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História Alma Sombria - Sase


Escrita por: Dinny_Ives

Notas do Autor


Capítulo saindo quentinho do forno ^ ^
Agradeço pelos comentários do capítulo anterior, vocês são de mais *--*

Boa Leitura :D

Capítulo 6 - Sase


Fanfic / Fanfiction Alma Sombria - Sase

O que você esta fazendo?!  - Cassiel perguntava com o cenho franzido mostrando os dentes para Adabeth enquanto a observava lhe inferir socos em seu peitoral.

Adabeth sentia-se traída, sentia-se usada. Ele não fazia tudo aquilo por estar interessado nela, fazia porque sua mestre o mandara fazer. E o pior de todas suas conclusões, fazia para não morrer, para não ficar sozinho, para não se perder na eternidade. Todos esse tempo de sofrimento, quase sendo internada em hospitais psiquiátricos ou em manicômios, para o que? Para descobrir que tudo era real, que ela não era louca da pedra. “Claro que Cassiel não faria por amor, ou por um propósito maior. Ele brincou comigo esses anos todos, sempre me observando desde que nasci. Ele nem sequer cogitou se isso era realmente o que eu queria. Apenas decidiu que eu era dele. Maldito.”

Maldito seja! – Gritou Adabeth a ele. Cassiel a soltara desde que ela começara a bater nele. – Você nem se quer imaginou que eu tenho uma vida só minha? Todos esses anos fazendo-me passar por louca! Sabe o que é isso?! Eu não sou sua! Não sou a porra de um objeto para ser usada desse jeito, não sou a solução dos seus problemas! – Uma veia saltava na testa de Adabeth, ela sentia sua cabeça latejar de tanto gritar com ele. Sabia que sua pele estava vermelha por causa da raiva, enquanto dizia tudo na cara dele, o cutucava com o dedo indicador em seu peitoral. – Se você morrer, ótimo! Todos morrem um dia, e a sua morte já deveria ter acontecido a muito tempo. Pro inferno você e toda essa merda bizarra!

Pela primeira vez em séculos Cassiel estava surpreso. Fazia muito tempo desde que alguém o desafiara e certamente não havia sido uma mulher que o fizera. Ele observava a juventude fervilhar sob a pele da humana, o sangue que seu frágil coração bombeava por todo corpo fazendo sua pele ficar corada de raiva, ela era tão viva, tão cheia de calor. Algo que ele quase esquecera entre os humanos. Os olhos dela possuiam um brilho selvagem de raiva, avivando suas cores cinza. Os lábios que o caluniavam agitavam-se cada vez mais corados pela força que ela fazia em atormenta-lo. Como algo tão frágil poderia transpassar força? Como algo tão passageiro, algo como a vida de um humano poderia ser tão duradouro em eternos segundos?

Cassiel nunca observara isso tudo em um humano, ou talvez nunca tenha dado a devida atenção. Só os via como alimento e diversão. Ele a estava cobiçando mais do que nunca, era ela, sua escolha, isso só se confirmava cada vez mais. O destino dela o pertencia e isso o deixava ansioso. No entanto sua preciosa juventude única iria ser destruída, ele precisava se alimentar mais dessa vivacidade antes de torná-la sua companhia nas trevas. “Maldita! Como pode exercer tal influência sobre mim?!”

Cassiel rugiu de forma animalesca fazendo-a calar-se pelo susto e medo que sentiu.

- Adabeth, não é escolha minha! Isso tudo iria acontecer de qualquer jeito, mesmo se Saoirse não tivesse vindo conversar comigo, ela apenas avisou-me! E eu decidi mostrar-te! – Cassiel precisara fazer Adabeth calar-se. Ela não parava mais de falar bobagens e isso estava começando a irritá-lo. Seus olhos estavam novamente com a íris negra e pupila vermelha translucida devido a sua exaltação. Ele não queria mostrar os dentes para ela, mas era de sua natureza apresentar-se ameaçador quando perdia a paciência. – De alguma maneira você é a minha escolhida, que eu não escolhi, as vezes isso acontece entre os vampiros. É uma vida premeditada. Enquanto eu vagava pela minha própria eternidade pensando não ter rumo, você caminhava pelo sua mortalidade, até nos encontrarmos hoje aqui! – Ele segurou os pulsos dela antes que Adabeth pudesse lhe inferir mais algum soco, não doía, mas o incomodava. Então soltou bruscamente os braços dela.

- Não, não fiz nada por amor, porque não sou capaz de amar, meus sentimentos humanos se foram à alguns séculos atrás. Lamento.  E sim, brinquei com você todos esses anos, pois estava entediado. Mas confesso que as últimas brincadeiras deixaram-me com vontade de mais. – As palavras escorriam dos lábios de Cassiel como adagas que iam em direção ao peito de Adabeth. Sua expressão era perversa e sensual enquanto sua aura maligna o envolvia novamente.

- Demônio. Doente. Você é o pior. - Adabeth cuspiu as palavras saboreando-as rancorosamente. O que ele dissera a magoara profundamente.

- Obrigado, eu tento. – Cassiel disse com os olhos duros e um sorriso perverso.

-  Se encostar novamente em mim se arrependerá! – Ela gritou com ele, pronta para espanca-lo se precisasse.

- Cuidado, desse jeito me apegarei, gosto de perigos. – Os olhos de Cassiel voltavam a ser verdes enquanto sua expressão tornava-se divertida e ao mesmo tempo perigosa. Ele levava Adabeth na brincadeira.

- Tenho nojo de você. – Adabeth disse em puro ódio, dando as costas para Cassiel.

- Não dê as costas para mim. – Cassiel já estava cara a cara com Adabeth, bem na sua frente. Adabeth arregalou os olhos, havia esquecido da rapidez dele. – Mas daquele rato desacordado no chão você não tem nojo, não é? E o que acha se eu degola-lo na sua frente? Hein? Daí sim sentirá nojo de ver como realmente são por dentro.

Adabeth estava com medo pelo o que Cassiel poderia fazer a Kevin.

- Se não gosta de mim, porque sente ciúmes?

- Você entendeu errado, eu não a amo, mas gosto de você e sendo minha escolhida. Será só minha, enquanto for humana. – Ele disse segurando o queixo dela suavemente em suas mãos. Adabeth não conseguia desviar de seus olhos hipnotizantes, ele a forçava encara-lo. 

Adabeth sentia o aperto no peito ao compreender as palavras dele. Cassiel a tornaria uma maldita criatura das trevas. Não isso não poderia ser verade, ela planejara a maior parte de seu futuro, não poderia terminar assim.

Cassiel segurou seu pulso o levantando calmamente perto de seus lábios. Ele o beijava, arrastando os beijos até a parte macia da palma perto do polegar de Adabeth e ali lhe mordeu delicadamente deixando um sulco de sangue escorrer pela pele clara dela.

Adabeth soltou um pequeno arfar juntamente com um quase silencioso gemido. Aqueles dentes pareciam uma fábrica de prazer. O olhar languido de Adabeth denunciava seu desejo, seus lábios semiabertos só confirmavam a vontade de beijar Cassiel, mesmo o odiando. Ele estava satisfeito ao ver a reação da garota.

- Um pequeno presente, para que se lembre de mim. – A expressão de Cassiel demonstrava o quanto o sangue dela causava-lhe um estado de êxtase. - Quando nos reencontrarmos novamente espero poder colocar meus dentes em outro lugar, quero deixá-la estasiada em cima de uma cama, esgotada, e então veremos se sou o pior nojo desse mundo. – Os lábios dele estavam em seu ouvido fazendo-lhe promessas tentadoras. Adabeth sentiu sua nuca arrepiar-se e percebeu que novamente estava excitada apenas com aquelas palavras. – Claro, se puder esperar até lá. – Cassiel completou rindo sensualmente dando um pequeno olhar para a saia do vestido de Adabeth.

“Humilhação” pensou ela corando.

- Vá se foder. – A garota proferiu novamente brava.

- Sozinho não tem como e prefiro esperar para foder você. – Ele disse sorrindo como um cafajeste e então virou-se de costas indo em bora. – Sonhe comigo. – Disse antes de sumir bem na frente de Adabeth.

Adabeth decidira odiar Cassiel. Ela queria fugir dele, mas não havia como, para onde fosse ele a perseguiria. Estava ferrada, ele poderia vê-la a hora que quisesse. Sentiu-se cansada, queria ir embora dali, não queria continuar naquele lugar e desprotegida. Correu até onde Kevin estava desacordado. Agachou-se ao seu lado.

- Kevin! Acorda Kevin! Por favor! – Adabeth lhe dava tapinhas de leve no rosto.

Kevin acordava vagarosamente e então levantou-se de um pulo, olhando para todas as direções.

- Onde está ele? Onde? – Falava Kevin com os olhos arregalados de terror.

- Se foi Kevin, acho que era algum drogado. – Adabeth disse tentando disfarçar seu nervosismo.

- Ele encostou em você? Te machucou? – Kevin perguntou segurando Adabeth pelos ombros e analisando-a da cabeça aos pés.

- Não estou bem, mas não quero mais ficar aqui.

- Está certo, vamos embora antes que mais alguma coisa aconteça. – Ele disse pegando a mão de Adabeth e levando-a de volta para o interior da mansão.

Enquanto passavam pela multidão, Adabeth tentava a todo custo segurar sua saia no lugar, lembrou estar sem calcinha, tudo culpa de Cassiel. Ela corava cada vez mais ao lembrar do que Cassiel fizera com ela e pelas coisas que disse a ela.

- Você está bem? – Perguntou Kevin preocupado.

- Estou sim, não se preocupe. – Adabeth sorriu para ele, tentando acalma-lo. Eles estavam quase passando pela porta da frente da mansão.

- Mas já vão? – Aquela voz era reconhecivel em qualquer lugar. Adabeth virou-se e encarou Roxana muito perto dela com toda aquela imperiosidade.

- S-Si-Sim. – Kevin gaguejou devido a presença forte de Roxana, ele não parava de olha-la da cabeça aos pés.

- É, estamos cansados. – Disse Adabeth salvando Kevin do constrangimento.

- É uma pena, mas haverá mais festas até melhores que esta e espero vê-los novamente em algumas delas. – Roxana disse sorrindo suavemente aos dois, enquanto passava as costas de sua mão pelo rosto de Kevin que ao ver de Adabeth estava sem respirar.

- Claro. – Adabeth falou sorrindo nervosamente, ela achava que algo de errado havia em Roxana. – Melhor ir pegando o Jeepe Kevin.

Kevin apenas moveu sua cabeça quase imperceptível confirmando, antes de virar-se e sair andando para pegar o carro.

- Até mais Roxana. – Despediu-se Adabeth indo embora.

- Adeus Adabeth. Ah já ia esquecendo-me. – Ela segurou o braço de Adabeth e aproximou-se dela. – Nós estaremos de olho em você. – Ela sussurrou no ouvido de Adabeth que sentiu um calafrio percorrer seu corpo.

Quando Adabeth olhou para Roxana, ela tinha a íris dos olhos negras e as pupilas com o mesmo brilho vermelho translucido que de Cassiel. Ela também era uma vampira.

Adabeth saiu tropeçando nos próprios pés enquanto quase corria para entrar no Jeepe de Kevin. Ela não atreveu-se olhar para trás enquanto Kevin dirigia para longe da mansão.


Notas Finais


O que acharam deste capítulo? Alguns palpites do que pode vir por aí?

obs.: Os títulos dos capítulos são números em Romeno ^ ^
Bjão gente o/


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