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História Alone - IV


Escrita por: AdeAnonnima

Capítulo 4 - IV


IV:

 

               Kademya Hollik 
                      Londres

 


Ela não queria ter sido libertada do cativeiro com a possibilidade de um Nogitsune ter matado e lhe posto toda a culpa nos ombros.

 

Ela o encontraria e o mataria.
Tudo o que nasce morre, certo? Talvez não.

 

"Eu te avisei."


Se não tivesse visto o corpo, o sangue e as marcas, se não tivesse com os olhos embaçados de lágrimas quando sua vida pareceu parar naquela noite, jurava que: quem tinha mandado o aviso era Kaya.

 

Impossível.

 

O sonho na semana passada agiu como adrenalina que ela precisava para não desistir, para continuar em frente e de cabeça erguida.

 

Batidas na porta.

 

A abriu e só havia um pacote com rabiscos, garranchos tentando se passar por letras.

 

Dentro do envelope amarelo tinha apenas uma fita.

 

Ela entrou no apartamento e a colocou.

 

...

 

Vinte minutos. Essa foi a duração dos barulhos mais tristes, sujos, altos e pavorosos que tinha escutado em toda a vida. E ela tinha vinte e seis anos.

 


Era apenas um fundo preto com gritos e coisas quebrando. Jurou que reconhecia a voz…Estranhamente familiar.

 

Não sabia que aquele "vídeo"  era na verdade a resposta…caso ela pudesse ver o que acontecia por trás da escuridão da tela.

 


Kademya teve  um click na memória:

                R.N.K.N-8.

 

R= Raposa


N= Night (noite)


K= (Poderia ser Kaya(?)


N= Nogitsune?

 


Mas o que seria o oito?

 

Em que isso ajudaria encontrar quem a matou?


Oito…poderia ser os oito anos que estavam juntas?

 

Ela não sabia.

 

Foi a um prateleira e tirou de lá uma pasta de arquivos onde colecionou e guardou tudo o que havia conseguido sobre Kaya quando foi "liberada".

 

Por lembrar disso: Por que todos os carcereiros estavam mortos?

 

Ela não poderia voltar, pois não sabia onde ficava.


...


Ela estava feliz naquela noite de Natal. Ela não tinha família viva, então todos os anos a namorada e o irmão iam para sua casa e comemoravam juntos. Como uma família.

 

- Kaya… Você está bem?

 

- Sim, Ruby. Só um pouco cansada.

 

- Precisa de algo?

 

- Eu quero você aqui, Kady.

 

A platinada sorriu e beijou a testa da "ruiva" (os cabelos de Kaya eram naturalmente negros, mas ela os tingia de vermelho sempre que podia.)

 

- Tem mais fósforos Kady?

 


- EI! Ela é minha amante, não sua. Ou seja, apenas EU posso chamá-la assim!

 

Ruby revirou os olhos verdes.

 

- Tudo bem, maninha. 

 

Horas depois Kaya disse não estar se sentindo bem e Ruby a levou embora. 

 

No dia seguinte, Kademya ligou para ela e o celular caiu na caixa postal as vinte vezes ao longo do dia.

 

Ligou para o cunhado que disse:

 

- Ela sumiu. Não chegou comigo em casa ontem a noite. Paramos em uma farmácia e ela desapareceu. Logo depois recebi uma mensagem dizendo para ir para casa…e não lembro mais de nada...


 

Ela já tinha se esquecido disso. A namorada já vinha andando estranha? 
Por que não se lembrava?

 

O poço no qual estava caindo, aparentemente não tinha fundo. Ou se tinha, ainda faltava muito para vê-lo...

 


Três meninas e sete meninos. Todos mortos como Kaya, Ruby e a menina do galpão.

 

O governo suspeitava de um assassino em série. Quanto mais ela se aproximava de achar algo, mais mortes aconteciam.

 

Seria o aviso?

 

Ela tinha certeza que sim.

 

Valeria o risco? 

 

Kaya ainda estaria viva, mesmo que por um milagre?

 

- Eu não sei o que você está fazendo. Mas o seu perfil está manchado.

 

Eram muitos "e se…"'s 

 

Não comia e não dormia. E já sabia que seu corpo definhava. Preferia ignorar a pele extremamente pálida, os ossos salientes e as mãos com dedos finos.

 


Ela tirava a máscara todos os dias apenas para pegar aquela adaga e refazer o corte, nunca deixando que cicatrizasse por completo.

 

 

Ao atirar cada um dos dardos na "mira" pendurada na parede no outro lado da sala, ela não parava para pensar o por que de estar perdendo tempo.

 


Aquilo que tinha dentro de si, aquilo que a alimentava de tanto ódio e raiva, aquilo que a matava aos poucos… Aquilo/aquela coisa estava a consumindo e quando ela o deixasse sair… Teria pena de quem estivesse em seu caminho.

 

Os dardos acabaram e ela levantou-se para pega-los. Permitiu olhar seu reflexo de soslaio no espelho.

 


O corpo alto e esguio estava magro, fino, fraco e com ossos salientes.
Nas pernas era possível ver os ossos dos joelhos.

 

Ela estava assistindo o próprio corpo definhar…

 

Os olhos se encheram de lágrimas. Ela precisava colocar para fora o que sentia desde de seis anos atrás. Finalmente se permitiu...

 

- KAYA!…Por quê? Por que você fez isso comigo? Por que me deixou sozinha? Por que me deixou sozinha para morrer?



Notas Finais


E então? Acham que Kaya realmente está viva? Comentem suas ideias!! Adoraria saber o que acham!


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