-Lucy-
No dia seguinte a escola ia fazer um passeio. Como várias pessoas iriam participar do passeio tinha mais de um ônibus. Eu estava conversando com a Levy e com a Lisanna quando a Levy perguntou:
- Ei Lucy! Com quem você vai ao baile?
- Que baile? - Eu perguntei.
- O baile de fim de ano da escola. É da qui a duas semanas. Com quem você vai? - Ela perguntou.
- Eu não vou. Eu não tenho par e eu não sei dançar. Então acho que eu não vou. - Eu respondi tentando parecer desanimada.
A Levy e a Lisanna não disseram mais nada e ficaram em silêncio durante a viagem. Nosso passeio era para uma estufa nos limites da cidade onde tinha algumas plantas que nós teríamos que estudar. Eu estava anotando algumas observações sobre a planta que o professor me pediu pra estudar quando ouvi alguém perguntar:
- Não vai mesmo ao baile?
Eu olhei para o lado e vi o Natsu. Ele olhava para mim como se tenta-se ler a minha mente.
- Não. E você? - Eu perguntei tentando me focar nas minhas anotações.
- Não. Não me sinto muito a vontade em festas. - Ele disse olhando para a planta que estava na frente dele. - Você realmente se sente bem? Não se sente estranha ou que tem alguma coisa faltando? - Ele perguntou. Notei um tom de preocupação na voz dele.
- Não. Estou perfeitamente normal. - Eu respondi ainda focada nas minhas anotações.
- Que bom. - Ele disse e depois se retirou.
É claro que eu menti. Aquele acidente deixou várias perguntas na minha cabeça. Quem ou o que é Natsu Dragneel? Que segredo você esconde? E o que significa essa marca na minha mão? Algumas dessas respostas eu vou ter que descobrir por mim mesma mas outras ele vai me dar. Mas antes eu tenho que descobrir a verdade. Quando a hora do passeio acabou eu estava voltando para o meu ônibus quando fui novamente abordada por ele.
- Lucy! Não podemos ser amigos. - Ele disse no tom dele que sempre aparentava ter um tom de tristeza.
- Devia ter percebido isso um pouco antes. Por que não deixou a vã me arrebentar pra poupar tanto arrependimento? - Eu disse séria.
- Acha que me arrependo do que fiz? - Ele perguntou também sério.
- Eu tô vendo que sim. - Eu disse olhando fundo nos olhos dele e vi que além de raiva também tinha tristeza no olhar dele.
- Oi! Você vai com a gente? - Perguntou alguém eu me virei e vi que era a Erza.
- Não. O meu ônibus é o outro. - Eu disse dando as costas pra ele e indo para o meu ônibus.
Eu fiquei um pouco chateada de dar aquele fora nele mas até eu conseguir as respostas que eu preciso acho que é assim que vai ter que ser. No dia seguinte tudo correu normal. Na hora do almoço eu rapidamente olhei para ele e depois fui pegar minha comida. Eu estava arrumando os vegetais que eu peguei na tigela quando ouvi ele dizer:
- Arte comestível? - Eu deixei cair a minha maçã mas ele a segurou e disse. - Oi.
- Oi. - Eu disse com um sorriso forçado. - Olha....Desculpa pelo modo como eu te tratei ontem. - Eu disse em um tom calmo.
- Tudo bem. - Ele disse mostrando que não se importava muito. - Eu disse que não podíamos ser amigos não que eu não queria ser.
- Eu sei. É que eu ainda não me recuperei completamente do susto. - Eu disse com um pouco de tristeza na voz.
- É talvez demore um tempo pra você se recuperar. - Ele disse esboçando um sorriso.
Naquela tarde depois da escola eu e meu pai fomos visitar o Silver e o Gray na reserva. Enquanto o meu pai, o Silver e o Gray discutiam sobre alguma coisa eu fiquei conversando com a Juvia.
- Juvia? Há quanto tempo você mora aqui? - Eu perguntei um pouco curiosa pra saber mais sobre ela.
- Juvia mora aqui desde que nasceu. - Ela respondeu com seu sorriso de sempre.
- Sabe alguma coisa sobre os Dragneel? - Eu perguntei.
Quando eu perguntei isso o sorriso da Juvia desapareceu. Ela levou a mão para perto do coração e disse:
- Juvia não tem permissão pra falar sobre isso.
- Eu sei guardar segredo. - Eu disse querendo assegurar que ela podia me contar.
- Os Quileutes descendem dos lobos e os Dragneel supostamente descendem de um clã rival. O tataravó do Gray o líder os encontrou caçando em nossas terras. Eles disseram que eram outra coisa e então um acordo foi proposto. Se eles prometessem sair das nossas terras nós nunca contaríamos aos caras pálidas quem eles realmente eram. - Ela contou.
A história de Juvia me deu uma pista de onde começar a minha busca por respostas. Talvez de alguma maneira a família do Natsu esteja envolvida com as lendas da família do Gray. Quando eu cheguei em casa eu comecei a procurar um livro sobre lendas Quileutes e encontrei um em uma livraria que fica em uma cidade não muito longe daqui eu anotei o endereço e planejo ir lá na primeira oportunidade.
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