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História Always - SNARRY - Capítulo 26


Escrita por: LeChatNoir_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 26 - Capítulo 26


 

“O que está fazendo aqui?” Snape perguntou, encarando por completo a figura parada diante de si e mesmo com o pouco conhecimento que Harry tinha sobre o professor, era possível dizer que ele poderia estar um pouco surpreso ou até mesmo um pouco nervoso “Achei que estivesse em Hogwarts”.

Hogwarts?

Harry estava um pouco atrás de Severus, porém ainda era possível traçar uma linha reta indos dele até Sebastian, os dois se encararam por um curto tempo.

“Eu estava, sim, você sabe” comentou despreocupado “Ora, é obvio o motivo de minha presença” os lábios dele se curvaram estendendo-se até o lado da bochecha, não sendo nada mais que um leve sorriso torto.

“O que está acontecendo?” Interveio Harry.

“Potter...” Snape começou a dizer algo, mas foi interrompido antes que formulasse qualquer frase.

“Potter!” O menino alto avançou em direção ao rapaz e como resposta ao gesto, Harry recuou para trás sacando rapidamente a varinha e apontou para ele.

“Se afaste.” disse subitamente.

Sebastian parou no mesmo instante, admirando um pouco o rapaz pelo modo como falou. De algum modo aquilo fez com que sentisse confiança vinda de Harry.

Harry passou a avaliar melhor o rapaz que aparecera. Agora por não estar mais com parte do rosto e corpo ocultos pela sombra, era muito melhor observar as feições e características do outro.

O rosto aparentava ser tão novo, mas ao mesmo tempo velho. Se fosse para estimar uma idade, dezoito anos? Ou vinte e cinco? Não conseguia estimar.

O mais estranho em tudo é que agora aquele rosto lhe parecia familiar, como se sempre estivera em contato ou em convivência com alguém com as mesmas feições, mas ele não conseguia pensar em ninguém. E também os olhos eram azuis, mas eram olhos diferentes. A cor cristalina apenas fazia com que parecessem singulares.

Seria ele um comensal?

Não aparentava ser, e as mangas de sua camisa preta não permitia que fosse possível olhar no antebraço a procura da Marca Negra.

“Quem é você?” Harry, com tantas perguntas que queria fazer, optou pela mais simples e complicada de todas.

“Eu?” sorriu torto novamente “Me chamo Sebastian, prazer em conhecê-lo, Harry Potter.”

Harry balançou a cabeça negativamente “Já nos vimos antes, não?”

As íris azuis fixaram-se nas suas, como se com aquele olhar tão intenso Sebastian conseguisse ver tudo o que Harry pensava e sentia, havia semelhança com o olhar de Snape, ambos eram olhares pesados. Estando sob a mira do olhar ele se sentia fraco e vulnerável, completamente desprotegido.

“Potter” Agora foi a voz de Snape que ele ouviu, mas ainda sim, mesmo com tal sentimento, Harry não ousou desviar o olhar “Ele está aqui para....”

“Não estrague a surpresa, Severus”, ele sorriu.

Harry não compreendeu aquilo de imediato, mas conhecia Snape o suficiente para ter uma ideia do significado daquilo.

“Já disse como o admiro, Snape?” se virou, quebrando o contato visual e dando atenção a Snape, já que agora ele se encontrava entre os dois, Harry em sua frente e Snape atrás “Sempre tão adiantado... Um ótimo exemplo é quando alguém precisa de uma estratégia, um plano, sabe, enquanto alguém está desenvolvendo, você é exatamente o tipo que já elaborou, pôs em prática e já tem os resultados. Brilhante, um gênio.” Sorriu, como se falasse de si mesmo.”

Harry ouvia com atenção, mas sua varinha ainda era mantida em mãos.

“Eu estou aqui porque acho que podemos ser úteis, um ao outro.” Continuou falando “Decidi que devo, na verdade, parar Enzo.”

“Faça o que quer fazer sozinho, Sebastian.” Snape falou “ Você não deveria estar aqui.”

“Snape, meu caro Snape” disse “Olhe para esses lindos olhos verdes e me diga, existe um atrativo em qualquer lugar no mundo para Enzo do que ele?” maneou em direção ao Harry “Não precisa responder. Não, não existe.”

“Você disse ‘ajudar um ao outro’, o que quis dizer com isso?” Harry perguntou, querendo realmente entender quais eram as intenções daquele rapaz estranho.

“Ah, sim” Harry podia jurar que viu um brilho cruzar os olhos dele “Tenho algo que pode ser muito de seu interesse, algo que garanto que não é de seu conhecimento ainda.” Harry apenas aguardou enquanto observou o garoto sacar a varinha.

Com um feitiço não-verbal, ele projetou um Patrono.

Inicialmente parecia um Patrono, possuía uma coloração branca azulada, mas ao invés de tomar o formato de um animal, Harry foi distinguindo aos poucos uma imagem, ele via pessoas no meio dos traços claros.

Aquilo era como uma visão de uma bola de cristal da professora Sibila.

Harry abaixou sua varinha e se aproximou mais do outro, tentando entender mais o que aquilo significava. Quando entendeu, não acreditou.

“Isso não pode ser verdade.” Se afastou novamente.

“Na verdade, essa não é a atual situação deles” Sebastian balançou a varinha em sua frente fazendo a névoa resultante da visão desaparecer. “São um tanto espertos, saíram de lá, mas não estão a salvo. Posso ajudar a encontrá-los se me garantir ajudar com Enzo”

Snape deu alguns passos até chegar a Harry, que parecia um tanto pálido agora “O que você mostrou a ele?”

“Eles estavam presos...” Harry disse “Hermione. E todos os outros, presos. Onde Enzo está”.

“Estão aqui perto, mas estão sendo procurados. E eles não sabem como sair daqui, não entraram do mesmo modo que vocês.” Sebastian disse “Enfim, não importa, mais tarde começamos a procurar por eles, estou um pouco cansado agora”

Harry não havia dito que aceitaria, mas o rapaz agiu como se já soubesse que ele não ia se opor a salvar os amigos, e ele realmente não ia. Ele já havia concordado em aceitar, mesmo ainda não confiando muito em Sebastian.

Nem Harry e nem Snape disseram nada, apenas observaram o menino fazer o caminho até dentro da barraca. Ele estava preocupado com seus amigos, não era preciso perguntar por que eles estavam ali, o motivo era óbvio, estavam procurando por ele. Foram presos por ele.

Mais uma vez ele colocou em risco vidas que não tinham nada a ver com o que ele estava fazendo. Mais uma vez ele era culpado por aquilo.

Harry afastou o pensamento um pouco de lado e voltou para tudo o que estava acontecendo, desde o momento que ele e Snape estavam sozinhos. As coisas ali estavam totalmente imprevisíveis, Harry já não se via mais capaz de dizer a próxima coisa que iria acontecer.

Snape também voltou para o aposento improvisado e Harry preferiu não entrar lá, talvez os dois quisessem conversar algo. Mas verdade era, no fundo, era que Sebastian mexeu com ele, de um jeito estranho. Então focou em apenas ficar ali sentado em um tronco úmido enquanto lançava mais feitiços de proteção, já que aqueles lançados anteriormente não foram capazes nem de escondê-los de Sebastian.

Tudo o que estava ao alcance de Harry era pensar, mas mesmo assim ainda era inútil. Ele não conseguia elaborar nada que fosse melhor do que os próprios planos de Snape. Ele entendia sobre, passou anos fazendo isso para Dumbledore. Tudo o que ele tinha que fazer sobre isso era seguir as instruções de Snape.

Ele queria poder resolver tudo sozinho, ele encontrar seus amigos e acabar com aquilo de uma vez, e poder ter finalmente uma vida normal. Ele já havia perdido as contas de quantas vezes havia desejado isso.

Mas ele era fraco e não tinha essa capacidade.

Ele dependia de Snape ali, para tudo.

Ali onde estava sentado pôde ouvir as vozes dos dois e logo em seguida Sebastian já saiu de dentro, e foi caminhando em sua direção.

Harry se levantou e esperou cautelosamente com que ele se aproximasse.

“Potter” Sebastian disse, agora com uma expressão séria que fazia com que seus olhos azuis parecessem mais claros e frios.

“Então vai me matar?” Harry foi direto.

“O quê?”

“Eu sei que quer me matar. Eu posso sentir isso” Ele olhou em direção a barraca para ver se Snape estaria pelo menos para fora também, preocupado consigo “Eu vi a expressão de Snape, ele ia dizer que você veio para me matar”

“Então você e o Snape... bem, já estão íntimos assim para ter toda essa troca de olhares?”

“O quê?” Perguntou, juntando as sobrancelhas, tentando parecer desentendido.

“Harry, não precisa fingir, eu sei sobre os seus sentimentos em relação a ele. Eu sei que acabei interrompendo algo lá dentro quando cheguei.” Sorriu ironicamente percebendo o constrangimento do rapaz.

Sebastian se sentou do lado do tronco que antes era ocupado por Harry e maneou com a cabeça para que o mesmo voltasse a se sentar.

“Eu admito que durante esse ano, eu não fiz nada além de pensar em como eu ia te matar.” Sebastian olhava fixamente para Harry, tentando captar as expressões dele “Mas essas coisas estão acontecendo e me fizeram pensar muito, mas muito mais a respeito de você. Ou seja, não, eu não estou aqui para te matar. Não mais.”

“E eu posso saber o porquê?” Depois da pergunta Harry percebeu que deveria ter sido mais específico, ali Sebastian poderia desviar sua resposta para qualquer coisa que ele havia falado anteriormente. Mas por sorte, não o fez.

“Eu só quero que saiba que eu sou uma pessoa legal, de verdade. Eu não iria desejar isso sem motivo algum, eu só não acho necessário falarmos disso agora.” Ele voltou a seriedade, como se estivesse escondendo algo “Mas você não precisa se preocupar, vai dar tudo certo. Eu estou aqui agora”

Por mais que Harry o achasse convencido, ele não se sentia mais sob ameaça ou qualquer coisa que fosse vinda de Sebastian, por mais inocente que ele parecesse ser por isso, Harry acreditava que Sebastian realmente poderia ser alguém legal e confiável.

“Então eu acredito em você.”

Sebastian deu mais um sorriso torto como se sentisse mais aliviado e lançou um olhar para a escuridão, interrompendo assim a ligação fixa que tinha mantido em Harry desde sua chegada.

“Sabe, eu achei que você fosse diferente” Sebastian começou “Talvez um pouco mais egocêntrico, talvez um pouco mais medroso, não sei. Mas parece que você é normal”

“Mas é claro que eu sou normal” Harry soltou uma risada fraca.

“Você entendeu o que eu quis dizer” ele retribuiu a risada “Gostei de você, Harry”

Harry não sabia o que responder, seria aquilo verdadeiro? Ele podia acreditar no rapaz?

Ele sentia que sim, ele sentia algo diferente vindo dele. Não sabia explicar. E tudo o que fez foi apenas manear com a cabeça no escuro, concordando.

“Bom, vamos voltar para lá.” Harry entendeu que ele se referia a barraca. Os dois se levantaram e seguiram em silêncio até lá. Antes de finalmente entrarem, Sebastian parou “Ah, Harry” chamou baixinho e Harry olhou em sua direção “Quem sabe eu não te faço esquecer de Snape, não?” e mais uma vez, sorriu torto.

O quê?

Harry agradeceu por estarem no escuro, ele conseguia sentir seu rosto ardendo. Ele disse o que realmente achou que disse?

“Calma, calma” ele colocou a mão no ombro do outro “É brincadeira”.

Não, não era brincadeira.


Notas Finais


Até mais!


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