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História Amada Pela Lua - Me Desculpa!


Escrita por: greywolff

Notas do Autor


Um pouco atrasado eu acho, porém aqui está. Espero que gostem, e leiam as notas finais (ALGO IMPORTANTE VAI TA LÁ)

Edit. 1: Reescrito

Capítulo 2 - Me Desculpa!


            Ellizabeth

Acordo meio paranoica, um sonho não muito comum me deixou nesse estado. Ele era mais ou menos assim:

 (Sonho):

No sonho eu acordo deitada num quarto totalmente diferente do meu e fico com uma expressão de: WTF? Em seguida eu levanto, corro pra fora do quarto para tentar descobrir onde estou. Porém pela quantidade de quartos que passei correndo supus que deveria ser um castelo ou uma mansão, mas a ideia de uma mansão com aquele tipo de piso – concreto liso. – Saiu de questão, então restava castelo. Mas como eu havia de ter vindo parar aqui? Bem, nem eu mesmo sabia, então fiz o que? Continuei correndo, em vez de ir para baixo eu estava correndo para tentar achar o topo. Por que isso? Meu corpo me guiava, eu tentei voltar, mas a curiosidade me levava sempre para cima, e mais, e ainda mais.

Não sabia por quanto tempo havia corrido, mas o suor descia do rosto e meu coração batia a mil como se fosse sair pela boca, eu usava uma camisola pelo que vi – aliás, isso explica o frio nas coxas. – E descalça. Por fim cheguei a uma porta, a abri e olhei o que havia lá fora. Havia um grande espaço, e não consegui ver mais nada, então andei para frente. Cheguei a beirada e olhei, não havia mais nada, só havia o vazio. Estava no alto de um castelo no meio de nada.

Por um instante eu tive uma tontura e pensei que fosse cair, mas mãos fortes me seguraram.

            – Está bem Ellizabeth? – uma voz firme me perguntou.

            – Estou... – respondi me afastando. – Mas quem é você? – retruquei.

Ele sorriu, não consegui ver seu rosto muito bem, só o sorriso.

            – Serio! – disse seria. – Quem é você? E onde estou? Como vim parar aqui? Eu quero respostas, e já!

E ele continuou sorrindo para mim, eu não entendia, então ele começou:

            – Você é muito curiosa. – falou. – No momento certo, todas as respostas serão dadas a você, apenas espere.

Por fim ele caminhou até mim.

            – Agora está na hora de você voltar, aproveite o tempo que tem, logo, logo será... – eu não consegui ouvir suas palavras. – Apenas acorde. – senti dois dedos dele tocar minha testa e senti como se estivesse dormindo de novo.

Por fim acordei paranoica, assim como falei.

Ainda é terça-feira e eu tenho aula, trabalho depois da aula e deveres, me movo sonolenta em direção ao banheiro. Pego o celular e começo a procurar alguma música pra ouvir no banho, por fim escolho “A Prophecy” do  Asking Alexandria. Combina, já que a letra fala de água e o clipe mostra isso, mas foda-se, vou tomar banho.

Saio de lá de toalha alguns minutos depois, meu cabelo está uma droga então faço um coque de qualquer jeito e vou por uma roupa e segui para a comida.

Então começo a cantar a música que está tocando agora:

“I’m just a would’ve been, could’ve been

Should’ve been, never was and never ever will be

Well, sharpen your teeth

Tell yourself that it’s just a business

Would’ve been, could’ve been

Should’ve been, never was and never ever will be

Worms come out of the woodwork

And the snakes start to sing”.

Eu realmente amo o Sempiternal, porra que álbum tão... sei lá, bom, viciante, sei lá cara! E que música mano, “And The Snakes Start To Sing” é tão amorzinho.

Visto as roupas intimas e percebo uma marca em formato de Lua em meu braço.

            – De onde eu consegui isso?

Não sei, até onde sei não tive isso até agora.

            – Ah foda-se, eu vou terminar de trocar de roupa, comer e em seguida ir pro colégio.

É quase 6h50 e terminei de fazer tudo o que restava, de trocar de roupa até me arrumar, comer e higiene pessoal – eu sempre escovo os dentes depois do café da manhã, é um habito de longa data – então ta na hora de ir pro colégio.

A minha rotina de colegial é a seguinte: acordo, me arrumo, me alimento, vou pro colégio, venho e almoço, vou para o meu trampo e volto pra casa depois. Alguns dias depois do trabalho eu saio (como na noite passada) ou então fico em casa mesmo.

Já na porta de casa deixo o skate, vou andando mesmo e aprecio o começo de manhã na cidade. É engraçado e nostálgico, engraçado porque eu vejo as coisas com um olhar diferente e nostálgico porque me lembra minha infância.

Caminho por algum tempo e chego ao colégio, eu vejo meus amigos e os cumprimento – da maneira retardada de sempre – e seguimos para as nossas salas.

                                                           ***

Bateu o sinal do intervalo e ficamos todos ali conversando na arquibancada como de costume.

Conversa vai, conversa vem, eu acabo mostrando meu braço e que surgiu do nada, com várias risadas eles me respondem.

            – Mano, acho que cê ‘tava mó lokona dos pá e nem lembra que fez isso. –disse Ben. – Como que uma tatuagem surge do nada?

            – Sei lá mano, mas eu não ‘tava lokona dos pá não, vamos com calma. Maneira nos toddy aí. – respondo.

            – E além do mais – começou Leeh. – Não tem como ela ter feito uma tatuagem sendo ela sai sempre com a gente nos roles, e se em algum deles a gente ficou muito loucos e com muita merda na cabeça todos estaríamos com alguma tatuagem também, certo?

            – Verdade. – todos concordaram.

            – Agora o que foi que fez isso aí no seu braço, eu não sei te explicar, mas procura saber algo sobre isso. Pergunta pros seus pais se você na infância tinha um sinal do gênero. – ela finaliza.

            – Isso, farei isso. – respondi. – Agora vou ali pegar algo no 1

° ano.

Eles fizeram sinal de positivo e eu sai.

Não é como se o que eu fui buscar tivesse realmente tanta importância, mas queria ficar só. Andava sozinha no colégio perto do fim do intervalo, eu acho engraçado isso porque eu vejo os grupinhos, logo em seguida lembro que envolta de tanta “amizade”, há tanta falsidade, desconfiança, vontade de passar o próximo pra trás e etc. eu vejo esses tipos de grupinhos e sinto pena das pessoas.

Aliás, é penoso de certa forma viver. Quero dizer, acordar todos os dias, fazer as mesmas coisas, dizer as mesmas coisas, e manter esse ciclo vicioso até o fim da sua vida... honestamente é a última coisa que eu quero. Porém né, tendo em conta que se tornar maduro é isso, eu questiono se eu quero me tornar uma pessoa madura.

Logo o intervalo acabou e voltei para a sala, o resto da manhã passou rápido.

Me despedi e fui para casa, não estou hoje num dos meus melhores dias. Mas a vida me pede para seguir a rotina. Em casa eu preparo meu almoço e deixo a música tocando alta, quando termino tomo banho e após acabar visto apenas a roupa intima.

            – Hora de devorar até reboco de casa! – ri alto.

Coloquei o almoço e liguei a tv para ver cartoon.

Do nada me pego pensando na última vez que almocei em família, percebo que faz tempo. Mas ignoro isso e volto a comer, quando acabo desligo a tv e vou colocar o prato na pia.

            – Agora é pôr a roupa e parti pro trabalho. – digo a mim mesma.

Sem muitas demoras, troquei de roupa escovei os dentes e coloquei e sai.

Ao chegar na livraria falei com o Sr. Carlos e perguntei a ele se poderia ler o livro que ele me emprestou nas horas que a livraria não estivesse tão cheia de clientes e ele permitiu.

Era algo em torno das 15h quando o fluxo de clientes diminuiu um pouco, então sentei no chão após ir até minha mochila pegar o livro. Abri o livro e comecei a lê-lo.

A cada página ficava mais curiosa para saber mais, era como algo igual a uma droga viciante, quanto mais eu lia mais eu queria mais, eu li a parte de mitologia grega rapidamente, mas haviam após a parte que falava da mitologia alguns (ou vários contos) relacionados a mitologia, o que era bom porque esses contos eram legais e ruim porque eu queria logo chegar na japonesa.

            – Eliza? Ei, Eliza? – uma voz me tira do meu mundo de pensamentos.

            – Ã? Oi? – pergunto meio fora de mim ainda.

            – Já pode ir pra casa, já são 18h. – ele informou.

            – Mas já? – eu retruquei. – Como? Eu só parei pra dar uma lida no livro.

            – Pois é, mas já é. – ele apontou para o lado de fora, e estava escuro, é claro com os postes acessos. – E olhe o quanto leu.

Olhei e vi que já havia sido uma boa quantidade de páginas.

            – Meu deus, eu li tanta coisa... pensei que tinha lido tão pouco. – fiquei boquiaberta. – Mas o senhor não teve nenhum problema aqui, mesmo comigo lendo feito uma lunática se parar?

            – Não, o fluxo continuou o mesmo, não se preocupe. – ele respondeu. – Eu sei como é, eu fiquei assim quando comecei a lê-lo também. – deu uma risada.

            – Ah... – ri sem jeito. – Tudo certo e obrigado por segurar as pontas Sr. Carlos. Até amanhã, e amanhã prometo que só lerei um pouco quando o fluxo estiver baixo e voltarei a trabalhar. – expliquei ainda sem jeito.

            – Certo, certo Eliza. É melhor ir, senão vai chegar tarde em casa. – ele fala.

            – Ok, boa noite senhor. – digo e pego o livro o marcando com um papelzinho. – Até amanhã.

Coloco-o na mochila e saio.

O dia estava por acabar, os postes começavam a ser acessos e eu me adiantei, sem perceber eu esbarrei em algo (em) e cai no chão.

            – Ai! – falo.

            – Er... me desculpe – ele fala, eu o encaro. – Não era minha intenção te derrubar.

            – Sem problemas, eu quem estava distraída. – falo sem jeito e o encaro.

Simplesmente eu fiquei perdida nos seus olhos azuis profundos. Ele parecia ter algo entre 17/18 anos e vestia uma camisa social de manga longa dobrada até acima do antebraço com um suspensório e uma jeans preto.

Ele estende a mão e me ajuda a levantar, eu fico o encarando sem parar por algum tempo até ele romper o silencio:

         – Está tudo bem?

            – Er... – o encarava ainda. – Sim.

            – Bem, já que está bem, vou indo. Se cuide... er qual seu nome mesmo? – ele pergunta.

            – Ellizabeth e o seu? – retruco.

Eu fico por alguns segundos esperando a sua tão esperada resposta, e ele me encara bem, por fim responde:

            – Eles me chamam de Alan. – olha para o céu e a lua parece brilhar com mais força. – Agora preciso ir, se cuida, até algum dia.

Então seguiu seu caminho e eu vire-me para ver até onde ele ia.

            – Aí Alan... mal te conheci, acho que já to afim de você. – suspiro pensando.

Voltei a andar também, logo cheguei em casa, tirei a roupa ficando somente de calcinha.

            – Amém, que sensação de liberdade. – brinco.

Caminho até a cozinha, pego um copo d’água e vou bebendo até meu quarto. Pego uma regata folgada masculina que comprei há algum tempo, visto-a me cobrindo e parto pra comer alguma coisa. Minha barriga ronca.

                                                           ***

Já é quase 23h00 e estou deitada lendo as últimas páginas das partes de mitologia grega.

Acabo e coloco o livro do lado, me enrolo e fecho os olhos para dormir.

            – Amanhã ainda é quarta... – cochicho.


Notas Finais


Eu creio que esse tenha sido um dos primeiros (e últimos talvez) que fiz do ponto de vista de um personagem, pode estar meio fraco, mas é que a "ação" só começa nos próximos. Então se tu gostou do tipo de narração eu posso fazer mais, só comentar e me digam o que acham da história, o que esperam... sei lá, quero opiniões, mas até o próximo (eu vou escrever essa aqui até chegar no cap4) xD


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