História Always and forever - Delena. - Losing your memory

POV Damon.

Eu nunca estive tão nervoso antes. Como assim meus filhos eram na verdade filhos do Stefan e Elena não me contou nada? Ah, talvez ela não soubesse, mas se já suspeitava, por que não me disse antes? Que raiva. Eu queria ter batido mais em Stefan. Ele estava merecendo.

Nesse exato momento, estou na sala e Stefan na cozinha. Rebekah estava comigo e Jeremy também, tentando me acalmar. Pode parecer uma simples coisa, mas não é. Eu posso jurar que estou chorando agora.

— Gente, algum de vocês viu a Elena? – Caroline vinha na nossa direção e aí que eu reparei que Elena não estava lá o tempo todo, ela sumiu do nada.

— Ela não está aqui? – O meu nervosismo aumentou.

— Não e ninguém deu falta dela. Já fazem uma hora que Elena sumiu. – Olhei para Caroline e ela tinha uma expressão preocupada.

— Ela só deve ter saído pra pegar um ar. Sei lá, aposto que ela está bem. – Disse tanto de ombros.

Caroline iria responder, mas fomos interrompidos pelo telefone tocando. Troquei olhares com Rebekah e Jeremy que estavam preocupados também. Não entendi essa tal preocupação deles.

— Vocês não vão atender não? – Katherine veio da cozinha e pegou o telefone e atendeu. – Alô?

Ligação on.

— Boa noite, é da casa da senhorita Elena Gilbert? – Uma voz desconhecida falava no outro lado da linha.

— Sim, é sim. O que deseja? – Katherine respondia enquanto olhava para nós desconfiada.

— É do Hospital Seattle Grace. – Katherine parecia ouvir atentamente. – Elena sofreu um acidente de carro a aproximadamente uma hora e meia, mas só acharam ela agora. Peço para algum parente dela venha ao Hospital, pois seu estado é grave. – Katherine colocou a mão na boca e seus olhos estavam transbordando de lágrimas que caiam incessávelmente no seu rosto, ela finalizou a ligação e se aproximou mais, se apoiando no sofá.

Ligação off.

Katherine mal conseguia abrir a boca. Fiquei extremamente preocupado.

— Katherine, o que foi? – Disse me levantando e indo até ela. Ela apenas me abraçou com força e falou baixinho para que só eu escutasse.

— Vá até o hospital e peça para dizerem pra você do estado de Elena Gilbert. Nós vamos encontrar você lá depois. Só vá imediatamente, Damon. – Eu não entendi o que estava acontecendo, mas pelo tom de voz de Katherine e pelo fato dela estar chorando, eu sabia o que estava acontecendo. Elena havia sofrido um acidente.

Saí de seus braços e peguei as chaves do meu carro e abri a porta, saindo de lá sem explicar nada à ninguém. Entrei no carro e fui o mais rápido possível para o Hospital.

[...]

Ao chegar lá, corri para a porta, entrando desesperado. Minha visão estava turva e eu não sabia o que estava acontecendo. Andei com passos rápidos até a recepcionista e perguntei sobre Elena Gilbert, ela já me conhecia então me disse sem preocupações.

— Doutor, Elena Gilbert sofreu um acidente de carro a aproximadamente a uma hora e meia. Só achamos ela à 20 minutos. Está em estado crítico e sofreu um traumatismo craniano, neste momento está com Klaus na sala de cirurgia. Assim que ele soube, pediu para opera-la. – Meu mundo caiu. Eu nem agradeci por ela ter me dado as informações, só fui correndo que nem louco até a área de cirurgias e quando vi alguns internos da turma de Elena, soube que ela estava ali.

— Com licença. – Passei em meio a multidão e fiquei no vidro de observação olhando a cirurgia. Não acreditava, era mesmo ela ali. Não podia mais ficar naquele local, observando a vida dela em risco. Não podia.

Fui para fora dali e me sentei em uma das cadeiras que tinha logo na recepção, coloquei minhas mãos no rosto e chorei incansavelmente. Funcionários do Hospital me viam daquele jeito e não entendiam que a vida da interna que estava em risco, era a mulher da minha vida. A única pessoa que teve coragem de se aproximar e de se sentar ao meu lado, foi Alaric. Ele não falou nada. Apenas estava ali, me dando força enquanto ninguém chegava.

— Ela está naquela sala de cirurgia agora, Alaric. E eu estou completamente desesperado. Ela sofreu esse acidente por minha culpa.

— Por sua culpa? Por favor, Damon. Ela estava em alta velocidade e estava nervosa, numa estrada escura e mal iluminada. Elena não teve cuidado. – Ric disse completamente errado. Ele não sabia a outra parte da história. 

— Ela estava nervosa por minha culpa. Stefan estava lá e disse que fez um teste de DNA e que os gêmeos na verdade eram filhos dele. Eu me estressei e atrapalhei a conversa deles e comecei uma briga com Stefan. – Alaric me olhava incrédulo. – E é por isso que Elena está deitada naquela cama agora.

Alaric ia me responder, mas fomos interrompidos por Katherine chegando com Rebekah, Jeremy, Caroline, Lily, Bonnie, Stefan e os gêmeos. Todos com cara de choro. Mas por que Stefan estava ali? Pensei em discutir mas percebi que ele sentou bem isolado de todos e ficou com a cabeça baixa. Lexi e Nik se aproximaram de mim e perguntaram porque todos estavam tristes.

— Vocês sabem que a mamãe está aqui no hospital?

— Ela está trabalhando? – Disseram inocentes.

— Ela sofreu um acidente. – Eles não sabiam o que dizer. – Venham cá. – Bati levemente nas minhas pernas, insinuando que eles sentassem nelas, e assim que sentaram, continuei. – Mamãe está em uma sala de cirurgia agora, e o dindo Klaus está cuidando dela agora. Mas não se preocupem, ela vai ficar bem. – Tinham uma expressão triste no rosto e aquilo partiu meu coração. Em pensar que eles poderiam ficar sem a mãe.

— Ei, crianças. Vocês estão com fome? – Alaric vendo o quão tenso o clima estava, chamou a atenção das crianças, que responderam ele com a cabeça em um "sim". – Então venham comigo, vou levar vocês na lanchonete e vocês podem comer o que quiserem, tá bom? – Eles olharam pra mim e eu disse que eles poderiam ir e confiar em Alaric.

— Obrigado, amigo. – Olhei para Alaric e ele sorriu fraco e levou as crianças até a lanchonete. E mais uma vez, eu estava sozinho. Por pouco tempo. Lily chegou e se sentou ao meu lado.

— Não é sua culpa ela estar lá, Damon. – Permaneci calado. – Não é culpa de ninguém. Estou falando isso porque sei como você tem a mania de se culpar por tudo que acontece. E algumas vezes você tem culpa, mas isso não é o caso. Só fiquei calmo. – Não iria responder, só queria ficar sozinho e então ela saiu de perto de mim, me deixando sozinho novamente.

— Damon. – Olhei para quem estava falando comigo e era Klaus, me levantei imediatamente. – Podemos conversar à sós um instante? – Assenti e caminhei com ele até onde ele estava indo, seja lá pra onde que era. E aí percebi que estava no quarto de Elena. – Fiz a cirurgia, ocorreu tudo bem, mas vamos ficar supervisionando ela até acordar. Não sabemos que reação ela pode ter, ou se vai mesmo acordar. Então peço para que só você fique aqui no quarto e que no máximo quem entre seja os irmãos de Elena.

— Claro, mas como assim ela pode não acordar? – Olhei para Klaus com dúvida.

— Ela pode entrar em coma, e se entrar, não sei quando ela vai acordar. Pode ficar até dias, semanas, meses e até anos. Mas estou torcendo para que ela não fique nesse estado. Enfim, eu tenho que atender outros pacientes, mas antes vou comunicar a todos sobre Elena e também sobre as regras. – Assenti e ele saiu.

Olhei para Elena, parecia um anjo dormindo. Tão linda. Acariciei o rosto dela com o polegar e deixei um sorriso fraco escapar. Me acomodei em uma poltrona que tinha do lado da cama dela, segurei uma de suas mãos e resolvi dormir um pouco.

[...]

Acordei de um sono pesado e lembrei de tudo o que aconteceu. Dá briga com Stefan e principalmente do acidente de Elena e que ela estava ao meu lado agora, ainda desacordada. Olhei em um relógio qualquer que tinha naquela sala e eram três horas da madrugada. Fui surpreendido por alguém batendo na porta, e abrindo logo em seguida. Pude ver Katherine e Jeremy com os rostos pálidos ainda e um pouco vermelhos de tanto chorar.

— Podemos entrar? – Fiz que 'sim' com a cabeça e eles entraram e ficaram do meu lado, não parecendo acreditar que era mesmo Elena ali.

— Não acredito que Elena sofreu um acidente mesmo. – Jeremy se pronunciou. – E nem tenho a certeza de que ela vai melhorar logo. – Abaixou a cabeça.

— Claro que ela vai, Jer. Ela é forte, tenho. Certeza que vai se sair ilesa deste acontecimento. – Katherine disse sorrindo.

— Ela vai. Ela vai ficar bem e... – Alguém me interrompeu, Elena me interrompeu.

— Olá? Onde eu estou? – Fui rapidamente para o seu lado e a olhei nos olhos, sorrindo profundamente.

— Elena, Elena meu amor, sou eu, Damon. – Ela parecia confusa.

— Damon? Eu não conheço nenhum Damon. – O sorriso que antes predominava no meu rosto, agora tinha sumido. Olhei para Katherine e Jeremy que também não sabiam o que estava acontecendo.

— Elena, sou eu. Kath, sua irmã. Lembra de mim? – Ela sorriu para Katherine e abraçou a irmã. Como ela não se lembrava de mim?

— Kath, Jer?? Vocês estão mesmo aqui? Que saudades. Pensei que nunca voltariam para Mystic Falls. – Fiquei mais confuso ainda. Levei um susto com um barulho que veio da porta. Nik e Lexi entraram rapidamente e Alaric veio atrás cansado e pedindo desculpas.

— Mamãe, mamãe! – Falavam juntos.

— Mamãe??? – Elena que também estava confusa. – Katherine, você teve filhos. – Katherine riu e eu olhei sério pra ela.

— Não, Elena.. são seus filhos. – Elena quem riu agora. – É sério, Elena.

— Mas eu não tive filho nenh... – Katherine tampou a boca de Elena e eu tirei as crianças do quarto e voltei depois sozinho.

— Então quer dizer que Elena perdeu a memória e só lembra da vida dela em Mystic Falls? – Finalmente falei alguma coisa.

— Como assim eu perdi a memória? – Klaus entrou no quarto. – Quem é você?

— Bem que eu já suspeitava que Elena perderia ter perdido a memória. – Klaus disse.

— E porque não me disse nada? – O olhei bravo.

— Porque eu precisava ter certeza. – Me fuzilou com os olhos. – Então, do que a Elena lembra?

— Só da vida dela de Mystic Falls, antes de vir pra cá. – Jeremy respondeu.

— Elena, eu sou Klaus Mikaelson, o chefe da neurologia. Você sofreu um acidente de carro a aproximentamente 5 horas atrás. – Ela parecia ouvir atentamente. – E, infelizmente, sofreu um traumatismo craniano. Eu fiz sua cirurgia e ela foi um sucesso, mas eu tinha cautelas de que você poderia entrar em coma ou perder a memória, e a segunda opção que aconteceu. Você aparentemente só se lembra da vida que tinha em Mystic Falls. Está conseguindo me acompanhar. – Ela assentiu. – Acontece, Elena, que você saiu de Mystic Falls faz quase 4 anos para viver sua carreira de médica. Você está/estava terminando sua residência aqui, e ano que vem se formaria. Se especializou em cardiologia e estava pensando em ser cardiologista pediatra. Durante o primeiro ano de residência, você ficou grávida de Damon. – Ele apontou pra mim. – Que é o chefe da cardiologia. Sim, seu chefe, mas isso não tem problema. E aquelas crianças que entraram aqui, eram seus filhos. Você ia casar com Damon, estavam noivos, mas ele deu uma vacilada e vocês terminaram. Voltaram a se falar para o bem de seus filhos e hoje são bons amigos. E não podemos esquecer que eu além de ser seu chefe, pois sou o dono do hospital, sou o padrinho dos seus filhos, Lexi e Nik. Conseguiu entender?

— Sim, gravo as coisas rápido. Então aqueles gêmeos são meus filhos, Nik e Lexi, esse homem maravilhoso aqui do meu lado é o meu ex-noivo e atualmente somos amigos. – Eu ri. – Trabalho no seu hospital e vivo em Seattle?

— Exatamente isso, Elena. E você também conhece outras pessoas, como a sua amiga Bonnie, também interna de cardiologia, Rebekah, sua amiga que é chefe da pediatria. Lily, minha mãe, e a Caroline, que eu creio que você não tenha esquecido.

— Ok, agora que eu já sei de todo mundo, posso voltar pra onde eu moro agora? Não quero ficar no hospital.

— Infelizmente terá que ficar mais dois dias em supervisão, Elena. Depois poderá ir embora, mas ficará em casa com quem quiser. Eu até libero Damon do trabalho. – Elena riu. E fazia tempos que não via esse sorriso no rosto dela.

— Por favor, libere Damon. Quero passar a maior parte do tempo com ele. – Me surpreendi. – Tudo bem por você, Damon?

— Sim, claro. – Fiquei feliz. – Ah, eu tenho um irmão. Mas tenho ciúmes dele com você, então se você puder não falar com ele na minha frente, eu agradeceria..

— Tá bom, não irei falar com ele na sua frente. Já vi que vou adorar conhecer você novamente, Damon.