Engraçado como as coisas acontecem... Até pouco tempo eu era irmã do Dipper, e, olhe agora, nem nos falamos tanto...
Realmente foi um choque saber a verdade escondida faz tantos anos. Foram tantas aventuras, amores, conversas... Hoje em dia nem um oi ou um bom dia ou qualquer que seja a palavra. Eu queria muito conseguir falar com ele, mas, depois de tudo, ele está muito abalado e etc.
Tudo começou quando tínhamos 15 anos. Era uma tarde de segunda-feira, tudo normal, como de costume. Bom, normal não é a palavra certa quando se está em Gravity Falls, mas, enfim.
Tio Stan estava sentado em sua poltrona assistindo à programação de filmes de Gravity Falls, como faz todos os dias, e, de repente, o telefone toca.
- Olha só, saiba que se está procurando por Stanford Pines por algum crime ou acusação, ele não mora aqui. - ele ia devolver o telefone ao gancho quando a pessoa do outro lado da linha pediu para que ele não desligasse.
- Não, Stan! Não desligue! Sou eu, o pai da Mabel e do Dipper... Estou ligando para avisar que... - ele suspirou - Decidi contá-los a verdade hoje. Acho que eles são maduros o suficiente para isso.
- Oh... É você... Bom, eles estão lá fora fazendo alguma coisa que não me importa. Se quiser falar com eles, venha até aqui.
- Certo, certo... Ahn... Provavelmente chego aí mais ou menos no final da tarde. Não quero que comente nada com nenhum deles para não estragar nada.
- Ok, ok. Vou desligar pois tenho que assistir minha péssima programação e você não pode me atrapalhar agora.
- Mas... Stan! St...
E desligou.
- O que você não pode nos contar, ti-vô Stan?
- Aaahh! - ele deu um pulo para trás. Parecia muito assustado.
- Hein? Seja o que for, queremos saber agora! - disse Dipper com um sorriso no rosto.
- Ahn... N-nada, crianças...
- Nós não somos mais crianças! Quero deixar bem claro isso.
- Tá, tá. Seja o que for, Mabel. Vá cuidar do seu porco, ele está... - ele pensa um pouco. - ...fedendo!
- Primeiramente, o nome dele não é porco, é Ginga. E segundo, ele é um porquinho limpinho. Ele não fede!
- Mabel, se ele não quer falar, vamos deixá-lo. Qualquer hora vamos descobrir mesmo! - ele riu.
Eu e Dipper saímos para continuar a fazer o que estávamos fazendo antes. Ele parecia estranho, abatido, ou não sei.
- Dipper, por que está assim? Sabe de algo?
- Não... É que às vezes tenho medo do que vem à frente.
- Mas... Nós sempre enfrentamos tudo com um sorriso no rosto, juntos, e não vai ser nada que vai nos separar. Seja o que for que vem aí, me promete que não vai me abandonar? - nós paramos e ficamos um de frente pro outro. Eu peguei as duas mãos dele e as entrelacei nas minhas.
- Prometo. - ele sorriu.
- Mesmo?
- Claro, maninha.
E então, nós arranjamos algo para fazer.
Ficamos fora de casa, no quintal, até umas 18h e depois entramos; o sereno já estava caindo. Estávamos todos juntos, eu, Dipper, Wendy, o Stan e o Soos assistindo TV quando ouvimos alguém bater na porta.
- Deixa que eu atendo. - disse Wendy, já se levantando.
Ela abriu e pareceu surpresa.
- Senhor Pines, o que está fazendo aqui? - eu puxei o Dipper o mais rápido possível para a cozinha.
- Ai, o que foi, Mabel? Está louca?
- Você não entende, Dipper? Lembra do que o ti-vô Stan não podia falar hoje, mais cedo?
- Sim, o que tem?
- Será que nosso pai tem algo à ver com isso?
- Não faço ideia. Nós só vamos descobrir se você soltar o meu braço e me deixar ir pra sala cumprimentá-lo e deixá-lo falar.
- Desculpe.
Eles adentraram a sala como se nada tivesse acontecido.
- Meu filhos queridos! - o Sr. Pines abriu o braço como quem queria nos abraçar. Fomos em direção à ele, educados.
Abraçamos, cumprimentamos, conversamos um pouco... Até que chega a hora que eu mais temia e desconfiava.
- Bom, Dipper... Mabel... Tenho uma revelação a fazer.
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