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História Almas Trigêmeas - O garoto que podia voar (parte 2)


Escrita por: jord73

Notas do Autor


Olá, pessoal! Bem, no final do capítulo acho que vcs vão querer me matar... e também à Victoria, mas tudo bem! São ossos do ofício.

No final alguns esclarecimentos. Boa leitura!

Capítulo 11 - O garoto que podia voar (parte 2)


Fanfic / Fanfiction Almas Trigêmeas - O garoto que podia voar (parte 2)

Anteriormente:

– Mas que mulher é essa? – desabafou Dean – Não se pode falar nada que ela vem com quatro pedras pra cima da gente! Agora entendo porque a chamam de Indomável.

– Esqueça, Dean. Não vale a pena.

– Esquecer o escambau! Olha, eu só não falei umas verdades pra essa metida naquela hora porque você me segurou, mas da próxima...

– Da próxima você vai ficar calado do mesmo jeito.

– Até parece! Eu não levo desaforo pra casa, não. Se ela pensa que por ser sobrinha do Bobby, pode pisar na gente, tá muito enganada!

(...)

– Pelo amor de Deus, Winchester! Não me venha com suas ideias idiotas.

– Ah, é, então me diga o que você teria feito? - elevou o tom de voz – Teria mostrado seus peitos pra ele também?

(...)

– É esse o problema! A gente tá relevando demais e ela tá montando em cima! Qualquer hora, eu me canso e digo umas boas pra ela.

– Como a de hoje dos peitos? Sinceramente, Dean, não sei como ela não ter fez parar no chão como aquele motoqueiro.

– É, mas agora tá com essa de me ignorar. E o pior é que você em vez de ficar do meu lado, fica como garoto de recados dela. Está gostando do seu novo posto? – tornou com sarcasmo – Ou espera que a Victoria te promova no conceito dela?

(...)

– Parece algo como mitos - arriscou Collins – Histórias que o povo diz.

– Isso. Talvez seja essa a ligação. – concordou Dean. Os três começaram a caminhar pelo corredor. – A fada do dente, pop rocks com coca-cola, o anel que dá choque em você. Todas são mentiras que as crianças acreditam.

– O que estiver fazendo isso, está remontando a realidade – tornou Sam – Tem poderes de um deus ou...

– Ou de um Trickster – completou Vic.

–É, com o senso humor de uma criança de nove anos – conclui Dean

(...)

– O que importa é que já sabemos quem transformou a cidade no pior pesadelo de Willy Wonka. Um garoto. Tudo o que Jesse acredita, vira realidade. Ele acha que a fada do dente parece com o Belushi, que anéis de fato dão choque. Bum! É o que acontece.

– Foi só convencer ele que os anéis não funcionam, e eles vão de armas a brinquedos imbecis. – tornou Sam

– Ele nem deve saber que está fazendo isso.

Capítulo 10

O garoto que podia voar (2ª parte) - Final

Os caçadores haviam chegado numa cidade do outro lado do estado de Dakota, em frente a uma casa com uma cerca cheia de ervas enroladas. Uma placa rudimentar com dizeres escritos a giz “Não ultrapasse” se encontrava pendurada no pequeno portão.

Estavam ali por causa da pesquisa levantada sobre o garoto Jesse: seu sobrenome era Turner e era adotado. Em sua ficha, não constava o nome do pai verdadeiro, somente o da mãe biológica. Chamava-se Julia Wright e morava em Elk Creek, aquela cidade.

Eles abriram o portão e entraram. A casa parecia abandonada, tamanha a aparência descuidada do lugar: as paredes de madeira descascadas e o matagal bastante crescido em torno da residência.

Subiram na varanda. Victoria apertou a campainha.

– O que estiverem vendendo, não estou interessada – uma voz feminina gritou de dentro da casa por entre uma porta entreaberta e trancada por correntes.

– Não somos vendedores. Agentes Page, Plant e Plus do FBI – gritou Dean em resposta.

– Mostrem as carteiras diante do olho mágico da porta – disse a mulher após algum tempo.

Os três assim fizeram depois que trocaram olhares.

– Ponha seu distintivo na caixinha do correio – ela se dirigiu a Collins que estava mais perto do local indicado. – Dos seus parceiros também.

Vic fez conforme o pedido da misteriosa mulher. Por fim, as correntes da porta foram destrancadas. Pela porta entreaberta, surgiu o rosto de uma mulher ainda jovem, loira, magra e de olhos verdes. Olhava para os Winchesters com receio, mas seu olhar se fixava com mais confiança em Collins, talvez por esta também ser mulher.

– O que querem?

– Só temos umas perguntas – tranquilizou a caçadora

– É sobre seu filho – disse Sam.

– Não tenho filho – disse com receio

– Nasceu em vinte e nove de março de 1998, em Omaha. O colocou para adoção?

– O que tem ele?

– Queríamos saber se... foi uma gravidez normal?

– Houve algo estranho? – Dean foi mais direto

– Fiquem longe! – fechou a porta com medo e raiva, porém, não conseguiu seu intento porque os três seguraram a porta.

A mulher correu. Eles foram atrás.

– Sra, Wright, espere! – Dean a chamou

Julia chegou até a cozinha e fechou a porta, mas Dean conseguiu abri-la.

– Só queremos conversar – ele tentou se explicar

Entraram, mas a mulher jogou sal neles. Ficou surpresa ao ver que nada aconteceu. E eles também pelo que havia feito.

– Não são demônios? – indagou

– Como sabe sobre demônios? – inquiriu Dean

– Eu... me desculpem... eu – a mulher parecia à beira dos nervos

– Sra. Wright... – Collins se aproximou.

A mulher não resistiu e entregou-se a um choro convulsivo. Vic a amparou nos braços. Dean e Sam só observaram.

Após acalmar Julia, Victoria preparou um chá para os nervos dela. Wright insistiu que não precisava, mas a caçadora fez questão. Pediu apenas indicação de onde poderia achar as coisas de que necessitava.

As duas ficaram na cozinha enquanto os Winchesters as aguardavam na copa. Os dois admiravam aquela particularidade de Victoria. Ela tinha um jeito especial com as pessoas, sobretudo com crianças e outras mulheres. As pessoas confiavam nela, tranquilizavam-se com sua presença.

A Indomável era indefinível; tinha várias facetas. Cada vez mais, ficavam fascinados por ela.

Após Victoria ter feito o chá, Julia se sentou à mesa com uma xícara. Os caçadores explicaram mais ou menos quem eram e o tipo de trabalho que faziam, como o de caçar e matar demônios. Com mais confiança, Julia começou a lhes narrar sua história:

– Eu estava possuída. Um demônio controlou meu corpo e machuquei pessoas. – falou com pesar. – Eu matei pessoas

– Não era você – explicou Sam

– Mas eu estava lá. Ouvi uma mulher implorar por piedade. Senti o sangue de uma jovem escorrer pelas mãos.

– Foi assim que soube do sal – supôs Dean

– Aprendi truques. Fiquei possuída por meses.

– Quantos meses?

– Nove.

Os caçadores trocaram olhares.

– Então seu filho... – começou Sam

– É, o tempo todo. A gravidez, nascimento, tudo. Eu estava possuída. A noite em que o bebê nasceu, eu estava sozinha. A dor era insuportável. Eu gritava e saía uma risada, pois o demônio estava feliz. Usou o meu corpo para dar à luz uma criança. Quando acabou, algo mudou. Talvez o demônio estava cansado ou a dor me ajudou a lutar, mas... de alguma forma, eu assumi o controle. E o demônio pranteou dentro de mim. Batia contra meu crânio. Pensei que minha cabeça ia explodir. Mas eu sabia. Sabia o que tinha que fazer

As lembranças voltaram nítidas na mente de Julia. Ela se viu novamente comendo bastante sal de um saco grande no porão onde pariu. O demônio foi expulso de seu corpo.

– E quando eu estava sozinha com o bebê... Uma parte de mim queria matá-lo. Mas, valha-me Deus, eu não consegui fazer isso. Então o coloquei pra adoção e fugi.

– Quem era o pai? – indagou Dean

– Eu era virgem.

Mais uma vez, os três trocaram olhares.

– Já viram meu filho? – tornou Julia – Ele é humano?

– Seu nome é Jesse – respondeu Dean – Ele mora em Alliance. É um bom garoto.

A mulher assentiu.

– 0 -

– E agora? – indagou Sam do lado de fora enquanto saíam.

– Precisamos de ajuda – respondeu Dean

– De quem? Do Bobby? – inquiriu Collins – Será que ele tem resposta pra isso?

– Estamos falando de um tipo de ajuda mais especial – Dean parou para explicar. Sam e Vic também.

– Especial? – indagou ela

– É, do tipo angelical.

– Espere, vocês estão falando do seu amigo anjo? O tal de...

– Castiel – completou Sam

– Nossa! Então... quer dizer que, finalmente vou ter a chance de conhecê-lo – falou entusiasmada – Eu vou ter a honra de conhecer um anjo!

– Não precisa ficar tão entusiasmada. – Dean arqueou as sobrancelhas com um sorriso irônico – Ou você se esqueceu do que a gente contou sobre eles? Anjos não são exatamente os mocinhos da história da humanidade. Só o Cass que é um caso à parte.

– Não importa! Estou louca para conhecer esse Castiel – os olhos da caçadora até brilhavam

Vic parecia uma garota fascinada por um ídolo. Dean e Sam não puderam deixar de se encantar pelo jeito tão descontraído que ela assumiu de repente. Aquela mulher era uma incógnita que sempre os surpreendia de um jeito ou de outro.

Ao notar que os dois a observavam de maneira curiosa, Collins assumiu sua postura séria.

– Bem, e aí? Nós invocamos esse Castiel? – tornou ela – Ou ele vem só da gente falar dele?

– É, antes era só a gente falar do diabo... que lá estava o Cass. Mas como te explicamos, ele marcou as nossas costelas com cunho enoquiano pra não sermos encontrados por anjos, o que inclui ele. Agora a gente o chama no modo mais moderno – tirou o telefone do bolso – Celular. – discou o número de Castiel, mas ele não atendeu. Seus companheiros o olharam com expressão interrogativa, ele balançou a cabeça – Vou deixar uma mensagem para ele nos encontrar mais tarde quando a gente voltar pra Alliance

– 0 –

Era de noite quando voltaram para o motel. Vic resolveu dar uma passada no quarto dos Winchesters para esperarem por Cass.

Quando acenderam a luz do quarto, viram o anjo parado feito estátua com seu habitual sobretudo. Victoria tomou um susto.

– Parado aí, seu demônio! – gritou e sacou de sua arma com munição de sal.

– Espere, Victoria – Sam a deteve – Ele que é Castiel, o nosso amigo.

– Ele... um anjo? – a caçadora perguntou com espanto.

Em seguida, olhou para Cass. O anjo também a encarou com certa curiosidade.

– Presumo que imaginava encontrar um ser com asas gigantes e auréola – declarou ele.

– Bem, eu... sim – gaguejou meio sem jeito – Eles até me falaram de você... quando começamos a trabalhar juntos. Só que nunca especificaram que vocês podiam assumir a forma humana.

– Os anjos não assumem a forma humana. Na verdade, não possuímos uma forma definida, pelo menos não para vocês. Se eu estivesse na minha verdadeira forma, eu lhe garanto que você já estaria reduzida a cinzas – continuou ele – Mas nós possuímos humanos.

– Como os demônios?

– A diferença que vocês têm que dizer “sim” para que possamos assumir seus corpos.

– Digamos que eles são mais educados que os demônios nesse sentido – tornou Dean – Se não fosse assim, Lúcifer e Miguel já teriam possuído o Sam e a mim há muito tempo.

– Certo. – Collins assentiu.

Na realidade, quando Sam a colocou a par da situação do Apocalipse, não explicou em detalhes sobre como era aquela situação de Dean e ele serem os pretensos receptáculos dos dois maiores arcanjos naquela batalha. Tampouco Vic quis saber mais porque era muita informação, mesmo para alguém como ela acostumada com esse mundo sobrenatural. Já era muito saber que ainda havia anjos naquela batalha e que enfrentariam o Diabo!

Por isso, Victoria achava que os anjos não deviam ser tão terríveis assim; apenas estavam cumprindo seu papel naquela guerra. Eles representavam o bem, ao contrário dos demônios; era a sua crença.

A caçadora se aproximou de Castiel com grande respeito. De repente, ficou muda de emoção. Pensou em se ajoelhar diante dele, mas o anjo a deteve.

– Não faça isso. Eu não sou Deus.

– O que eu faço então? Como eu te cumprimento?

– Apenas aperte minha mão.

– Ela está agindo quase igual a você na primeira vez que viu o Castiel – sussurrou Dean para o irmão.

Sam balançou a cabeça em sinal positivo. Estava surpreso em ver aquele outro aspecto de Victoria tanto como Dean.

– É uma honra conhecer um anjo de Deus – disse Vic.

– Você é uma caçadora difícil de encontrar, Victoria Collins.

Vic não soube o que responder. Não havia sentimento naquela sentença, dita com neutralidade. Por isso, não sabia se foi um elogio ou não, nem o que aquele anjo queria dizer.

Soltou a mão de Cass e sentou-se numa cadeira da mesa olhando para ele sem ainda acreditar que estivesse na presença de um anjo.

– Bom, suponho que recebeu nossa mensagem – Sam se aproximou junto com Dean.

– Foi sorte terem encontrado o garoto – respondeu Castiel .

– Sorte mesmo. – Dean permaneceu de pé enquanto Sam se sentava à mesa do lado oposto de Victoria. – O que fazemos com ele?

– Matem-no – foi a resposta incisiva

Os caçadores se espantaram, principalmente Victoria.

– Cass... – Dean estava confuso

– Essa criança é metade demônio e metade humano, mas é muito mais poderosa que os dois – interrompeu Castiel. – Outras culturas chamam esse híbrido de cambion ou katako. Vocês o conhecem como o Anticristo

Castiel se sentou à mesa ao lado de Collins. Um barulho de peido se fez ouvir do lado do anjo.

– Não fui eu – tornou Cass.

Tirou debaixo das nádegas a bexiga estourada.

– Quem colocou isso aí? – Dean olhou o anjo com ar zombeteiro. Este o olhou sem graça.

Collins balançou a cabeça. Até numa hora daquelas, aquele Winchester não tomava jeito. E ainda por cima, faltava com respeito a um mensageiro de Deus.

– Enfim, eu não entendo. Jesse é o filho do diabo? – indagou Sam.

– É claro que não. Sua bíblia erra mais do que acerta. O Anticristo não é filho de Lúcifer. É só prole de demônio. Mas é uma das melhores armas do diabo na guerra contra o Céu.

– Se Jesse é um morteiro demoníaco, então por que está em Nebraska? – retrucou Dean

– Os demônios o perderam. Não conseguem achá-lo. Mas estão procurando.

– E o perderam porque...?

– Por causa do poder da criança. Esconde ele de anjos e demônios. Por enquanto.

– Ele tem um tipo de campo de força ao redor dele. Que ótimo. Problema resolvido.

– Com a volta do Lúcifer, a criança vai ficando mais forte. Em breve fará mais do que dar vida a alguns brinquedos. Algo que trará os demônios até ele. Os demônios acharão essa criança. Lúcifer converterá esse garoto aos seus propósitos. E com uma palavra essa criança destruirá as hostes do Céu.

– Está dizendo que Jesse vai destruir os anjos?

– Não podemos permitir que isso aconteça.

– Está falando sério com relação a matar esse menino? – Collins parecia incrédula

Castiel assentiu.

– Espere – Sam se levantou – Somos os mocinhos. Não matamos crianças.

– Um ano atrás, você faria qualquer coisa para ganhar essa guerra! – Cass se levantou zangado

– As coisas mudam

Houve um prolongado silêncio.

– Não vamos matá-lo, beleza? – Dean se interpôs entre Sam e Cass – Mas também não podemos deixá-lo aqui. Sabemos disso. Então o levaremos para o Bobby. Saberá o que fazer.

– Vai sequestrá-lo? – replicou Cass – O que está havendo nessa cidade é o que acontece quando essa coisa está feliz. Imagina quando ele estiver zangado. Além do mais, como vão segurá-lo? Com um pensamento, ele pode estar do outro lado do mundo.

– Então falamos a verdade – diz Sam decidido – Diz que Jesse está destinado pra ir pro lado negro, beleza. Mas ainda não foi. Então se falarmos pra ele, o que ele é, o Apocalipse, tudo... Ele poderá tomar a decisão certa.

– Você não tomou – Castiel se aproximou de Sam – E eu não posso correr esse risco.

Sam engoliu em seco. Dean abaixou a cabeça como se as palavras do Anjo fossem dirigidas a ele, pois, de certa forma, sentia-se responsável pela atitude errada do irmão.

Quanto a Collins, mantinha-se calada. Ela estava pasma. Seus conceitos de fé estavam começando a serem questionados por ela. Como um Anjo podia julgar uma criança inocente por algo do qual não tinha culpa e querer exterminá-la? Anjos não deveriam proteger inocentes e vítimas? Será que Deus permitiria algo assim? Pretendia questionar Cass, entretanto, ao levantar os olhos, ele já havia sumido.

– Droga – proferiu Dean.

– 0 –

Em Elk Creek, Julia Wright trancava a porta de sua casa para sair. Um vizinho apareceu atrás dela; um sujeito gordo, e de cabelos grisalhos. A mulher tomou um susto.

– Desculpe – ela emulou um sorriso nervoso

– Não esquenta. Está bem?

– Sim. Só que hoje foi um pouco conturbado.

– Falar com os Winchesters faz isso com a gente

Ela ficou estática. O homem a prensou na porta.

– Não me reconhece, docinho? – seus olhos ficaram negros – Tivemos altas diversões juntos, não tivemos? E então nos roubou uma coisa, escondeu. Isso foi muito feio de sua parte. Então observamos e esperamos. E agora... Eles te disseram onde ele está, não foi? Acho que está na hora de visitar nosso filho.

Ele abriu a boca dela e jogou-se em forma de fumaça para o interior. O homem que estava possuído caiu desacordado. O demônio no corpo de Julia se dirigiu a passo firmes para Alliance.

– 0 –

Jesse foi pegar um copo d’água na cozinha. Ao atravessar a sala, teve a forte impressão de que havia mais alguém na casa, fora ele e os pais. Parou; não viu ninguém, talvez estivesse imaginando coisas. Deu mais alguns passos e encontrou Castiel à sua frente. Com o susto, o menino deixou o copo cair e espatifar-se. Recuou um passo.

– Não tenha medo – disse Cass – Não o machucarei.

Escondia uma adaga atrás das costas. À medida que se aproximava de Jesse, este recuava mais.

– Mãe! Pai!

– Seus pais estão dormindo. Eu lhe garanto que não vão acordar até o amanhecer - suavizou o tom de voz ao ver a expressão apavorada da criança - Eu lamento.

Castiel ergueu a lâmina para atingir Jesse. Este se encontrava sem saída ao encostar as costas na lareira da sala.

Dean, Sam e Vic arrombaram a porta da casa. Viram o menino parado e encostado na lareira.

– Tinha um cara aqui? - indagou Dean.- Em capa de chuva?

Jesse, bastante assustado, mostrou o anjo transformado em um boneco de plástico em miniatura com um punhal também de plástico.

Dean pegou o boneco. Olhou para seus companheiros e depois para o garoto.

– Jesse - chamou Victoria numa voz confortadora. O menino a olhou - Está...tudo bem agora. Viemos aqui te ajudar.

A criança os olhava desconfiado.

– Temos algumas coisas pra explicar pra você - Vic se aproximou e estendeu a mão para ele - É melhor nos sentarmos, não acha?

O garoto ainda ficou em dúvida, mas o olhar tranquilo e sincero de Collins o convenceu. Ele pegou em sua mão e deixou-se conduzir no sofá da sala. Vic se sentou ao seu lado.

Sam se acomodou numa poltrona enquanto Dean permaneceu de pé. Ele colocou Castiel em cima da lareira com cuidado.

– Ele era amigo de vocês? - perguntou Jesse

– Ele? Não? - despistou Dean

– Eu fiz isso. Mas como eu fiz isso?

– Você é um super-herói.

– Sou?

– Quem mais poderia transformar alguém em um brinquedo? Você é o super-herói, sem a capa e as botas.

O garoto confuso abaixou a cabeça. Victoria olhou com reprovação para Dean, mas este ignorou. Sabia o que a caçadora devia pensar, entretanto, foi algo que ele decidiu junto com Sam quando estavam dirigindo para lá.

Não houve tempo para deliberarem entre si como abordar aquele garoto, pois assim que Castiel se foi, concluíram que ele agiria de imediato contra o menino e apressaram-se em intervir.

– Meus parceiros e eu trabalhamos para uma agência secreta do governo - continuou Dean e agachou-se em frente ao menino - É nossa tarefa achar crianças com poderes especiais. Estamos aqui pra levá-lo para uma base escondida em Dakota do Sul, onde será treinado para lutar contra o mal.

– Como os X-men?

– Exatamente como eles.

Jesse sorriu.

– O cara pra quem estamos te levando está até numa cadeira de rodas - Dean se levantou - Você será um herói. Salvará vidas, pegará as gurias. Parece divertido, não?

Súbito, Dean foi erguido no ar e prensado contra uma parede lateral da sala próximo à lareira.

– Dean! - gritou Victoria e levantou-se.

A porta da sala se abriu. Sam, Jesse e ela viram o demônio no corpo de Julia entrar.

– Estão mentindo pra você – disse

Sam se levantou disposto a impedir a mulher, mas também foi imprensado na mesma parede que Dean. Victoria foi sacar seu revólver para atirar no demônio, mas ele percebeu a manobra e atirou a arma da moça no chão. Em seguida, jogou-a em outra parede do outro lado da sala onde a imprensou. Aproximou-se dela bastante interessado.

– Então você é a famosa Victoria Collins? - sorriu - Alguns dos meus colegas exorcizados por você me disseram que era bem bonita e gostosa. Eu só não imaginava que fosse tanto.

– Me... me solta seu filhote de cão! - ela disse com certa dificuldade por causa da pressão.

– E disseram que você tem a língua afiada também - apertou a garganta da caçadora até esta não conseguir pronunciar mais nada - Por ora, é melhor ficar quieta. Depois, que eu resolver o assunto de que vim tratar aqui, quem sabe... possamos nos divertir

– Deixe a Victoria em paz, desgraçado! - esbravejou Sam.

– Continue quietinho aí, bonitão - o demônio se virou para ele e imprensou-o um pouco mais - Não posso machucá-lo. São ordens.

O menino havia se levantado do sofá. O ente maligno se postou diante dele e olhou para Dean.

– Já, você? Machucá-lo é animador.

Jogou o caçador de uma parede para outra do lado da lareira.

– Deixe-o em paz! - gritou Jesse

– Jesse, você está lindo! - aproximou-se e abaixou-se na altura do rosto do menino - Tem os olhos do seu pai.

– Quem é você?

– Sou sua mãe.

– É nada - negou com a cabeça.

– Você é metade humano e metade nós.

– Ela quer dizer demônios, Jesse! - interviu Dean

A mulher torceu garganta do Winchester para travar sua voz.

– Essas pessoas que você chama de pais mentiram pra você também - tornou a entidade - Você não é deles. Não mesmo.

– Meus pais me amam.

– Será? É por isso que te deixam sozinho o dia todo? Porque te amam tanto? Essas pessoas, esses impostores... Te disseram que a fada do dente era real e que seus brinquedos podiam machucá-lo e muitas outras coisas que são mentira. Te amam tanto que tornaram sua vida uma mentira. Olhe no seu coração, Jesse. Sempre soube que não era filho deles, que era diferente. Todo mundo mentiu para você. Não são agentes do FBI - mostrou com a cabeça Sam, Dean e Vic - E você não é um super-herói.

– O que sou então?

– Você é poderoso. Pode ter e fazer o que quiser.

– Não a escute, Jess! - Dean conseguiu falar.

– Te trataram como uma criança. Ninguém confiou em você. Todos mentiram pra você. Isso não te deixa com raiva?

O menino apertou o punho, fez a casa tremer e o fogo aparecer na lareira. A luz da sala começou a falhar.

– Viu? Te deixa com raiva. Mas estou te dizendo a verdade, Jesse. Não seria melhor se não existisse mentiras? Venha comigo... E pode limpar tudo. Recomeçar. - um vaso ao lado deles se quebrou - Imagina isso. Um mundo sem mentiras.

A parede onde estavam Dean e Sam abriu uma rachadura e o quadro com uma foto de Jesse e seus pais caiu no chão.

– Ela tem razão. Mentimos pra você. Mas te direi a verdade. Só quero lhe dizer... - o demônio tentou impedir Sam ao apertar sua garganta

– Pare com isso - Jesse libertou Sam que caiu da parede com os pés no chão - Eu quero ouvir o que ele tem a dizer.

– É mais forte do que pensei - o demônio se admirou do poder da criança

– Mentimos pra você. Desculpe. Eis a verdade: Sou Sam Winchester. Esse é meu irmão, Dean - apontou para Vic do outro lado da sala - E aquela... é nossa colega, Victoria Collins. Nós caçamos monstros.

– Exceto no caso de você ser o monstro, né, Sammy? - Julia esboçou um sorriso irônico

– Essa mulher bem aí, seu nome é Julia. Ela é sua mãe, mas a coisa dentro dela, a coisa com a qual você está conversando... é um demônio.

– Um demônio? – perguntou o menino

– Ele só faz mentir pra você desde que o conheceu. Não o escute – disse Julia – Castigue-o.

– Sente-se e cale a boca – ordenou Jesse e fez uma cadeira deslizar e bater nas pernas da mulher, obrigando-a a se sentar. O demônio ficou preso à cadeira e incapaz de emitir palavras.

– Tem uma guerra entre anjos e demônios, e você faz parte dela – continuou Sam.

– Sou só uma criança.

– Pode ir com ela se quiser. Não posso impedi-lo. Ninguém pode. Mas se você for, milhões de pessoas morrerão.

– Ela disse que sou metade demônio. É verdade?

– Sim. Mas você é metade humano também. Pode fazer a coisa certa aqui. Tem escolhas, Jesse. Mas se fizer as erradas, elas te assombrarão pelo resto da vida.

– Por que está me dizendo isso?

– Porque tenho que acreditar que alguém pode fazer a escolha certa, mesmo eu não tendo conseguido.

Sam olhou para o garoto como se visse a si mesmo.

– Sai dela – ordenou Jesse ao olhar para Julia.

A cadeira se arrastou para trás e uma fumaça negra saiu da mulher e subiu pela chaminé.

Dean e Victoria foram soltos e caíram sobre os pés. Ambos estavam boquiabertos.

– Como fez isso? – perguntou o Winchester

– Fazendo – Jesse deu de ombros

– Guri... você é demais – disse ofegante.

– Estão... bem? – indagou Victoria em tom neutro para os rapazes

Os dois assentiram.

– E você? – perguntou Sam

A caçadora confirmou com a cabeça.

– Ela vai ficar bem? – Jesse indicou Julia

– Com o tempo – garantiu Dean.

Ele pegou o Castiel em miniatura que caiu no chão.

– Olha, a verdade é que... ele é meio meu amigo – disse com ressalvas – Será que poderia transformá-lo de volta?

– Ele tentou me matar.

– Ah, é. Mas ele é um bom sujeito. Só estava confuso – como Jesse não fizesse nenhum movimento ou nada dissesse que fosse favorecer a Castiel, Dean resolveu deixar o assunto de lado. Pôs Cass de volta à lareira – Está bem. Foi uma longa noite. Falamos disso depois.

– E agora?

Os caçadores se entreolharam.

– Agora o levamos a algum lugar seguro, vamos treiná-lo. Será útil em uma luta, guri.

– E se eu não quiser lutar?

Foi a vez de Sam intervir:

– Jesse... Você é poderoso. Mais poderoso do que... qualquer coisa que já vimos. Isso te torna...

– Uma aberração?

– Pra algumas pessoas, talvez. Mas não pra nós. Nós também... quer dizer, Dean e eu também somos aberrações.

Victoria teve vontade de dizer que não considerava seus dois companheiros aberrações, mas preferiu se manter calada.

– Não posso ficar aqui, né?

– Não – tornou Dean – Os demônios sabem onde está e virão mais.

– Eu não irei sem meus pais.

– Não há nada mais importante do que a família – concordou Sam – Entendemos isso. E se realmente quer levá-los com você, nós te apoiaremos. Mas tem que entender, que vai ser perigoso pra eles também.

– Como assim?

– Nosso pai... Ele nos levava consigo pra todo lugar – explicou Dean

– Onde ele está agora?

– Morto. Um demônio o matou – disse Sam

– Os meus pais... também – contou Vic. O relato dos Winchesters a fez se lembrar de sua própria história – O meu pai... Jack Collins era um caçador e tentou nos levar pra longe de tudo o que era mal, mas ele e minha mãe... acabaram mortos por demônios.

Tanto Dean e Sam ficaram surpresos com aquela confissão de Collins. Ela nunca falava de si. Nunca falava de seus gostos pessoais, de suas preferências e muito menos sobre seu passado.

– Sinto muito – proferiu Jesse ao olhar a caçadora. Ela sorriu para ele.

– Olha, Jesse – interrompeu Dean e agachou-se em frente do garoto - Depois que estiver nessa luta... você estará nela até o fim. Na vitória ou derrota.

– O que devo fazer?

– Não sabemos lhe dizer. A escolha é sua. Não é justo, eu sei – Sam foi sincero.

O menino ficou em silêncio meditando por alguns instantes.

– Posso ir ver meus pais? Preciso me despedir.

– Claro – concordou Dean.

Jesse subiu as escadas, virou um corredor à direita e entrou no quarto dos pais. Eles ainda estavam sob o efeito do profundo sono que Cass os mergulhou. Olhou-os com ternura. Depois, foi para o próprio quarto, deitou na cama e pensou naquela decisão que mudaria radicalmente sua vida.

Por que o mundo era tão complicado? Não pediu para ter aqueles poderes. Só queria ser uma criança como as outras e viver uma vida normal. Era muito?

Olhou de modo distraído para uma das paredes de seu quarto e viu as fotos que gostava de colecionar sobre surf. Sentou-se e mirou com atenção uma legenda num dos pôsteres. Falava sobre as grandes ondas nos mares da Austrália.

Enquanto isso, os caçadores aguardavam o menino na sala. Vic estava sentada no sofá; Sam e Dean estavam perto da lareira.

– Ele está lá em cima já faz um tempo – disse Dean

Victoria se levantou.

– Será que... – antes que ela terminasse a frase, os três, como se combinassem, subiram as escadas correndo e foram até o quarto do garoto. Estava vazio.

– Ele se foi – disse Castiel de volta à sua forma original ao surgir repentinamente no aposento.

– Pra onde? – inquiriu Dean.

– Não sei. Jesse colocou todo mundo na cidade de volta ao normal, os que ainda estavam vivos. Daí desapareceu.

Victoria notou um papel em cima da cama. Pegou-o e abriu-o.

– Ele deixou isso.

– O que diz? – indagou Dean

– Que ele tinha que partir pra manter seus pais a salvo, que ele os ama e... que lamenta.

– Como o achamos?

– Com os poderes do garoto, não podemos – contestou Cass – A não ser que ele queira ser achado.

– Que ótimo, não é? – Victoria ficou subitamente irritada – Acho que ele fez muito bem no final das contas. Depois de você o ter assustado, não é... “anjo”?

Cass pareceu surpreso com o tom da caçadora tanto quanto os Winchesters.

– Eu sempre acreditei em anjos e sempre pensei que vocês existiam para nos proteger – continuou – Quando os Winchesters me contaram sobre a guerra de vocês, achei que estivessem exagerando ao falar que eram implacáveis. Mas agora eu vejo e, detesto admitir, eles estavam certos a respeito de vocês. Quem pensam que são para decidir quem morre ou quem vive?

– Eu não tive outra opção. Era um sacrifício que precisava ser feito por todos nós – justificou-se o Anjo.

– Ele é só uma criança! Não tem culpa de ser o que é. E você o condenou simplesmente por isso! – ela balançou a cabeça – Você tinha razão. Você não é Deus. E como os outros como você, pode ser tão ruim quanto os demônios que combatem.

Os Winchesters ficaram mudos com as acusações de Victoria. Acharam que Cass fosse revidar com alguma boa resposta, todavia, ele apenas disse:

– Os pais do garoto só vão acordar pela manhã. Eu preciso ir.

E sumiu.

– Que ótimo! Parece que a verdade doeu nele

– Está satisfeita? – tornou Dean irritado – Você conseguiu ferir os sentimentos do Cass!

– Eu feri os sentimentos dele? Ah, por favor, Winchester. Que eu saiba foi ele quem tentou matar uma criança.

– O que o Cass tentou fazer não foi o correto, mas ele só estava querendo proteger a todos nós.

– E não o defenda! Você também agiu muito errado com aquele menino com suas historinhas. X-men, Super-homem?

– E queria que a gente contasse de cara a verdade pra ele?

– Funcionou por acaso? Aquele demônio quase conseguiu manipular o Jesse. Ainda bem que o menino mostrou ter mais juízo do que você.

– Ah, e você é a grande caçadora! A perfeição em pessoa, que nunca erra!

– Pelo menos não fui eu quem começou o fim do mundo e nem foi por minha culpa que o Bobby foi parar numa cadeira de rodas!

Collins ser se arrependeu imediatamente do que disse, mas não voltaria atrás em suas palavras. Dean ficou furioso; não mais escutaria os desaforos daquela mulher, não mesmo. Entretanto, o som de um soco na cômoda do quarto e uma voz que não era sua se fez ouvir:

– Cala essa maldita boca!

Era Sam. Até então ele estava calado só observando, mas a última sentença de Victoria foi demais para ele. Pisou em dois calos seus.

– O quê? – Collins pensou ter escutado mal

– Eu disse pra você calar essa maldita boca – Sam abaixou o tom, mas ainda era ríspido – Quem você pensa que é pra agir e falar de qualquer maneira com as pessoas? Como você se atreveu a falar daquele jeito com o Cass? Você não o conhece, mas ele é meu amigo e do Dean – sorriu de maneira irônica – Nossa! Pra quem ficou quase devota de um anjo, foi uma reviravolta e tanto!

– Olha, Winchester...

– Você já falou muito. Tem falado muito comigo e com o Dean da forma que quis. Agora é você que vai ouvir.

Dean estava boquiaberto. Victoria se calou. Estava surpresa com a fúria estampada no rosto de Sam apesar dele manter o tom de voz baixo.

– Você não sabe nada sobre mim e o Dean. Eu só fiz um relato pra você de todas as coisas que nos aconteceu até aqui. Mas você não pode calcular o quanto difícil foi e tem sido. Nós cometemos erros? Sim. Eu fiz uma grande besteira em abrir aquele maldito último selo? Sim. Eu até admito que somos os causadores indiretos do Bobby estar naquela cadeira. Mas eu não fico jogando na cara das pessoas o que elas fazem de errado só com o propósito de magoá-las. – fez uma pausa -. Eu errei muito, mas sei que acertei várias vezes também e salvei muitas vidas. E tudo o que me aconteceu, como ver minha namorada morrer queimada no teto, não foi pra chegar aqui e ter alguém como você me dizendo que péssimo caçador eu sou. – inspirou e expirou um pouco de ar – Não sei o que aconteceu pra você se tornar essa mulher tão amarga, eu tentei compreender, mas não dá mais. Chega!

Um longo silêncio se fez. Victoria estava pasma com tudo o que Sam lhe disse. Dean mais ainda do que ela.

– Você também não sabe nada sobre mim, Winchester – retrucou por fim atingida por cada palavra – Não se atreva a me julgar.

– A única que tem feito isso esse tempo todo é você. Nós não precisamos de alguém que fique o tempo todo criticando nosso trabalho e querendo ensinar o que devemos fazer. Se você entrou na equipe pra isso, perdeu seu tempo.

– Eu quero deixar bem claro que eu só estou nessa com vocês porque o Bobby me pediu! – esbravejou Vic

– Ah, é mesmo, Senhorita Sei-de-tudo-e-não-precisam-que-me-digam-o-que-fazer? – tornou Dean com sarcasmo – Então faça um favor pra todos nós: pega a merda dessa sua pose de gostosona que acha que tá no controle da situação e cai fora. E que se dane o Bobby se ele não gostar!

– Dean. – Sam repreendeu o irmão num tom mais ameno

– Bem que eu gostaria, Winchester – replicou a moça num tom mais controlado – Mas eu nunca deixo um trabalho por terminar. Eu me comprometi em ajudar vocês a limparem a merda do Apocalipse que vocês começaram e vou até o fim. Mesmo que eu tenha que aturar vocês por meses. – deu uma breve pausa – Então se prepare pra me engolir por um bom tempo.

Calou-se. O ambiente estava carregado. Os Winchesters olhavam para ela e vice-versa. Esperavam que mais alguma palavra fosse dita. Foi Sam que quebrou aquele silêncio incômodo:

– É melhor irmos embora. Temos que voltar pro motel e pegar nossas coisas.

Nem Dean e nem Victoria disseram mais nenhuma palavra. A caçadora foi a primeira a sair do aposento. Sam a seguiu e depois Dean.

Do lado de fora, Collins entrou em seu carro e deu partida. Dean e Sam entraram no Impala preto. Não trocaram nenhuma palavra. Porém, ambos sabiam que as coisas entre Collins e eles a partir dali ficariam ainda piores. 


Notas Finais


Bem, eu gosto muito da Victoria, mas concordo que ela mereceu ouvir cada palavra que o Sam disse. Mas ela tem certos motivos (não justificativas) que a fazem ser assim. Com o decorrer da trama, vai ser revelado tudo que a tornou essa mulher dura.

E aposto que consegui surpreender! Quem diria? Foi o Sam, o caladinho, o quietinho que falou umas boas verdades pra Vic. É, o Sam é um personagem bem mais complexo de trabalhar a composição do que o Dean. Ele é aparentemente o bom moço, o tipo politicamente correto, mas tem suas nuances sombrias.

Eu meio que estava deixando o Sam apagado nessa fic e não era essa minha intenção e sim trabalhar um pouco mais o lado pervo do Sam.

Sobre como ficará a relação desses três, não se preocupem. A partir do próximo caso, a Victoria finalmente vai começar a ser mais amiga deles. Isso porque o caso vai estar relacionado a uma parte do passado da vida dela e vai envolvê-la como potencial vítima. E ela vai precisar muito da ajuda dos Winchesters.

Ah! Por último, sei que estão doidas para rolar um beijo entre ela e os Winchesters. Adianto que acontecerá daqui a uns seis capítulos no máximo (talvez até menos). Mas não vou falar com quem. E não será só um beijo, será AQUELE beijo. OK?

Até a próxima.


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