História Always - Paraíso

POV Letícia

- Amanhã a gente conversa – Léo disse próximo ao meu ouvido e senti minha pele arrepiar - Temos coisas mais interessantes pra fazer agora.

Ele voltou a me beijar com desejo e apesar de estar gostando muito daquilo eu sentia um pouco de medo do que estava por vir e não era algo que eu queria admitir nem pra mim mesma, mas era necessário. Sempre fui apaixonada pelo Tiago, então digamos que... ele foi a minha única experiência e depois de tanto tempo se envolver com outra pessoa dessa maneira era assustador. Além disso tinha toda a insegurança em relação ao meu corpo. Nunca fui muito ligada a isso, mas depois da doença e da rejeição do Tiago era inevitável pensar que eu não era desejável. Por mais que eu tentasse colocar na minha cabeça que a culpa não era minha, eu não conseguia.

- Letícia? - Um Leonardo sem camisa sobre mim me encarava confuso

- Oi, desculpa eu só tava pensando...

- Você ficou estranha de repente, eu fiz alguma coisa errada? - Perguntou inocente e eu sorri. Ele era maravilhoso.

- Claro que não! O problema sou eu, Léo…

- Então me fala - Disse com uma expressão magoada que fez meu peito doer e saiu de cima de mim

- Tudo bem - Disse mais para mim mesma do que para ele. Léo foi tão sincero comigo que eu sabia que ele merecia o mesmo. - Eu sei que pode parecer bobagem, mas eu tô insegura. Depois da doença o meu corpo mudou e.. - tentei explicar, mas sua expressão foi de magoa para indignação e eu me calei

- Eu não tô acreditando que você tá dizendo isso de si mesma Léti!

- Léo, desculpa mas eu tô sendo sincera com você… é o que eu sinto. Tenho medo de você não gostar ou sei lá..

- Eu vou gostar sabe porquê? - Perguntou e eu arqueei a sobrancelha indicando que ele continuasse - Porque eu já gosto de você, eu já te acho linda e perfeita pra mim. Esses pensamentos eu tenho certeza que são culpa daquele babaca que eu nem preciso citar o nome

- Não, a culpa é minha!

- Não é e você sabe disso, mas não importa agora, porque só depende de você ignorar isso e saber que é linda do jeito que você é! - Não consegui evitar abrir um sorriso que me foi devolvido.

- Você ta certo, obrigada! Mas... agora eu já estraguei o clima né, melhor você vestir sua camisa - afirmei sem graça e ele estreitou os olhos

- Eu posso consertar o clima rapidinho se você quiser

- É? - Desafiei - Posso saber como, Leonardo? - Ele se aproximou do meu pescoço e deu beijos molhados ali

- Começa com você me chamando de Leonardo… você não faz ideia de como você dizendo isso me deixa excitado gatinha!

Ele ficou entre minhas pernas novamente e eu as enrosquei na sua cintura enquanto iniciávamos um beijo cheio de desejo. Já sentia minha boca dormente quando ele me puxou para sentar no seu colo, fazendo com que eu sentisse o quão excitado ele já estava. Era bom perceber que eu ainda podia fazer isso e em tão pouco tempo… é, era bem animador. Minha blusa foi jogada no tapete da sala, se juntando com a camisa do Léo que havia sido atirada lá antes. Suas enormes mãos acariciavam meus seios ainda cobertos pelo sutiã preto que eu usava e seu olhar foi de encontro ao meu. Os olhos castanhos estavam mais intensos que o normal e eu podia sentir o calor que emanava deles.

Abri o zíper da sua calça e tentei abaixa-la mas foi em vão, com meu corpo em cima do dele era meio complicado. Percebendo isso Léo levantou, me levando junto a ele, ainda com minhas pernas enroscadas ao seu redor.

- O que você tá fazendo? - Perguntei quando percebi que ele ia em direção a escada

- Te levando pra cama - Sussurrou no meu ouvido e continuou com as carícias pelo meu pescoço e involuntariamente soltei um gemido. Meu corpo foi colocado na cama com uma delicadeza que eu não esperava do Léo… quer dizer vê-lo todo romântico me surpreendeu. Antes de se juntar a mim ele tirou a calça jeans justa e encarou meu corpo sorrindo admirado. Suspirei em expectativa e ele voltou a deitar sobre mim descendo os beijos para minha barriga.

- Você. É. Linda! – Em outros tempos eu duvidaria disso, mas com o Léo era diferente, eu via o brilho nos seus olhos e a verdade estampada ali, confirmando o que ele realmente achava.

- Você não é nada mal também – Disse depois de avaliar seu peitoral

- Então somos o par perfeito – Sussurrou perto do meu ouvido, me distraindo das suas mãos ligeiras que abriam meu sutiã.

Entre beijos, chupões e gemidos – boa parte deles vindo de mim – nos encontrávamos sem tecido algum separando a gente. Em um momento eu estava com minhas costas escoradas na cabeceira da cama e em outro Léo descia uma das mãos que estavam nos meus seios para meu clitóris. Nossas bocas grudadas impediam que mais gemidos fossem emitidos, mas quando ele me penetrou com um dos dedos foi inevitável não morder seu lábio. Ele se afastou minimamente e sorriu. O Sorriso mais lindo do mundo. Voltou a movimentar o dedo dentro de mim ao mesmo tempo em que nossos olhares não se desviavam, estava tudo muito intenso. Soltei um gemido de frustação quando ele retirou o dedo, mas logo me animei quando seu pênis começou a roçar na minha entrada. Ele estava me torturando! O olhei indignada e o sorriso debochado estampava seus lábios.

- Ta me castigando porquê?

- Castigando? Não tinha pensado nisso, podemos deixar essa sua fantasia pra próxima – Disse mordendo o lábio inferior e provavelmente eu fiquei vermelha

- Eu só quis dizer que você.. – Parei de falar quando ele me deu um selinho demorado, acariciou minhas pernas e as afastou. Em questão de segundos Léo me penetrava, mas com a língua. Ignorei completamente o fato de que aquilo era um apartamento e que com certeza os vizinhos gostariam de dormir e não de ouvir gritos e gemidos. Apoiei minhas pernas nos seus ombros enquanto ele chupava e dava lambidas deliciosas no local... eu nem acreditava que aquilo estava acontecendo. Ele diminuiu os movimentos com a língua e eu pedi por mais quase que automaticamente.

- Quer mais? – Disse e fez com que eu abrisse os olhos para encara-lo. Mais uma lambida. Merda, eu estava tão entregue.

- Quero você dentro de mim agora – Ignorei os bons modos, a timidez e tudo que me impedia de falar as coisas daquela forma. Eu queria ele e não aguentaria esperar mais.

- Com prazer – Afastou a boca da minha intimidade e se ajeitou entre minhas pernas.

- Agora – Pedi num gemido quase inaudível, mas como se entendesse o que eu tinha acabado de dizer me penetrou devagar, e depois de novo. E de novo. Mais forte. Mais rápido.

 Eu estava no paraíso.