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História Alma Sombria - Trei


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


Amores de minha vida, chegamos à mais um capítulo e eu queria novamente agradecer à todos que favoritaram, as visualizações ( sim leitores fantasmas, não esqueci de vocês u.u) e comentários. Vocês são demais :D Estou muito feliz de verdade *--*
Puxa não me canso de agradecer hehe!
Espero que curtam esse capítulo, chega de milongas! E vamos ao que interessa, nos vemos lá em baixo ;)

Capítulo 3 - Trei


Fanfic / Fanfiction Alma Sombria - Trei

- Não, está tudo bem.  Eu só caí dentro do box quando tomava banho. – Disse Adabeth se desculpando para as duas garotas diante de sua porta do quarto.

- Então está tudo bem, mesmo? Bom, quando ouvimos seu grito, pensamos que algo pior havia acontecido. – A garota estava usando um conjunto de pijama de verão, ela era bem mais alta que Adabeth, seus cabelos eram castanhos-claros assim como seus olhos. A outra garota era loura e estava vestindo uma camisola branca, ela se afastava voltando para seu quarto.

- Vamos Rose, ela está bem. – Disse a loura quase passando pela porta do quarto.

- Sim, estou bem, não se preocupe. Peço desculpas pelo incomodo. – Adabeth falou para Rose, estava quase morrendo de vergonha pelo o ocorrido.

- Então ok, cuide-se Adabeth, até mais. – Disse Rose voltando para seu quarto.

Adabeth fechou a porta soltando um grande suspiro. Seus problemas não deveriam incomodar os outros. Ela nunca havia feito um fiasco tão grande como aquele, mas ainda não entendera como conseguira sonhar acordada, cada vez ficava pior... Quando isso acabaria?

Seu devaneio havia sido tão real, ela sentira até a respiração daquele vampiro como se ele estivesse lá mesmo. Isso a assustava. Temia dormir à noite e agora, temeria ficar acordada? Não estaria segura em lugar algum.

Desse jeito ficaria paranoica, a melhor coisa que poderia fazer era arrumar-se para a festa... A festa havia vindo em boa hora. Seria uma grande distração de seus pesadelos. Adabeth abriu o roupeiro, o visualizou por vários segundos com o dedo indicador em cima dos lábios que formavam um bico. O que vestiria?

Lembrara então de um vestido de renda azul-bebê que não usara ainda. Com gola redonda, não possuía mangas, justo até a cintura, a saia era estilo godê. Na parte de trás do vestido, as costas ficavam toda a mostra. Ela colocou o vestido. Ajeitou as ondas do cabelo escuro e comprido. Delineou os olhos cinzas de preto e os lábios cheios, pintou de vermelho. Nos pés colocou uma sandália delicada cor de gelo.

Estava bonita e sabia disso, não que fosse uma garota convencida, mas sempre achou-se bonita mesmo sem maquiagem. Agora só lhe restava esperar por Kevin.

 

Adabeth via o Jeep de Kevin aproximar-se da república. Ele parou o automóvel bem na frente da garota e abriu a porta para ela.

- Entra aí. – Kevin falou sorrindo. E então seu sorriso foi interrompido pela expressão de surpresa. – Uau! Você está muito gata!

- Ah obrigada, você também está bonito. – Ela disse timidamente enquanto segurava suas mãos diante do corpo.

E de fato o garoto estava. Kevin usava uma regata branca que mostrava seus braços, ele não era muito musculoso, mas os músculos que possuía eram bonitos. Vestia uma calça jeans preta com caída solta. Seus cabelos rebeldes estavam penteados para frente, deixando-o com uma franja desfiada.

- Valeu, esta noite pedia uma produção especial. – Ele sorria de lado para Adabeth.

- Hmm, já tem alguém em mente para pegar? – Adabeth falou sorrindo maliciosamente enquanto entrava no Jeep.

- Claro que tenho Ada. – Kevin lhe lançou uma piscadela. – Pronta?

- Sempre. – Adabeth disse desconfiada, que talvez houvesse grandes chances dela ser a pessoa que Kevin queria pegar. Kevin até este momento a tratara bem, com respeito, e sinceramente, ela o achava bem gato. Mas recém haviam se conhecido, ela queria ter certeza de que o rapaz não fosse um psicopata.

Ele acelerou o carro para a saída da universidade.

- E então, ela mora longe? – Perguntou Adabeth espantando a palavra psicopata de sua cabeça, isso a fazia recordar de certos pesadelos e essa não era a hora para dar pitis.

- Um pouco. Mais ou menos. Foi o que me disseram. – Kevin procurava uma estação de rádio que transmitisse músicas boas.

- Pensei que já soubesse onde seria a festa. – Adabeth falou imaginando os dois perdidos por aí.

- Não se preocupe, eu tenho um ótimo GPS. – Ele sorriu enquanto aumentava o volume do rock clássico que achara.

- Hey, aquele pessoal de hoje a tarde não iam junto com nós? – Perguntou Adabeth enquanto olhava os  prédios do centro de Boston.

- Eles já devem estar lá, falaram que preferiam ir de van com um grupo. – Ele deu de ombros enquanto falava.

- Você disse que era de onde mesmo? – Perguntou Adabeth olhando agora para Kevin.

- Bom eu não falei, sou da Carolina do Norte, Raleigh para ser mais exato. E você?

- Vim de Hartman, Arkansas e tenho certeza que você nem sabe onde fica, é uma cidade minúscula. – Adabeth sorriu lembrando o quanto costumava ficar incomodada por metade do país não saber da existência de sua cidade natal.

- Você tem razão, nunca ouvi falar. – Kevin riu. – Olha estamos chegando.

Kevin dirigia por uma rua de paralelepipedos com árvores ao redor, então chegou em um imenso portão de ferro que estava aberto, a mansão ficava à alguns metros de onde estavam, colossal e moderna. A propriedade era muito grande, com uma muralha ao seu redor, haviam árvores por toda sua extensão e jardins com todo tipo de flores.

Na entrada da mansão brilhavam holofotes coloridos que elevavam suas luzes ao céu. Mas o que impressionara Adabeth fora a multidão de pessoas concentradas em só um local. Parecia que toda universidade estava lá. Tinha pessoas por toda parte, na frente da porta de entrada, nas janelas da construção, pelo pátio, inclusive no interior e nos fundos do local. Os dois podiam ouvir a música alta dali.

Uma ansiedade crescia no  coração de Adabeth, ela queria correr de encontro a diversão.

- Uau! – Ela disse.

- Somos dois. – Kevin falara com os olhos arregalados. – Puxa! Nunca entrei em uma dessas, e você?

- Nunca. – Adabeth só faltava saltar do Jeep para ver mais de perto a mansão.

 

Enquanto passava pelo aglomerado de corpos dançantes, Adabeth via de tudo acontecer ao mesmo tempo. Jovens bebendo destiladas, competições de quem conseguia beber mais rápido. Ela passou por um grupo de garotos que torcia alegremente para que uma garota conseguisse beber de um tanque de dois litros por uma mangueira. Três narguilé encontravam-se em um outro canto e o pessoal fumava rindo muito, motivo pelo qual ela tinha certeza ser maconha. Sem contar que muitas pessoas estavam se beijando, alguns estavam até passando dos limites.

Sim, era uma bagunça e ela estava se divertindo.

- Vou pegar algo para bebermos fica aqui, depois vamos achar o resto do pessoal. – Disse Kevin se afastando.

- Ok. – Adabeth falou sorrindo e balançando levemente a cabeça no ritmo da música.

Ela observava todo mundo dançar e pular. A melhor festa da vida dela, mas o que ela estava pensando? Nunca tivera ido em uma festa de verdade, os bailes da escola foram os únicos que já fora.

- E quem é você?

Ela virou-se, uma morena alta com pele cor de canela e olhos felinos esverdeados pintados de preto, a encarava de braços cruzados. Seus cabelos negros estavam amarrados em um rabo de cavalo acima da cabeça e ainda assim continuavam compridos quase encostando em seu quadril, seus lábios cheios eram marrom por causa do batom. O rosto dela era forte e anguloso. Usava um vestido comprido solto da cor verde claro  com um decote que ia quase ao seu umbigo, ele deixava as costas a mostra e era aberto nas laterais fazendo com que boa parte de suas pernas ficassem a mostra. Calçava sandálias gladiadora marrom.

Adabeth nunca vira criatura mais linda, a morena parecia uma deusa. Devia ter 24 anos.

- Sou Adabeth. – Respondeu sentindo a voz falhar.

- Lindo nome. Sou a dona da festa, Roxana. – A morena disse sorrindo levemente descruzando os braços, aproximando-se de Adabeth. – Gostei deste vestido. – Ela disse encostando os dedos na cintura de Adabeth.

Adabeth prendeu a respiração, ficara nervosa com o toque. Roxana estava muito perto, ela podia sentir seu perfume de cereja. Nunca sentiu-se assim na presença de outra mulher, acreditava ser a aura que girava em torno de Roxana, ela intimidava as pessoas.

- Obrigada, seu vestido também é muito bonito, combina com você. – Adabeth falou engolindo em seco.

- Agradeço, ele custou uma nota. – Roxana falava com uma voz derretida.

Adabeth levantou o rosto e deparou-se com os olhos de Roxana. Eram cor de chocolate com algumas partes esverdeadas, tão diferentes, lembravam os olhos de um gato. Uma mão macia encostou na lateral do rosto de Adabeth, deslizando para seu queixo o segurando, era a mão de Roxana que agora levantava vagarosamente seu rosto.

Ela estava tão próxima que Adabeth sentia sua respiração e então Roxana soltou seu queixo suavemente, deslizando a mão para o ar e afastou-se com um sorriso calmo no rosto.

- Aproveite a festa. – Ela disse e misturou-se a multidão.

Adabeth estava chocada, Roxana exalava sensualidade e segurança. Ela ia mesmo beija-la? Sentia-se como se estivesse acordando de um encanto. Encontrou Kevin a observando a uma certa distância com a boca levemente aberta.

Ela foi ao seu encontro, estava constrangida. Percebeu que ele segurava dois copos com um líquido dentro que não soube identificar.

- Quem era? – Ele perguntou com os olhos um pouco arregalados.

- A dona da festa. – Respondeu Adabeth pegando um dos copos que Kevin segurava e dando um enorme gole em seguida, ela fez uma careta, era forte e ela não era acostumada a beber.

- Sério? Nossa nem imaginava que ela fosse tão... Tão... – Kevin procurava a palavra certa, surpreso.

- Exótica? – Tentou Adabeth.

- Isso... – Kevin estava pensativo, tão pensativo que nem percebera que havia respondido em voz alta. Então ele encarou Adabeth confuso. – Você é lésbica?

- QUÊ? – Adabeth perguntou franzindo o cenho, será que ouvira direito a pergunta de Kevin?

- Não, não me leve à mal, nada contra lésbicas... – Ele tentava se explicar.

- Kevin, eu não sou. – Falou Adabeth.

- Não? – Ele disse sem terminar a outra frase, ainda confuso.

- Não.

- Obrigada Deus! – Kevin soltou o fôlego dos pulmões. – Mas sabe parecia que vocês iam se beijar.

- Por um momento também pensei o mesmo. – Falou Adabeth rindo.

- Cara, preciso vir em mais festas como esta. – Ele disse bebendo do seu copo. – Vamos procurar o pessoal.

- Vamos. – Disse Adabeth terminando com seu primeiro copo de sabe-se-lá-o-que.

Então mais uma vez os dois mergulharam na multidão de pessoas.

 


Notas Finais


O que acharam do capítulo? Calma que muitas águas ainda irão rolar nesta festa heheheehehe >:)
PS.: Leitores fantasmas ainda estou esperando seus comentários u.u Não irei desistir de vocês.
Beijão gente até mais o/


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