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História Amaldiçoado - Capítulo três: Hogwarts sempre estará lá...


Escrita por: AliceDracno

Notas do Autor


Oii, gente! Espero que gostem!

Capítulo 4 - Capítulo três: Hogwarts sempre estará lá...


Capítulo três:

Hogwarts sempre estará lá...

 

Havia a euforia, as crianças e adolescentes correndo pela estação, acompanhadas de seus pais e corujas ou outros animais. Crianças felizes, expondo sorrisos confiantes que, ás vezes, tremiam de animação mal contida. O expresso de Hogwarts, uma Maria-Fumaça grande e vermelha, acolhia todas as novas crianças, os estudantes que fariam o futuro do mundo bruxo.

Dentre os novos alunos, havia os velhos. Jovens adultos com sorrisos cansados, sorrisos sérios que não chegavam a mostrar dentes. Adolescentes que foram forçados a se tornarem mais velhos por uma guerra e que exibiam no olhar aquele brilho pálido de quem já viu de tudo.

O malão pesava mais do que deveria pesar nas mãos úmidas de suor de Hermione, seus olhos zapeavam a estação 9¾, procurando o resto de sua turma. Harry e Gina, Rony e Lilá... todos teriam entrado antes dela?

Se sentia como no primeiro ano, se bem que a guerra fora um divisor de água para Hogwarts e com certeza não a veria da forma como a via antes da mesma.

—Hermione? —Uma voz baixa e arrastada chamou-a. Se virando, topou com Luna Lovegood, estampando no rosto um sorriso doce com olhos quase fechados. —Como está? —Não respondeu com palavras, abraçou fortemente a amiga depois de largar a mala no chão.

—E você, querida? —A pergunta deixou Luna corada.

—Oh, vou muito, muito bem! —Exclamou. —Está animada para retornar?

—Sempre —sussurrou.

—Também estou — Luna se adiantou para a entrada do trem vermelho. —Vamos? —Hermione assentiu.

De dentro de uma das janelas envidraçadas, um gato malhado de preto e laranja fitava Hermione com a curiosidade felina. Lembrou-se de que segurava Bichento, que miou em seu colo protestando contra o aperto firme.

Soltou o gato e este saiu correndo para dentro do trem, seguindo Luna. Hermione riu e entrou atrás dos dois companheiros de viagem.

Metros atrás, escorado na parede, Draco Malfoy acompanhava o desenrolar da cena diante de si. Curioso quanto ao paradeiro do Potter e do Weasley, ficou esperando um dos dois aparecer e entrar. A verdade era que Draco não tinha coragem para entrar no trem e regressar à Hogwarts, não depois de ter maculado, por livre e espontânea pressão, a sagrada proteção que o castelo trazia a quem ali estudava.

Engolindo em seco, ele andou até a entrada do trem.

Não havia ninguém de quem se despedir, já que sua mãe acordou com uma dor de cabeça forte e uma gripe que a fez ficar de cama. Entrou e seguiu para uma das cabines dos fundos, onde talvez ninguém o incomodaria.

Enquanto andava pelo corredor estreito, ouvia risadas e brincadeiras, guinchos felizes de crianças e animais. Sorriu se lembrando do seu primeiro ano. As coisas eram mais fáceis sem Voldemort ou a Marca Negra circulando em céus e braços.

O trem apitou, soando alto e forte. Draco sorriu mais uma vez e outra lembrança se fez presente. Não viu se Harry ou Ronald entraram no trem, estava perdido em lembranças. Chegou numa cabine vazia e entrou, sentando-se e recostando a cabeça no vidro glacial.

Enquanto o trem zarpava da estação, Draco observava a paisagem tão conhecida. Os olhos fixos no nada estavam opacos e ansiosos. A viagem demorou milênios e segundos, quando olhou pelo horizonte já podia ver o vilarejo.

As crianças do primeiro ano desceram primeiro, guiadas por Hagrid. Depois, as do segundo ano, terceiro e assim sucessivamente até chegar no último ano, o sétimo.

Em grupos de quatro ou seis, eles andavam até as carruagens guiadas por Testrálios, negros e horripilantes, mas calmos e amigáveis como cães adestrados. Quem nunca os havia visto antes, apenas olhava inquietos, os outros entravam com calma e até indiferentes em cada carruagem.

Viu Hermione, com Gina, Luna, Lilá e as gêmeas Patil, entrar numa carruagem enquanto gargalhava gostosamente.

Enquanto observava, sentiu uma mão em seu ombro. Blásio o segurava ostentando um sorriso de lado.

—Vamos, cara. Vão acabar zarpando antes de nós! —Malfoy apenas assentiu, entrando depois do amigo.

Sentou-se novamente na janela, apoiando-se nela. Pansy, Blás, Theo e outra garota dividiam com ele o lugar.

As conversas jogadas fora eram paralelas aos pensamentos e lembranças de Draco que o colocaram quase num transe. Só saiu da hipnose quando Pansy sorriu apontando para o castelo.

E lá estava ele. No alto de uma colina rochosa, o castelo de Hogwarts se erguia; uma leve nevoa cobria parte dele, mas mesmo assim ele era imponente e lindo. Ao passo que se aproximavam, tanto Draco quanto Hermione, de suas respectivas carruagens, sentiam um aperto no peito.

Ao mesmo tempo que tudo no castelo parecia normal, bem; tudo parecia errado, fora de lugar e, talvez até, quebrado.

Mesmo que tudo estivesse exatamente igual ao que era antes, tudo parecia diferente. As pedras pareciam erradas, a entrada parecia uma cópia malfeita e a sensação de aconchego do castelo, àquela distância, parecia forçada.

Era como se tudo e nada tivesse mudado.

Quando finalmente desceram das carruagens, a sensação de calor e aconchego os dominaram. Instintivamente, ambos procuraram um pelo outro sem aparente motivo. Hermione ofereceu-lhe um sorriso e ele revidou com um leve levantar de lábios.

Caminhando atrás dos primeiranistas, a multidão de cabeças do sétimo ano caminhavam mais devagar. Por incrível que pareça, os alunos de todas as casas conversavam entre si. A guerra realmente havia sido um divisor de águas.

Corvinais e Luffanos, que antes tinham um estranhamento um com os outros, andavam lado a lado, quase abraçados. Grifos e serpentes conversavam normalmente, caminhavam e riam juntos. Miragem ou realidade, Draco se surpreendeu mais quando, sem querer, Pansy bateu em Ronald e pediu desculpas.

—Atenção, alunos —Minerva, a nova diretora, bradou com a varinha aumentando o volume de sua voz para sobressair por cima do burburinho de vozes. —Primeiranistas, por favor, em fila indiana esperem os alunos mais velhos entrar! —E assim foi feito. Os mais velhos entraram antes e se sentaram nas mesas de suas respectivas casas.

Hermione se sentou, costumeiramente, entre Rony e Harry. Ao lado dos dois, Lilá e Gina. De frente para ela, Draco e seus amigos.

Quando as crianças entraram, os olhinhos pequenos se incendiaram num brilho de animação. Os pescoços eram torcidos para cima, olhando o teto magico. Minerva estava no centro da mesa dos professores, por trás do palanque em formato de coruja.

Ela sorria. Os olhos azuis de Minerva brilharam quando viu a animação deles.

—Crianças, bem-vindos a escola de magia e bruxaria de Hogwarts! —Foi até aí que Hermione ouviu. Uma borboleta feita de pergaminho caiu em seu colo, olhou para os lados e viu Malfoy sorrindo para ela, indicando com a cabeça para que ela abrisse.

Rony e Harry não prestavam atenção nela, e sim no discurso de Minerva.

“Oi, Hermione. Feliz em estar de volta em Hogwarts, sabe-tudo?”

Sorriu e balançou a cabeça. Buscou nos bolsos uma caneta trouxa e rabiscou de volta:

“Malfoy, quem disse que pode me chamar de Hermione?

 Aliás, estou mais que feliz em estar de volta.”

Mandou de volta a ele num floreio da varinha, por baixo da mesa. A borboleta parou no colo de Draco e ele leu sorrindo. Ela analisou a careta dele e a negação. Teve que cobrir a boca para não rir alto e chamar a atenção dos amigos.

“Vou te chamar de Mimi se você não me deixar te chamar de Hermione!

Ah, pela’mor, me chame de Draco.”

Ela suspirou e depois balançou a cabeça, abobalhada. Depois, ficou séria. Draco estranhou isso, mas ficou quieto e esperou a resposta.

“Mimi, Malfoy? O que houve com Sangue-ruim?”

Ele revirou os olhos quando recebeu de volta e rabiscou uma resposta:

“Morreu queimado na sala precisa. Por quê? Se está com saudades, posso revive-lo.”

Deixou ele de mau-humor, não sabia se ria ou se ficava séria com isso. Antes de poder responder, ficou batucando a caneta contra o pergaminho meio amassado. Passou a língua pelos lábios e foi analisada por Draco enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha, para então escrever.

“Está me tratando como uma amiga. Isso é estranho.”

“O mínimo que posso fazer para pessoa que convenceu os membros masculinos do trio a testemunharem a meu favor.” Foi isso que ele respondeu. Olhou para ele de cenho franzido, vendo ele sorrir de lado e piscar malicioso.

“Está agradecendo a pessoa errada. Harry deu a ideia, por incrível que pareça. Só tive que convencer Rony.” Seria mentir se Draco dissesse que não se surpreendeu com isso. Zapeou a mesa dos grifos e olhou para o Potter risonho.

Rabiscou de volta: “Bom, eu terminei Lolita esses dias.”

Foi a vez dela ficar surpresa. Piscou algumas vezes antes de, enfim, responder com as bochechas coradas: “Não era para sua mãe? Mas, e aí? Gostou?”

Ele sorriu e assentiu. Antes de responder, Draco ouviu salvas de palmas e pulou no assento. Tanto ele quanto Hermione estavam concentrados demais para notar o mundo ao redor deles. Por alguns minutos, parecia que no mundo só os dois existiam.

—Hermione Granger e Draco Malfoy! —Os dois olharam para McGonagall. —Levem os alunos da Grifinória e da Sonserina aos seus dormitórios. Amanhã, vocês mostraram o castelo a eles. —Ambos assentiram, essas eram as funções dos monitores.

Ambos sorriram e Hermione abaixou a cabeça. Pansy notou a troca e sorriu de lado. Bom, seria legal ver Draco sendo feliz pelo menos uma vez na vida. Ela poderia ajudar.

(...)

A mansão Malfoy deveria estar mais quente. Contudo, o frio era palpável. A respiração de Narcisa parecia condensar, sua garganta arranhava e ela tossia sangue. O medibruxo havia acabado de sair e nenhum diagnostico do que ela tinha foi feito.

Aparentemente, ela estava normal. Mas a tosse, a febre e o sangue expelido pela garganta ferida não deixava dúvidas de que algo estava errado. Não pensava em sua saúde, mas em como seu filho estava. Estaria ele doente como ela? Mandaria uma carta na manhã seguinte para ele.


Notas Finais


Bom, mereço comentários? Lembrem-se que o pessoal do Nyah! estão ganhando de vocês nesse quesito. Vão ficar por isso mesmo?


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