1. Spirit Fanfics >
  2. Amaldiçoado >
  3. Prólogo.

História Amaldiçoado - Prólogo.


Escrita por: AliceDracno

Notas do Autor


Obrigada a todos que estão aqui, é muito importante pra mim. Aproveitem a leitura!

Capítulo 1 - Prólogo.


 

A Guerra estava em seu auge. Todos em Hogwarts batalhavam por seus lados. Grandes revelações ocorreram. A primeira, a que Snape sempre foi fiel a Ordem; a segunda, que Draco Malfoy mudou de lado, era agora um membro da Ordem. A terceira, Harry Potter retornou dos mortos e Voldemort estava morto. E, por fim, a última e mais devastadora para Daphne Greengras: sua irmã estava grávida do traidor Malfoy. O homem que havia entregado o pai delas aos aurores.

—Por favor, Daphne, tenho que falar com Draco! —A loura, suja e destruída, implorou para a irmã.

—Pela última vez, Astória, temos que fugir! Nós perdemos, Harry Potter venceu e podemos ser mortas a qualquer momento! —Daphne tentou arrastar a irmã até os limites da propriedade de Hogwarts, onde poderiam aparatar. —Nesse momento, Draco já deve ter entregado papai e ele pode estar morto!

Astória soltou-se dela, pela milésima vez, e tentou voltar ao centro de mortes e sangue. Acabou sendo puxada pela irmã, que implorou: —Quando a poeira abaixar, vamos atrás daquele traidor do Malfoy! Prometo isso!

Os olhos azuis de Astória lacrimejaram mais, Daphne abraçou a irmã com força. Sabiam que só poderiam contar uma com a outra, que tudo dali em diante seria mais difícil, da vida de fugitivas ao fato de que iriam ter uma criança consigo.

—Não será necessário esperar —ouviram a voz máscula dele.

—Draco! —Astória guinchou, feliz em ver o amado. Tentou se aproximar dele, mas foi impedida pela irmã, que entrou na frente dela. Asty poderia estar cega de amores pelo louro, contudo Daphne não estava. A mais nova viu a varinha apontada para elas, viu uma maldição na ponta da língua.

—Para trás, Malfoy! —Gritou. Ele riu.

—Daphne, ambos sabemos que eu sou melhor que você em duelos. —Era verdade. Só que Daphne contava com a raiva que sentia. —Aliás, eu devo ser melhor que toda a sua família.

A varinha nas mãos dele praticamente reluziu. A pose irada da mais nova foi se desintegrando ao passo que ela notava de quem era aquela varinha. Não foi ela a murmurar: —Papai.

—Sim, Astória, eu tive que matar o pai de vocês —ele lamentava um pouco. Realmente considerava o homem como um amigo. —Não tive escolha, ele iria matar minha mãe. —Tentou dar uma desculpa, mas se calou ao ver o rosto desolado das duas.

—Seu bastardo! Traidor filho da puta! —Desesperada, Daphne lançou quantas maldições e feitiços pode. Ele revidou cada um. Primeiro, o pai dele mata a mãe das duas, depois, o jovem Malfoy deflora sua irmã e praticamente a enlouquece, e agora isso? Não, era demais para si!

—Acalme-se! —Bradou, fazendo com um floreio que a varinha de Daphne voasse para suas mãos. —Se vocês se renderem, eu levo as duas vivas para os aurores.

—Jamais vai me pegar viva, seu desgraçado! —Tentou andar até ele, mas não pode. Sua irmã segurou sua mão e, chorando, a empurrou para longe, deixando cair ao lado de Daphne a varinha que roubara de um cadáver.

—Draco! —Ela o abraçou fortemente, mas Draco não retribuiu. —Eu te amo tanto! —Ele se soltou dela, colocando-a atrás de si, ficando de costas para Daphne por tempo suficiente para que ela pegasse a varinha caída.

—Não é hora para isso, Astória! —Murmurou, claramente incomodado com a situação do abraço. —Daphne, você tem que vir comigo, por bem ou por mal! —A frase soou enquanto se virava e a encontrava irada, com a varinha da irmã apontada para Draco.

—Nem morta! —Lançou a maldição da morte nele. Tudo ficou em câmera lenta para os dois. O raio verde saindo da varinha, voando em direção ao peito de Draco, e então, Astória entrando na frente e sendo atingida pelo raio. Ela caindo no chão, morta. O baque surdo do corpo morto e batendo na fria grama.

As mãos de Daphne pesaram. Sentiu o corpo amolecer, as pernas falharem. Se o mundo de Daphne estava destruído antes de Astória ser morta, agora ele estava morto. Sua irmã, a última pessoa que tinha no mundo, morta por causa de um Malfoy. Não só ela, mas todos de sua família foram mortos por um Malfoy.

A varinha escorregou de suas mãos, seus joelhos caíram contra o chão, as lágrimas desceram quentes pelo rosto. Tudo passou tão rápido e tão devagar. Minutos e segundos se confundiam. Se arrastou até o corpo dela, abraçando com força. Suas lágrimas caindo no rosto pálido da irmã.

—Merlin —ouviu Malfoy balbuciar e tentar chegar mais perto. O olhar de Daphne o impediu. Era puro ódio preso no azul celeste. Era uma cena devastadora. A loira morta parecia um anjo ensanguentado. A loira ao lado dela, parecia um anjo inconsolável.

—Não —ela murmurou, agarrando mais forte a irmã. —Não. Não. Não! —Cada negativa era mais alta que a outra.

Sem saber o que fazer, se devia se afastar ou abraçar a Greengras, ficou parado olhando. No fim das contas, ele era o culpado de toda aquela situação e logo deveria levar a última Greengras viva para os aurores.

—Daphne... —não soube o que mais falar. Os olhos dela ficaram presos nos dele: cheios de rancor, ódio e medo. Ela se levantou, enxugando as lágrimas, andando até ele, parecendo desistir.

—Você sabe o que fez? —Draco não falou nada. —Você matou minha irmãzinha! —Ela começou a estapear o abdômen dele, chorando e grunhindo.

—Chega! Chega, Daphne! —Segurou-a pelos pulsos e a fez parar. Daphne ainda chorava e esperneava. —Pare. —Pediu educado.

Ela conseguiu se soltar e voltou a cair de joelhos. As mãos tremulas e pálidas tentavam cobrir os olhos que ardiam em lágrimas quentes. Gritou. Daphne gritou novamente, com as unhas grudadas na terra. O choro copioso foi se acalmando conforme os minutos.

—Vem, temos que ir —tentou dizer.

—Você a amava? —Ele permaneceu em silêncio. Não negaria em voz alta. Daphne ergueu os olhos para ele e tornou a perguntar: —Você ao menos gostava dela?

—Ela era uma amiga minha —disse. Daphne ficou de pé e deu um tapa nele.

—Seu idiota! Bastardo! Ela estava grávida, ela ia ter um bebê seu! Você a matou e matou o bebê! Seu bebê! E sequer a amava? Que tipo de monstro você é? —Astória, grávida? Aquilo era novo para Draco.

—Eu não sabia disso —respondeu, quase sem som. —Isso não importa, não faria diferença. Você lançou a maldição e ela saltou na frente. Não fiz nada para criar essa situação. —Se livrou da culpa e se virou. Estava na cara que Daphne não iria com ele.

—Faria sim, diferença —murmurou ela, agora rindo. Draco parou e, ainda de costas, olhou-a por cima do ombro. —Faz diferença pra você, porque você está vivo e eles, mortos. —Continuou. —Mas isso vai mudar, Malfoy —proferiu.

—O que quer dizer com isso? —Virou-se completamente para vislumbrar o pior sorriso que poderia habitar os lábios de Daphne.

—O que eu quero dizer é que você vai sofrer como eu.

—Daphne, não faça nada que possa se arrepender —advertiu ele, apontando a varinha para ela, ela gargalhou:

—Garanto que eu não vou me arrepender. Você vai! —Riu ainda mais alto quando viu ele baixando a varinha, fez isso porque aurores chegaram e porque ela estava desarmada. Quando viu o trio de ouro, quando viu toda aquela plateia, ela começou a gritar como uma louca: —Eu te amaldiçoo, Malfoy! Toda mulher que te amar e que você amar de volta, morrerá tragicamente. Elas sofrerão, como minha irmã sofreu, e você vai sentir a dor do amor na pele! Eu te amaldiçoo a nunca, jamais, ter amor, pois todos irão morrer!

Ninguém deu ouvidos a ela. Supostamente, esse tipo de maldição estava morta há gerações e gerações de bruxos. Maldiçoes como aquela nunca mais foram utilizadas no mundo bruxo. O que só Daphne sabia, era que todos na família Greengras ainda possuíam o tal dom da fala. O dom de amaldiçoar. Foi acorrentada e carregada para longe, e ainda tinha um sorriso macabro no rosto. Ela viveria para ver Malfoy se arrastar até ela para que a maldição fosse retirada. Ah se ia. 

Ela viveria para ver o mundo dele ruir, como o dela ruiu. Como o de sua irmã, ruiu. Vingança pelas almas perdidas, mortas pelas mãos frias do Malfoy. 


Notas Finais


Obrigada! Se leram até aqui e puderem comentar, agradecida ficarei!
Críticas construtivas são bem vindas. Se alguém encontrar um erro, seja gramatical ou de português, por favor me alertem! Autora com déficit de atenção pode deixar escapar.
Beijos, e obrigada novamente!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...