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História Alter Ego - Capítulo XIX


Escrita por: sherlockholmish

Notas do Autor


[NOTA IMPORTANTE, POR FAVOR, LEIAM!]
Olá, meus amores!
Bom, eu sei que muitos de vocês não leem as notas, mas não custa tentar.
Eu normalmente escrevo por dois motivos: 1) por gostar de ver algo que está em minha cabeça tomando forma e 2) porque é uma das únicas coisas que me ajuda em alguns problemas. Eu jamais esperei que essa fanfic fosse ter tantos leitores ( todos incríveis, devo ressaltar) e nem nos meus sonhos mais felizes imaginei que algo tão simples fosse ajudar algumas pessoas a passarem por dias ruins.
Eu escrevo de alma e coração para vocês e para mim também, e é ótimo saber que em pelo menos um dia da semana (o qual eu posto aqui) eu não irei me sentir inútil como costumo me sentir.
Pensei em gravar um vídeo dizendo tudo isso, mas não consegui. Antigamente eu era capaz disso, mas ultimamente está cada dia mais complicado me comunicar de qualquer forma. Por isso eu escrevo... Porque consigo mostrar um pedaço de mim sem necessariamente estar sendo eu (COMPLICADO? SIM) e é tão bom quando vocês aceitam e se emocionam e se divertem com essa parte de mim... Eu me emociono, de verdade. E se tem uma coisa que é difícil é me fazer chorar.
Por isso escrevi essa nota imensa. Eu sentia a necessidade de agradecer vocês de alguma forma, já que nem os comentários estou conseguindo responder ultimamente (sim, está difícil demais). Vocês me dão forças para continuar aqui, para continuar escrevendo e não desistir da coisa que eu mais amo: dar forma a minha imaginação.
Eu amo vocês e sou imensamente grata a todos que tiram um tempinho para ler, a todos que se dispõe a comentar e àqueles que não comentam também. Só de saber que estou fazendo uma pequena diferença no dia de cada um que está aqui eu já me sinto muito melhor.
Obrigada!

Capítulo 19 - Capítulo XIX


O ambiente branco e claro incomodava os olhos cristalinos de Sherlock que tentavam se abrir e insistiam em entender o que estava acontecendo. A última coisa a qual o moreno se lembrava era de estar compondo uma música taciturna que revelava intensamente como ele estava se sentindo. Holmes havia beijado John e a vergonha por ter feito aquilo certamente o impediria de ir à aula durante um tempo, mas não foi só por aquele motivo que ele faltou na segunda-feira.

O seu corpo respondia a qualquer movimento com calafrios indesejados, Sherlock sentia uma fadiga extrema e uma tosse forte o incomodava constantemente. Ele se autodiagnosticou com pneumonia, mas seu corpo deveria curar aquilo sozinho, o garoto pensou. Porém não foi o que aconteceu. Na terça-feira Sherlock se sentia extremamente fraco e certamente estava febril e por mais que quisesse dormir para tentar recuperar as forças, a mente de Holmes insistia de divagar entre milhares de pensamentos diferentes de uma só vez, o impossibilitando de pregar os olhos. A única coisa que ele conseguiu fazer foi compor. Ele precisava extravasar todos aqueles sentimentos guardados e aquela seria a maneira perfeita de fazer aquilo... Se ele não tivesse desmaiado durante.

- Senhor Holmes? – uma voz rouca causada por anos de fumo invadiu a audição de Sherlock, fazendo-o olhar em direção a quem a proferia, encontrando a face enrugada e experiente de um médico. Como ele havia ido parar ali? – Vejo que acordou.

- Óbvio. – Respondeu cortante e sentiu o olhar confuso do médico cair sobre ele.

- O senhor têm sido negligente com sua saúde, senhor Holmes. – Criticou, lendo a ficha de Sherlock – Pneumonia bacteriana, anemia e a quantidade de vitamina D de seu corpo foi tão baixa que nem o exame de sangue foi capaz de detectar.

- Se continuar fumando tanto assim, daqui um ano prevejo futuros problemas de enfisema em sua vida, Doutor... Mallmann. Sei que os transtornos com sua mulher adúltera e com sua filha drogada estão te deixando angustiado, mas não creio que fumar irá resolver todos os problemas. Apesar de que a morte seria uma ótima solução para não ter de lidar mais com esses contratempos, se essa é sua intenção, continue. – Deduziu sem ao menos encarar o médico.

- C-como sabe disso? – Inquiriu Mallmann, sentindo sua voz fraquejar – Q-quem é você?! Se Heidi te contratou para me investigar... – Falou entredentes e com a face vermelha de nervosismo.

- O motivo dos adultérios ficou claro agora. Boa parte deles, pelo menos. Egocentrismo é seu forte, não? O mundo não gira ao seu redor, Doutor. Não, não fui contratado para te espiar. Eu só observei e tudo ficou explicitamente exposto. Sua aliança continua em seu dedo, entretanto a cada movimento que faz você a olha com hesitação. Está pensando em se divorciar, mas sabe que por mais que tenha uma vida financeira estável e que isso atraia muitas mulheres não será capaz de construir uma nova relação desde o começo. Por isso não se separa de sua esposa e prefere ser traído repetidamente a ficar sozinho, já que a única coisa que você desenvolveu em sua vida foi esse narcisismo doentio que faz com que todas as pessoas ao seu redor apenas tolerem sua presença e não a apreciem nem um pouco. – Despejou num só fôlego – Quando posso ir para casa? Mal acordei e já estou entediado com esse lugar. – Indagou e fitou Mallmann com inocência no olhar, como se tudo aquilo fosse de conhecimento público. O Doutor apenas o encarava incrédulo e com a face ainda avermelhada.

- Irei avisar seus acompanhantes de que acordou, Senhor Holmes. – Concluiu seriamente e deixou o quarto, fazendo com que Sherlock bufasse com impaciência.

- Estúpido! – Murmurou e observou ao seu redor, tentando encontrar a maneira mais fácil de sair dali.

Se havia uma coisa a qual Sherlock odiava essa era hospitais. Ele tentava ao máximo não precisar ir parar naquele lugar horrendo, se policiava para que se caso algum incidente acontecesse fosse insignificante o suficiente para que ele se tratasse em seu flat na Baker Street. Quando a maçaneta da porta girou, Sherlock tinha certeza de que Mycroft entraria por aquela porta dando um sermão pelo seu descuido. Sim, Mycroft deveria ser quem o levou até aquela câmara de tortura. Greg deveria ter dado falta do garoto em Baskerville High e mandado uma mensagem para seu irmão obtuso. Claro que Mycroft viria. Ele não perderia a chance de ir até Sherlock apenas para ver seu fracasso e poder reclamar de como ele não sabia ao menos manter-se saudável. O dono de cabelos cacheados revirou os olhos antes de virar-se abruptamente em direção à porta e encontrar olhos azuis oceânicos cheios de preocupação o encarando.

- J-John... – Tentou começar, mas não sabia o que dizer. Watson tinha o talento de deixá-lo sem palavras e isso era uma tarefa quase impossível.

O loiro fechou a porta atrás de si e se aproximou do garoto que estava tentando se sentar na cama de hospital, ficando a três passos de distância da mesma.

- Sherlock... – Suspirou Watson, parecendo aliviado – Você é idiota?! – Soltou com um misto de raiva e apreensão.

- O-o qu-

- Não se atreva a se fazer de desentendido! Você não se alimentou e seu irmão deduziu, da maneira estranhamente fascinante que vocês sempre descobrem as coisas, que você ficou na chuva! Perdeu o juízo, Sherlock? Aliás, você já teve juízo algum dia? Para um gênio você não tem usado muito o seu cérebro! – Esbravejou John com postura rígida, fazendo com que Holmes piscasse repetidamente. John estava bravo por ele estar... Doente? Ele sinceramente não esperava que o sermão viesse do garoto e não de seu irmão.

- Você não está bravo comigo pelo motivo errado, John?

- Estou bravo com você por tudo, Sherlock. Você sabia que era eu no Scotland Yard Online e continuou mentindo! Tentar me afastar sendo você mesmo não foi sua ideia mais inteligente, seu garoto ridículo. Eu... Gosto de você, estúpido. – Confessou, amolecendo a postura – Nós vamos esquecer o que aconteceu e você vai se desculpar comigo cuidando de sua saúde. Nem que eu precise te monitorar vinte e quatro horas por dia.

- Me desculpe, John... – Falou cabisbaixo, olhando para suas próprias mãos.

- Nós vamos resolver isso, Sherlock. – Apaziguou com uma voz suave e doce que estava estranhamente mais perto do moreno. Holmes levantou a face e seus olhos encontraram os de John. Aquele brilho nos orbes profundos do capitão do time de rugby e aquela expressão tão carinhosa que estava em sua face aqueceram todas as partes do corpo de Sherlock, que contraiu os lábios num sorriso tímido.

Watson inspirou profundamente e com um pouco de receio levou sua mão esquerda até o maxilar lívido do garoto, fazendo-o estremecer com o toque. O arfar que saiu da boca rosada de Sherlock só fez com que John tivesse a certeza de que deveria prosseguir. Aquela sensação era intensa, algo que ele nunca havia sentido antes e o tirava o ar de uma maneira deliciosamente agradável. John encostou seu quadril à cama que Holmes estava sentado e aproximou seu rosto ao do mais alto, ficando a poucos centímetros de seus lábios, apenas apreciando a visão encantadora que era aquele rosto pálido ganhando uma coloração rosada nas bochechas, o multicolorido daqueles olhos praticamente desaparecendo com a escuridão de suas pupilas dominando boa parte de sua íris. O loiro sorriu com a visão e abaixou seus olhos, visualizando os lábios rosados entreabertos, convidando-o a se aventurar ali.

- J-John... – Sherlock arfou, levando sua mão esquerda sobre a de Watson que ainda estava em sua face, sentindo o calor emanar dali.

Os olhos de Holmes fecharam-se naturalmente, antecipando por aquele momento. John umedeceu os lábios e observou a face do moreno... Tão lindo... Tão entregue. Ele não conseguia esperar mais. Watson puxou ar para seus pulmões e aproximou seus lábios de os de Sherlock, quebrando a pequena distância que havia entre eles. O toque foi calmo, leve, diferente da primeira vez e aquilo fez com que todos os músculos dos garotos relaxassem, dando uma incrível sensação de leveza em ambos os corpos. John movimentava seus lábios com suavidade, ora puxando o lábio inferior do moreno com delicadeza, ora depositando pequenos beijos sobre a superfície rosada e cálida.

Quando John se afastou para tomar um pouco de ar, um suspiro grave e rouco em protesto deixou a boca de Holmes e fez com que o corpo do loiro queimasse de desejo, fazendo-o tomar os lábios do moreno novamente, só que desta vez com mais voracidade.

Sherlock parecia não saber muito bem o que estava fazendo, mas John o guiava, dominando a ação e em apenas alguns segundos Holmes já estava seguindo os movimentos com perfeição. O bastardo aprendia rápido. Com a mão que estava desocupada, Watson deslizou pelo tórax do dono de cabelos cacheados, sentindo seu peito subir e descer descoordenadamente, como se estivesse desesperado por aquilo. A mão direita de Sherlock rumou para a nuca de John, puxando-o para mais perto e aninhando seus dedos longos nos fios macios e dourados do garoto. Ele precisava de mais. Mais proximidade. Mais contato. Aquele ato era tão voraz, mas ao mesmo tempo tão confortante... Os toques, as respirações, o calor. Tudo aquilo contribuía para que ambos sentissem a necessidade de estarem completamente ligados.

Um barulho estranho fez com que John se afastasse de Sherlock num sobressalto, levantando-se completamente da cama que anteriormente, sem notar, estivera praticamente com metade de seu corpo deitado sobre. Os dois garotos dirigiram sua visão para de onde vinha o barulho e encontraram Greg Lestrade sujo de café e boquiaberto encarando de Sherlock para John e logo após puderam perceber Mycroft atrás dele, fitando seu irmão com uma sobrancelha arqueada. Era como se ambos estivessem conversando somente pelo olhar.

- E-eu vou sair daqui... – Pigarreou Greg com o rosto e a roupa sujos de café – Preciso limpar isso. – Indicou sua camisa e saiu em disparado do quarto.

- Por que você não vai junto com ele e o ajuda a limpar aquela sujeira, Mycroft? Não sei se notou, mas estávamos ocupados por aqui. – Proferiu Sherlock friamente. Aquelas palavras mandaram uma corrente de sangue diretamente para a face de Watson.

- Claro que estavam... – Falou sem prestar atenção, olhando diretamente para John por alguns segundos como se estivesse lendo sua alma e mente. Aquilo fazia o loiro se sentir completamente exposto – O Doutor Mallmann me informou sobre seu estado, irmãozinho. E sobre seu comportamento também. Você deveria ficar internado em observação durante uma semana, no mínimo – Contou Holmes mais velho, ignorando o fato de que Sherlock havia tirado o médico do sério.

- O quê?! Eu não irei ficar nesse lugar um minuto sequer! – Protestou indignado tentando levantar-se da cama, mas sendo impedido pela mão de John que alcançou seu joelho, fazendo-o amolecer.

- Não posso deixar você sozinho no flat e obviamente tenho coisas a fazer na universidade durante essa semana.

- Eu sei me cuidar, Mycroft. Não sou uma criança. Já tenho dezessete anos!

- Vejo bem como sabe se cuidar, Sherlock. – Disse sarcástico, apontando elegantemente as duas mãos para o moreno como se para indicar sua situação atual – Na próxima semana já terei terminado alguns... Trabalhos. Assim serei capaz de te observar de perto.

- Se queria demonstrar seu repúdio por mim, eu te congratulo, irmão. Deixar-me no hospital é a pior coisa que você poderia fazer. – Dramatizou, revirando os olhos e bufando.

- E se eu... – Começou John, hesitante, atrevendo-se a entrar na conversa – Eu poderia ficar com Sherlock até você estar livre. Vocês moram mais perto do colégio que eu... E, bem... Eu poderia pegar as matérias que ele perder com os professores para que ele não se atrasasse. – Finalizou um pouco sem-graça por ter sugerido aquilo.

- Essa parece uma ótima ideia, John. Vamos sair logo daqui. – Animou-se Holmes mais novo com um semblante infantil em sua face e dando uma palmada no ar.

- Como queira, Watson. Mas saiba que eu ficarei sabendo caso algo... Esdrúxulo aconteça. – Avisou seriamente com o olhar cheio de desconfiança, mas aquilo não importou para John. Ele iria passar uma semana inteira junto de Sherlock e aquilo o deixava extremamente feliz. 


Notas Finais


E aí? O que acharam?
Bom, o capítulo não foi tão longo, mas eu prefiro continuar os acontecimentos no próximo para evitar cortá-lo na melhor parte hehe
Obrigada por tudo, até semana que vem! <3


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