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História Always Accomplices - Queremos Liberdade...


Escrita por: UnaRebelde

Capítulo 60 - Queremos Liberdade...


Fanfic / Fanfiction Always Accomplices - Queremos Liberdade...

-Mor, pensando no que? – Assustei e olhei para ele.

-Ai porra, que susto – Ri com ele. – Tava pensando na Naomi. Ela foi muito importante para mim – Dou um sorriso.

-Ela era muito legal com você? – Perguntou curioso olhando para mim

-Muito, sempre que nós três ia jantar fora, ela ia...Ela e o Frankie – Lembrei do Frankie, quando a Isabela e Nick não ia com a cara dele, A Naomi ia um pouco mas nick mandava ignorar ele.

-Se pensa no Frankie ainda né? – Soltou um sorriso forçado.

-Tudo o que nós dois vivemos, não da pra esquecer mesmo que seja falso, mesmo que ele me traia – Lembrava das coisas, daquele parque que eu encontrava ele. – Mas agora eu só sinto ódio dele – Sorri sentindo uma lagrima minha cair. 

Joaquim aproximou seu polegar no meu rosto e limpou. Gostava desse jeito do Joaquim, ele sempre me ajudava e me apoiava nas horas boas e nas horas ruim. Tem como eu ter um namorado mais perfeito?

-Amor pensa pelo lado bom – Abraçou eu de lado. Tem lado bom nessa historia? – Ele sumiu do mapa, você nunca ira ver ele – Ele sorriu de uma forma que demostrava apoio e simpatia.

-É disso que eu tenho medo, tenho medo dele sumir do mapa e tiver aprontando alguma coisa contra a minha família, eu juro mor, que se acontecer alguma coisa com a minha família, eu não vou me perdoar nunca – Desabei em lagrimas. Ele encostou minha cabeça em seu peitoral fazendo carinho em minha cabeça.

-Se ele encostar um dedo em você ou em sua família, não respondo por mim – Ouvia sua voz calma. Seu coração batia tranquilo, era tão bom. – Te amo Vida – Sussurrou fazendo seu coração bater mais forte, dava pra sentir.

-Te amo – Sussurrei como resposta e fechei os olhos guardando o celular e estralaçei meus braços em sua cintura.

Ficamos mais um pouco assim e limpei minhas lagrimas. Tinha que ir me arrumar pois se o diretor ver eu assim, estarei ferrada. Me despedi dele com um beijo na bochecha pois não podia beijar na boca. Sai em direção a ala feminina que ficava no lado esquerdo – Subindo as escadas - e cheguei no corredor do meu quarto e fui direto pro meu quarto, Abri a porta vendo a Julia deitada em sua cama chorando.

-Julia – Chamei vendo ela olhar para mim com sua cara toda molhada. Sentei do lado dela na cama. – Que foi Mona? – Perguntei preocupada limpando suas lagrimas que cainham. 

-Eu amo o André e não aguento mais esconder – Desabafou olhando para mim.

-Se declara para ele mona 

-Não consigo, tenho muito medo de levar um fora e cair no buraco novamente....E se ele nunca mais olhar na minha cara? Ia ser a pior coisa mona – Olhava para mim pedindo socorro.

-Já sei, e se você se declarar anônimo? E começa se aproxima dele aos poucos, puxa assunto e tal – Dei a ideia para ela.

-Pode ser uma boa, mas não tenho inspiração para escrever – Deu um sorriso forçado. Fiz um biquinho de lado.

-Eu te ajudo – Sorri fazendo ela sorrir.


    Na manha seguinte, estava no espelho vendo o resultado. Usava o uniforme com meu cabelo em uma trança no meu ombro direito e franja solta. Usava um rímel, um batom rosa e um lápis de olhos.

As batidas na porta invade o quarto. Priscila se levanta de sua bela penteadeira e vai até a porta. Ao abrir ouço uma voz de uma mulher, estranho e aproximo da porta, vejo a enfermeira na porta.

-Pode entrar – Priscila disse dando espaço, ela entrou e viu logo Isabela sentada e olhando pro nada.

-Pronta pra tirar esse gesso senhorita Smith – Sorriu olhando para ela.

-A claro, odeio gessos – Olhou para ela. 

Era hoje que Isabela ia tirar o gesso e voltar para as aulas. Isabela estava feliz mas triste. Ela não queria voltar acordar cedo mas queria voltar para aula.

A enfermeira era Loira com seus olhos castanhos, ela usava seu jaleco branco e em suas mãos estava sua maleta. Ela senta do Lado da Isabela e começa a mexer em seus pulsos.

Dou meia volta e volto ao que eu estava fazendo, me olhando no espelho. Dou mais uma ultima olhada e vou até a porta. Precisava sentir o ar e ver as borboletas voando.

-meninas, to indo – Digo e saio dali com meu celular na mão.

Vou pelo lado esquerdo – Que descendo as escadas fica perto de uma pracinha – conecto meus fones brancos no celular pelo blutho e ponho a musica “Maquiagem Borrada”. Em uns passos longos, chego na pracinha que ficava perto do jardim e da quadra. Na pracinha havia umas arvores e uns bancos para sentar, sem contar uma fonte no meio. Os homens estavam limpando em volta. Andava tranquilamente ouvindo a musica e vendo a natureza. Meu corpo choca com alguém. Tiro os fones de ouvido vendo Marian com um top preto e uma legging preta, ela ouvia musica em seu fone. Ao ela me ver ela tira seus fones. 

-Marian? Oque faz aqui de manha? – Perguntei olhando para ela.

-To correndo por aqui, perdendo umas calorias – Sorriu. Olhei para baixo, calorias? Ela é super magra.

-Mas você é magra 

-Não sou, eu sou gorda – Cobriu sua barriga com suas mãos. Puxo ela para um banco mais perto e sento.

-Como assim Marian....

-Eu sou gorda e pronto....eu sou muito gorda – Choramingou.

Como assim? Ela era super magra. Será que ela tem Anorexia e Bulimia?. Só pode ser né. Ia perguntar se ela tinha, mas ela ia negar né?. Decidi mudar de assunto, então começamos a conversar coisas banais. O tempo passava e nós ria e conversava. Ao bater o sinal para a minha primeira aula, me despeço dela com um beijo na bochecha, pois ela iria pro quarto se arrumar. Suas aulas eram mais tarde. Caminhei até o colégio e entrei indo de corredor em corredor até chegar aos armários. Ao chegar no corredor do armário, andei até o meu e abri o meu código que era os quatros últimos números do meu RA. Peguei meu material de Geografia e Artes, minha bolsinha e meu kit de artes que tinha canetinhas da Stabilo, réguas entre outros. Fechei meu armário e entrei ao corredor a direita que era das salas, cheguei na minha sala que era a sala numero “8”.

Nossas salas iam mudando conforme as aulas. O diretor estava arrumando mais uma sala que era pra ser de etiqueta – Ouvi falar -. Olhei ao redor e vi as meninas conversando no fundo e os meninos do outro lado da sala mas no fundo. Vi uma carteira vaga enfrente a Julia atrás da Kira, caminhei até lá e sentei. Eu não tinha tomado café, pois não tava com vontade mesmo.

-Manu, porque não apareceu no refeitório hoje? – Priscila perguntou do meu lado inclinando o corpo. Eu encosto na parede e olho para elas.

-Perdi o tempo conversando com uma amiga – Sorri.

-Tendi – Sussurrou Sabrina que estava na frente da Priscila. – Meninas – Chamou fazendo nós olharmos para ela. – O Mateus quer que seja hoje – Sussurrou se inclinando seu corpo para mais perto e olhando pra nos nervosa.

-Que seja hoje oque? – Perguntei confusa.

-Hello – Priscila disse e olhei pra ela. – A primeira vez dela – Sussurrou me lembrando. 

-Para de ser lerda Manuela – Reclamou Isabela.

-Tendi, mas ó, cuidado, preservativo –Sussurrei vendo o professor entrar na sala.

-É, arrasa guria – Julia e Sabrina se inclinaram e deram um toque com a mão.


O Sinal bate para o famoso almoço. Arrumo meu material e se levanto esperando as meninas. A duvida estava me matando, estava realmente preocupada com a Marian. Essa historia dela ficar falando que é gorda, me deixou confusa mas preocupada.

-Amigas, vamos comigo para algum lugar? – Pedi olhando para elas que param de arrumar o material e olha para mim.

-Para onde? – Perguntaram em Uni-som

-Ver alguma coisa, vamos por favor – Implorei.

-Ta – Priscila dosse sorrindo.

Em poucos minutos, estávamos no destino, enfrente a sala do diretor. Ia perguntar se ele sabe se a Marian tem alguma doença, alguma coisa do tipo. Marian também é minha amiga e queria ajudar, mesmo ela tentando impedir. Isabela não estava com nós, ela tinha ido para o refeitório com a Sabrina pois a Isabela estava reclamando de fome e Sabrina foi porque realmente a Isabela obrigou.

-Manuela, oque viemos fazer na sala do diretor? – Julia Ficou confusa

-Calma Julia, vocês vão saber – Dou um sorriso e bato na porta do diretor ouvindo um entra. 

Aqui tinha secretaria também antes de entrar, tinha que pedir autorização mas a Secretaria, Brenda, não estava em seu devido lugar. Entrei na sala acompanhada da Julia e Priscila que fechou a porta. Sussurrei um “Com licença” com um sorriso simpático.

-Oque as duas vieram fazer aqui? – Perguntou vendo eu sentar em uma cadeira em sua frente.

-Diretor, eu vim pedir um pequeno favor – Olhei para ele e ele assentiu para continuar – Eu queria saber sobre a Marian – Sorri vendo ele sentar na poltrona. Olhei para tras e vi as meninas confusas novamente.

-Não tenho autorização para passar a ficha dela para ninguém – Soltou um sorriso forçado.

-Por favor Diretor – Implorei

-Já disse que não – Continuou 

-Ta, mas pode pelo menos me disser se ela tem algum tipo de doença? Sei lá, tipo Anorexia e Bulimia – Olhei para ele.

-O pai dela tinha me falado desses problemas delas, ela tem um problema grave com Anorexia e Bulimia, tentou levar para um psiquiátrica para se hitratar só não conseguiu – Respondeu olhando para mim. Me levanto da cadeira

-Obrigada Diretor – Sorri como agradecimento. Dou meia volta e olho para as meninas que estavam cochichando – Pronto meninas, vamos

-Ai finalmente – Priscila soltou um aleluia indo até a porta. 

Dou a mão para Julia e saímos da Sala do diretor. Caminhamos até o refeitório com as meninas no meu ouvido, elas ficavam perguntando o porque de eu estar tão preocupada com a Marian, expliquei para elas que a Marian também é minha amiga e estou preocupada com ela. Pegamos o almoço e subimos as escadas sentando na mesa do pessoal. Olho ao redor procurando Marian só que não consigo achar. Sou interrompida com perguntas ao meu redor, todos da mesa olhavam para mim, para Julia e Priscila, provavelmente curiosos. Comecei a explicar que eu só tinha alguma duvida e fui perguntar para o diretor então eles entenderam e voltaram a comer.

-Amanha é Sabado – Comemorou Isabela com um sorriso.

-Ta idai? – Julia disse curta e grossa.

-Nosfa, amanha nós vamos pra...-Deu uma pausa – casa- Sussurrou.

-Isabela amanha não vamos para casa – Lembrei ela forçando um sorriso.

Isabela estava do meu lado e do lado da Sabrina, de frente com seu namorado.Julia estava do meu outro lado e Priscila do outro lado da Julia. Joaquim estava do lado do Téo e na minha frente.

-Gente, a gente bem que podia fazer algum protesto – Omar deu a Ideia olhando pra Nós.

- Pirou de vez Omar? – André indagou.

-Gente, até que não é má ideia – Me pronuciei. – Nós temos o direito de ter liberdade, de se expressar....

-Agente tem o direito de fazer o protesto – Continuou Omar olhando para mim com um sorriso.

-Ta, e isso acaba com nós expulsos – Isabela disse

-Gente, a escola é do diretor, ele faz o que ele quiser com a escola – Joaquim pronunciou.

-Ele faz com a escola, não com os alunos – Priscila se pronunciou 

-E outra, não vai acabar com todos expulsos, pois pela lei do governo, os alunos tem liberdade de expressão e outra, nós vamos juntas todos da escola, ele não vai poder expulsar todos – Continuei pensando melhor.

Todos olharam para mim, suas caras pareciam surpresos, mas ao mesmo tempo entendendo.

-Então vamos ver, nós vamos fazer o protesto com todos da escola – Pronunciou Mateus, eu apenas olhei para ele e assenti.

-Ta e como faz isso? – Perguntou Téo olhando para mim.

-É bem simples, nós vamos fazer cartazes com frases tipo “Queremos a nossa liberdade” e sai com ele na mão. Gritando uma palavra, sei lá, tipo “Queremos liberdades” – Expliquei sorrindo.

-Ok, vamos juntar toda escola depois então – Sabrina fez biquinho de lado


Era umas três horas da tarde, tínhamos juntados a maioria da escola no Jardim, alguns estavam sentados, outros de pé. Eu e o pessoal – Isabela, Julia, Joaquim, Omar, André, Téo, Sabrina, Priscila e Mateus – estamos na frente dele, atrás de um arbusto explicando as coisas, sobre o protesto e tal. Estava até o pessoal do ensino fundamental

-Então gente, vocês topam? – Priscila Perguntou sorrindo para eles.

-Sim – Disseram alto. 

Alguém do fundo levanta a mão, olho pra pessoa que era uma menina e aponto para levantar. Ela levanta mostrando seu rosto, ela parecia ser mais velha, ela era morena de cabelos cacheados.

-Bom meu nome é Stela, e estou no terceiro ano. – Ela se apresenta de um jeito tímido – Estudo aqui desde o segundo ano e eu tenho uma ideia, e se a gente levar esse protesto para fora da escola, para o país saber da nossa “Liberdade” – Explicou fazendo aspas, uma menina de cabelos morenos com as postar vermelha e olhos castanhos da frente se levanta.

-Eu não concordo muito com a ideia da Stela, pois isso vai cair muito encima da escola em quem vai ser a culpada somos nós por apresentar isso, a gente podia só fazer a manifestação entre nós – Realmente, eu tinha concordado um pouco com ela – A e me chamo Emma e sou do segundo ano.

-Muito bem, quem concorda com a ideia da Stela? – Joaquim perguntou e umas cinquenta pessoas aproximadamente tinha levantado a mão, mais ou menos trezendos pessoas que tinha na escola, era pouca.

-Ta então, Stela, muito obrigada pela sua ideia, mas apenas poucas pessoas concordaram, a gente só ira fazer a manifestação entre os alunos mesmo – Expliquei e ela sentou sorrindo, Emma também sentou.

-Gente só para deixar claro, a gente não somos donos do protesto, então vocês poderão fazer o que quiser, poderão por oque é liberdade para vocês e fazer o que quiser no protesto – Sabrina pronunciou.

-Ok – Disseram alto, a maioria que estava sentado começa a se levantar.

-Seis horas da manha esperamos todo aqui, iremos começar bem de manha para começar fazer os cartazes, se quiserem, juntem em grupos e fazer os cartazes, irei pedir aquelas buzinas e coisas assim para nós fazermos a festa e quem tiver, poderá usar, a noite estaremos passando com um papel para assinarem – Priscila explicou sorrindo.

-Avisem quem não pode vir ou não veio porque não quis – Dei minha ultima fala. 

Olho para as pessoas que tavam de pé e vejo Marian que estava do lado da Rosana e do Freddie, com a mão na testa e seu rosto pálido. A maioria já tinha ido. Caminho até ela preocupada.

- Marian, você ta....- Antes de eu terminar a frase ela desmaia caindo nos braços do Freddie. – Ai meu deus – Freddie agacha com o rosto dela no colo.

-Meu Deus – Freddie pronunciou abanando as mãos no rosto dela.

-Gente, ela ta bem? – Rosana pergunta agachando e eu agacho ficando de frente pro Freddie.

-Temos que leva-la para a enfermaria – Digo meio que aflita.

-Não é melhor levar ela para a cama? – Rosana diz preocupada com a amiga.

-Ta, vamos leva-la para a cama – Digo se levantando. Freddie levanta pegando a menina no colo. Olho para o pessoal que estava em uma rodinha conversando. – Gente, vai indo que eu já vou - Eles foram, Rosana foi do lado. Eu caminhei até o pessoal que me viram e soltaram um sorriso.

-Ta tudo bem com a Marian, Miga? – Sabrina indagou meio que preocupada também. 

-Acho que sim né, Freddie e Rosana estão acompanhando ela, eu vou atrás para ver se precisam de alguma coisa – Ás vezes sou completamente formal com os amigos, não sei o porquê. – Nós se vemos mais tarde – Dou um sorriso e dou meia volta. 

Caminho em passos normais até a entrada e vou até a ala feminina. Ao chegar nos corredores, procuro pelo quarto da Marian Pelo que eu sei, a Marian divide o quarto com a Rosana e com a Mary. Ao achar seu nome na porta, entrei no quarto vendo a Marian deitada na cama desmaiada e Freddie com a Rosana em volta. Não é por nada não, mas eles pareciam estar em um velório, só observando a morta. Fechei a porta devagar e aproximei da cama ficando do lado do Freddie.

-Rosana, você acompanhou o dia dela hoje? – Fui completamente formal novamente, ai meu Deus.

-Não, eu e ela não andamos muito juntas, só dividi quarto mesmo. As vezes ela desmaia mas depois ela acorda – Foi normal.

-Eu fui perguntar pro diretor hoje se ela pelo menos tinha alguma doença, parece que ele confirmou que ela tinha Anorexia e Bulimia – Olhava para Marian e ficava falando.

Ao ver Marian se mexendo, dou um suspiro de alivio, pelo menos ela não dormiu para “sempre” como a branca de neve nos filmes. 

-Ai minha cabeça – Exclamou colocando a mão na testa e franzindo. Ela abre os olhos e olha para nós três olhando para ela e ficou confusa. – Gente, eu não to morta não ta, podem parar com essa cara de luto – Nós três rimos.

-Marian, você comeu hoje? – Freddie perguntou olhando para ela.

-Porque quer saber? – Sentou na cama. – Ta, eu comi uma barra de cereal – Revirou os olhos. Só uma barra de cereal?

-Marian, você é louca? Como você consegue ficar sem comer? – perguntou Rosana indignada.

-Gente, deixa eu conversar com ela por favor e trás uma bandeja de comida, ela precisa se alimentar – Pedi sentando na cama do lado dela.

-Não, eu não quero comer – Choramingou.

-Você precisa, não é questão de “Não querer” – Fiz aspas.

Freddie e Rosana saíram do quarto me deixando a sós com uma pessoa que tem Bulimia e Anorexia, que eu nem sei oque é direito.

-Manu, não ligue pro meu pai, por favor – Pediu, na verdade, implorou. – É normal eu desmaiar.

- Normal? Marian, isso não é normal, você precisa se hidratar urgente – Olhei indignada para ela. – E relaxe, não vou ligar para o seu pai.

-Meu pai quer me levar a um psicólogo mas eu não quero. 

-Certo ele, Marian oque você tem é grave, não é qualquer coisa 

-Mas sou uma obesa – Sua lagrima caiu.


Já era de noite, umas sete horas. Sai do quarto da Marian vendo ela comer. Sim, tinha conseguido fazer ela comer, com muito esforço mais foi. Ela queria comer rápido, mas conseguimos fazer ela comer devagar. Entrei no quarto não vendo as meninas, elas devem estar em alguma parte do internato. Fechei a porta e fui até a mesinha. Liguei meu not e comecei a pesquisar mais sobre Anorexia e Bulimia.

Depois de apenas, cinco minutos, as meninas entram e fecham a porta. Nem tava prestando muita atenção. Minha cabeça estava no texto que eu estava lendo.

-Miga, como esta a Marian? – Sabrina perguntou sentando na mesinha.

-Ela ta melhor –Falei sem tirar a atenção. 

-Ela tem Bulimia e Anorexia? – Perguntou Priscila

-Sim – Meio que sussurrei. – E é muito grave, to vendo que a Anorexia e Bulimia pode levar até a morte, ela precisa se hidratar urgente pois já esta no caso avançado pelo o que o diretor falou – Olhei para elas com um sorriso.

-Pera, oque é Anorexia e Bulimia? – Sabrina perguntando fazendo uma cara de pensativa.

-Ai burra. – Sussurrou Isabela.

-Sabrina, Anorexia e Bulimia são duas doenças graves. Pelo qual leva a morte. A Anorexia é um distúrbio alimentar junto com a Bulimia, em que a pessoa se olha no espelho e se ve praticamente obesa, quando na verdade é super magra. Essas duas doenças podem mudar o psicológico da pessoa e fazer com que ela coma bem menos ou simplesmente para de comer. A pessoa que tem essas doenças tem o medo de engordar, então ela exagera na atividade física, ela pode ter enjouos, vomita, toma laxantes e diurótecos. Ela praticamente recusa a comer e se preocupa exageradamente com o valor calórico. Bulimia é uma “Fome excessiva”, quando a pessoa busca sempre sozinho alguma coisa para comer mas come escondido e sozinho, não se importando com o sabor do alimento e sua combinação. Quando ela come, ela pode se arrepende e vomita tudo. Muitos adolescentes têm esses problemas e muitos já morreram por causa disso – Expliquei detalhadamente.

-Uou, isso foi um trabalho que merece nota mil – Julia ficou surpresa.

-Tendi – Sabrina sorriu se retirando de cima da mesa.

Isabela e Julia estavam apenas de boca aberta, talvez impressionadas. As batidas da porta invadem o silencio do quarto. Eu me levanto, já que as patetas estavam apenas paradas. Vou até a porta e abro dando de cara com três putas que não são bem vindas. Ta parei.

-Oque vocês querem? – Minha soava grossa mas impaciente ao mesmo tempo.

-A gente ficou sabendo que vocês estão organizando uma manifestação – Chloe falou por todas com sua voz irritante e sinica.

-A gente só teve a ideia, quem ta organizando são os alunos – Respondi com um sorriso forçado.

-Tá, que se foda, a gente quer saber se pode participar – Ela falou se referindo a Maisie e Amanda também. – A gente também quer liberdade.

-Guria, não tem nenhuma regra impedindo e se vocês quiserem, seis horas da manha estaremos reunidos no pátio fazendo os cartazes – Pisquei. 

-Obrigada, mas isso não quer disser que somos “BFF” – Fez aspas com sua voz irritante.

-Digo o mesmo, isso é uma manifestação não é mesmo? Você é uma aluna não é mesmo? Agora ve se me deixa em paz – Fechei a porta na sua cara de cú. Desculpe o palavreado mas....


Já era na manha seguinte, seis e meia da manha em um sábado. Estava ajudando nos cartazes junto com a maioria entanto os outros ficavam ajudando nas coisas para fazer barulho. Hoje falei com um dos inspetores para deixar o pátio para a gente. O Reinaldo, aquele que me ajudou com a Isabela.

Já estava quase tudo pronto. Só faltava cada um se arrumar, nós ia parar o diretor no jardim, onde tinha mais espaço.

As outras passaram rápidas, era oito horas da manha e nós já estava fazendo a querida manifestação, numa barulheira enorme – Panelas, buzinas e gritos – e com cartazes nas nossas mãos, seis pessoas estava na frente com aquele tecido branco com tinta escrita “Queremos Liberdade” e andava entre o jardim

-Queremos Liberdade, Queremos Liberdade – Gritamos a vontade. 

Estava entre Isabela e Julia, eu segurava um cartaz escrito “Queremos voltar a nossa rotina, queremos a nossa liberdade”. Mas uns minutos e paramos enfrente ao diretor no jardim.

-Oque significa isso? – Perguntou completamente irritado. Não dizemos nada só voltamos a gritar. – PAREM COM ISSO AGORA – Ele estava vermelho de raiva.

-Parar com oque? De lutar pela nossa liberdade? – Um menino que estava na minha frente, enfrentou ele.

-Isso mesmo, estamos aqui para representar a liberdade que o senhor não conhece – Joaquim enfrentou ele também.

-O senhor não pode tirar a nossa liberdade de ir para casa todos os fins de semana, para ver nossos familiares – Me pronunciei.

-O senhor não pode obrigar a gente usar esse uniforme o dia todo e todo dia – Continuou Priscila que estava do lado da Sabrina e Joaquim.

-Todos aqui temos liberdade de expressar. Todos aqui temos liberdade que você não esta nos dando – Téo falou enfrentando o pai.

-Até você Téo – Gritou irritado com o garoto.

-Ué? Não é você quer diz que aqui dentro sou apenas um aluno? Então estou fazendo minha parte como aluno e quero a minha liberdade e dos meus colegas – Ual. Mandou bem Téozinho. Fui para frente para enfrentar ele cara a cara.

-Você mesmo acha que tem poder contra a gente? Você mesmo acha que tirando nossa liberdade a gente vai ajoelhar ao seu pé? Mas não mesmo. Todos aqui somos alunos, todos aqui somos pessoas como você, todos temos liberdade. E a gente não vai parar até conseguir a nossa liberdade. Pense se fosse você no nosso lugar, sem poder ver seus pais, sem poder os abraçar, tocar. Tem pais que vivem ocupados, como a minha mãe por exemplo, ela é muito ocupada mas eu sei que ela ainda me ama, ama eu e a minha irmã e da o máximo de atenção. Ela não pode vir aqui todo dia, ela quase não pode vir. Agora imagina, imagina o quanto esses alunos sentem saudades de seus pais  da sua casa? – Apontei para os alunos – Ta certo que você quer o bem para a gente, mas a gente não somos felizes sem a nossa liberdade. De poder dormir na sua própria cama, de comer a comida de seus pais, de divertir com a família. E outra, se você tivesse uma namorada e estudava nessa bendita escola que tem muitas regras e uma delas é poder ficar sem abraçar e beija-la. Diretor, não somos mais crianças, nós temos acima de quinze anos, nós somos maduros em saber oque a gente quer. Porque com todo respeito, não estamos no século XllX para a gente ter liberdade só com 20 ou 30 anos.A maioria daqui tem dezesseis anos, são maiores de idade.Nós estamos cansados disso, nós estamos cansados de ser mandado centímetro por centímetro dentro dessa escola – Disse por fim ouvindo palmas no fundo, minhas lagrimas escorriam pelo meu rosto. Olhei para trás vendo alguns sorrisos e lagrimas de alunos.



Notas Finais


Tentei achar uma foto de uma manifestação escolar mas não encontrei
O gif representa a Manu enfrentando o diretor
MANUELA SAMBOU NÃO SAMBOU?
TODOS SAMBARAM NA VERDADE
E VOCÊ, SE ESTUDASSE NUM INTERNATO QUE VOCÊ NÃO TERIA A LIBERDADE, VOCÊ ACEITARIA ISSO?
ATÉ O PROXIMO


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