História Alternative Catinho - Underground

Pov. Sofia

Quando Frisk caiu no Undeground eu fiquei olhando para a tela que mostrava os acontecimentos com os olhos arregalados - O que é isto? O que está acontecendo? - Comecei a me perguntar olhando a cena surreal que se desenvolvia na tela... Frisk caiu em um campo de flores douradas e ficou desacordado e então... Partículas começaram a sair das flores e começaram a brilhar e a flutuar envolta de Frisk, inicialmente essas partículas não tinham nenhuma cor e era simplesmente uma luz branca...

As partículas como se sendo sugadas para um lugar específico se juntaram na frente do peito de Frisk e então a cor começou a mudar aos poucos até que um pequeno ponto vermelho começou a brilhar... Esse ponto vermelhou começou a brilhar mais e mais intensamente e então como se sendo sugada para um buraco negro o ponto vermelho entrou dentro do peito de Frisk e desapareceu como se nada tivesse acontecido.

Eu fiquei pasma olhando essa cena e tentando entender os acontecimentos estranhos que não paravam de surgir ao redor de Frisk... Duas horas se passaram e então Frisk começou a mexer suas pupilas lentamente e se levantou, ele estava... Diferente de antes como se algo tivesse mudado nele... Eu continuei observando e novamente me surpreendi com Frisk quando ele estava conversando com uma flor e sua "alma" apareceu... Ela era tão fraca e pequena, mas tinha um brilho tão intenso que eu poderia reconhecer em qualquer lugar... - Aquilo é a Chama Celestial? - Não resta dúvidas... Aquela alma está sendo fortalecida pelo poder que devia pertencer somente a deuses... Que dor de cabeça! Talvez a gente tenha ferrado com tudo no final das contas...

Seu caminho pelo Underground foi muito semelhante ao qual minha mãe me contava... Se eu tivesse que dizer algo que eu estranhei foi que Frisk parecia demonstrar seus sentimentos, diferente de antes que ele sempre tinha uma cara neutra... Apesar que a maior parte do tempo ele ficava com a famosa "cara de Frisk". Ele lutou contra a minha vó desesperadamente e gritava que não queria matar ela, minha vó vendo a bondade da criança começou a vacilar e Frisk começou a se aproximar dela cada vez mais se esquivando dos ataques até que... Ele abraçou ela e disse chorando - Eu vou ficar bem... Por favor me deixe ir - Fiquei encarando a tela e levantei uma sobrancelha reflexivamente quando percebi a flor de antes olhando para Frisk enquanto sorrindo maliciosamente... Sem hentai por favor, eu sinto que peguei essa mania de pensar coisas estranhas de alguém...

Quando ele se encontrou novamente com aquela flor eu senti algo estranho nas falas dela... - Que tal a gente se juntar novamente Chara? Eu, você e esse humano sem alma - Depois que Frisk balançou a cabeça fazendo que não. A flor começou a ameaçar ele dizendo que se no futuro ele não mudasse o modo de pensar dele para matar ou ser morto ele iria se arrepender quando encontrasse um assassino implacável, mesmo que Frisk não fosse ser morto por um carro, entendeu? Implacável, carro e placa!... Essa flor me intriga um pouco, vamos continuar observando... Eu não sou uma Stalker!

Pov. Frisk

Eu acordei em um campo de flores estranhos... Olhei para cima e não conseguia ver o fim apenas uma nuvem branca... Notei que estava em uma caverna e que eu provavelmente cai de lá de cima, mas como eu cai? Eu não consigo me lembrar... Espera qual o meu nome? Eu tenho pelo menos um nome? Estranho, simplesmente não me vem a mente qualquer coisa relacionada a mim mesmo... Apenas essas flores me trazem alguma sensação de nostalgia, pelo visto eu tenho alguma ligação com elas...

Me levantei e notei que estava segurando um pauzinho meio quebrado, tudo que possa me trazer lembrança de antes é bem vindo... Comecei a andar e notei uma saída do lugar onde eu estava, no meio de uma sala escura eu me deparei com uma... Flor?

~ Omitir? - Sim ~ (essa é antiga...)

Eu estava colocando força nas minhas duas mãos para abrir a porta que leva a saída das ruínas, durante a luta com a Toriel eu jurei ter ouvido uma voz dizendo na minha cabeça... "Por favor não mate ela", eu aprendi com Toriel que os monstros não são cruéis e apenas querem esperança e por consequência do tal "Asgore" ter feito um decreto cruel eu vou acabar sendo caçado pelo subterrâneo... Mesmo assim algo me diz que eu não devo matar ninguém aqui e eu acho que pode estar ligado ao meu passado... Vamos em frente "Chara", continue determinado!

Pov. Sofia

Durante a jornada de Frisk eu percebi que ele tinha ficado preso em Hotland e não conseguia voltar para as outras cidades... Nesse momento eu me lembrei da roupa velha que aquele Frisk estranho usava e decidi me vestir de maneira semelhante, coloquei um capuz e tapei meu corpo completamente com uma túnica... Cheguei até um lugar que eu percebi que não tinha ninguém e esperei Frisk me encontrar.

Sofia - Eu sou o barqueiro, ou seria barqueira? Tanto faz... Apenas suba que eu vou te levar para onde quiser - Eu estava nervosa tentando enganar o Frisk tanto que eu estava engrossando a minha voz, ele pareceu não notar quem eu era e subiu no barco enquanto me agradecendo... Você fez muito bem Sofia! Eu sabia que podia ajudar em alguma coisa Tra la la.

Frisk finalmente chegou ao rei Asgore... O encontro com o meu pai foi no mínimo estranho... Eu não sabia que o meu pai podia ser tão OSSO-DURO! Nossa sério, desculpa... De qualquer maneira Frisk finalmente decidiu lutar, principalmente quando Asgore negou todos os pedidos de Piedade de Frisk, Frisk continuou durante um bom tempo pedindo para Asgore não lutar e que não precisava disso, ele prometeu ser bom e não machucar ninguém mas Asgore apenas balançava a cabeça e continuava atacando... Até que Frisk puxou uma faca velha e sussurrou algo que eu não escutei.

Foi apenas um pequeno sentimento, quase inexistente mas o Frisk correndo na direção do Asgore se esforçando para se esquivar das bolas de fogo e da lança e atacando com a faca que ele enviava quantidades minúsculas de mana... Nesse momento eu me lembrei do antigo Frisk... Do meu mestre... Quando Frisk viu que Asgore já não aguentava mais a luta ele relaxou enquanto suando e disse com voz fraca - Não precisamos continuar com isso... Ninguém precisa morrer dessa vez - Ele sorriu francamente e Asgore se derreteu todo(sem ser no sentido literal da palavra) e prometeu que iriam viver juntos como uma família.

Aquela flor maldita apareceu quando Frisk estava preste a abraçar Asgore e o matou atirando projeteis mágicos, eu fiquei espantada com os acontecimentos e então os dois foram enviados para um vazio artíficial e a flor se transformou em uma espécie de monstro horrendo e começou a tentar matar Frisk... Frisk quase morria mas ele era curado graças as almas que o estavam apoiando e então... Todas as almas mesmo estando ainda dentro do corpo do monstro começaram a enviar mana para Frisk e ele como se tivesse liberado algo atacou ferozmente o monstro e o derrotou cortando as vinhas no meio e aquela "coisa" parecida com uma televisão... E então como se fosse mentira tudo voltou e o monstro começou a rir loucamente e atacou Frisk que se esquivou... Então o tempo voltou e ele atacou Frisk de novo que se esquivou... Depois de repetir esse processo 20 vezes o monstro olhou para Frisk de maneira assustadora e gritou - Você se acha a última bolacha do pacote? Foda-se apenas MORRA! - Uma série de projeteis formaram um circulo nos arredores de Frisk e eu comecei a pensar no pior.

Frisk - Por favor... Me ajudem uma última vez - Falou Frisk abrindo os olhos que brilhavam em vermelho e o monstro olhou rindo de deboche para ele - Mas ninguém venho! Você está sozinho aqui para quem está pedin... - Todas as almas que o monstro tinha absorvido como se entendo o pedido de Frisk se revoltaram e depois de um clarão forte o que restou foi apenas uma flor pequena e machucada... Eu pensei que Frisk iria eliminar a flor como ele sempre fazia com seus oponentes mas não... Ele andou até a flor e a abraçou, mesmo com a flor dizendo que o mataria e então como se não suportando a ação de Frisk... A flor fugiu.

Depois que a flor fugiu, Frisk apenas ficou parado olhando os arredores do vazio e começou a coçar a cabeça de maneira desajeitada - Onde eu estou? - Ele disse enquanto andava em linha reta para frente mesmo que nada existisse naquele espaço...

Isso é ruim... Isso é muito ruim, já faz mais de 3 semanas que Frisk está andando naquele lugar sem comer e sem beber nada... Se continuar assim ele vai morrer! Dava para ver em baixo dos seus olhos as olheiras crescendo cada vez mais, sua respiração estava fraca e dava para perceber que seu corpo estava definhando... Ele continuava andando enquanto se arrastando, era doloroso de ver no mínimo... Até que ele não aguentou mais e caiu no chão e começou a falar em linguagem criptografada... Espera! Como ele conhece essa linguagem? Essa é a linguagem que o sistema usa!

Do inventário do Frisk ele tirou seu celular e clicou na última mensagem que recebeu... A voz do meu pai tocou e começou a contar as coisas que aconteceram depois que Frisk foi "embora", escutando os acontecimentos Frisk começou a soluçar em silêncio no chão até o fim e quando terminou a chamada... Apenas silêncio restou no lugar...

Na frente da onde o Frisk estava caído apareceu aquela flor novamente - Você foi tão bom para todos e olha para você agora... Você não sabe que ser bom para todos no final vai só te machucar? - A flor estava diferente de antes... Ela estava mostrando piedade para Frisk o que me surpreendeu... Continuei olhando para a tela esperando o que ela iria dizer - Eu posso te ajudar... Mas eu vou precisar que você confie em mim - Levantei uma sobrancelha vendo o quanto descarado essa flor estava sendo... Ela que colocou o Frisk naquela situação!

Frisk levantou a cabeça lentamente do chão e olhou para a flor com seus olhos cansados e fez que sim com a cabeça... Nesse momento eu fiquei com a boca aberta não entendendo por que ele fez aquilo - Certo então... Eu vou pegar uma coisa que te pertence um pouco tudo bem? Logo, logo nós se encontraremos novamente... Chara - E então a flor roubou a alma do Frisk depois de perfurar as costas dele com sua raiz, nesse momento eu fiquei com muita raiva! Eu não acredito nisso! O espaço onde eu tava começou a rachar sem eu perceber enquanto eu olhava para a tela com os olhos cheio de raiva - Ele realmente matou o Frisk? Mesmo depois daquilo?! - Comecei a ranger os dentes e comecei a forçar minha entrada naquele vazio artificial.

Flor - Você realmente confiou em mim novamente Chara? Você é realmente uma idiota... Por que eu estou chorando? Que droga Chara... Que droga! - Olhei para a tela e notei uma coisa aparecendo na frente da flor... Um botão de LOAD, um mini-reset que volta no tempo de maneira mais limitada do que o Reset e então... As imagens da tela como se fosse um filme voltando parou momentos antes da luta do Frisk começar contra o Asgore...

A flor tinha voltado no tempo e trouxe Frisk de volta!

Pov. Frisk

Asriel Dreemurr - Por que você quer seu final feliz - Me esquivei de uma das suas espadas - Por que você se importa com seus amigos - Me esquivei da outra espada e pulei pra trás quando ele atacou com as duas ao mesmo tempo - Você não pode sair daqui, isso é apenas um jogo e se você terminar o jogo... Você vai me deixar e por isso! Eu vou levar tudo de volta ao zero! - Suas mãos começaram a soltar pequenos raios e então um barulho foi escutado no céu do vazio e estrelas começaram a cair.

Algumas delas me acertaram e eu comecei a sangrar enquanto olhava para Asriel sem entender por que ele queria tanto me manter aqui... Ele me ajudou antes e agora por que está fazendo isto?

Enquanto eu andava no laboratório verdadeiro eu acabei vendo os relatórios e sei agora que Asriel e Flowey são a mesma "pessoa" então eu sei que dentro de Flowey... Dentro de Asriel ainda existe bondade! E isso me enche de esperança!

~ Quebra do Tempo ~

Asriel - Chara... Não, você não é realmente Chara certo? Chara já se foi a muito tempo... Qual o seu nome? - Me perguntou o pequeno bode e eu sorri fracamente e disse - Meu nome é Frisk - Ele assentiu e então se afastou um pouco de mim - Frisk certo? Ainda existe uma coisa que eu devo fazer... Eu consigo sentir o coração de cada monstro batendo como um só, eles desejam liberdade e para recompensar tudo que eu fiz... Eu vou libertar a todos! - Inúmeras almas começaram a girar envolta do Asriel e o espaço entorno de nós começou a rachar, a barreira estava sendo destruída depois de tantos anos... Dentro de mim um sentimento desconhecido começou a cresce e ele era por algum motivo... Orgulho do Asriel como se ele fosse meu pequeno irmão, um sorriso se formou no meu rosto enquanto eu ficava olhando a liberdade dos monstros sendo realizada.