lhe chamou a atenção mas era muito caro pra menina. 
Adrien logo teve uma ideia e a noite a colocaria em ação.