1. Spirit Fanfics >
  2. Almas Trigêmeas >
  3. É Difícil Dizer Adeus - (parte 2) - Final

História Almas Trigêmeas - É Difícil Dizer Adeus - (parte 2) - Final


Escrita por: jord73

Notas do Autor


Bom, o último capítulo da fic. Não deixem de ler as notas finais. Espero que gostem!

Capítulo 58 - É Difícil Dizer Adeus - (parte 2) - Final


Fanfic / Fanfiction Almas Trigêmeas - É Difícil Dizer Adeus - (parte 2) - Final

Anteriormente:

– Ah... Er... Desculpem... Meu nome é Victoria Collins. Prazer – aproximou-se deles e estendeu a mão sem direcioná-la a um dos dois em especial.

– O prazer... é meu – respondeu Sam ainda meio apalermado, levantou-se do sofá e adiantou-se em apertar a mão dela. Ambos sentiram uma eletricidade percorrer seus corpos naquele simples contato – Me chamo... Sam Winchester.

 (...)

– Ah, Vic, não sei o que faria sem você – ele relaxou a expressão e pegou no rosto dela

– E eu sem você... – a voz dela assumiu um tom angustiado - Sam, te pedi pra não fazer aquilo de novo. E você fez.

– O quê?

– Morrer. Você estava disposto a se matar à toa?

– Não era à toa, Vic. Eu me libertei do Tormento.

– Mas você nem tinha certeza de que ia dar certo.

– Não, mas matar você e Dean seria pior que morrer. E isso eu não podia permitir. – tomou fôlego – Vic, a maneira que você me olhou enquanto eu apontava a arma pra você... a confiança e o amor que vi nos seus olhos mesmo eu ameaçando sua vida... foi o que me deu forças pra me libertar. Acha que eu conseguiria suportar a ideia de te ferir? Não. Eu prometi a Bobby que te protegeria, prometi também ao meu irmão... e a mim mesmo. E vou cumprir isso não importa o que tiver que fazer.

 (...)

– Eu tenho que dizer isto. Eu não sei se é o lance de ser o irmão mais velho... mas para mim você sempre foi o irmão caçula que eu tinha que manter na linha. Acho que nós dois sabemos que não é mais assim. – suspirou – Droga, se você cresceu o bastante para ter fé em mim... o mínimo que eu posso fazer é retribuir. Então, que se dane o destino. Que se dane mesmo. Se vamos lutar contra ele, que seja do nosso jeito.

– Parece bom.

 (...)

“No dia 21 de abril de 1967... o centésimo milionésimo automóvel da GM foi fabricado em Janesville. Um Caprice Azul de duas portas. Houve uma grande cerimônia, discursos. Até o governador apareceu. Três dias depois, outro carro foi fabricado. Ninguém deu a mínima para ele.”

- Mas deveriam – sussurrou Chuck para si mesmo enquanto digitava as palavras que lhe assomavam a mente como uma inspiração de alguma profecia.

“Porque este Chevrolet Impala 1967... se transformaria no carro mais importante...”

- Não, no objeto mais importante em todo o universo – corrigiu-se o profeta

 (...)

– Me prometa outra coisa também, Dean – continuou Sam.

– O quê?

– Que você vai cuidar da Vic por mim.

– Ahn... é claro – o loiro concordou meio sem jeito - Vou dar meu apoio a ela, ser um ombro amigo.

– Não, Dean, não foi isso que eu quis dizer.

– Então... não entendo.

– Quando eu disse pra você cuidar dela, eu quis dizer... – fez uma pausa. Custava-lhe dizer aquilo, porém, não podia ser egoísta – Eu quis dizer pra você ficar com a Vic e passar o resto de sua vida ao lado dela.

 (..)

- Só estava brincando com vocês – disse – Sammy se foi há tempos.

- Não! – Vic quis avançar nele, porém, Dean a deteve, segurando-a. – Deixe ele, desgraçado!

Lúcifer a ignorou, virou-se para a prisão e pronunciou algumas palavras, fazendo-a se fechar. Aproximou-se da parede e apanhou o triângulo, analisando-o como se fosse apenas um objeto interessante. Alternou seu olhar para os dois caçadores. Um olhar de desdém.

- Eu falei... que isso aconteceria em Detroit. – voltou-se com sorriso malicioso para Victoria – Você se aproveitou bem deste corpo, minha cara, não seja egoísta. Agora é a minha vez.

E sumiu. Por um curto tempo, nenhum dos dois soube o que dizer ou fazer. Dean ainda segurava Victoria.

- Ele... Nós... – Vic começou a balbuciar –... o Sam...

- Nós falhamos. Ele venceu. Sam está perdido – foi Dean quem concluiu. Era penoso admitir, mas era a dura verdade.

 

É Difícil Dizer Adeus (2ª parte) - Final

Em um velho teatro abandonado e prestes a entrar em reforma, Lúcifer estava reunido com um grupo de cinco demônios que aguardavam suas ordens.

Caminhou no meio deles. Mexia e estalava os ossos do braço e da mão como se estivesse com algum incômodo.

- Sam. Vamos – disse com expressão desdenhosa para seu receptáculo, o interior dele. – Posso sentir você... se arranhando aí dentro. – fitou o próprio reflexo num espelho num camarim ali perto. Aproximou-se do recinto– Olhe. Vou parar com a piada, certo? Você me entendeu mal, garoto.  – no espelho, o reflexo dele ganhou vida própria. Era Sam com expressão de revolta – Não sou o vilão aqui.

- Vou acabar com você de dentro para fora. Entendeu? – vociferou Sam

- Quanta raiva, jovem Skywalker – Lúcifer mordeu o lábio com ar despreocupado – Está com raiva de quem? De mim... ou do rosto no espelho?

- Sei que isso é uma piada para você.

- De jeito nenhum. Esperei por você... por muito... muito tempo...Vamos, Sam. Tem de admitir... pode sentir, certo?

- O quê?

- A alegria. E sabe o porquê disso? Nossas duas metades fazem um todo. Feitos um para o outro. Literalmente.

- Isso está longe de ser bom.

- Estou dentro de sua cuca, Sam. Não pode mentir para mim. Vejo tudo. O quão estranho sempre se sentiu. O quão deslocado naquela sua família. E por que não se sentiria? Era uma família adotiva. E quanto a essa sua namoradinha... você às vezes tentava se mostrar para ela melhor do que aparentava... por não se sentir à altura. E sabe por que? Porque tinha medo de ela se assustar com seu lado mais sombrio – riu – Não vê, Sam? Eu sou sua família e sou seu verdadeiro amor. O único que realmente te entende e te aceita.

- Não é verdade. – Sam negou com voz trêmula.

- É verdade. E sei que sabe disso. Todas as vezes que fugiu do seu pai e do seu irmão, não estava fugindo deles. Estava vindo para mim. Todas as vezes que reprimia um mau pensamento ou um impulso mais agressivo... qualquer coisa que pudesse sujar sua imagem diante da grande Victoria Collins, era em mim que você se reconhecia... em que se via. – Sam balançou a cabeça para os lados em negativa com expressão angustiada – Isso não precisa ser uma coisa ruim, sabe. Eu deixei o Dean e a Victoria viverem, não foi? Quero que eles vivam. Também trarei seus pais de volta. Quero que seja feliz, Sam.

- Não quero nada de você!

- Mesmo? Nem mesmo uma pequena vingança?

- O que isso quer dizer?

- Olhe mais de perto. – voltou o rosto para o grupo que estava com ele, mais atrás – Nenhum desses demônios lhe parece familiar?

- Aquele é o senhor Bensman. – reconheceu um homem branco de compleição robusta e cabeça raspada – Um dos professores no colégio.

- E aquele é seu amigo Doug, daquela época em East Lansing. E Rachel... seu par no baile de formatura. – o Diabo abriu os braços para os lados – Sam Winchester, esta é a sua vida. A turma do Azazel. Tem observado você desde pequeno. Comandando você como um cachorro em uma coleira. – a face de Sam se tornou lívida. Uma onda de revolta lhe preencheu por dentro – Sei como se sente quanto a eles. Eu também. Então, o que acha de aliviarmos a tensão?

- 0 –

- Relatos estão chegando. Um terremoto de 7.6 em Portland, em Boston, mais em Hong Kong, Berlim e Teerã. – a âncora de um grande telejornal anunciava as notícias enquanto se passava as imagens dos lugares apontados – O Departamento Geológico não tem explicação, mas espera muitos mortos. Vamos agora para...

- Está começando – anunciou Castiel a seus companheiros.

Ele, Bobby, Dean e Vic acompanhavam as notícias diante de uma vitrine com várias televisões de uma loja nas ruas de Detroit. Estavam todos desalentados, sobretudo os dois últimos.

- Ainda acha, gênio? – retrucou Dean irônico                                                                                                           

- Não precisa ser baixo – tornou Cass

- O que fazemos? – indagou Victoria sem se virar. O olhar vazio fixo ainda nas TVs.

- Sugiro tomarmos todas. Esperando pela onda de choque.

- Sim, bem, obrigado, Bukowski. – tornou Dean sarcástico – Como paramos isso?

- Não paramos – Cass o encarou sério – Lúcifer encontrará Miguel no campo escolhido. E a batalha do Armageddon começa.

- Bom, onde é esse campo escolhido?

- Não sei.

- Deve haver algo que possamos fazer!

- Desculpe, Dean. Acabou.

- Ouça, seu maricas. Não vamos desistir!

- Nunca houve muita esperança – retrucou Bobby se intrometendo na conversa – Não há mais o que fazer.

O Winchester fitou pasmo a ambos. Havia desalento em suas expressões.

- Dean, vamos ali ao bar um pouco – disse Vic o fitando e apontou um estabelecimento a poucos metros deles – Quero falar com você.

- O que você quer falar com ele que não pode ser aqui mesmo? – indagou Bobby desconfiado.

- Eu só quero conversar a sós com ele. – ela encarou o velho caçador com expressão neutra, embora houvesse frieza em sua voz – Será que posso?

Houve um momento de tensão. Bobby não replicou, via a expressão vazia no rosto de Victoria

- Vamos, Dean – disse ela sem esperar resposta e puxou o caçador pela mão. Voltou-se para Bobby e Castiel – Voltamos logo.

 

- 0 –

Os demônios que rodeavam Lúcifer estavam mortos, alguns com os corpos completamente destroçados. Ele estava sentado num degrau de uma pequena escada, o olhar indiferente. Virou-se para um espelho caído e partido e viu sua imagem, a de um Sam pasmo e assustado consigo mesmo.

- Já estamos nos divertindo? – perguntou o arcanjo

Sam não conseguiu encará-lo. Por mais que aquelas criaturas fossem demônios desprezíveis, sentia-se enojado por ceder a um impulso incentivado pelo Diabo.

- 0 –

Chuck observava o último parágrafo que havia escrito e aguardava inspiração para as próximas palavras que brotariam em sua mente quando o telefone ao seu lado tocou. Atendeu não sem antes soltar um suspiro pela interrupção.

- Dona Magda – sorriu ao se recordar da pessoa que poderia estar do outro lado da linha.

- Er... não, Chuck – era a voz de Dean.

- Oh... Ah, Dean... – sentiu-se constrangido – Não sabia que ia ligar.

- Quem é Dona Magda? – o caçador e Victoria se encontravam no Impala em cima de uma ponte. O celular em cima do painel do carro e no viva-voz

- Nada. Ela é... Só... Uma amiga íntima.

- Posso apostar... íntima.

Vic não pôde deixar de rir. Uma risada no meio de tanta tensão.

- Quem está aí com você? – ele ficou mais constrangido ao escutar os risos.

- Sou eu, Chuck. Victoria.

- Er... oi, Victoria.

- Me diz aí... E a Becky? Os rapazes me disseram que vocês dois...

- Não deu certo. – interrompeu ele – Eu a respeitava muito.

- Vocês tinham um lance de virgem prostituta.

- Dean! – Vic o repreendeu

- Mas é verdade – ele deu de ombros.

- Vocês não devem ter ligado por isso. – retomou Chuck

- Sam disse sim. – respondeu Dean

- Eu sei. Eu vi. – afirmou com pesar – Estou trabalhando no texto.

- Você é a nossa única esperança, Chuck – declarou Victoria com pesar – Tem que nos ajudar.

- Mas... o que eu posso fazer? Sou apenas um profeta.

- Por isso mesmo... – tornou Dean – Você viu onde a luta maior acontece?

- Os anjos mantêm isso em segredo. – suspirou – Muito segredo.

- Droga! – praguejou Dean. Vic mordeu os lábios com frustração.

- Mas vi do mesmo jeito. – sorriu – Vantagens de ser profeta. É amanhã, meio-dia em ponto. Em um lugar chamado Cemitério de Stull.

- Cemitério de Stull... – Dean ficou pensativo.

- Sabe onde é? – perguntou Vic esperançosa – Porque não faço a menor ideia.

- Espere. Acho que sei sim... – fitou-a – É um antigo cemitério no interior de Lawrence. – voltou-se para o aparelho – Por que Lawrence, Chuck?

- Não sei – respondeu ele – Tem que terminar onde começou, acho.

- Sabe alguma forma de atrapalhar?

- Além dos anéis? Não. Desculpe.

- Alguma ideia do que acontecerá depois? – insistia Dean

- Quisera ter. Mas, honestamente, não sei.

- Está bem. Obrigado, Chuck – disse com voz desanimada. Desligou.

- Dean... não vamos desistir agora. Pensaremos em algo. Pelo menos sabemos onde eles estarão. – Vic colocou a mão em seu ombro para animá-lo.

Ele assentiu e fitou-a comovido. A ideia de se comunicar com Chuck foi dela.

 Vic o chamou para aquele bar apenas para despistar tanto Bobby como Castiel. Havia outra saída nos fundos do estabelecimento.

Como ela viu que nem o velho caçador e nem o anjo pareciam dispostos a colaborar, decidiu que somente a ela e a Dean cabia tentar mais algum recurso.

Embora houvesse fraquejado assim que viu o Diabo se apossar de Sam, Vic não podia entregar os pontos. E pelas palavras de Dean há pouco, também percebeu que ele se sentia igual, mesmo que também houvesse fraquejado como ela num primeiro momento.

- Vamos para o seu carro. Lá eu te digo.– declarou para ele

Dean a encarou com ar interrogativo, porém, ela nada mais lhe disse. Assim que entraram no veículo que se encontrava estacionado numa rua paralela, ela prosseguiu:

- Vamos lá naquela ponte – indicou o lugar – Rápido.

Ele dirigiu até lá. Desligou o motor tão logo chegaram no meio da ponte. Virou-se para Vic:

- Você pensou em algo para revertermos isso, não é?

- Sim. E pelo o que ficou claro, Bobby e Cass não vão nos ajudar. São capazes até de nos desestimular.

- O que você tem em mente?

- O único que pode nos informar sobre o campo de batalha onde Sam estará é alguém que esteja a par de todas as informações ligadas a anjos.

- Chuck. – ele abriu a boca surpreso com a constatação – É mesmo.

- Ele deve saber também algum modo de impedir tudo isso.

- Certo, mas...

- Mas?

- Não sei se é uma boa ideia que você vá. A gente combinou...

- Dean Winchester, nem pense em tentar me impedir. – ela o olhou com advertência – Se não quiser me levar, eu juro que pego uma carona ou até mesmo compro uma passagem de avião e chego no lugar mais cedo do que você.

- OK, teimosa. – levantou os braços em sinal de trégua e com uma careta de reprovação – Vai ser como você quiser.

Era melhor que fosse com ele. Sabia que ela era bem capaz de fazer o que dizia. Não correria o risco de deixa-la sozinha enfrentar Lúcifer ou mesmo Miguel. E, além disso, havia a possibilidade de ela se atirar naquela gaiola. Tinha que estar por perto para evitar um e outro.

Ligaram para Chuck e já tinham a informação. Agora só faltava pensar em como impedir aquela batalha.

- Talvez a gente deva tentar falar com o Sam – declarou Vic – A presença de nós dois lá pode fazer com que ele surja e lute contra o Diabo.

- É, pensei nisso – virou-se para ela – Mas é arriscado.

- Não me importo. Tem que ser feito.

Ele acenou com a cabeça. Batidinhas leves no vidro da janela da porta do lado de Victoria os sobressaltou. Iam pegar suas armas quando viram do lado de fora a fisionomia de Bobby. Entreolharam-se surpresos e saíram do veículo. Cass também estava lá ao lado do velho caçador

- Vão a algum lugar? – indagou ele com expressão severa.

- Tio... – começou Vic

- Sabe... não ia ouvir a conversa de vocês no bar se estivessem mesmo lá. Mas Cass e eu também resolvemos afogar nossas mágoas no mesmo lugar.

Nenhum dos dois retrucou. Apenas abaixaram os rostos envergonhados por serem pegos.

- Vão fazer algo estúpido – prosseguiu

- Vamos falar com Sam – admitiu Victoria

- Estão loucos.

- É o Sam, tio! Nem Dean e eu podemos desistir!

- Você vai leva-la pra ser morta pelo Diabo? – alfinetou Singer ao se dirigir a Dean

- Você conhece sua sobrinha muito bem... e ela já é crescida. Com ou sem mim, ela irá. – retrucou ele – E quer saber? Acho isso muito bom. Ao menos tem mais alguém além de mim que não vai entregar Sam de bandeja assim!

- Merda! O que tem na cabeça de vocês dois?

- É como a Vic disse. É o Sam!

- Não pode chegar a ele aqui, imagine no campo de batalha – interveio Castiel

- Se já perdemos, então não temos nada a perder, não é?

- É. Não vamos ficar de braços cruzados esperando pelo fim. Cedo ou tarde, ele vai chegar para todos. – declarou Vic

- Só quero que entendam... A única coisa que verão lá... é Miguel matando Sam.

- Então não vamos deixa-lo morrer sozinho. Vamos, Dean?

Dean não soube o que responder. Havia prometido a Sam proteger Victoria. Porém, ele também não podia deixar o irmão fracassar e morrer nas mãos de Miguel sem cumprir seu propósito. Era loucura, mas talvez devesse dar aquela opção a Victoria. Era a única que o compreendia e partilhava do seu sentimento pelo irmão.

- Certo, Vic – disse por fim.

- Fale por você! – esbravejou Bobby – Se quer se matar, vá, mas não vou perder a Victoria assim.

- Como o Dean disse, eu sou crescida. Não preciso de sua permissão para dispor da minha vida do jeito que quiser

A expressão de Bobby se contorceu magoada. Collins não se importou. Ela e Dean se afastaram.

- Vic... – Bobby a chamou, mas ela não se virou.

Entrou no carro junto com Dean. Bobby e Castiel apenas ficaram lá os observando se afastar.

- 0 –

Um corvo preto passou voando e grasnando pelo Cemitério de Stull. Lúcifer já estava à espera de Miguel. Escutou um movimento atrás de si e se virou. Era seu irmão no corpo de Adam.

- Bom ver você mais uma vez, Miguel – disse abandonando a postura zombeteira pela qual se apresentou nos últimos encontros. Essa seria a última vez.

- Igualmente – retrucou Miguel frio. – Embora não tenha muito tempo em que nos falamos.

- Dá para acreditar que finalmente chegou a hora?

- Não. Na verdade, não.  – admitiu um pouco mais solícito e aproximou-se até estar a poucos centímetros. Suspirou – Está pronto?

- Como nunca. – assentiu – Uma parte de mim deseja não termos de fazer isto.

- Sim. Eu também – concordou Miguel

- Então por que faremos?

- Sabe o porquê. Não tenho escolha, depois do que fez.

- O que eu fiz? E se não for minha culpa?

- O que isso quer dizer?

- Pense. Papai fez tudo. O que quer dizer que ele me fez quem sou. Deus queria o diabo!

- E? – retrucou Miguel com tédio

- Por quê? E por que nos fazer brigar? Não entendo qual a razão.

- O que quer dizer?

- Vamos nos matar. E para quê? Um dos testes do papai. Nem sabemos a resposta. – Miguel engoliu em seco. – Somos irmãos. Vamos sair do tabuleiro de xadrez.

- Desculpe. – disse Miguel após hesitar por dois segundos – Não posso fazer isso. Sou um bom filho. Tenho ordens.

- Mas não tem que segui-las.

- Acha que vou me rebelar? Agora? Não sou como você.

- Por favor, Miguel...

- Não mudou nada, irmãozinho. Sempre culpa os outros, menos você. Estávamos juntos, felizes. Mas você me traiu, todos nós. E fez o nosso pai ir embora. Até Isabel saiu do Céu por sua causa e... fui obrigado a mandar persegui-la com um decreto de morte até hoje.

- Ninguém faz papai fazer coisa alguma. Ele está fazendo isso conosco. – fez uma pausa. Esboçou um sorriso irônico – E não me culpe por Isabel. Não finja que você a tolerava... O que eu fiz foi só uma desculpa pra você se voltar contra ela.

Por instantes, nenhum dos dois se pronunciou. Ambos se fitaram com desafio. Foi Miguel quem quebrou o silêncio sem demonstrar abalo pelas palavras do irmão:

- Você é um monstro, Lúcifer. Tenho de mata-lo.

- Se é assim que tem de ser... – declarou pesaroso. Em seguida, fitou com fúria o irmão –... então gostaria de vê-lo tentar.

Giraram entre si como dois leões se precavendo para o ataque e a defesa. Antes que qualquer um deles fizesse algum movimento, escutaram um barulho de motor a poucos metros.

Eram Dean e Vic no Impala.

- Está pronta? – perguntou ele

- Já nasci pronta – assentiu ela – Vamos.

Dean colocou uma fita cassete do Def Leppard na pausa da música “Rock of Ages”. Deu partida e dirigiu o carro vagarosamente para dentro do cemitério. Lúcifer e Miguel observaram confusos e incrédulos o veículo entrar, parar e os dois caçadores saírem.

- Olá, garotos. – disse Dean com sarcasmo

- É um prazer revê-los – falou Victoria no mesmo tom apesar dos olhares dos dois arcanjos convergirem para eles com insatisfação, sobretudo para ela

- Desculpe, estamos interrompendo algo? – sem ouvir resposta, ele e Vic trocaram olhares. Aproximaram-se de Lúcifer até estar de frente para ele. – Ei, precisamos conversar.

- Dean. Até para você... isso é um novo tipo de burrice – sorriu irônico. Dirigiu-se a Vic – Victoria Collins, sempre achei que fosse mais inteligente.

- Não estamos falando com você – retrucou Vic com desafio – Estamos falando com Sam.

Lúcifer alargou o sorriso. Um sorriso de escárnio.

- Não é a mais a casca, Dean. Não tem o direito de estar aqui – intrometeu-se Miguel – Agora, pegue sua amiguinha e dê o fora.

- Adam, se estiver em algum lugar aí, me perdoe – Dean se virou para ele, ignorando as palavras do arcanjo

- Adam não está em casa agora.

- É o próximo na minha lista. Mas “minha amiguinha” e eu precisamos de cinco minutos com ele. – apontou o Diabo

- Seu vermezinho! – Miguel se irritou e também se dirigiu a Collins. Caminhava até eles com menção de mata-los – Sua vadiazinha! Vocês não vão nos atrapalhar!

- Ei, bestalhão! – a voz de Castiel ecoou pelo local. Miguel se voltou para ele surpreendido assim como Victoria e Dean. Bobby estava ao lado do anjo

Cass jogou no arcanjo uma garrafa de óleo santo pegando fogo. Ele berrou de dor, o som angelical ecoando, seu receptáculo começou a derreter. Dean e Vic se afastaram. Miguel sumiu.

- Bestalhão? – indagou Dean se voltando para Cass

- Ele voltará e bravo. Mas vocês têm seus cinco minutos. – respondeu Cass

- Castiel. – Lúcifer o chamou num murmúrio baixo, mas que continha toda sua fúria – Você bombardeou meu irmão... com fogo sagrado?

- Er... não – o anjo deu alguns passos atrás ao notar a aura assassina do outro

- Ninguém mexe com o Miguel, só eu.

Estalou os dedos e fez o anjo explodir por todos os lados. Bobby, Dean e Vic se remexeram aterrorizados

- Cass! – gritou Vic

Mas Cass não respondeu, nem voltou. Estava morto, era o que parecia. Procurando não deixar que a morte do amigo o desviasse de seu objetivo, Dean virou o rosto para Lúcifer:

- Sammy? Pode me ouvir?

- Sammy, meu amor, estamos aqui! – Vic anuiu

- Sabe... tentei ser legal – voltou-se para eles, alternando o olhar de um para outro. Aproximou-se dos dois.  Estava furioso – Pelo bem de Sammy. Mas vocês... são um pé no saco.

Empurrou a ambos; caíram no para-brisa do carro.

- Uh!  – gemeu Dean. – Vic!

- E... estou bem – garantiu Vic tentando se colocar de pé

Lúcifer deu dois passos até eles, porém, um tiro o acertou pelas costas. Virou-se. Era Bobby; continuou atirando.

Lúcifer observou com desprezo a vã tentativa de Singer tentar pará-lo. Dean e Vic olharam para o velho caçador; este deu de ombros. Com um movimento da mão no ar, o Diabo torceu o pescoço de Bobby.

- Não! – gritou Dean

- Tio! – berrou Vic. Ia correr para Bobby, porém, mudou de ideia ao ver a expressão cruel e zombeteira de Lúcifer. Avançou nele – Seu desgraçado!

O Diabo, porém, agarrou seu pescoço antes que ela o golpeasse e ergueu-a no alto. Começou a estrangulá-la. Victoria começou a sufocar e gemer pela falta de ar.

- Vic, não! – gritou Dean

- Vou me livrar de você primeiro. – disse Lúcifer para ela

Sua mão posou sobre os seios dela, mais do lado esquerdo... o ponto exato do coração.

- Não, filho da mãe! – Dean reunindo suas forças, pulou sobre os ombros – Solte-a! Lute primeiro comigo!

- Como quiser. – deu um impulso e jogou Dean no chão. Sussurrou no ouvido de Victoria– Cuido de você depois, querida.

E lançou-a a uma boa distância. Vic bateu a cabeça numa parte do solo e desmaiou.

- Não! – gritou Dean e fez menção de ir até ela

- Sim – disse Lúcifer e o impediu agarrando-o pela gola da jaqueta e desferindo um soco forte. Dean foi de bruços de encontro ao para-choque do carro. Sangue escorria por sua boca.

- Sammy. – insistiu ele ao se virar para o Diabo – Está aí?

- Ah, ele está aqui. – socou o Winchester outra vez – E ele vai sentir o estalar dos seus ossos. – outro soco que derrubou o caçador no solo – Cada um deles. – agarrou-o mais uma vez pela gola e o encostou na lateral do veículo – Não vamos ter pressa. Vou desfrutar ao máximo desse momento... – esbofeteou-o. Em seguida, murmurou baixo no ouvido de Dean – Não se preocupe... com a sua amiguinha vou terminar rápido. Arrancarei o coração dela.

Sem dar espaço para Dean reagir, começou a soca-lo sem parar. Dean só gemia mal tendo tempo de respirar. Lúcifer lhe deu uma trégua só para contemplá-lo com o rosto inchado.

- Sammy...Tudo bem... – disse com voz ofegante e fraca – Tudo bem... Estou aqui... Estou aqui... Não vou deixa-lo... – Lúcifer o socou mais duas vezes. Dean tombou a cabeça quase entregando as forças – Não vou deixa-lo...

Satã ergueu o punho bem no alto. Queria se divertir mais, porém, aquela ladainha do Winchester já o estava irritando. Ia desferir o golpe fatal.

Súbito, algo inesperado reteve sua atenção. Ou melhor, a de Sam adormecido em seu interior. O brilho do raio de sol que incendia no teto do carro. Daí Sam viu seu próprio reflexo no vidro da porta e, através dela, o soldadinho de chumbo que queimou no cinzeiro da outra porta. Sua mão paralisou o movimento de Lúcifer que ficou atônito.

Aquele soldadinho lhe trouxe as memórias de suas viagens quando criança com o irmão e o pai. Lembrou-se também dos Legos que Dean enfiou na ventilação; os riscos que fizeram no interior da porta.

As lembranças do carro lhe trouxeram outras. Quando, de fato, começaram a caçar juntos, as brincadeiras na estrada, as aventuras, as risadas... tudo.

A mão de Sam que socava Dean tremia hesitante. Ele olhou para o painel do carro e viu o São Cristóvão de plástico de Victoria. Vieram todas as lembranças dos momentos compartilhados com ela e no carro dela; a última noite em que fizeram amor.

A foto dele, de Vic e de Dean juntos.

A mão ainda no alto afrouxou; Sam estava de volta. Largou a gola da jaqueta de Dean que escorregou para o chão. Sammy encarou assustado seu irmão mais velho e os hematomas de seu rosto.

- Tudo bem, Dean. – disse ofegante – Tudo vai ficar bem. Eu o peguei.

Tirou o triângulo dos anéis do bolso e jogou-o no solo. Pronunciou as palavras que abririam a gaiola e esperou. Um buraco grande se formou sugando tudo que estivesse próximo. Sam observou meio apreensivo, mas estava decidido.

Assentiu para Dean como se dissesse que estava pronto.

- Cuide da Vic. – sussurrou

Dean assentiu levemente por causa da dor no rosto.

Antes que pulasse, uma voz lhe chamou:

- Sam! – era Miguel que estava de volta – Não vai acabar assim! Afaste-se!

Bem nessa hora, Vic começou a recuperar os sentidos. Colocou a mão na cabeça e viu a cena entre seu namorado e Miguel. Escutou o ruído da sucção do buraco e sentiu a ventania que provocava ao redor, balançando o cabelo de Sam e do arcanjo.

- Vai ter que me obrigar! – Sam desafiou Miguel

- Tenho que lutar contra meu irmão, Sam! Aqui e agora. É o meu destino.

Sam lançou um último olhar para Dean, fechou os olhos e deixou que o corpo pendesse. Miguel foi tentar puxá-lo pelo braço, porém, ele quem terminou sendo puxado junto para dentro da gaiola. Ambos caíram.

- Nãaaaao! – Vic gritou

Reunindo todas as suas forças, levantou-se e tentou correr para ver se ainda conseguia pular, porém, não teve tempo nem de se aproximar. Um fecho de luz expirou para o alto fechando a gaiola. Ela e Dean cobriram os olhos com as mãos.

- Sam, não! – Vic correu até onde segundos atrás estava o buraco. Caiu sobre o chão e tentava escavá-lo como se pudesse abri-lo – Sam, não me deixe!

- Vic... – sussurrou Dean. Sentia um dor no peito por si e por ela

- Sam! Sam! – ela começou a esmurrar desesperadamente o chão. Nem a dor que sentia latejar nas mãos a impedia – Sam!

- Vic... – com certa dificuldade, Dean foi se arrastando até ela. Seu corpo doía

- Dean... eu achei os anéis! – disse ela ao encontrar o triângulo dos anéis dos cavaleiros meio escondido num matinho. Tremia. – Podemos... podemos trazê-lo de volta! As palavras... como eram?

– Vic... pare... Não pode fazer isso

- Não... ele que não pode me deixar... ele não pode fazer isso comigo, Dean – começou a vacilar a voz. A mão apertava o triângulo – Eu tenho que ir... com ele... Segui-lo...

- Não, Vic... não pode... – por fim, ele se aproximou e colocou a mão sobre a dela que segurava os anéis – Deixe-o.

- N... não... – cansada, Vic ficou ajoelhada onde estava. Sentia uma grande dor, mas não conseguia derramar nenhuma lágrima. Dean se apoiou nela e a abraçou de lado, à sua direita. – Não posso...

- Pode... Nós temos... – sussurrou Dean em seu ouvido. Estendeu a mão – Me dê... os anéis.

Ela hesitou por instantes, mas o entregou com a mão trêmula. Ele encostou a cabeça na dela. Vic não chorava, apenas tremia. Não disseram mais nada. Ficaram ali em silêncio observando o chão. A última imagem de Sam se jogando no abismo.

Dean sentiu uma mão forte em seu ombro direito. Virou a cabeça para trás. Era Castiel.

- Cass, ainda está vivo? – perguntou ele. Vic também virou o rosto para trás e o olhou surpreendida, mas nada disse.

- Estou melhor do que isso. – retrucou e colocou um dedo na cabeça de Dean e outro na de Victoria. As feridas no rosto de Dean e os machucados em seu corpo bem como um galo na cabeça de Victoria sumiram por encanto.

Os dois se levantaram surpresos.

- Cass, você é Deus? – indagou Dean atordoado.

- É um belo elogio, mas não. Embora acredite que ele tenha me trazido de volta. Novo e melhorado. – deu-lhes as costas e foi até onde estava Bobby morto. Abaixou e tocou sua fronte o fazendo voltar à vida.

Ele despertou e sentou-se confuso. Vic observou, teria comemorado, mas tudo em que pensava era em Sam.

- Então... se Ele te trouxe de volta... ele pode trazer Sam, não é? – gritou esperançosa se afastando de Dean

- Pode, mas.... acredito que não irá fazer – respondeu Castiel se voltando para ela.

- Por que não? Porque Sam disse sim? – questionou ela exasperada. Apontou para onde estivera a jaula – Ele estava querendo prendê-lo... e conseguiu.

- Não tenho resposta para essa pergunta.

- Onde ele está? Me diga.

- Se eu soubesse, não precisaríamos ter chegado até aqui.

- Deus! Deus! – Victoria começou a gritar desesperada – Por favor, responda! Traga Sam de volta! Deus!

- Vic, não. – sussurrou Bobby

- Deus! – continuou ela o ignorando – Por favor... nunca te pedi para trazer a minha família de volta... nem o Luke... nem o Henry... Mas me traga, Sam! Por favor! Deus!

- Vic, pare! – Bobby se aproximou dela e teve que balançá-la para se acalmar – Apenas... pare. Não torne tudo mais difícil.

Victoria olhou furiosa para Bobby; depois para Castiel que a observava com um olhar piedoso; em seguida, para Dean. Era o único que não a fitava, permanecia calado, com a cabeça baixa, a expressão contorcida de dor por Sam. Guardou os anéis no bolso.

Ela desanuviou o rosto e engoliu em seco.

- Vamos embora – disse Bobby

E esperou que ela chorasse. Mas ela não chorou.

- 0 –

“Finais são difíceis. Qualquer mané com um teclado pode criar um começo. Mas os finais são impossíveis. Você tenta amarrar todas as pontas, mas nunca consegue. Os fãs sempre vão reclamar. Sempre haverá falhas. Tem sempre que acrescentar algo. E vou lhe dizer, eles são um pé no saco.”

Chuck se deteve um pouco para bebericar seu uísque. Em seguida, voltou a digitar.

- 0 –

Os carros faziam o caminho de retorno para casa de Bobby.

No furgão viajavam Bobby e Victoria; ela estava muito calada desde o Cemitério de Stull.

O velho caçador tentava puxar conversa, mas sem sucesso, a moça respondia apenas por monossílabos. Ele declarou para Victoria que ela iria para sua casa no furgão; ela não protestou, nem nada. Isso o deixou mais preocupado: a quietude dela, a falta de uma reação mais explosiva; choro.

Pensou que depois do surto que teve no cemitério, viria o pranto. Mas não. Ele esperava apenas que fosse uma reação de choque inicial que depois se converteria em lágrimas e a libertaria, tal como foi com a perda de Henry.

No Impala, estavam Dean e Castiel. Também viajavam em silêncio. O caçador não pensava em mais nada a não ser no irmão, nem mesmo estava preocupado com Victoria no momento. Depois de certo tempo, saiu do seu estado de estupor e indagou ao anjo:

- O que vai fazer agora?

- Retornar para o Céu, eu acho.

- Céu?

- Com Miguel na prisão, deve estar uma anarquia.

- Então você é o novo xerife do pedaço?

-Gostei disso. – sorriu – É, acho que sou.

- Uau, Deus lhe dá um novo par de asas... e vira seu pau mandado de novo. – a amargura e o sarcasmo eram evidentes em sua voz

- Não sei o que Deus quer. Não sei se um dia retornará. Só parece ser a coisa certa a fazer.

- Se você o vir, diga-lhe que ele é o próximo.

- Está bravo – Cass o fitou por alguns segundos antes de responder

- Bravo é pouco.

- Ele ajudou. – Dean bufou – Talvez mais do que imaginamos

- É fácil para você. Ele o trouxe de volta. Mas e o Sam? E eu? E a Vic? Ela ficou se esgoelando para implorar que Ele trouxesse Sam de volta! Ela que sempre acreditou nele mesmo depois que Joshua disse que ele não nos atenderia. Mesmo que até você perdesse a fé nele. Que cara mais estranho é Ele! – Cass ia retrucar, porém, Dean não lhe deu tempo – E o meu grande prêmio? Ahm? Tudo que consegui foi meu irmão em uma cova.

- Teve o que pediu, Dean. – o Winchester virou para ele confuso – Sem paraíso. Sem inferno. Só a mesma coisa. É sério, Dean. O que preferia ter? Paz... ou liberdade?

Dean não soube o que responder. Virou-se para fitar Castiel, mas ele havia desaparecido.

- Você é horrível em despedidas, sabe? – murmurou

- 0 –

“Dean combinou com Bobby de passar algum tempo na casa dele. Para vigiar Victoria. Ela não parece muito bem. Mas Dean também quer de alguma forma cumprir a promessa que fez a Sam... Não, não irá tentar conquistar Victoria, ele não tem condições para isso... nem acha que ela o aceitaria. Tudo o que irá fazer é ficar por perto e ser seu apoio, ajuda-la a superar. Ele não sabe como, ele mesmo nem consegue se manter firme. Cada filamento seu quer se destruir ou trazer o irmão de volta. Mas ele não fará. Ele vai tentar seguir em frente. Por Vic... e por Sam. Bem, o que isso acrescentou? É difícil dizer. Mas eu... eu diria que foi um teste para Sam e Dean. E acho que eles se saíram bem. Contra o bem, o mal, anjos, demônios, destino, e o próprio Deus. Eles fizeram suas próprias escolhas. Escolheram a família... e o amor. E, bem, não é isso que interessa?”

Chuck digitou a última palavra “Fim”. Sorveu mais um gole de seu uísque. Mas ainda palavras vagavam por sua mente. Palavras que certamente não colocaria naquele texto.

Sem dúvida, finais são difíceis. Mas, mais uma vez... nada acaba de verdade, não?

E, como por encanto, Chuck desapareceu de sua casa.

- 0 –

Um ano depois

Uma casa grande. Um quarto. Uma janela. Dean e Vic se abraçavam e se beijavam nus diante dela, não mais preocupados com o que acontecia do lado de fora.

Dean carregou Victoria de volta para a cama. Enquanto isso, a alguns metros do quintal, Sam Winchester observava a residência com um olhar desprovido de emoções. Frio.


Notas Finais


Bom, obviamente farei uma retrospectiva na próxima fic de como tudo chegou ao ponto dessa cena final e daí a história seguirá adiante.

É isso aí, gente! Demorou, mas terminei a primeira parte, a mais trabalhosa. A todos que me acompanharam até aqui, muito obrigada! Espero encontrá-los na minha próxima fic já postada. Eis o link:

https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-supernatural-almas-trigemeas--ruptura-4980813

Ou se preferirem, podem clicar no meu perfil para acessar a nova história.


Um feliz Ano Novo para todos! Até 2016 com novas emoções!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...