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História Amaldiçoado - Capitulo seis: Livros.


Escrita por: AliceDracno

Notas do Autor


Nossa... como aqui está com poeira, né? Vamos espanar isso, aqui, tirar as teias de arranha, varrer, expulsar o bicho-papão...
Quatro meses... sou cara de pau, né? Podem fazer fila pra me torturarem. Eu mereço. Mas tenho duas boas notícias, a primeira é que não desisti, a segunda é que terça-feira vou postar a continuação deste capítulo. Sarah me ameaçou de morte e disse que não ia comentar nenhuma fic minha se eu não postasse essa. Thay foi mais gentil. Obrigada as duas por não terem desistido de mim.

Capítulo 7 - Capitulo seis: Livros.


O céu estava escuro, toda a extensão visível dele era coberta de nuvens densas e amedrontadoras. Segurava nas mãos um buquê de rosas azuis. Caminhava entre as lápides que, com suas construções cinzentas e agourentas, pareciam afugentar as alegrias e criava uma atmosfera hostil e ruim. O cemitério estava deserto, mergulhado num silêncio fúnebre. As mãos que carregavam o buquê tremiam e as vestes bruxas ululavam contra o vento.

A brisa mórbida varria o lugar, a noite caia lentamente enquanto a lua ficava cada vez mais alta no céu, mesmo por trás das nuvens, ainda era possível ver a sua etérea luz. Estava quase chovendo, típico da Inglaterra. Nico Kalet, o atual professor de DCAT de Hogwarts, observava o cemitério trouxa, vazio a seu redor. As lápides e estatuas erguiam-se assustadoras e angustiantes diante de si. Olhou o céu e pensou nela. Continuou sua caminhada lutuosa em direção ao seu destino. Uma lápide charmosa, bem conservada e de tons marmóreos. Em dourado, havia o nome Elizabeth Sally Kalet, sem data de nascimento ou morte, porque para aqueles que a enterraram, ela quase era uma indigente.

Não havia uma foto na lápide, mas ele se lembrada do rosto dela, da pele negra e dos olhos mel, da delicadeza daquelas mãos pequenas. Nascida em 15 de março de 1975, morta no dia 28 de agosto de 1980, por comensais foragidos. Seu erro? Ser filha de uma trouxa casada com um bruxo, que valia ressaltar, era nascido trouxa.

Nico não estava em casa, nem mesmo sua falecida esposa estava. Diane, sua esposa, estava em Paris, e ele em Castello Bruxo. A menina de 5 anos estava na casa de uma amiga bruxa, que havia sido sequestrada.

Ele colocou as rosas sobre o tumulo, desejando deixar sua pequena menina feliz com o presente. Tirou do bolso uma foto dele com a esposa e a filha. Diane segurava a menina no colo, com 3 anos, e ela balançava a criança. Enquanto ele balançava um urso de pelúcia para a filha. Fazia muito, muito tempo que não sentia aquela agonia que sentia agora. Olhou uma última vez para o tumulo, sentindo aquele típico mal-estar que cemitérios lhe causavam. Aparatou para longe, chegando até os limites de Hogwarts. Não podia deixar o pesar, a tristeza e o lamento que sentia. Sua caminhada para o colégio foi de pura reflexão.

               

(...)

 

A chegada do professor, no meio do jantar, não foi de grande importância para todos, mas foi para Hermione. Ela notou o professor se sentando na mesa e servindo-se. Notou o olhar dele, desfocado. Hermione era detalhista, ela sabia quando algo estava errado.

—Que foi, Hermione? —Harry chamou sua atenção.

—Hã, o quê? —Desviou os olhos para o melhor amigo.

—Você ficou estranha do nada.

—Parou de comer, você está bem? —Rony perguntou, pela primeira vez não de boca cheia.

—Estou bem, só pensando.

—Você pensa demais —fez careta.

—É, talvez seja isso —murmurou deixando os dois amigos atônitos com isso. Realmente, ás vezes Hermione simplesmente pensava demais. —Em partes, concordo com vocês. —Se olhar, então, deixou de ser seu prato de comida e pulou de pessoa em pessoa, até chegar em Draco Malfoy, compartilharam um olhar e sorriram um para o outro.

—Hermione, você realmente não está bem —sussurrou Gina, notando com quem ela trocava olhares. —Depois vamos conversar sobre isso, ok?

—Ok —sussurrou de volta. Os meninos ficaram curiosos quanto ao assunto que as meninas cochichavam, mas não comentaram nada. Confusos, Harry e Rony trocaram olhares e voltaram a comer. —Vai levar Lilá à Hogsmead amanhã, Rony? —O sorriso Weasley povoava os lábios de Hermione, e isso assustava, significava que finalmente a amizade entre as duas havia influenciado Hermione de alguma forma.

—Não.

—Vai deixar outro convida-la pra, então, chorar nos nossos ombros e praguejar pelos cantos sombrios do castelo? —Gina deu seu palpite, sendo dramática e irônica o suficiente para fazer o rosto todo de Rony, bem como suas orelhas, se camuflarem nos fios vermelhos. A irmã mais nova riu, o melhor amigo conteve uma risada e Hermione apenas deu um sorriso.

—Chame-a para sair, Rony, é isso que ela quer. É o que ela está esperando —Hermione se levantou, não tendo mais vontade de comer. Caminhou para fora do Grande Salão tendo a certeza de que os olhos de seus amigos e de Draco estavam seguindo-a.

Não iria para o salão comunal da grifinória, não. Naquela noite, iria passar na torre de astronomia, observar os arredores de Hogwarts. Hermione queria ligar os pontos, saber o motivo do comportamento do professor sobre os chupa-cabras, e o motivo dela querer tão energicamente saber também era uma incógnita. Algo dentro de si, uma comichão, dizia que ela deveria descobrir por algum motivo o que eram os chupa-cabras, o que aqueles seres amaldiçoados tinham e a ligação deles com o professor Kalet. Quase a mesma coeira que dizia a Hermione que Lupin era um lobisomem. Olhou a floresta apoiada no parapeito, ela estava coberta pela névoa de sempre. Era uma visão sombria e bela.

—Saiu cedo do jantar —ele declarou, fazendo Hermione pular num susto momentâneo. Era Draco. —Por quê?

—Não senti fome —sussurrou, voltando o olhar a floresta.

—Por quê?

—Por que está tão interessado nisso?

—Porque estou curioso, você agiu estranho nos últimos dias —apoiou-se no parapeito ao lado dela, encararam-se de esguelha.

—Defina estranho, por favor.

—Bem —coçou a nuca —, não sei como te responder isso. Só sei que você age de forma estranha, pega um livro e fica encarando a capa por minutos, sem realmente ler.

—É que eu não sei se devo ler —sussurrou.

—E por que não leria? —Hermione decidiu que podia confiar em Draco. Virou-se de frente para ele e Draco fez o mesmo:

—Porque tem ligação com nosso novo professor e o fato dele não ter comentado mais sobre chupa-cabras —Malfoy ergueu uma sobrancelha, indicando que estava confuso. Hermione revirou os olhos e continuou: —Olha, eu acho que ele teve algum tipo de encontro com um chupa-cabras, lembra como ele desviou do assunto nas aulas? Quando não ignorava deliberadamente, simplesmente respondia vagamente. —Draco assentiu, entendendo onde ela queria chegar.

—Você acha que ele é um?

—Pensei nisso, mas não. Segundo o que já li, chupa-cabras, mesmo sem se transformarem, sentem vontade de comer humanos e se isolam —ela tirou de sua bolsa um caderninho de anotações e entregou-o aberto para Draco. —Olha aqui, Draco, o assunto deve ficar entre nós, ok?! —Ela puxou o caderno de volta antes dele pôr suas mãos nele, queria vê-lo prometer.

—Sim, certo, ok! —Respondeu apressado, queria ler o que ela tinha anotado ali. —Mas se ele não é o chupa-cabras, o que você acha que é o temor dele?

—Acho que ele teve um encontro com um quando esteve no Brasil. Castello Bruxo tem vários pesquisadores tentando reverter essa situação, encontrar uma cura ou algo do tipo, pelo menos um tratamento que os ajude a melhorar e conviver socialmente —gesticulou, voltando seu olhar para a floresta assim que viu os ágeis olhos tempestade correndo suas notas.

—O que deve ser muito arriscado —Hermione retornou os olhos para Draco. —Segundo essas suas notas, eles não sabem como exatamente a doença é transmitida, coloca-los para viver socialmente poderia contaminar muita gente.

—Somos seres sociais, Draco —Hermione franziu o cenho, brava. —Por mais que não pareça, nos isolar pode levar a loucura ou a morte. O isolamento deles pode até agravar a situação.

—Tudo bem —não quis continuar a discutir. —Houve algum avanço? —O suspiro e a negativa dela fizeram Draco resolver ajudar. —Vou te ajudar, a partir de amanhã, vou pesquisar com você.

—O quê? —Ela piscou, atônita. Draco reparou como os cílios dela ficavam dourados na luz pálida da lua.

—Vou te ajudar, fiquei ainda mais curioso agora.

—Você não precisa fazer isso...

—Mas eu quero. Quero te ajudar —deu a mão para ela. Hermione olhou dentro dos olhos dele e viu sinceridade. Contudo, também viu que ele estava lhe escondendo algo.

—Tudo bem, Malfoy —falou o sobrenome dele em tom de brincadeira. —Porém, você vai seguir um rigoroso cronograma, vamos ver se consegue me acompanhar, porque já me falaram que sou uma tortura nos estudos e pesquisa...

—Por você? —Ele brincou. —Qualquer coisa! —Ambos riram. —Vem, vou te levar até o salão comunal da grifinória. —Draco tirou a bolsa pesada dos ombros dela. —O que leva aqui, um hipogrifo?

—Livros —resposta cabível e curta. Por hora não perguntaria a Draco o motivo dele querer ajuda-la, o real motivo. E Draco, por hora, pensaria em como falar a Hermione Granger, a racional Hermione Granger – aquela que já havia muitas vezes expressado sua opinião sobre adivinhação – sobre seus sonhos e receios. E, também, em como contar o que havia acontecido no dia dois de maio do ano anterior, entre ele, Daphne e Astória Greengrás.

Deixou-a na frente do quadro da Mulher Gorda, que os encarou com curiosidade, e se despediu: —Está entregue, milady. Nos encontramos amanhã? —Rindo, Hermione assentiu.

—Sim, Draco, até amanhã! —Ele sumiu das vistas dela antes dela dizer a senha e entrar no salão comunal de sua casa. E quando entrou, encontrou Gina lhe esperando. Não só Gina, como o infame e temido sorriso Weasley dela.

—Você vai me contar tudo. Tudinho! Porque, se você pensa que eu não vi ele te seguindo, está muito enganada! E se acha que vai me despistar, enlouqueceu de vez! —Puxou a menina sem deixar ela dar boa noite a Harry e Rony, que ficaram para trás com caras de paisagem. 


Notas Finais


Imperdível, torture essa autora de graça! Válido apenas até segunda-feira, qualquer maldição válida, tirando a maldição da morte!


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