1. Spirit Fanfics >
  2. Alma Sonâmbula >
  3. O meu Rádio; A Fotografia dele

História Alma Sonâmbula - O meu Rádio; A Fotografia dele


Escrita por: vhopelovers

Notas do Autor


Este cap foi inspirado na música Car Radio, dos 21 Pilots.

Capítulo 5 - O meu Rádio; A Fotografia dele


Fanfic / Fanfiction Alma Sonâmbula - O meu Rádio; A Fotografia dele

 Pov - Taehyung

Saí apressado daquela sala que, a cada dia, me provocava mais náuseas. Passar três horas ali trancado era algo totalmente torturante. Eu nunca resultei em ambientes fechados. O meu organismo é bastante claustrofóbico, ainda para mais, quando nesse mesmo lugar, existe alguém chato e dissimulado como o meu professor. Corri para o parque de estacionamento, onde encontraria o meu carro. Apenas desejava entrar no mesmo, colocar a minha faixa de músicas incrivelmente deprimentes e entregar a minha alma a elas: Encontrar um meio onde pudesse identificar a minha dor. Onde pudesse partilhar a minha dor. Onde pudesse descarregar a minha dor.

Avistei-o ao longe e apressei-me para chegar ao mesmo o quanto antes. Estagnei o meu percurso ao perceber o que avistava: alguém tinha entrado no meu carro. O vidro encontrava-se partido, e a porta aparentava ter sido forçada. Engoli seco e corri. Abri a porta e adentrei no mesmo o inspecionando um tanto apressado. Roubaram o meu rádio…

Apertei os meus punhos e soquei o volante. A minha raiva interior tinha – desesperadamente – aumentado. Estava capaz de matar o autor daquilo.

Dei à chave e iniciei o meu percurso. Não parava de pensar no sucedido. Tudo estava uma confusão.

Silêncio.

Silêncio.

Mais silêncio.

Às vezes o silêncio é ensurdecedor.

Às vezes o silêncio é violento.

 Eu não tinha onde afogar o meu sentimento, nem mesmo como o camuflar. Alguém tinha acabado de roubar o meu rádio e agora encontrava-me apenas sentado no silêncio… Aquele silêncio… Aquele silêncio doentio que me relembrava cada mágoa e cada cicatriz. Eu tentava cantar para mim mesmo, baixinho… Mas em vão. Não existia uma presença real… Não existia música… Não existia sequer uma fraca melodia. Era apenas o silêncio. E eu. O silêncio estava a dar cabo de mim.

Os pensamentos invadiam-me mais, mais e mais. Bati no volante vezes sem fim. Eu iria matar alguém.

Ao chegar a casa, estacionei o meu carro atravessado. Naquele dia, eu não me interessei em guardá-lo devidamente na garagem. Ficou atravessado na rua, meio em cima do passeio. Caminhei até ao interior e avistei-o aos gritos. Fiquei à entrada vendo aquilo. Ele empurrou-a enquanto lhe cuspia no rosto.  Foi o suficiente. Agarrei na garrafa que se encontrava no balcão e parti-a rapidamente.

- Zerf liebe mein herze! – disse enquanto caminhava na sua direção.

Apertei-a com força entre a palma da minha mão e os meus dedos e, num gesto muito rápido, lancei-a contra a sua barriga. Fiz questão de o olhar nos olhos. Senti a mesma enterrar-se naquela carne podre, mesmo através da palma da minha mão. O seu olhar foi tão arrepiante que fez-me sentir que valeu a pena.

- TAEHYUNG!

Puxei-a pra fora, e voltei a enterrá-la. Vi-o cuspir – agora (ironicamente) – sangue. Eu não quis perder um único movimento do mesmo. Queria sentir que ele estava a sofrer. Quis sentir tudo.

Voltei a puxá-la bruscamente para o exterior do seu corpo.

- TAEHYUNG!!

Voltei a enterra-la no interior do seu corpo.

Aquele corpo caiu com aquilo ainda lá espetado. Acho que foi naquele preciso momento que percebi a gravidade do meu ato. Olhei para ela que estava no chão em choque.

- Eu…

Fui até ela e baixei-me para que ficássemos ao mesmo nível. Olhámo-nos por uns longos tempos sem dizer uma única palavra, e então enviei-lhe um sorriso fechado. Agarrei na sua mão e beijei-a delicadamente, tendo consciência que acabava de carimbá-la com o sangue dele. Ergui-me e fui até ao telefone, passando uma perna de cada vez por cima do seu corpo já sem vida.

Olhei-a uma última vez antes de colar o telefone na minha orelha.

- Mãe… pede desculpa à mana.

Engoli em seco e ouvi alguém do outro lado.

- Sim? Quero denunciar um crime. – semicerrei o meu olhar – Matei uma pessoa.

 

...

 

Senti as mãos gélidas de Jung Hoseok tomarem conta do meu rosto.

- Dói? – ele perguntou.

- Já não… – respondi baixinho.

Contrariamente a todas as minhas espectativas, ele não largou o meu rosto. Manteve o seu olhar centrado no meu, assim como as suas mãos centradas na minha face. E foi então que percebi os seus lábios tomarem movimento, o que indicaria que ele estava prestes a falar algo. Vi a sua pintinha fofa no canto do lábio ganhar movimento. O que diria Jung Hoseok no mesmo instante em que segurava no meu rosto? Eu estava tão curioso quanto nervoso. Apenas di-lo de uma vez, Hoseok!

- Tu és muito bonito, Taehyung.

Senti o meu rosto queimar à velocidade da luz. Há quanto tempo eu não recebia um elogio? Não soube o que responder, nem mesmo como agir. Apenas afastei-me, não sabendo se foi a atitude correta.

- Bem… – disse pegando em algum dinheiro da minha gaveta – Toma! – estendi-lhe a mão.

Hoseok percebeu a minha inquietude e agarrou nas moedas rapidamente.

- Obrigado, caloiro Taehyung. Eu prometo da próxima vez elogiar-te com um hálito melhor.

- Pára! – disse batendo-lhe no ombro.

Pov - Hoseok

- Amanhã é o recrutamento oficial dos novatos, certo? – perguntou Yoongi enquanto atirava uma bola de basebol para outro detento.

- É. – respondi meio desinteressado.

- Está tudo bem, líder? – questionou após receber a bola de volta.

- Sim, está, Yoongi…

Mas não estava… Eu não conseguia parar de pensar que os meus inimigos de estimação tinham, neste preciso momento, a fotografia da minha namorada… Ex namorada…Tanto faz. Eu tentei minimizar a situação… pensar para mim mesmo que ela era uma perfeita traidora e que, por isso, não merecia que o meu cérebro fosse tão ocupado pelo seu nome. Mas não era assim tão simples, tão fácil… Era mais forte que eu! Roubarem a foto dela foi a coisa mais desonrosa que me aconteceu dentro desta instituição.

 

Estava bastante nervoso. Suspirava de cinco em cinco segundos, enquanto dava retoques sistemáticos na minha gravata.

- Ele é acessível. Esse nervosismo é desnecessário. – ela disse ao abraçar-me por trás, enquanto eu encarava o espelho.

- E se ele não achar-me à altura?

Ela semicerrou o olhar e de seguida gargalhou.

- Quem tem de te achar à altura sou eu. E já achei. – abriu um largo sorriso – E como disse, ele é acessível.

Atei as mãos à sua cintura e puxei-a para mim de modo a que os nossos narizes se tocassem.

- Serei o melhor genro de toda a história da humanidade, Sook! – agarrei na sua mão e fiz com que ela girasse diante mim, a puxando novamente – Dr. Seok Min-hyuk que me aguarde.

- Não preciso que sejas o melhor genro. Apenas o melhor noivo.

- Se pensarmos bem é quase a mesma coisa. Se eu conseguir agradar o teu pai é porque estou a fazer um bom trabalho enquanto noivo da sua filha.

Ela riu e eu travei o seu riso com os meus lábios.

 

Acordei ressaltado, e fiquei mais ainda ao perceber que Taehyung me encarava. Sentei-me da cama e encarei-o de volta.

Taehyung estava no chão, de pernas cruzadas a olhar na minha direção. Deu a entender que estava naquela posição faz um bom tempo.

- O que foi?!

- Quem é Sook?

Senti a minha boca secar com a interrogação.

- Porquê?

- Desde as quatro da manhã que não paras de repetir esse nome.

Ajeitei-me da cama sem conseguir disfarçar o nervosismo.

- Ninguém importante.

- É alguém muito importante sim! – ripostou – Caso contrário não pronunciarias o seu nome umas duzentas vezes em três horas.

Bufei com raiva de mim mesmo.

- É a minha namorada.

Taehyung assentiu com o rosto.

- Muito bem. E o que te preocupa tanto?

Voltei a suspirar. Sabia que o novato iria insistir até eu falar.

- Hoseok… Eu sou – pausou – Eu ia ser psicólogo. – corrigiu –  Eu sou um bom ouvinte e também um bom conselheiro. Podes falar comigo. – sorriu pelo canto da boca antes de prosseguir – O destino enviou-me por pura compaixão, para evitar que a tua mente se corrompa, lembraste?

- Lembro. – sorri forçosamente – É que… Eles levaram a fotografia da minha namorada e isso está a deixar-me realmente nervoso. – bufei ao sentir a raiva crescer no peito – Eu começo a imaginar as coisas que aqueles animais selvagens estarão a fazer com ela e o meu estômago revira. – suspirei – Eu não consigo parar de pensar nisso.

Taehyung baixou o rosto e permaneceu assim por uns instantes.

- Como é estar apaixonado por uma mulher?

  Não esperava aquela pergunta. Olhei-o por uns segundos e então consegui perceber a sinceridade no seu rosto.

- É sentir a necessidade de estar constantemente com ela. É sentir a necessidade de a abraçar a toda a hora e, sobretudo, protegê-la de tudo e todos. – baixei o rosto repentinamente – Tu só pensas nela, e só te imaginas a seu lado. O mundo basicamente para quando ela sorri ou te olha nos olhos.

- Então estou apaixonado pela minha mãe?

Rimos os dois. Não resisti e atirei contra ele a minha almofada.

- Acho que sim. – respondi –  Mas são tipos de paixão diferentes.

- E como é estar com uma mulher?

- Intimamente?

- Uhum.

- Nunca estiveste com uma?

Ele negou com a cabeça.

- Acho que é porque também nunca estive apaixonado. – disse.

- É bom. Mas não dá para explicar. Só vais entender quando passares pela experiencia. – hesitei ao lembrar-me dela – Mas… é como se apenas vocês os dois existissem no mundo naquele momento. O teu principal objetivo deve ser faze-la sentir-se tão amada quanto desejada.

Ele assentiu, pensativo.

...

Cheguei ao local e já todos se encontravam em posições de modo a formar um circulo. Os caloiros estavam ao centro ajoelhados de cabeça baixa. Eu não me identificava com aquele papel, mas tinha de contribuir para manter as coisas o mais dentro da normalidade possível.

- Boa tarde a todos.

Apenas os reclusos mais velhos responderam.

- Caloirada, podem responder!

- Boa tarde, líder! – saudaram hesitantes.

Furei a “roda” e dei passos por entre os caloiros.

- Vocês sabem por que estamos aqui reunidos, certo? – assentiram com a cabeça – Muito bem! – prossegui – Um a um vai explicar o porquê de querer ser um Wonja. Se o motivo for verdadeiramente válido, só vos posso dar as boas vindas.

 

Pov Taehyung

As minhas pernas tremelicaram no momento, mas fui forte o suficiente para não desfalecer. Subi as escadas com o rosto a queimar de receio mas não olhei para trás. Caminhei pelo corredor até sentir umas mãos pesadas nos meus ombros, que me arrastaram de forma tão rápida que nem deu tempo para captar a direção do meu percurso. Senti o estômago revirar, o que me fez pensar se estaria arrependido da minha atitude. Questionei-a mais ainda quando reparei que já estava na cela dele.

- Encontrei este esquilo pelos nossos corredores.

Ele levantou-se da sua cadeira brilhante, sem pousar o pacote das bolachas que comia. Aproximou-se com um sorriso rasgado e entendeu-me o braço.

- Tira!

Acabara de ter um dos maiores enjoos da minha vida, porém, temi as consequências de recusar a sua atitude altruísta, e então, ao invés de uma, retirei duas bolachas, apressadamente. Momentos após a primeira trinca, fiquei a refletir sobre se acabava de abusar da sua boa vontade ao retirar duas bolachas, mas ele arrancou-me daqueles pensamentos ao quebrar o silêncio.

- Fico feliz por saber que Jung Hoseok te deu o meu recado. – disse ao tornar-se a sentar na sua majestosa cadeira, rodopiando-a para mim. – Kwan, obrigada! Já te podes retirar.

O homem que me agarrou brutalmente há segundos atrás, deixou-nos completamente sozinhos. Era apenas eu e aquele sorriso sinistro.

Olhei disfarçadamente a cela e pude perceber que não era igual à nossa. Era mais aconchegante, mais repleta, e cheia de objetos interessantes. Reconheci alguns deles na prateleira. Já os tinha visto antes. Pertenciam ao Hoseok.

- Hum… Mas diz-me, caloiro, pretendes justar-te a nós?

Suspirei.

- N- não.

Ele estalou todos os seus dedos ao ouvir a minha resposta.

- Tens cinco segundos para falar. Espero que os faças valer a pena! – disse de sobrancelhas carregadas.

- Eu... – senti a minha garganta travar e pude sentir também imediatamente a minha pulsação nas veias do meu pescoço - Vim pedir um favor...

O líder Kim olhou-me com o olhar mais sério e aterrorizador já visto, e depois, numa mudança repentina, iniciou uma longa gargalhada, onde deu para avistar detalhadamente os seus dentes quase perfeitos.

Após se recompor, atirou-se para trás da cadeira e atou as mãos, encarando-me.

- Diz-me! – suspirou – O que queres tu, caloiro?

O tom da pergunta foi tão impactante que me fez desejar vomitar a bolacha que acabara de comer. Respirei fundo, ainda balançando a outra na minha mão.

- O que ouviu... Preciso de um favor.

- NÃO! – gritou, saltando de forma rápida da cadeira.

Estremeci. Senti o meu corpo tremer naquele mesmo instante. O seu olhar transmitiu tanta raiva que tive a sensação de desmaio só pelo facto de o encarar. Ouvi o seu suspiro e num gesto rápido regressou ao lugar. Voltou a sentar-se, de pernas abertas e de braços pousados ao lado do corpo. Passou as suas mãos por entre o cabelo e começou a falar.

- Eu andava tranquilamente, pelas ruas de Busan, com alguns amigos. Até que senti a presença deles. Sem dar nas vistas, mandei os meus amigos embora e continuei o meu percurso, sabendo que eles me seguiriam. – estalava os dedos enquanto contava aquilo – Caíram na própria armadilha! Levei-os para um sítio isolado e matei-os um por um, a sangue frio.  – ele falava lentamente, e, não sei porquê, aquela lentidão tornava tudo muito mais assustador – Matei quatro homens seguidos e nenhum sentimento de arrependimento ou culpa desceu sobre mim. Nem naquele momento, nem nunca. “Tenho filhos pequenos”, eles diziam… Como se isso fizesse diferença… – sorriu pelo canto da boca – Eu matei os homens que o meu pai colocou para me seguirem e controlarem. Segundo ele, eu andava muito inquieto – gargalhou –, e temia o que eu pudesse fazer… “É tudo culpa das drogas”, ele repetia sem fim. Mas foi tudo culpa dele. Eu não teria matado ninguém se ninguém me perseguisse.

Eu ouvia atentamente sem atrever-me a interromper. Ele balançou o corpo para trás da cadeira e começou rodopiando a mesma.

- Eu não gosto de ser perseguido, caloiro. E tu acabaste de me perseguir. Bem, foi quase isso. – parou de girar a cadeira para me olhar diretamente – De qualquer forma, ninguém invade o meu espaço e justifica-se dizendo que veio pedir um favor. Se estás aqui, convém que tenhas um motivo suficientemente válido, ou serei obrigado a furar-te a garganta com um garfo.

Senti o suor escorregar pela minha testa. Eu estava apavorado.

- Mas eu só vim pedir algo. Essa é a verdade.

Ele levantou-se bruscamente da cadeira e correu para a prateleira, vasculhando de forma apressada por algo. Colocou o garfo por entre os dedos da sua mão e deixou-se ficar imóvel, com aquilo lá, pronto para o usar.

- Eu não ofereço nada a ninguém. Cresce! Pensa rápido! Inventa algo!

O meu corpo estava descontrolado devido ao nervosismo intenso, tive medo de cair naquele preciso momento, e morrer com um garfo espetado na minha garganta durante a minha inconsciência.

- Eu vim pedir um favor mas… A troco de algo! É isso, a troco de algo! – terminei a frase, conseguindo segurar as lágrimas.

- O que tens para me oferecer?!

Suspirei tremelicando por todo o lado.

- Eu ainda não sei.

- PENSA! – gritou vindo na minha direção e colando o garfo no centro da minha garganta.

Naquele momento eu deixei de sentir as pernas. Cerrei os meus olhos e aguardei o pior, enquanto sentia a minha pele se transformar em água e o meu coração em fogo-de-artifício. Mas deixei de sentir o garfo e comecei a ouvir uma irritante e assustadora gargalhada que parecia não ter fim. O Líder Kim ajeitou rapidamente as golas do meu uniforme e depois guardou o seu garfo nas calças.

- Devias ver a tua cara, caloiro! – gargalhava infinitamente – Pede o favor! – disse enquanto a gargalhada perdia intensidade. – Caloiro?

Saí daquele transe profundo e foquei-me na pergunta.

- A foto da namorada do Hoseok… Posso levá-la de volta?

Líder Kim pressionou o olhar no momento.

- Diz-me que não és estúpido ao ponto de ter acabado de arriscar a vida por uma fotografia!

- Significa muito para ele!

- PENSEI QUE TU ERAS INTELIGENTE! – gritou.

 

Pov - Hoseok

Cheguei totalmente exausto à minha cela. Só desejava deitar-me na cama e dormir por décadas. Foi ao aproximar-me da mesma que vi o que estava em cima dela. O meu batimento cardíaco disparou e, tremelicando, peguei na fotografia. Passei a mão livre pelos meus cabelos, ainda boquiaberto.

- Não…

Enfiei a foto no bolso e corri até à lavandaria. Vi Taehyung e Park Jimin conversarem assim que lá cheguei. Aproximei-me do primeiro e arrastei-o pelo braço.

- Lamento interromper a conversa, Park Jimin, mas preciso dele.

Park limitou-se a ver e permaneceu imóvel, avistando-nos entrar para a sala dos arrumos. Bati a porta e ergui, de seguida, a fotografia na altura do seu olhar.

- ESTÁS DOIDO?! PERDESTE A CABEÇA?! – berrei o mais alto que pude.

- Um “obrigado” bastaria.

Cerrei o meu punho livre e soquei a parede que estava ali. Dei uma volta rápida sob o meu corpo e voltei a encará-lo.

- Taehyung, que raio pensas que estás a fazer?!

- A TENTAR CONTRIBUIR PARA O TEU BEM-ESTAR! – vi-o explodir diante mim.

Fiquei estático no momento. Um simples rapaz acabava de arriscar a vida pelo meu bem-estar. Ganhei água no meu olhar ao refletir sobre tal coisa absurda.

Eu estava tão chateado com a sua atitude irrefletida… porém, de um momento para o outro, apenas deixei de sentir aquilo.

- Vem cá! – abracei-o com força contra o meu peito – Desculpa! Desculpa! Apenas não voltes a fazê-lo! Desculpa, Taehyung! Eu não te posso perder. Desculpa. 


Notas Finais


Canção que inspirou este capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=so9ZrEMygiQ


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...