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História Altura? - Único


Escrita por: JohnnyZeppeli

Notas do Autor


Oi gente <3 como estão?
Então, D18 é simplesmente meu otp supremo, meu pc é lotado de fic deles, porém eu nunca tenho coragem de postar pois, por ser meu OTP, eu tenho aquela neura de 'isso precisa estar perfeito', e eu nunca achava perfeito o bastante <\3
Porém decidi tomar vergonha na cara e ir postando, pois preciso enaltecer esse ship divino <3
Essa fic se passa depois do final do mangá, ou seja, tudo estava na paz hehe
Espero que gostem! Críticas construtivas sempre são bem vindas <3

Capítulo 1 - Único


Fanfic / Fanfiction Altura? - Único

Hibari encontrava-se sentado na mesa de seu comitê. Nada de interessante acontecia em Namimori naquele momento, o que fez com que o tédio dominasse o corpo do moreno. Decidiu observar o pátio do colégio pela janela, na esperança de que algo interessante acontecesse por ali. Novamente, ele se enganou. A única coisa que ocorreu foi a chegada do atual professor de inglês, Dino Cavallone, acontecimento que sempre provocava gritos de estudantes conquistadas pela beleza do italiano. Beleza esta que só não era vista pelo japonês. Será?

- Não sei por que essas meninas admiram tanto esse inútil. Se o conhecessem de verdade... - Kyoya balançou a cabeça, pegando suas tonfas e saindo pelo corredor. Seguiu em direção ao prédio do segundo ano, onde o italiano daria aula. Ele nunca deixava o loiro passar por si sem uma briga, e não demorou para que eles se encontrassem.

- Está atrasado, Cavallone. - O moreno sacou suas tonfas.

- Kyoya... Eu estou indo dar aula agora. Não seria legal aparecer lá com o rosto inchado.

- Então já está admitindo que apanharia para mim?

- Não é isso, eu só quero evitar brigas. - Ele sorria.

- Seria uma pena se eu quisesse te morder até a morte hoje.

- Você sempre quer isso, Kyoya. - O italiano pegava seu chicote, até que observou a chegada de pessoas conhecidas. Por dentro, ele agradeceu por isso. - Olá, Tsuna! E olá, Gokudera e Yamamoto!

- Olá, Dino-san. - Tsuna sorriu, porém essa expressão foi desfeita ao encarar o moreno – B-Boa tarde, Hibari-san. - O guardião do céu não foi respondido.

- A próxima aula já vai começar, Sawada Tsunayoshi. Não vejo motivos para você estar aqui.

- A-Ah, é que e-eu vi Dino-san chegando e eu precisava falar com ele, e-e – o garoto gaguejava.

- Haha, calma, Tsuna – Yamamoto o acalmou – Tsuna quer dizer que queria falar com vocês sobre amanhã. Já que é domingo, queremos fazer algo juntos, tipo ir a algum parque de diversões, já que raramente fazemos isso. O que acham?

- Oh, parque de diversões? Claro que eu aceito! - O italiano se empolgou – Faz muito tempo que não vou em um. Todos aqui vão?

- Sim! Kyoko, Haru e Chrome já confirmaram. Só faltam vocês dois.

- Seria inútil se eu – O guardião da nuvem teve sua fala interrompida pela mão de seu tutor.

- Nós dois vamos, sim. Seria inútil se não fossemos, certo, Kyoya? - O olhar de morte que Hibari lançou para Dino foi nítido, deixando os outros três um tanto desconfortáveis.

- Se você diz, então ok. Só não quero esse cara querendo matar todo mundo no parque – Gokudera afirmou.

- Não, hoje mesmo ele disse que queria visitar um parque. É claro que ele vai para se divertir!

Os garotos sorriram e se despediram, voltando para sua sala. O moreno empurrou o italiano com força, sacando suas tonfas novamente.

- Eu, em um parque de diversões? Você comeu merda, Cavallone?

- Não, hoje eu comi lasanha. - O loiro sorriu – E você precisa ser mais social, Kyoya. Amanhã vai ser um ótimo dia. - Dino passou suas mãos pelos cabelos negros do japonês, fazendo-lhe uma pequena carícia e se dirigindo às salas de aula em seguida.

De algum jeito, os toques de Dino sempre provocavam em Kyoya um sentimento desconhecido por ele.

 

~~

O moreno acordou cedo no dia seguinte. Tomou um banho e olhou seu celular, notando várias mensagens no grupo da Vongola, o qual vivia silenciado no celular do guardião da Nuvem. Na verdade, se não fosse por pedidos de Reborn, ele nem ao menos estaria naquele grupo.

- Bom dia! Reborn falou para nos encontrarmos logo na entrada.

- Vou em todos os brinquedos ao extremo!

- Eu não me responsabilizo por ninguém ferido, cada um que se vire.

- Que cruel, Gokudera ~~

Kyoya observava a conversa tentando encontrar motivos para ir ao encontro desses herbívoros.

“Se eu ficar em casa, posso morrer de tédio. Esse parque pode ter herbívoros querendo ser mordidos”, pensou, sorrindo. “Acho que esse seria o único motivo para me tirar daqui”. O moreno se arrumou, seguindo rumo ao encontro dos demais.

Afinal, realmente o único motivo para ele ir era esse, certo?

~~

- Ah, Kyoya! - Dino correu em sua direção, e nem mesmo o olhar do japonês foi capaz de pará-lo, fazendo com que o maior o abraçasse – Eu sabia que você viria!

- Me solte, Cavallone.

Tão cruel ~~ - O loiro se afastou, sorrindo. Kyoya desviou seu olhar, observando que foi o último a chegar – Estávamos te esperando.

- E se eu não viesse, vocês morreriam plantados aqui?

- Não. Eu disse, eu sabia que você viria.

- Virou vidente, por acaso?

- Também não – Dino sorriu, passando a mão nos cabelos de Hibari – é que eu te conheço, e sabia que você precisava de diversão. - Novamente, Kyoya corou, não só com o toque do loiro, porém com o que ele havia dito. O guardião da nuvem sempre tivera uma forma bem particular de se divertir, o que incluía perseguir os alunos de sua amada escola enquanto segurava suas tonfas. Porém, nunca abriu a mente para uma diversão mais... Comum. Seus pensamentos foram interrompidos quando Dino retirou a mão de seu cabelo, deslizando-a pelo seu braço até chegar em sua mão, segurando-a. - Venha, os outros estão esperando.

Agora, além de um inútil, o italiano irritava ainda mais o japonês por causar sensações que ele nem mesmo conhecia. Ele precisaria mordê-lo depois.

~~

“Que ideia de merda”, pensou Hibari ao adentrar o local. Ele estava lotado de pessoas – herbívoros, a seu ver -. Todas gritavam, várias crianças derrubavam coisas no chão, ele mal podia ouvir o que seus colegas diziam. “Essas pessoas não sabem falar mais baixo?”

- Certo. - Reborn começou – Resolvi trazer vocês aqui porque mereciam esse descanso. Como podem ver, até eu tenho coração, não é, Tsuna?

- C-Claro, você sempre foi muito gentil!

- Eu sei disso. De qualquer forma, queria pedir para que vocês não se separassem muito. Não sabemos quando algo pode acontecer. Procurem ir em todos os brinquedos juntos, certo?

- Mas, Reborn, nem temos mais contra quem – Colonnello iniciou uma frase, porém foi interrompido por uma leve cotovelada de Reborn, seguida de um olhar. O loiro conhecia aquele olhar.

Ou Reborn tinha um plano, ou ele estava ajudando alguém com algo.

Inicialmente, todos optaram por começar pelos brinquedos mais leves, como o carrossel.

“Carrossel? Quantos anos eles tem, quatro?”, pensou o guardião na nuvem. Contudo, ele nunca desobedecia Reborn, então precisaria estar com os herbívoros em qualquer brinquedo.

O moreno sentou no assento semelhante a uma carruagem, onde cabiam duas pessoas. Hibari jogou seu corpo para o lado, na esperança de ocupar mais espaço para que ninguém sentasse ao seu lado. Mas, como ele já esperava, um italiano se aproximou sorrindo.

- Posso me sentar aqui? Eu tenho medo desses brinquedos.

- Medo de um brinquedo para crianças de cinco anos? Quando anos você tem, Cavallone?

- Tenho vinte e dois, mas todos nós temos medos, não é? Aposto que até você tem. - Ele sorriu. Hibari o encarou um tanto desconfortável.

- N-Não, eu não tenho nenhum medo. - Desviou seu olhar.

- Sei. E o caso das sakuras?

- Aquilo foi apenas uma experiência ruim. Se eu realmente tivesse medo, nem sairia de casa na primavera.

- Entendo. Mas ninguém é de ferro, Kyoya. Eu vou descobrir o seu medo.

- Hm, boa sorte. Vai morrer tentando. - O japonês deu ombros.

Dino ainda sorria, porém, quando o carrossel começou a andar, o loiro agarrou-se no braço do moreno com força. “Quer dizer que ele realmente tem medo disso?”, o japonês riu com o pensamento. De certa forma, o Haneuma ficava fofo desse jeito.

- N-Nós já paramos? - O loiro tampava sua visão.

- Não.

- E-E agora?

- Não.

- Por favor, agora me diz que acabou! - Segundos depois, o brinquedo parou.

- Acabou. - O moreno levantou-se, porém caminhou ao lado do loiro, com um olhar curioso – Por que você tem medo de um brinquedo como esse?

- É porque eu tinha um desses no meu quintal quando eu era criança, até que um dia fui subir em um dos assentos, escorreguei, bati o queixo, ele abriu, e eu ainda bati minha boca e quebrei um dente. Desde então, tenho a sensação de que isso sempre vai acontecer! - Ele parecia tremer. Ao contrário do loiro, Hibari o encarava com decepção.

- Vai ver você cai porque era baixo. Hoje você tem mais de um metro e oitenta. Ainda acha que vai cair?

- Nunca duvide do meu potencial, Kyoya. - Ele sorriu.

“Potencial de não ser bom em nada, só se for” o japonês pensou.

Após o carrossel, o grupo decidiu ir até a famosa Casa do Terror. Todos ali estavam tranquilos, com exceção de Tsuna e Dino.

- Vocês tem medo disso? São apenas pessoas fantasiadas. - Gokudera parecia um tanto indignado.

- M-Mas são monstros! Com máscara ou não eles te perseguem, te agarram, gritam pra você... É terrível. - Tsuna gaguejava.

- Aposto que até eu boto mais medo do que esses monstros. Pare de chorar, Tsuna! - Reborn chutou seu rosto.

Um pouco afastado de Tsuna, Hibari assistia à cena. Novamente, estava impressionado com o fato de Dino ter medo de coisas tão bobas. Para piorar, Romário não pôde acompanhá-los no passeio, então as chances do Cavallone causar desastres eram grandes.

- K-Kyoya, você poderia...

- Quer que eu fique do seu lado de novo? - O loiro apenas sorriu de forma desajeitada – Francamente, Cavallone, você tem certeza de que é um adulto?

- A minha idade afirma que sim. Mas, como já falei, ninguém é de ferro. E, Kyoya... - O loiro se aproximou do japonês, segurando seu rosto de forma que o moreno não pudesse desviar seu olhar – Quando eu descobrir seu medo, eu sempre estarei lá para te proteger, ok? - Ele se aproximou, porém não foi muito longe, visto que o guardião da nuvem o atingiu com uma de suas tonfas.

- V-Você tem problema, Cavallone? - O moreno tentava esconder seu rosto que, a essa altura, encontrava-se avermelhado.

- A-Ah, me desculpe, eu não sei o que deu em mim! - Dino levantou-se e tentava abraçar o japonês, porém sem muito sucesso. O loiro chorava, dizendo que precisava de Kyoya ao seu lado para entrar na casa, enquanto o menor o afastava de si evitando qualquer tipo de contato visual. De longe, certos arcobalenos observavam a cena.

- Você está por trás disso, não está, kora? - O atirador se aproximou de Reborn.

- Sim, estou. Dino sempre foi um inútil em vários casos, e esse é um deles. Não quero ouvir por ai que meu aluno não sabe tomar certas atitudes, já não basta o Tsuna.

- E como você vai fazer isso, kora?

- Eu sei do medo do Hibari, e sei como usar isso contra ele. Por um milagre, essa coisa é uma das poucas das quais o Dino não tem medo, então vai dar certo. - O arcobaleno sorriu.

~~

A noite começava a cair, e a família Vongola já se encontrava cansada. Faltavam poucos brinquedos para ir, porém todos eram tranquilos. Ryohei, Haru e Yamamoto eram os únicos que se encontravam completamente dispostos.

- Oe, em qual brinquedo extremo vamos agora?

- Todos os extremos já foram, mas tem um em especial que eu quero muito ir! Tsuna-kun ~~ - Haru segurou o garoto pelo braço – Que tal irmos no Tunel do Amor?

- Naquela bosta? Qual seu problema? - Gokudera a encarava.

- Não é uma bosta! É o melhor brinquedo de todos, afinal, é onde nós podemos ficar juntinhos com o nosso amor e podemos nos casar depois! Vem, Tsuna-kun.

- Q-Que, casar? - Tsuna entrou em desespero, sendo puxado pela morena.

- Bom, então vamos. - Reborn encarou os demais e, apesar dos olhares de reprovação, todos obedeceram ao menor.

- Ei. - Hibari o cutucou – Você não vai me fazer ir nisso, vai?

- É um brinquedo rápido, não ligue. E qualquer coisa, você pula na água e sai nadando.

- E vai me dizer que o grande chefe dos Cavallones tem medo daquele brinquedo?

- Na verdade ele tem. Dino não se sente bem no escuro, e em determinado momento, o brinquedo entra numa parte bem escura. Mas qualquer coisa, você pode afogá-lo. - Reborn ajeitou seu chapéu, seguindo em direção ao túnel.

Kyoya soltou um suspiro profundo. Ele não podia negar que o dia foi divertido, os brinquedos radicais eram ótimos para ver os demais com medo, principalmente Dino. O japonês nunca imaginou que o italiano fosse tão inseguro a ponto de parecer uma criança precisando da proteção de seus pais. Sorriu, ao mesmo tempo que sentiu seu coração dar uma leve acelerada. Se ele estivesse certo, faltava um brinquedo para eles irem: a famosa Roda Gigante que, por sinal, a que estava no parque era uma das maiores do mundo. O moreno suspirou novamente, olhando para a parte mais alta do brinquedo.

- O meu medo, é? - Hibari abaixou a cabeça. - Quem sabe você descubra hoje, Haneuma. - Seguiu em direção ao túnel.

Lá, como já era previsto, ele dividiu o acento com o italiano. Kyoya não podia negar, o brinquedo tinha um cenário bonito, apesar de exageradamente iluminado. Dino observava tudo atentamente, porém, quando notou que a parte escura se aproximava, o italiano se aproximou do menor, segurando sua mão com força. Hibari novamente sentiu seu rosto esquentar, porém, antes que pudesse questionar o loiro, ouviu gritos vindo dos carrinhos à frente.

- Tsuna-kun, não quer me beijar? Você me acha feia?

- N-Não, Haru, é que eu, é... Você não é feia, mas...

- Mas o que?

- Oe, garota, saia de cima do jyuudaime! - Mesmo de longe, era possível ver o guardião da tempestade pulando no carrinho onde se encontravam Tsuna e Haru.

- Você tem problema? Não pode invadir o carrinho de outro casal assim!

- Eu não to vendo nenhum casal aqui, só o jyuudaime e uma garota pirada!

Haru levantou-se para encarar o mestiço, porém este fora puxado pelo guardião da chuva, fazendo com que ele se sentasse em seu devido lugar.

- Gokudera, não quer ser expulso do parque, certo?

- M-Mas... - O garoto de cabelos prateados corou – Certo. - Bufou.

Hibari agradeceu pelo silêncio, porém esse silêncio logo foi interrompido pela risada do rapaz ao seu lado.

- Olha só... A briga me chamou tanta atenção que nem percebi quando passamos pelo escuro. Foi engraçado, não é? - O Haneuma sorriu para o guardião da nuvem, e ambos ainda estavam de mãos dadas. Kyoya nunca percebeu o quão encantador era o sorriso do loiro.

- Sim, foi engraçado . - O moreno abaixou o rosto, sorrindo.

- K-Kyoya, você está sorrindo? E é um sorriso de felicidade! Kyoya está feliz?

- N-Não fale alto, maldito. Eu estou... Normal, é só isso.

Dino ainda sorria e, ao terminar o trajeto do brinquedo, levantou-se, ainda segurando a mão de seu pupilo, aproveitando para ajudá-lo a sair do brinquedo. Somente após isso as mãos se soltaram, deixando um olhar tímido por parte de ambos.

- Então, só falta a roda gigante, não é, kora? - Colonnello apontou para o enorme brinquedo.

- Nem pense em ir na mesma cabine que o jyuudaime, ouviu? - Gokudera encarava Haru.

- Pois saiba que é permitido até quatro pessoas por cabine, então não pense que ficará sozinho com o Tsuna-kun. Fora que o seu namorado vai ficar com ciúme. - Haru apontou para o guardião da chuva, que sorria.

- O-O meu o que? V-Você comeu lixo? - O mestiço corava.

- Há, você não negou! É seu namorado sim, todos sabem e vocês formam um casal lindo.

- Oh, é mesmo? Fico lisonjeado, Haru. - Yamamoto se aproximou, sorrindo.

- Oe, maldito, não a agradeça!

- Mas por que? Fico feliz em saber que somos um belo casal.

- Hein? Gokudera-kun e Yamamoto namoram? - Tsuna estava abismado.

- Tsuna, seu imprestável, você convive com eles e nunca tinha percebido?

- M-Mas nem tinha como, eles são discretos.

- Calado, inútil. - Reborn o chutou – Vamos para o brinquedo logo. Eu quero dormir, porém quero apreciar a vista da parte alta.

Um pouco atrás dos outros, Hibari pensava na cena que acabara de ver. De fato, era de se perceber que os guardiões da chuva e da tempestade tinham algo além de uma amizade, porém o japonês ficou admirado com a naturalidade que o restante agiu sobre a situação. Por um instante, sentiu um certo orgulho de fazer parte daquela família, coisa que ele nunca tinha parado para pensar.

Finalmente, a Vongola se encontrava na roda gigante. No fim, Haru dividiu a cabine com Kyoko e Lambo, enquanto Tsuna ficou com Gokudera, Yamamoto e Ryohei. Os arcobalenos decidiram não entrar no brinquedo, alegando ter algo importante para fazer. Já Dino e Hibari encontravam-se sozinhos, sentados de frente para o outro, tendo de lidar com um silêncio enorme na cabine. Kyoya observava a cabine subir, e o italiano percebeu que o moreno estava um tanto desconfortável.

- Está tudo bem, Kyoya? - o menor não respondeu. - Kyoya? Ei, Kyoya. - Dino levou sua mão até o rosto do menor, deixando-o um tanto assustado. - Oh, desculpe, mas você não me respondia. Está tudo bem?

- S-Sim, está, não se preocupe. - Dino o encarou desconfiado.

- Ei, Kyoya... - Ele se levantou, sentando-se ao lado do menor – Eu já falei, você pode confiar em mim. Eu vejo que você não está bem, o que houve? - O japonês ergue o olhar para o italiano, porém, antes que pudesse soltar suas palavras, o brinquedo deu uma leve balançada, fazendo com que o guardião da nuvem abraçasse seu tutor, de forma automática. - K-Kyoya?

- Senhoras e senhores, pedimos perdão pelo susto. A luz do parque foi cortada, mas já estamos atrás da causa. Pedimos para que não se levantem e aguardem mais notícias.

“Um apagão, do nada?”, pensou o italiano, porém logo teve seu pensamento cortado ao notar que o menor em seus braços tremia. - Kyoya, o que você tem? Olhe para mim. - O italiano ergueu o rosto do japonês.

- E-Eu... Só não quero olhar pela janela.

- Mas o que tem ela? - O loiro se inclinou, observando-a. Notou que eles estavam na parte mais alta do brinquedo, e, apesar do raciocínio lento, ele logo percebeu o que se passava ali. - Kyoya, você tem medo de altura? - Sentiu as mãos trêmulas do japonês apertarem sua camiseta – Ei, se acalme. - O Haneuma levou uma de suas mãos até a nuca do menor, puxando-o para perto de seu peito e encostando seu queixo na cabeça do moreno. - Eu disse que ia te proteger, certo? Altura é uma da s poucas coisas das quias eu não temo, então eu vou te proteger. Eu sempre vou te proteger.

Essa última frase fez com que o coração do menor disparasse. Ele respirou fundo, afastando-se um pouco de seu tutor para encará-lo.

- Haneuma... Por que isso ocorre comigo?

- Isso o que?

- Isso... - Ele pegou uma das mãos do loiro, posando-a em seu peito. O loiro pôde sentir o coração acelerado de seu pupilo. - Você é o único que faz isso em mim, e eu não gosto disso. Você não presta, Cavallone.

- Ora... - O italiano sorriu – Eu presto sim, Kyoya. Presto em te divertir, em te fazer companhia, em lutar com você, em fazer você sorrir... – Essa última fez os batimentos do coração do japonês acelerarem. - … Mas eu sei como aliviar essa sua sensação. - Dino deixou uma de suas mãos na nuca de Kyoya, enquanto a outra encontrava-se em sua cintura. Aproximou-se, colando sua testa na testa do menor – Você não é tão inocente, Kyoya, e sabe o que quero fazer. Se você não quiser isso, me bata, abra a porta dessa cabine e me atire daqui. Se não, apenas fique como está. - O loiro se aproximava do moreno lentamente, sem receber nenhum golpe. Em questão de segundos, seus lábios estavam colados nos de Hibari.

Dino começou a acariciar os cabelos negros do japonês, enquanto sua outra mão passeava pelas costas do pupilo. Afastou os lábios de leve, passando sua língua pelos lábios ainda fechados do rapaz diante de si. Ao perceber que seu pupilo não queria dar-lhe passagem, mordeu-lhe o lábio inferior de leve, enquanto apertava o quadril do garoto, de modo que ele soltasse um gemido e deixasse o caminho livre. Dino penetrou a boca do japonês com sua língua, explorando cada canto daquela boca inexperiente. Bom, não é como se ele fosse um expert do assunto. Na verdade, foram incontáveis as vezes que Romário o pegou treinando o ato com uma laranja – Coisa que só começou a acontecer depois que o italiano conheceu o japonês. - Então, bom, a experiência do guardião do céu vinha de uma laranja.

 Mas Kyoya não podia reclamar. Acabou cedendo, levando seus braços até o pescoço do mais velho. Seguia seus movimentos, se atrapalhando um pouco no começo, porém não demorou para pegar o jeito. Aquela sensação era estranha. Kyoya nunca imaginou que praticaria tal ato, visto que nunca entendeu como funcionavam os sentimentos das pessoas. Mas agora, entendera o porquê de tantas pessoas fazerem isso. Era bom. Ótimo, para falar a verdade. A sensação de ter a língua quente do maior em sua boca era ótima. Seu coração ainda estava acelerado, mas de forma que o japonês não se incomodava mais. Levou suas mãos até os cabelos loiros do mais velho, bagunçando-os e brincando com os fios. Os lábios de Dino eram viciantes, e se dependesse do mais novo, eles poderiam ficar ali para sempre.

Hibari não sabia dizer por quanto tempo eles ficaram trocando beijos, mas sabia dizer que foi por um longo tempo. O moreno estava viciado em morder o lábio inferior do loiro, chegando a ponto de abrir uma pequena ferida ali. Dino afastou-se, lambendo o sangue de seus lábios. O japonês podia afirmar que aquela foi a cena mais sexy que ele já vira em sua vida até hoje. Voltou a ter seus lábios tomados pelo maior, dessa vez com um beijo ainda mais profundo e apaixonado, o que durou mais uns bons minutos. Os atos só foram interrompidos quando ambos sentiram a cabine balançar. Kyoya afastou o loiro de si, o abraçando novamente. Porém, dessa vez, o brinquedo voltou a se mover. Dino se afastou do menor, puxando-o para seu colo e lhe dando um abraço, enquanto distribuía vários beijos pelo seu pescoço.

- Então... Você melhorou? - O japonês não respondeu, apenas balançou sua cabeça em sinal positivo. - Que bom, fico feliz.

- Dino...

- Sim?

- Obrigado. - Dessa vez, foi a vez do mais velho corar. Nunca, em todo esse tempo que treinou Kyoya, presenciou-o tão indefeso e sincero. O Haneuma se perguntava desde quando isso começou a acontecer, como foi que ele conquistou o coração frio do japonês, se fora à primeira vista... Bom, isso é algo que ele perguntaria com o tempo. Pelo menos, ele sabia as próprias respostas: Dino nunca tivera dúvidas de que estava apaixonado por Hibari Kyoya.

~~

Ao descerem do brinquedo, se depararam com um Tsuna afobado, afirmando que eles podiam ter morrido a qualquer momento.

- Cale a boca, Tsuna. Nem tinha como o brinquedo cair.

- M-Mas Reborn, estávamos numa parte alta, podíamos despencar e morrer, imagine essa cena!

- Parece divertida – Reborn sorria, deixando Tsuna ainda mais desesperado.

- Aliás, Reborn, onde você estava?

- Fui comprar um algodão-doce. Mas, como vocês ficaram um tempão parados, ele já acabou. Ai comprei outro, que também já acabou.

- Vocês comeram algodão-doce sem mim? - Lambo chorava.

- Se quiser ir comprar, vá, ninguém está te impedindo.

- Nós te levamos, Lambo-kun. - Kyoko e Haru se aproximaram, segurando a criança no colo.

- A-Ah, Dino-san, o que aconteceu na sua boca? - O loiro passou o dedo pelos lábios, sentindo o pequeno machucado que estava formado. Sorriu, lembrando da causa do machucado, porém logo se recompôs.

- Oh, na hora em que o brinquedo parou eu peguei impacto e fui para a frente. Acabei batendo a boca no banco da frente. - Ele sorriu.

- Você é bem desastrado, não é? - Yamamoto sorriu.

- Acontece, né? Kyoya ainda foi cruel e riu de mim, não é, Kyoya? - Dino o encarou de forma manhosa, e o japonês precisou se controlar para não ter o rosto corado novamente.

- A cena foi ridícula, seria melhor se você tivesse quebrado algum dente.

- Ora, que cruel, Kyoya, desse jeito eu não te levo para casa... - Ele sorri novamente, e dessa vez, a coloração avermelhada no rosto do mais novo foi inevitável. O mais velho sorriu, vitorioso - Bem, acho que eu já vou indo. - Afirmou – Preciso acordar cedo amanhã. Alguém mais quer carona?

- Não, obrigado. Vamos esperar as meninas voltarem. Que bom que você veio, Dino-san. Oh, e você também, Hibari-san! Espero que tenha se divertido. - Tsuna sorria.

- Sim. Foi legal. - Hibari sorriu.

Ao se afastar, sentiu sua mão sendo segurada pela mão do italiano. Mas, diferente das outras vezes, ele encarou o maior, recebendo um beijo rápido nos lábios. Como resposta, ele apenas sorriu.

- Ora, que milagre, você não me bateu, Kyoya.

- Mas não se acostume. Não quero nada disso em público.

- Que cruel ~~ Mas um dia você não vai poder recusar isso, meu amor.

O moreno corou com a frase, encarando o maior que sorria. Mas, não dava para negar, tinha adorado o novo apelido

De longe, Reborn observava a cena. No final das contas, seu aluno não era tão inútil assim.

Ainda mais longe dali, mais especificamente na cabine que cuidava da iluminação do parque, os funcionários se perguntavam como raios dois bebês foram capazes de nocauteá-los e de desligar a iluminação do parque inteiro.


Notas Finais


Como foi? Críticas, sugestões, ideias, xingamentos, tudo é bem vindo EHUAUHEAHUE <3
Peço perdão se acabei deixando o Hibari OC demais, mas queria dar pra ele um 'medo' mais comum, porque super imagino ele sendo um tanto quanto indefeso por trás daquela carinha maravilhosa de tsundere <3
Até a próxima <3


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