Depois daquele dia Ellizabeth e Alan ficaram mais algumas vezes, eles saiam bastante agora, Ellizabeth acabou levando ele num dos roles que foi com os amigos e os mesmos acabaram gostando do garoto. Os dias só continuaram passando.
Lua é que não se alegrava nada com aquilo e seu plano estava indo por água a baixo literalmente, vendo que agora ela estava com olhos para aquele pequeno e tolo mortal, Alan, ele então começou a se movimentar para agilizar seus planos.
Era mais uma terça-feira entediante começando, Ellizabeth e os amigos já estavam na sala, o professor entrou e em seguida uma outra garota. Então ele começou a falar:
– Quero lhes apresentar: Ashley O’Conner. Ela fará parte da turma a partir de hoje, deem a ela as boas-vindas. – disse o professor em tom normal.
– Bem-vinda. – quase todos disseram.
– Obrigado. – respondeu em tom tímido. Viu então Ellizabeth. – Eliza!!! – acenou.
Ellizabeth que estava ouvindo música nos fones demorou um pouco e então Benjamin a fez olhar, então a mesma respondeu:
– Ah... oi Ash. – sorriu. – Senta aqui. – apontou para uma banca vazia, e a mesma foi.
– De onde vocês se conhecem? – os amigos da morena a perguntaram.
– Ela é irmã do Alan, ele nos apresentou semana passada. – ela disse e a garota confirmou.
– Enfim! – fez todos calarem-se. – Calem-se, começarei a dar o assunto, prestem atenção.
Todos se calaram e começaram a escrever.
E assim o intervalo chegou. Anastásia jogava conversa fora com seus amigos e sem perceber o tempo logo passou, fazendo o soar o sino que marcava o fim do intervalo.
– Que droga, acabou o intervalo. Let’s go back to the hell! – Eliza falou.
Com certo mal humor e alguns palavrões eles voltaram mal-humorados. A aula foi entediante e longa, mas teve um fim. A diretora veio falar, a mesma disse que estavam todos liberados, pois o professor havia se acidentado e não poderia vir dar aulas hoje e talvez por alguns dias.
Sem protestos todos saíram, agradeceram até. Então Ashley e Ellizabeth seguiram, o caminho da casa de Ashley ficava no mesmo que o de Ellizabeth, sendo que o de Eliza era mais à frente e o de Ashley virando a próxima rua.
Aliás, Ashley tinha a mesma idade de Ellizabeth, sendo que era mais velha por questão de meses, a mesma tinha o cabelo curto repicado no tom loiro platinado (originalmente era ruivo), o rosto cheio de sardas e os olhos azuis fortes que a dão um olhar sério penetrante, a mesma usava uma bolsa de ombro cheia de bottons perto dos bolsos da mesma. E tinha a mesma estatura da morena.
– Até mais Eliza! – disse Ashley.
– Até mais Ash, te vejo no colégio amanhã. – se despediu e seguiu remando, só que mais rápido agora.
Ao chegar em casa, logo se conectou ao wi-fi e viu uma mensagem de Alan: “Bom dia meu anjo, como vai?”, a mesma logo sentiu algo como borboletas na barriga. Respondeu rapidamente a mensagem do mesmo e foi trocar de roupa.
Depois de muita conversa ele teve que se despedir dela dizendo que não iria pode falar até o horário do almoço, disse: “Hoje à noite tenho algo a contar, talvez te deixe feliz... bjs até o almoço anjo, se cuida <3” e então ficou off.
Aquela mensagem deixou-a pensativa, pois não sabia o que esperar. Até agora eles só haviam ficado e se curtindo sem ser nada muito sério, Ellizabeth tinha 16 quase 17 e ele 18 anos e iria fazer 19 no próximo mês. O que poderia ser? Era o que ela pensava, mas pensar naquilo não a fazia ir a lugar nenhum; ela foi preparar o almoço, era quase 11h20.
Almoço preparado ela foi aproveitar o tempo livre que tinha para ler, então ela pegou o seu livro e começou a folheá-lo, ela estava agora quase no fim, mas ela agora lia com mais calma, mas por algum motivo que nem ela mesmo sabia marcou a página que estava e decidiu voltar para mitologia japonesa, algo naquelas páginas a parecia familiar e a chamar sempre, ela então começou a ler do começo. Ela sabia que algo lhe era familiar, mas não conseguia saber o que.
Após almoçar e trocar algumas mensagens com Alan e os amigos ela foi trabalhar. O movimento lá estava constante então ela nem teve chance de sentar para finalizar o capítulo que estava do livro. Quando o movimento diminuiu era quase fim de tarde, então a mesma nem pegou o livro, pensou ser melhor deixar pra depois.
Encarou o seu chefe e por fim perguntou:
– Sr. Carlos o senhor poderia me indicar mais alguns livros de mitologia japonesa, há algo nela que me soa familiar e queria saber mais, pode me ajudar? – perguntou ela.
– Claro minha querida. – lhe respondeu gentilmente.
Foi até a sua prateleira de mitologia japonesa e conferiu alguns livros, separou uns 3 e voltou aonde ela estava a entregou-lhe.
– Estão aqui. – disse a dando. – E o livro que lhe emprestei, o primeiro que lhe emprestei, como está indo?
– Quase terminando. – respondeu com os olhos brilhantes. – Eu amei ler o livro, cada página. Especialmente a japonesa. – disse. – Ela me atrai por algum motivo.
– É, ela tem esse poder. – riu.
Ficou mais um pouco ali ajudando a organizar as coisas com o velho senhor Carlos, então quando terminou ajudou a fechar a loja e se despediu do mesmo seguindo para casa.
Ao chegar na porta deu de cara com Alan, o mesmo a pegou de costas e a virou dando um beijo cheio de paixão fazendo-a querer mais, mas não durou muito tempo o beijo, ele precisava conversar algo ainda com ela.
– Precisamos conversar. – ele iniciou sério.
Com certo receio ela assentiu, então ele continuou:
– Podemos entrar? Não acho que o que quero conversar valha a pena de ser falado na porta da sua casa.
Ela então abriu a porta, estava tensa e preocupada com o que poderia ser a conversa, mas mesmo assim se fingiu de calma, respirou fundo e virou a maçaneta abrindo a mesma.
– Certo, por onde eu começo...
– Do começo? – sugeriu a garota deixando suas coisas no sofá.
Ele riu.
– Ok. – fez uma outra pausa. – Bem, temos ficado bastante e porra, é ótimo isso, na moral mesmo, você beija bem pra porra e não consigo ficar sem eles, aliás, sem você. – riu de canto. – Quando não estou com você, estou pensando em você, e quando estou... ah, estou no céu.
Aquelas palavras as estavam deixando corada de vergonha.
– O que quero dizer é que eu gosto muito de você, e não consigo ficar mais longe. – ele coçou a bochecha de leve. – Bem, só pra garantir que nada te tire de mim né, queria te pedir em namoro, quer namorar comigo Ellizabeth?
Ainda muito envergonhada ela caminhou em direção a ele pulando em cima do mesmo e beijando-o.
– Sim! Sim! Sim! É claro que sim! – dizia entre beijos.
Eles ficaram namorando ali até algo em torno de 21h, então Alan foi embora, disse que tinha coisas pra fazer da faculdade e etc. então se despediu da sua namorada e foi embora, enquanto ela foi tomar um longo banho e em seguida ler mais do seu livro.
***
Tsukuyomi – a Lua – estava organizando os últimos detalhes para pôr seus planos em ativa.
Enquanto ela – Ellizabeth – dormia, Tsukuyomi a pôs em um sonho feliz onde ela estava com seus pais e ainda era uma garotinha de seus 5 anos, então chegou mais perto e viu a tatuagem que ela tinha em si brilhava cada vez mais, então o deus de cabelos castanhos beijou os lábios da garota e rapidamente ela começou a brilhar e brilhou mais ainda e por fim voltou a se apagar.
Ele a pegou no braço e desapareceu, então alguns minutos depois voltou e organizou tudo para que parecesse que ela tinha sumido por querer.
Após tudo feito o deus desapareceu deixando o apartamento vazio.
O deus parecia uma versão de Jered Letto com 19 anos, pois tinha longos cabelos castanho claros que iam até os ombros e descendo até seu peito branco. Ele tinha olhos azuis fortes que escureciam indo a um azul profundo e já começava a ter uma barba que a princípio tinha um aspecto de malfeita. Ele tinha cerca de 1,78 de altura e o corpo definido.
No dia seguinte Ellizabeth acordou e um pouco depois ela deu um grito em espanto ao estar num local novo. Assustada levantou-se e correu rumo a porta, mas a mesma era branca e parecia ser impossível de ser quebrada, ela socou a porta e gritou em tentativa de escapar. Mas algum tempo depois a porta se abriu.
– Bem-vinda querida, este é seu novo lar. – foi tudo o que ele disse.
– Bem-vinda querida é meu pau, segundo, onde estou? Por que me trouxe aqui? E quem é você? O que pensa que é para fazer isso comigo? – ela o enchia de perguntas.
Ele ignorou elas todas e pôs o seu café na escrivaninha.
– Bom café da manhã, mais tarde nos vemos. – informou e saiu.
A garota se irritou e começou a jogar coisas contra a porta que não se abria, por fim, decidiu então ir pra cima com o objetivo de causar algum dado, mas causou a si porque aquele cômodo era preparado para isto. Depois de algum – longo – tempo ela sentou-se no chão caindo de suor.
– Droga! – exclamou querendo sair. – EU PRECISO SAIR DAQUI! ALAN PRECISA DE MIM, E EU PRECISO DELE! EU PRECISO DOS MEUS AMIGOS! ALGUÉM ME TIRE DAQUI!!!
Ela gritou por mais algum tempo tentando sair, mas não conseguiu. Em meio a ódio, raiva e medo de nunca mais voltar para casa ela começou a socar a parede e enquanto fazia percebeu que o local parecia se iluminar cada vez mais.
– Mas que porra é essa? – se questionou e em seguida a luz parou.
***
Na terra na manhã seguinte Ellizabeth não compareceu a aula e não atendia as ligações de seus amigos e de Alan, o mesmo que preocupado foi até a porta de seu apartamento e bateu feito louco e não ouviu resposta alguma.
***
Era meio de tarde, algo entre as 15h10 e as 15h50 quando o deus entrou no quarto de Ellizabeth, ela estava descabelada. Ao entrar no cômodo ela chegou tentando dar-lhe uma voadora, mas ele esquivou e riu dela.
– Terá de fazer melhor para me acertar. – disse.
Já irritada ela tentou soca-lo, mas ele esquivou de novo.
– Por que eu estou brilhando porra? – perguntou irritada. – E parte do meu cabelo ta branco?
– Porque tornei-a imortal, agora você ME PERTENCE. – ele fez uma ênfase enorme em “me pertence”.
– Você o que? – ela estava tentando soca-lo ainda. Estava brilhando muito. – Eu não pedi para ser imortal, me devolva minha vida antiga de volta. Eu imortal? É uma piada malvada não?
Ele colocou o lanche que trouxe para ela próximo ao café da manhã que trouxe para a mesma.
– Quer se sentar e comer em vez de ficar irritada e tentar quebrar tudo. – falou sentando-se na cama e deitando na cama.
– Foda-se, eu quero sair daqui. – disse extremamente irritada.
– Você disse que me queria, agora me tem para sempre e fica falando tudo isso. Contraditória, mas tudo bem. – bocejou, ele então prendeu o cabelo e ficou virado encarando-a bufando de raiva. – Coma e conversaremos, talvez e te tire as dúvidas que tem até agora.
Com certa relutância e raiva, ela cedeu – a barriga a entregou, ela roncava – e foi comer. Depois de comer ela sentou-se irritada e bufou. E bufou de novo esperando ele – Lua – falar.
– Ah é mesmo. – riu. – Eu estava tão concentrado te observando aí irritadinha que nem percebi que você já havia comido, enfim, por onde quer que eu comece? Faça as perguntas.
– Seguinte, esse negócio aí de ser imortal... é sério? Tipo, de verdade. – ele acenou em positivo. – E você, você é a Lua mesmo? Tsukuyomi ou deveria dizer Tsukuyomi-no-kami.
– Sim esse “negócio aí de ser imortal” é verdade... e sim, sou eu.
Eles ficaram ali conversando sobre isso por mais algum tempo, mas o deus se retirou a deixando sozinha. Ela chorou antes de dormir, ela odiava Tsukuyomi do fundo de seu coração, queria poder destruí-lo por tê-la tirado de seu amor e de seus amigos, aliás, por ter tirado dela tudo que ela mais amava, mas ainda não poderia fazer nada.
– Então vamos agir como num jogo, ele fez seu primeiro movimento, mas agora eu preciso fazer o meu, vamos lá. Vamos brincar. – riu entre as lágrimas.
***
Agora na porta do apartamento de Ellizabeth, Alan e mais seus amigos entravam, eles acharam a chave que ela escondia debaixo de um vasinho de planta que ela tinha do lado da porta.
– Agora só precisamos saber o que aconteceu... – disse Alan em um tom monótono.
Eles entraram e encontraram tudo do jeito que ela havia deixado, mas havia algo de diferente ali, talvez a atmosfera ou talvez fosse todos estarem achando que ela havia sido sequestrada ou algo pior.
Então Alan achou uma carta na mesa feita a mão.
– Olhem. – mostrou e abriu. – Vou ler. “Oi Alan, eu sei que você será o primeiro a tentar invadir o meu apartamento, e bem, espero que não tenha o destruído. Sinto muito por essa decisão meio radical do nada, e sinto muito se eu tenha feito vocês (você e meus amigos) ficarem preocupados comigo. – os amigos se aproximaram mais e todos e sentaram. – Mas eu precisava disto, desculpem a todos, e Alan considere isto um fim para nós. Me desculpe o fundo do meu coração, eu não queria magoa-lo, enfim, espero que me entendam.”.
Ao terminar Alan que já estava em cacos agora estava totalmente despedaçado por dentro, Letícia então o abraçou e todos também.
***
– Alan, eu te amo... – disse quase pegando no sono.
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