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História Always Alright - Capítulo 03


Escrita por: menina-que-voa

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 3 - Capítulo 03


“A vida é uma grande, uma gigantesca confusão. Mas essa é também a beleza dela.” Se eu ficar.

 

Se tinha alguma coisa incomodando Melanie a moça soube abstrair, sempre soube, lidava com seu nervosismo se dispersando alheiamente, foi sempre o que imaginara.

No momento a mesma se encontrava se observando em frente ao espelho, tentava enxergar qualquer resquício de nervosismo aparente, nada constatara e então girou os calcanhares observando seu quarto, com o pensamento martelando na sua cabeça, a que ponto ela tinha chegado?

Naquele instante ela só estava indo ao estádio por educação, era o mínimo de consideração que deveria ter pelo Asensio, era o mantra que se apoderou de todos seus pensamentos e então sem relutar em outros assuntos, saiu em disparada, pois se tivesse que sair, deveria ser naquele instante ou então atrasaria.

[...]

No caminho ao estádio se divertia ao passar pelos torcedores fanáticos, ela não negaria aquele dia a sensação maravilhosa do futebol, a qual nunca negou amar. Observava com carinho alguns casais e seus filhos e os correspondia com sorrisos, e de momentos em momentos verificava se estava indo na direção correta, já que Asensio a avisara em outro instante que a mesma ficaria na tribuna com seu pai e seu irmão, a pegando de surpresa com a ultima noticia.

Ao chegar na tribuna, não esquecera a educação em casa e tratou de cumprimentar os dois presentes no ambiente.

-Sr. Gilberto, prazer em conhecê-lo. –e em seguida estendeu sua mão, a fim de cumprimentar, repetindo o mesmo ato com o outro presente.

-Igor, prazer em conhecê-lo também.

-Eu que diga. –e riram. Mel se acomodou próximo aos dois, pois em minutos o jogo já iria começar.

Era o 3º jogo que o Real Madrid enfrentava em um curto período de uma semana, e dessa vez jogaria em casa contra o Valencia. Com a chegada do final do campeonato, tudo ficava mais apressado e não poderia ocorrer nenhum erro em campo.

-Como foi o caminho até aqui no estádio? –se dirigiu Gilberto à moça, que instantemente parou de prestar atenção no campo.

-Foi praticamente tranquilo. Moro um pouco afastada do centro, então a metade do tempo foi super-rápido, já sou acostumada com o transito da cidade em dias de jogos, e sempre quando acontece isso, preciso sempre sair alguns minutos antes, dependendo do lugar.

-Então você fica de olho nos jogos?

-Claro que fico, e também porque essa cidade respira praticamente a futebol.

-Você fala de um jeito diferente Melanie. –se ajeitou Igor e continuou. –Torce para algum time?

-Time não tenho nenhum, simpatizo com todos e por causa disso, adoro pegar no pé dos outros quando algum perde ou empata.

-Mas eu sinto que você torce sim. –argumenta.

-Se acha, tenta adivinhar.

-Então quer dizer que você torce. –e ela fez uma careta ao ver que deixou escapar que torcia e eles riram pelo descuidou dela. –Certo, você é daqui mesmo? –Mel assentiu com a cabeça, concordando com a pergunta. –Matado a charada então, é pra seleção.

-Exatamente. Desde criancinha, se bem que não me lembro nitidamente, mas meus pais na época diziam que eu comemorava muito em dia de jogo.

-Mas essa moça aí é esperta. –Gilberto falou e instantes depois o estádio ficou uma loucura, com a entrada dos jogadores em campo. –Marco começará no banco hoje.

E após isso eles permaneceram em silencio, o momento tirava qualquer outra situação afora, os concentrando, ambos soltavam alguns resmungos quando algo que não era pra acontecer e acontecia.

Foi aos 27 do primeiro tempo que ocorreu o primeiro gol do Real, passe de Carvajal para Cristiano Ronaldo que finaliza de cabeça. No exato momento Mel não sabia o que fazer, se comemorava, se levantava, e toda em sua indecisão a resultou em continuar sentada, meia desconcertada com a situação.

E permaneceu o placar assim, ao 21 minutos do segundo tempo Marco Asensio entrou substituindo James, o resultado já era esperado, já que o jovem estava ganhando cada vez mais espaço no time, e era impossível negar a dedicação que ele dava a sua posição.

O segundo tempo já estava se arrastando pra entrar na reta final quando o time visitante marcara um gol de falta, deixando todos os presentes aflitos. Mas pra decidir, aos 41 minutos, Marcelo marca seu gol, assistência de Morata.

Tal feito já tirara o sufoco dos presentes, foi quando nos acréscimos Asensio resolveu assustar os visitantes, com passe recebido do autor da assistência do ultimo gol, que então foi logo marcado impedimento. Só por tal ato, Mel proferiu alguns xingamentos mentalmente, não seria louca de dizer alto ao lado de seu pai e seu irmão, às vezes  era bom pensar na dignidade da vida humana, e a mesma prezava muito pela sua.

Quando o jogo terminou, Mel ainda permaneceu sentada em seu lugar, esperando ainda a muvuca de torcedores passar, pois se enfrentasse a multidão nesse exato momento lá fora, com certeza iria ficar prensada entre muitos corpos, ou ter que ficar se esbarrando, e bem, ela não era muito fã de coisas assim, quando se certificou de que tudo estava tranquilo para ir, começou a se despedir de Gilberto e Igor, agradecendo novamente pelo convite.

-Mas já vai? –se certificou o mais velho novamente.

-Sim, o jogo já acabou.

-Mas fica aí, daqui a pouco o Marco já vem e jantamos aqui mesmo.

-Agradeço o convite, mas não quero incomoda-los.

-De jeito nenhum não vai incomodar, jante conosco essa noite, serviço exclusivo do clube. –Igor ofereceu e seu pai começou a rir, os dois tentavam a convencer, que logo cedeu, permanecendo ali mais um tempo, até notarem a chegada do jogador.

O mesmo estava vestido num terno, que logo fez questão de tirar o paletó, permanecendo apenas com a camisa social. Mel observava a interação dele com seu pai e seu irmão, até que após, ele se dirigiu a outra direção, indo até ela.

-Vejo que não desistiu do meu convite.

-Isso, estou aqui e alias, parabéns pelo jogo. –elogiou.

-Ao vivo sempre é melhor né? –provocou.

-Ui. –Igor soltou. –Mel, o pouco que conheço de você, não deixava o Marco falar isso.

-Tudo bem. –deu de ombros. –Quem sabe faz ao vivo mesmo. –deu a resposta.

[...]

-Vocês podem indo à frente? Vou acompanhar a Melanie até o carro. –Marco pediu, assim que todos saíram do estádio.

-Não precisa, posso ir tranquilamente sozinha. –protestou.

-Mas eu acho melhor acompanhar, já está muito tarde também. –viu que não cederia, então resolveu deixar a situação assim. –Desculpa pelo que falei mais cedo.

-Sério que vai me pedir desculpa sobre aquilo? Pois se for assim, eu também devo desculpas.

-Não havia percebido. –ficou constrangido.

-Olha Marco. –Mel parou ali na calçada e o Marco resolveu fazer o mesmo. –Se não fossemos bons no que fazemos, acha que estaríamos onde estamos?-perguntou.

-Quem sabe faz ao vivo. –respondeu com a mesma frase que ela havia usado mais cedo, e ela riu com a situação. Os dois voltaram então a caminhar, mas num silencio bom e confortável, que durou só mais alguns metros, quando chegaram ao carro de Melanie.

-Avisa ao Gil e ao Igor que eu adorei assistir o jogo com eles? –perguntou enquanto dirigia sua atenção ao destravamento da porta.

-Claro.

-Muito obrigada pela noite e por me acompanhar até aqui. –tratou de agradecer o convite e pela gentileza.

-Eu que devo agradecer.

-Tenha uma boa noite, Marco.

-Você também, Mel. –respondeu fechando a porta do carro e então se afastando.



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