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História Alone (Imagine Min Yoongi) - Toque-me.


Escrita por: deepsuga

Notas do Autor


oi xuxus, tudo bem?
quase 300 favoritos, que lindas, muito obrigada <3
quase que essa fic não sai hoje (igual Hey, Noona? e wdta que só vão sair amanhã </3)
espero que gostem <3

Capítulo 5 - Toque-me.


Fanfic / Fanfiction Alone (Imagine Min Yoongi) - Toque-me.

______ P.O.V

Depois que joguei a bolinha no Yoongi fiquei esperando algum tipo de reação do mesmo.

Ri da sua cara assim que sentiu a bolinha batendo em sua cabeça, mas logo começou a ler. Balançou a cabeça positivamente e sorriu, abaixando a cabeça envergonhado em seguida.

– Quer dizer que alguém vai ter um encontro? – Jungkook sussurrou.

– Não consideraria isso um encontro, é uma tentativa de conhecer ele um pouquinho mais.

– Você só quer ouvir ele falando, é isso mesmo que eu entendi?

– Mais ou menos isso – sorri.

– Você também é interessante, acha que ele não vai querer saber um pouco mais sobre você?

– Não sei o que esperar dele, nem sei se ele realmente tem vontade de sair comigo, talvez só tenha aceito por dó.

– Sua insegurança é encantadora – disse irônico – Só vai encontrar ele, seja você mesma, respeite o espaço dele e se divirta. Não ponha expectativa demais em cima do garoto.

– Você sempre sabe a coisa certa à se falar, Jeon Jungkook – sorri.

– Eu sei, sou maravilhoso mesmo.

– E extremamente convencido.

A aula continuou e eu também continuei fazendo o que tinha de melhor pra fazer, observar a fofura de Min Yoongi à distância.

Sentei de lado e fiquei o encarando discretamente, já que toda a vez que ele olhava pro lado tinha que achar um jeito de disfarçar como se estivesse falando com o Kook.

Ele copiava a lição e de repente fechava os olhos, deitava na carteira enquanto ouvia o violino em uma de suas músicas provavelmente favoritas.

Como eu sei disso?

Ele já tinha escutado a mesma música várias vezes e dava pra ouvir perfeitamente de onde estava sentada.

Foram mais três aulas assim, Jungkook conversando comigo e copiando a lição enquanto eu encarava o garoto de cabelos pretos, que sorria envergonhado toda a vez que me notava.

O sinal do intervalo tocou, Jungkook e eu fomos até o resto dos garotos que estavam na mesma mesa de sempre.

Yoongi entrou na sala de música e decidi deixá-lo sozinho, passaremos a tarde juntos então acho que é uma boa ficar afastada por um tempo e dar a liberdade que ele tanto gosta.

– Quer dizer que você tá namorando o menininho baixinho que não fala nada? – Hoseok perguntou se sentando ao lado de Jimin.

– Não, a gente só tá conversando.

– Amigos então? – Jin perguntou me entregando uma maçã, sorri em agradecimento e logo dei uma mordida na mesma.

– Acho que sim.

– Tão falando de que? – Tae perguntou sentando ao meu lado.

Encarei os meninos discretamente, eles sabem que não dá pra conversar sobre esse tipo de coisa perto do Tae. Ele começa a falar sobre Jimin e eu, o que me irrita muito.

Acho que devia explicar um pouco sobre como surgiu essa implicância dele com a gente.

Jin, Jungkook e Jimin sempre foram os garotos com que tive mais contato além dele.

Mas Jimin tinha um detalhe a mais, ou pelo menos Taehyung achava que sim.

Flashback ON

Pedi pro Tae pra chamar o Jimin e o Jungkook pra dormir aqui em casa, queria conversar e assistir filme com eles como costumamos fazer nos finais de semana, como sempre meu primo aceitou sem problemas.

– Obrigada, seu gostoso – falei brincando e ele sorriu.

Peguei o celular e então disquei o número do Jimin que já sabia de cor por causa da frequência com que nos falávamos. Era sagrado conversarmos antes de dormir, ou seja, todo o dia exatamente às 23:45, Jimin me ligava e a gente conversava até apagar.

– Amor da minha vida, motivo da minha respiração, coisinha mais linda de todo o universo, príncipe encantado dos meus sonhos...

– Para de ser falsa – Jimin disse rindo baixinho.

– Tá liberado hoje à noite ou vai pegar alguma prostituta de beco?

– Liberado pra que?

– Pra passar a noite com a melhor amiga do mundo.

– 'Cê vai me apresentar ela?

– Retiro meu convite – falei fingindo estar brava.

– Tô liberado, chata.

– Pode chamar o Kook também? Imagino que ele deve estar com você.

– Errou, ele saiu com o Hoseok.

– Ok, milagres acontecem.

– Mas acho que daqui a pouco já volta pra casa, daí passo lá e levo ele, pode ser?

– Claro, te amo.

– Eu sei.

– Jimin, se você desligar isso antes de...

– Eu também te amo, chatinha.

Algumas horas depois...

Tocaram a campainha e eu saí do quarto correndo, tropeçando nos degraus pra chegar o mais rápido possível na porta.

– Oi baixinho – falei abraçando Jimin, que logo me deu um beijo na bochecha – Jungkook não pode vir? – perguntei assim que notei a falta do meu outro melhor amigo, sim, eu posso ter três melhores amigos e ninguém vai me impedir.

– Vai viajar pra Busan pra ver a família.

– E nem me avisou, que lindo.

– Só eu não serve?

– Claro que serve – sorri.

Chamei ele para pegarmos alguns lanches na cozinha, alguns sanduíches, sucos, frutas, salgadinhos, qualquer coisa que nos mantivesse vivo durante o tempo dos filmes.

Então subimos carregando praticamente a geladeira inteira nas costas.

Fomos pro meu quarto, nos jogamos embaixo das cobertas e começamos a comer. Jimin mudava de canal pra procurar algo interessante, até que achamos um canal abençoado onde estava passando uma maratona dos filmes do Harry Potter, é isso mesmo que vai ser.

Seria interessante ressaltar que a gente já tinha assistido todos os filmes, então fizemos piada sobre qualquer coisa que aparecia e ainda discutíamos sobre de qual casa seríamos e Jimin insistia em dizer que queria estudar artes das trevas, só que de trevoso nem a cara, tem uma carinha de bebê feliz e acha que é das trevas. É igual o Jungkook, banca o emo trevoso mas na verdade parece um feto inocente e fofinho.

No dia seguinte...

Acordei de mãos dadas com o Jimin e sorri, vendo o garoto dormindo profundamente como um anjinho.

Sentei na cama e fui pegar uma garrafa de suco que estava do lado dele na cama, mas como belíssimo desastre humano que sou acabei derrubando em cima do coitadinho.

– Perdão Jimin, eu sou uma ameba mesmo, puta que...

– Ei, respira, tá tudo bem.

– Molhei tua camiseta toda, ai que merda.

– Tem uma toalha pra me emprestar? – como pode estar tão calmo?

Levantei, peguei a toalha e depois voltei pra entregá-lo. Jimin tirou a camisa e começou a se secar.

– Viu? Pronto – sorriu e então jogou a toalha no chão – Vem, agora deita comigo.

Deitei em seu braço e ele sorriu.

Flashback OFF

Parece apenas uma história comum que aconteceria com qualquer pessoa desastrada não é mesmo?

Mas na cabeça do meu primo que viu apenas a cena final, ele acredita com todas as suas forças que eu perdi a minha virgindade com o Jimin.

Exatamente isso que você leu, e não tem nada que tire isso da cabeça dele.

Por isso ele implica tanto que eu fique com o Jimin, já que ele acha que transei com ele e consequentemente estou apaixonada.

Isso resultou no nosso afastamento, é o único jeito de tentar mostrar pro Tae que não temos um caso.

Mas eu sinto sua falta Jiminie.

Algum tempo depois...

Finalmente a aula acabou, estava quase vomitando meu próprio estômago de tão nervosa que estava.

Me despedi dos meninos e inventei pro Tae que iria fazer um trabalho com uma menina da minha turma de história.

Então coloquei meu fone e fui caminhando lentamente até o The Latte.

Sentei em uma das mesas e fiquei olhando pro nada enquanto esperava algum sinal do Yoongi, mas nada dele aparecer.

E se ele não vir?

E se ele não gosta da minha companhia?

E se...

– Desculpa a demora – disse o moreno sorrindo envergonhado.

– Nem demorou – ok, isso soou tão falso.

– Tive que assinar uma papelada pra me inscrever no show de talentos.

– Vai tocar piano lá?

– Aham.

– Vou estar na primeira fila – sorri.

– Assim espero, adoraria te ver lá. Mas não pretende participar?

– Não tenho talento.

– Claro que tem, deve saber cantar, dançar ou talvez tenha dom pra pintura.

– Definitivamente pintura não é a minha cara, uma vez na sexta série pediram pra gente pintar a Mona Lisa, quando terminei parecia o Abaporu depois de ser atropelado por um tanque de guerra – rimos e ele continuou me encarando, ele é todo filosófico e tá interessado no meu jeito idiota de falar? Tem algo muito errado aqui.

– Você tem cara de que sabe cantar.

– Tento.

– Queria ouvir você cantando.

– No dia que tocar piano pra mim, eu canto.

– Fechado – sorrimos – Me fala um pouco mais de você.

– Bem, eu moro com o meu primo, meu melhor amigo é o Jungkook...

– Não desse tipo, sei lá, fala sobre o que ama.

– Gosto de música e dança por mais que pareça uma lombriga tentando fazer dança do ventre. Gosto de ler romances e dramas. Também amo muito ficar sozinha no meu quarto, gosto de me trancar lá e ficar viajando nos meus pensamentos, imaginando coisas que provavelmente nunca vão acontecer.

– Você é bem sonhadora, né?

– Acho que sim.

– E qual é o seu maior sonho? E não me venha falar de coisas genéricas tipo conseguir um carro ou uma casa própria, fala aquele sonho mais absurdo.

– Tipo unicórnios comendo pão com geleia de figo?

– Ok, talvez nem tão absurdo – sorrimos.

– Gostaria de cantar profissionalmente mas não tem a mínima chance disso acontecer.

– Você já tentou?

– Não.

– Então como pode dizer que não vai acontecer?

– Tenho medo.

– Tenta cantar no show de talentos pelo menos, lá já vai ver a reação das pessoas e ver se deve seguir em frente com o sonho.

– Você acha mesmo que eu devia tentar?

– Tenho certeza.

Qual é o tipo de poder que Min Yoongi tem que me faz pensar em toda a minha vida quando estou ao lado dele?

Nunca tinha pensado em cantar em um show de talentos, mas talvez seja uma boa ideia.

– Você vai estar comigo se eu for cantar?

– No palco não, mas com certeza vou estar ali do lado.

– Mesmo se eles vaiarem?

– Principalmente se isso acontecer.

– Promete? – perguntei levantando meu dedo mindinho.

– Prometo – ele então entrelaçou seu dedo no meu e sorriu.

Então pedimos os cafés bem docinhos com chantilly e dois mistos quentes, que logo a garçonete trouxe.

Conversamos um pouco sobre o livro que ele tinha me emprestado, sobre introversão e depressão. Era tão interessante ouvir seu ponto de vista, o jeito com que interpretava tudo, era tudo extremamente filosófico na cabeça dele, e quando as palavras saíam de sua boca começavam a fazer pleno sentido para quem ouvia.

Era como se ele tivesse todas as respostas para qualquer tipo de pergunta, mas na verdade, ele era uma grande questão a ser estudada.

– Já pensou em escrever um livro? Seu jeito de falar é tão bonito, talvez rendesse uma bela história.

– Escrever sobre o que? – disse tomando um gole de sua bebida doce.

– Sobre um romance ou até mesmo sobre relatos de um introvertido, não sei.

– Um romance entre introvertidos talvez?

– Uma boa ideia.

– Então deveria escrever sobre nós afinal de contas – sorriu e então corei.

Se quer me destruir pelo menos avisa antes pra poder me preparar.

– Vou pagar a conta, tá bom? – falei enquanto me abaixava para amarrar os tênis – Tá bom, Yoongi?

Ergui a cabeça e ele não estava mais lá.

Levantei e fui procurá-lo.

– Ei, tô aqui – disse sorridente enquanto entregava seu cartão de crédito para a moça no balcão.

– Yoongi, eu falei que ia pagar.

– Eu não disse que aceitava – sorriu e então guardou novamente seu cartão na carteira, colocou a mesma no bolso e começou a caminhar.

– Onde estamos indo?

– Pra minha casa, quero te mostrar uma coisa.

Caminhamos em silêncio por algumas quadras até chegarmos na frente de uma casa toda azul, cheia de flores penduradas em todo o muro de barras de ferro. Era aconchegante de se olhar.

– Você mora sozinho?

– Sim, por que?

– Sua casa é linda.

– Obrigado – sorriu e logo destrancou o portão.

Abriu a porta e então pude ver a bela casa por dentro, toda com móveis preto e branco, era tudo tão lindo.

A única coisa que não era monocromática era o piano de madeira no canto da sala.

– Ganhei quando ainda era bem pequeno, tá meio velhinho mas é quase parte de mim, não consigo trocar – falou assim que notou para onde se voltava meu olhar.

– Mesmo assim ainda é lindo.

– Você disse que cantaria se eu tocasse não é?

– Sim.

– Conhece Good For You do Eric Nam? Acho que essa música combina com a nossa situação atual.

– Conheço sim – mas por que ele acha isso?

Fomos até o piano, ele sentou e se posicionou para começar a tocar. Respirei fundo já que estava bem nervosa, nunca havia cantado na frente de ninguém além do meu primo.

A música é bem lenta e tem uma melodia doce de se ouvir, e ver Yoongi a tocando com tanto amor era uma das mais belas cenas que já tinha visto.

Ele fez sinal pra mim e então comecei a cantar.

Oneulbam nawa syampein eottae?

Johahadeon kapee ratteneun OK?

Yeah neohago sipeossdeon geo da

Yaegihaejwo baby don’t worry

Baby I’ll be good for you

O que acha de uma taça de champanhe hoje à noite comigo?

Ou talvez um latte na sua cafeteria favorita, ok?

Pode me dizer tudo que quer fazer

Amor, não se preocupe

Amor, eu serei bom pra você.

Sorri assim que a música acabou e em uma certa forma de tentar disfarçar a vergonha, comecei a olhar ao redor do local onde estávamos.

Havia um grande mural escrito ''deixe uma poesia pra mim'', abaixo havia uma caneta e então sorri, destampando a mesma.

Yoongi P.O.V

Com certeza ela podia cantar profissionalmente, ou poderia apenas cantar pra mim pelo resto da vida, nunca enjoaria daquela voz.

– Vai escrever pra mim? Interessante – falei sorrindo ao vê-la em frente ao mural.

Depois de mais ou menos cinco minutos ela me chamou para ler e lá estava, em meio à uma grande margem cheia de coraçõezinhos.

''Um grande sorriso brilhante como as estrelas,

Uma mente tão incrível e genial que atinge em cheio a minha tamanha ignorância.

Ignorância não é uma dádiva afinal?

Talvez se não fosse tão ignorante não precisasse ler um livro para entender-te.

Mas não lhe entendo, ainda não compreendo a simplicidade com que fala sobre coisas difíceis aos olhos de pessoas comuns, talvez por não ser qualquer um.

Gosto de sua anormalidade e seu jeito impossível de tentar entender um lugar que não faz o mínimo sentido, esse grande mundo estranho em que vivemos.

Cansei de tentar entender seu modo de ver a vida, talvez possa apenas me colocar para fazer parte desse seu mundo interior confuso e monocromático, acho que ele faz mais sentido pra mim.

Toque meu coração como aquele grande piano marrom

Na forma mais pura possível, sem segundas intenções, me deixe fazer parte da sua vida, me deixe ser como sua música favorita, me ensine a dançar conforme a música eterna que ecoa em sua cabeça

Toque-me.''


Notas Finais


saudades amizade com o Jiminie :(
melhor shipp do universo esses dois, socorro
espero muito que tenham gostado <3


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