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História Alma Sonâmbula - Monstro


Escrita por: vhopelovers

Notas do Autor


Já devia ter postado, mas surgiram várias coisas para fazer... Sorry

Capítulo 6 - Monstro


Fanfic / Fanfiction Alma Sonâmbula - Monstro

POV - TAEHYUNG

- Por que estás a tremer? – questionou Park Jimin, assim que cheguei perto dele.

Esforcei-me para controlar o meu corpo mas em vão.

- Ãh… Está frio…

- Taehyung? Está super abafado aqui.

Eu não conseguia parar de pensar que ele poderia surgir a qualquer momento e enfiar, de uma vez por todas, aquele maldito garfo na minha garganta.

- Vamos apenas falar de coisas boas – pedi com a minha fraca voz, que tremelicava igualmente – Eu… preciso disso.

Jimin parou de dobrar a roupa da lavandaria e fitou-me de forma estranha. Ele sabia perfeitamente que eu não estava com frio. Ele sabia que havia algo mais. Suspirou e aproximou-se com um rosto sério.

- Flores amarelas… Golfinhos… Cachorrinhos… Chocolate… Paris… “Non, je ne regrette rien”… Peluches… Café quente… Outono… Natal… Kim Taehyung…

Demorei a perceber que Park Jimin estava a tentar fazer com que eu visualizasse apenas coisas boas na minha mente.

- Kim Taehyung? – interroguei – Faço parte dessa lista de coisas boas?!

Jimin demonstrou rapidamente um sorriso tímido que fez com que seus olhos desaparecessem.

- Uhum… – murmurou – Fazes sim.

Estava prestes a responder quando Hoseok surgiu do nada e arrastou-me pelo braço para a divisão dos arrumos.

- Lamento interromper a conversa, Park Jimin, mas preciso dele. – disse no tom mais autoritário do mundo.

Senti que não podia vir coisa boa, tendo em conta a força bruta como me agarrou pelo braço.

- ESTÁS DOIDO?! PERDESTE A CABEÇA?! – berrou diante o meu rosto, com a fotografia da namorada na sua mão, após fechar a porta atrás de si.

- Um “obrigado” bastaria. – ripostei rapidamente.

Vi Hoseok explodir de raiva, socando a parede que se encontrava mesmo ali ao lado. De alguma forma, aquilo fez raiva crescer no meu peito também.

- Taehyung, que raio pensas que estás a fazer?! – voltou a gritar perante mim.

- A TENTAR CONTRIBUIR PARA O TEU BEM-ESTAR! – gritei eu desta vez.

Ele olhou-me de forma intensa naquele mesmo momento. Vi o seu olhar de raiva se transformar – drasticamente – em algo piedoso.

- Vem cá! – abraçou-me contra o seu peito – Desculpa! Desculpa! Apenas não voltes a fazê-lo! Desculpa, Taehyung! Eu não te posso perder. Desculpa.

Após Hoseok me abraçar tão repentinamente, um forte e estranho conforto surgiu de forma súbita no meu interior. Ainda assim, demorei tempo para subir os meus braços até ao seu corpo também. Contudo, assim que o fiz, zelei os meus olhos e permaneci com o queixo no seu ombro, inalando a fragância que Hoseok carregava consigo. Aquele foi o primeiro momento em que senti verdadeiramente paz na minha alma aqui dentro. Não sei simplesmente explicar, mas poderia habituar-me facilmente aos seus abraços. Acho que isto pode-se justificar pelo facto d’ eu ser uma pessoa extremamente carente. Não tive uma infância propriamente brilhante. Cresci com os berros e insultos do meu pai, berros esses que citavam várias vezes que eu não passava de um estorvo e jamais seria alguém na vida.

Não obstante, aquele “Eu não te posso perder” ficou a bater sistematicamente no meu cérebro. Era estranho pensar que alguém tinha medo de me perder… Afinal eu não passava de um jovem com atos tão desumanos que faziam da minha ausência uma bênção.

- Como assim?! – perguntei calmamente – Como assim não me podes perder? – questionei de voz baixa, ainda com o meu rosto no seu ombro.

Hoseok quebrou o nosso abraço e puxou-me pela mão para que nos sentássemos no chão.

- Só duas pessoas se preocuparam comigo desde aqui cheguei. – falava numa voz rouca – Uma delas eu já perdi. Não de uma forma má… Quero dizer, a sentença dele terminou. Mas ele era o meu porto de abrigo aqui. – apreciava-o com muita atenção cada vez que uma palavra surgia através dos seus lábios bem desenhados – A outra… – suspirou lentamente – Bem… a outra és tu, Taehyung.

 Forcei o maxilar ao ouvir aquilo. Sei também que corei no momento, mas tentei disfarçar rapidamente. Desviei o meu olhar do seu e tentei fixá-lo – de forma improvisada – numa outra parte qualquer daquela sala. O silêncio estava tão intenso que quase ficava notável o meu forte batimento cardíaco.

- Tu não me vais perder. – falei ainda sem o conseguir olhar.

- Eu preciso que o prometas!

Fechei os olhos ao relembrar que aquelas eram as palavras exatas da minha mãe quando me pedia para não fazer nenhuma loucura… “Preciso que mo prometas!”, ela implorava vezes infinitas; e eu prometia… Mas não consegui cumprir.

- Taehyung? – ele chamou ao colocar a sua mão gélida sobre a minha, arrancando-me daquele transe – Promete!

- Não posso… – ripostei – Não sou um homem de palavra – levantei-me e caminhei para o exterior.

 

POV HOSEOK

 Taehyung simplesmente desapareceu após o confrontar com o meu pedido. Fiquei estático por uns largos segundos, a refletir sobre se teria dito ou feito algo inconveniente. Foi então que me levantei e abri a porta. Taehyung ainda se encontrava do outro lado. A janela da lavandaria estava aberta e através dela percorria uma brisa inigualável que fazia os cabelos de Kim Taehyung – que ali estava, de braços estendidos ao lado do corpo, a olhar para mim – balançarem duma forma tão elegante. Taehyung vestia branco. Fiquei automaticamente confuso naquele momento.

- Onde arranjaste isso?

- Estava para ali esquecido no fundo das gavetas.

O vento voltou a agredir o seu rosto, deixando a sua testa totalmente despida. Agora eu sabia o porquê de ele se preocupar tanto em manter o cabelo a tapar aquela zona. A extensa cicatriz que carregava ali era o motivo.

- Taehyung… – murmurei, aproximando-me – O que aconteceu?

Taeyhung não deu um passo. Deixou-me chegar até ele, adotando uma atitude contrária à anterior. Hesitei até aproximar os meus dedos da sua cicatriz, mas assim que a toquei, ele fechou os olhos. Percorri a ponta dos meus dedos por toda a sua extensão e ele não se atreveu a abri-los.

- Diz-me! – sussurrei.

Ele abriu agora – inesperadamente – os seus majestosos olhos e tocou na minha mão – que ainda se encontrava na sua testa – com a sua. Fê-lo de uma forma tão meiga… Depois tomou conta dela toda e arrastou-a pela sua face até alcançar os seus lábios onde a beijou delicadamente e, por fim, centrou os seus olhos nos meus.

- Eu não sou o meu passado, Hoseok.

- Mas ele tornou-te naquilo que és hoje. – ripostei.

O caloiro demonstrou um sorriso fechado.

- Só o futuro importa. – voltou a beijar a minha mão – E tu fazes parte dele.

Semicerrei o meu olhar no momento.

- Como assim?

- Fica comigo!

Projetou a última frase diante mim de uma forma severa mas que, ao mesmo tempo, implorava misericórdia. Seguidamente aproximou os nossos rostos, fazendo com que os nossos narizes se tocassem.

- Diz algo. – falou contra os meus lábios.

- Eu fico… Eu fico contigo, Taehyung.

Senti o meu ombro abanar bruscamente e ergui o meu rosto.

- Duvido que este seja o lugar mais confortável para se dormir.

Fiquei por uns instantes a assentir as ideias. Um desconforto peculiar tomou conta de mim. Suspirei bem alto e levantei-me imediatamente.

- Tens razão. Não é.

Voltei a suspirar e abandonei Park Jimin na sala de arrumos. Massajei os meus cabelos lentamente, ainda muito confuso. Alcancei a lavandaria mas nem sinal dele. E a janela estava fechada. Sorri de forma irónica para mim mesmo e bati na minha cabeça de seguida.

Eu não fazia a mínima ideia do que estava a acontecer…

Fui arrancado novamente dos meus confusos pensamentos quando Sang chocou – de forma desesperada – contra mim no corredor.

- Finalmente o encontro! – disse ofegante.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupado.

- Venha! – implorou ao puxar-me pelo braço apressadamente – Ele… Ele tem o Yoongi!

Foi então que parei, o puxando eu desta vez.

- Ele quem?! O que está a acontecer?

- Aquele… O… Aquele homem que você agrediu… – tropeçava em cada palavra – Ele está à sua espera. Ele tem o Yoongi e lhe fará mal caso você não apareça rapidamente.

Semicerrei o meu olhar e tranquei o meu maxilar assim que o nervosismo tomou conta de mim.

- Leva-me lá! – ordenei.

Corremos pelos corredores até finalmente chegarmos à entrada de uma velha sala até então esquecida. Engoli em seco e adentrei. Já estavam lá outros membros Wonja, mas por incrível que possa ter parecido a meus olhos, apenas um dos Kkangpae estava lá: E tinha Yoongi sob sua posse, pressionando uma lâmina contra o seu pescoço. Era ele. O homem que eu agredi há dias atrás.

- Calma… – pedi com medo de dar mais um passo na sua direção – Já estou aqui. Deixa-o ir.

Ele começou a rir enquanto, ao mesmo tempo, balançava a cabeça em sentido negativo.

- Não pode ser assim tão fácil. Apenas… Não pode.

- OK – respondi imediatamente – Faz as tuas exigências!

- Sangue.

Encarei Yoongi naquele preciso momento, que transmita pânico pelo seu olhar. Ele tinha as mãos no braço do tal homem que agredi, de forma a tentar afastar a lâmina o mais possível da sua pele. Aquilo fez o meu corpo arrepiar.

- Então… – senti a minha boca secar à velocidade da luz – Tens o meu sangue. Ele não tem nada a ver com isto.

- Somente o teu não chegará para saciar a minha sede. – ripostou sem hesitações.

Apertei os meus punhos ao ouvi-lo. Eu nunca me iria perdoar se ele magoasse o Yoongi. Os Wonja encaravam-me esperando por algum sinal para intervirem, mas era demasiado arriscado…

- Começa por mim então! – pedi.

Ele começou a rir, demonstrando cada detalhe dos seus dentes tortos.

- Eu não sou assim tão parvo, Jung Hoseok.

Vi-o pressionar a lâmina contra o pescoço de Min Yoongi até surgir vestígios vermelhos. Estremeci ao ver a primeira gota de sangue escorrer pelo seu pescoço. Eu não podia ficar parado simplesmente a ver aquela atrocidade, porém cada vez que tentava uma aproximação na sua direção, a lâmina era pressionada com mais convicção, e eram expelidas ameaças de um corte definitivo que me faziam estagnar na hora.

- Tu tens razão! – gritei alteando as minhas mãos – Eu nem sequer te dei um pedido de desculpas! – vi-o levantar ligeiramente a lâmina para me ouvir – Nem eu sei o que aconteceu naquele dia… não entendo o que me passou pela cabeça… mas este sítio, – olhei em volta – está a criar um monstro que eu não reconheço. – eu estava a ser totalmente sincero – Desculpa… Tens todo o direito de estar revoltado. Eu também estaria! O que eu fiz… – fechei os meus olhos como lamento – foi desumano. Desculpa… Eu nem sequer sei o teu nome.

- Shin Yejun.

Assenti com a cabeça ao ouvir – finalmente – o nome do homem que agredi.

- Shin Yejun, desculpa! – mordi o meu lábio, extremamente apreensivo – Eu ainda posso consertar isto.

O homem pressionou o olhar durante uns longos segundos depois de ouvir as minhas palavras e, de seguida, soltou quase num sussurro:

- Mentiroso.

Voltou – de forma brusca e rápida – a colar a lâmina no pescoço do Yoongi e, os seus gestos deram a entender que o pior iria acontecer numa questão de milésimas de segundos. O meu coração palpitou desesperadamente, esperando o previsível e horripilante cenário, contudo, numa imagem muito rápida – quase destorcida – uma porta caiu estrondosamente por detrás de Shin Yejun e Yoongi, despertando a atenção de todos. Pelo local dela, atravessaram dezenas de Kkangpae’s que me fizeram estremecer e travar a minha garganta. Arreguilei os meus olhos no meio da confusão, até que avistei Kim Seokjin no meio deles.

- Temos aqui um homem revoltado. – disse ao aproximar-se sorrindo, e com as mãos enfiadas nos bolsos das calças (transmitindo toda a tranquilidade do mundo) – O que é perfeitamente compreensível. – afirmou ao ficar apenas a um metro de distância de mim – Afinal alguém o espancou dias atrás, sem qualquer tipo de justificação, não é verdade? – voltou a sorrir na minha direção.

Aquilo não podia piorar. Aquele confronto que eu tanto queria evitar, estava precisamente a acontecer, e fora do meu próprio controlo. Senti o suor nascer através dos meus poros assim que voltei a avistar aquela clássica imagem dos seus dentes irónicos e brancos. Não abri sequer a boca.

- Jung Hoseok… Vá lá! Não podes sair por aí a espancar pessoas. Onde ficaram as tuas boas maneiras?! – e depois gargalhou como se não houvesse amanhã – Imagina que um dia todos os meus homens acordavam com vontade de espancar alguém… Não sobrariam muitos de vocês. – senti os Wonja trocarem olhares enfurecidos – Quem sabe um dia, ao invés de acordarem com vontade de espancar alguém, acordarão com uma vontade infinita de matar-vos um por um. – agora transmitia o ar mais sério e tenso de sempre. Aquela troca repentina de humores fez o meu corpo estremecer.

- Seokjin…

- NÃO! – gritou – Não pronuncies o meu nome como se nada tivesse acontecido! Tu espancaste um dos meus, ele está sentido e quer justiça. – apontava para mim totalmente furioso – Assume as merdas que fazes, Jung Hoseok, seu amador de meia tigela!

Fechei os olhos e suspirei, tentando pensar rápido numa solução que não chegava.

- Hey, Yejun! Puta que pariu! Dá o exemplo! Baixa essa lâmina! – disse de forma irónica, contudo autoritária. Surpreendentemente, obedeceu – Se há merda que não suporto é quando as coisas fogem do meu próprio controlo. Conheces esse sentimento, Hoseok? Oh, claro que conheces. Espancaste um homem sem razão aparente. – ironizou repescando o seu sátiro sorriso – Cheguei a esta sala e avistei apenas UM Kkangpae cercado por mil Wonjas. Isto definitivamente saiu do meu controlo. E EU ODEIO QUE AS COISAS SAIAM DO MEU CONTROLO! – gritou passeando pela sala.

Naquele momento, eu senti que seria o fim. Não sei bem de que forma o imaginei, mas sabia que ele estava prestes a chegar. Senti também que falhei como líder, senti que falhei para com Kim Namjoon. Foi uma montanha-russa de sentimentos que me estavam a conduzir à loucura. Pedi mentalmente perdão a todas as pessoas que tinha magoado durante toda a minha curta vida e aguardei o pior cenário de cabeça erguida.

- Como tal, – continuou, enquanto vagueava pela sala – eu não admito que alguém tome decisões sozinho e que as ponha em prática sem o meu consentimento. – foi então que parou e olhou para os homens que o acompanhavam – Façam-no! – ordenou de voz firme.

Avistei os Kkangpae aproximarem-se de Yoongi bruscamente mas, contrariamente a todas as minhas expectativas, não foi a ele que agarraram e arrastaram. Foi a Yejun. Seokjin voltou a enfiar as mãos nos bolsos e virou costas àquilo, ficando a olhar para mim num sorriso parvo. Por detrás de si, aquele homem que espanquei há dias atrás, era novamente espancado de forma fria; agora pelo seu próprio grupo. Yoongi, por sua vez, afastou-se e ficou paralisado vendo aquilo, com a mão ainda no seu pescoço.

Aproximei-me de Seokjin com um olhar piedoso, coberto de água e fiz o meu pedido delicadamente, tendo plena consciência de que acabava de carimbar a minha desonra.

- Seokjin… – esforcei-me para segurar a minha primeira lágrima – Por favor! Fá-los parar! Não há necessidade! Por favor!

Seokjin centrou o seu olhar no meu e levantou uma sobrancelha de uma forma incrédula, enquanto suspirava impacientemente.

- Tenho saudades de Kim Namjoon. – falou antes de me virar costas.

Uns cinco minutos depois ele ergueu a sua mão, o que fez os restantes rapidamente pararem. Após isso, saíram como se nada tivesse acontecido, deixando-o totalmente inconsciente lá no chão.

- Meu Deus… – murmurei correndo.

Coloquei os meus dedos sob o seu pescoço e percebi que ainda tinha pulsação (apesar de muito fraca). Respirei de alívio e gritei por ajuda aos outros.

- Não podemos. – disse Yoongi – É muito arriscado para nós.  

- O quê?! – gritei ao levantar-me.

- Um Kkangpae é espancado e você acha que a bófia vai acusar quem? Sermos nós a procurar pela ajuda só vai acelerar todo esse processo. Eles vão achar que o espancamos e procuramos ajuda como forma de disfarçar isso.

- Sugeres que o deixemos aqui? – gritei bem no seu rosto.

- Se o deixarmos aqui, pode ser qualquer outra pessoa a encontra-lo e a pedir ajuda! Se o formos entregar na enfermaria, o nosso nome irá ficar diretamente ligado a esta merda. Ainda por cima eu estou ferido no pescoço, o que denunciará uma possível briga! – berrou desesperadamente.

Passei as mãos pelos meus cabelos húmidos de suor enquanto pensava em algo, mas estava perdido. Abanei a minha cabeça ao chegar à conclusão que não o podia simplesmente deixar ali. Aquela sala não era frequentada há imenso tempo. Nenhum outro alguém o encontraria.

- Não. – falei – Vocês podem sair daqui e nunca ninguém saberá que cá estiveram. Eu vou levar este homem. – agachei-me para o pegar mas Yoongi segurou no meu ombro.

- OK, líder. – suspirou impulsivamente – Eu mesmo o levo. – falou numa voz fraca – Ser você a levá-lo não melhorará a situação. Ser o próprio líder dos Wonja a entregá-lo só piorará tudo. – mordeu o lábio apreensivo, enquanto abanava a cabeça – Apenas saia daqui. Você e os outros.

Levantei-me e olhei-o nos olhos, expelindo gratidão.

- Tens a certeza disto?

- Sim. Apenas vá antes que algum guarda cá chegue.

Assenti com o rosto e, olhando uma última vez para Shin Yejun, disse adeus ao local.

Corri para os balneários e, felizmente, ninguém se encontrava lá. Adentrei no chuveiro ainda vestido e fiquei a sentir a água fria entrar em contacto com a minha pele. Suspirei vezes infinitas, e após tanto tempo deixei as lágrimas deslizarem pelo meu rosto. Eu acabara de desgraçar a vida de Shin Yejun, que acabava de ser espancado novamente, por minha exclusiva causa. Eu era um monstro! Pensar sobre aquilo fez o meu corpo descer, até ficar sentado no chão, encostado contra a parede, onde chorei como se o amanhã não existisse.

- Hoseok?

Ergui o meu olhar e lá estava ele. Kim Taehyung.

- Alguém disse-me uma vez que era perigoso chorar aqui. – aproximou-se e entrou também.


Notas Finais




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