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História Amando o Impossível (Em revisão) - Coming out of in the hell...or almost.


Escrita por: AstridTargaryen

Notas do Autor


Hello amores e amoras ❤.
Como estão?(Não precisa responder se não quiser.)
Mais um cap. Cheio de emoções e sangue pra vcs. (Brincadeira).

Espero que gostem.❤

Capítulo 20 - Coming out of in the hell...or almost.


O barulho de porta batendo ecoou pela casa dos Haddock. Valka acabará de brigar com Stoico pela quarta vez e pelo modo pesado como caminhava em direção ao seu escritório mais uma briga haveria ali.

- Tudo bem Charles, eu vou falar com ele. Eu só preciso de mais algumas semanas. Aconteceu um imprevisto e tive que adiantar a viagem...Ok....Até.  – O ruivo massageou as têmporas desligando o telefone. Não conseguia dormi desde que o filho e sua amiga tinham desaparecido. Estava um inferno na casa. Ninguém dormia. Nem mesmo os criados que haviam pegado uma certa afinidade com o garoto desaparecido. Ele estava exausto.

- Então é assim que você chama? O imprevisto?! – A ruiva o encarou enraivecida em completa indignação. – Ele é nosso filho!!  – Gritou Valka entrando no escritório. Stoico fez uma careta por conta dos gritos. A encarou com receio. Ela não era a mesma. Tinha bolsas em baixo dos olhos mostrando claramente que não dormia. Os olhos verdes estavam vermelhos devido às noites chorosas e melancólicas. Stoico ainda podia ouvir os soluços de desespero da esposa na noite passada. Como ela havia emagrecido. Pensou.

- Eu sei que ele é nosso filho Valka. Eu estou fazendo o possível.  – disse calmamente. A aparência de Stoico também não era a mesma. Havia emagrecido e não conseguia dormir a noite por conta dos pesadelos. Eram sempre os mesmo. Ele estava sem sua família. E Hiccup sempre morria no final de seus pesadelos.

- Pois faça mais! Já se passaram 2 semanas Stoico! 2 SEMANAS! Sabe-se lá o que aqueles meninos estão passando!  – Stoico se levantou vendo que Valka teria outra crise de choro. Era sempre assim quando eles brigavam.

- Calma meu amor... Nós vamos encontrá-los. – abraçou-a pela cintura. Fechando os olhos com força. Não iria mostrar fraqueza pra ela. Ele tinha que ser forte pelos dois.

- Você sabe o que vão fazer com eles... – sua voz falhou devido ao choro.  – Eu não posso perdê-lo, Stoico. Não de novo. Ele tinha acabado de acordar daquele maldito coma. Deveria estar aqui com a gente... – soluçou.  – Eu...eu…

- Calma Val, eu vou resolver isso. Vou pedir para o Dennis procurar mais uma…

- Não! Chega!  – Valka saiu de seus braços bruscamente. Ele a encarou tristemente. Não gostava de vê-la assim. – Você sabe muito bem que o Dennis não vai ajudar em nada. Temos que falar com a polícia! – Seu olhar  endurece diante da esposa.

- Sabe que não podemos. Como vamos explicar o motivo deles terem sido raptados? Por acaso acha que eles vão acreditar que eles tem sangue milagroso?! Não vamos envolver a polícia nisso!– falou com um olhar resignado. Valka bufou.

- Faça como quiser Stoico! Quanto mais tempo perdemos nessa merda, eles estão lá sofrendo! Eu nem quero imaginar o que estão fazendo com o meu filho o SEU filho! – Olhou para o marido com desdém. – Tudo porque o pai dele tá com medo da imprensa!  – Gritou. Stoico abaixou o olhar. Havia verdade naquilo. Mas Valka não entenderia. Ele tinha medo de outras pessoas quererem tirar proveito da situação do filho e de Astrid. Ele também sofria com o desaparecimento dos dois. No entanto, não podia demonstrar fraqueza diante da esposa, dos empregados e da imprensa. Mas como todo mundo sabe, até os mais fortes caem.

- Tudo bem...vamos chamar a polícia.

 

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- AÍ! – Astrid resmungou de dor quando Hiccup apertou o esparadrapo em seu antebraço. Odiava aquelas coisas.

- Eu nem apertei com força.  – ralhou enquanto limpava o requisito de sangue na região cubital da Loira reclamona. Ela estava mais reclamona e enjoada. Talvez fosse por causa da idade. Pensou mordendo o lábio inferior para não rir do próprio pensamento. Astrid o mataria.

- Apertou sim!  – resmungou pegando um pequeno tecido passando-o no rosto do rapaz que agora tinha uma carranca na face.

- Você mal ficou velha e já tá resmungando mais que a minha avó!  – bufou sem paciência.

- Você não tem avó.  – alfinetou vendo ele encará-la com raiva. Será que seria muito rude amordaçar ela? Pensou a encarando.

- Tanto faz...Temos que dar um jeito nes.... –  Se auto interrompeu franzindo o cenho. Sentiu uma vertigem subir pelo seu corpo colocando as mãos na barriga sentindo o estômago estremecer de dor. A loira observou ele arregalar os olhos. Se assustou quando o mesmo a empurrou para longe virando-se rapidamente de costas para ela. Ele estava vomitando. Estreitou os olhos preocupada com o amigo. Andou lentamente em sua direção e passou as mãos em suas costa tentando aliviar as contrações. Ouviu ele grunhi de dor. Massageou mais suas costas. Porém, não durou muito tempo o carinho, já que viu que ele vomitava sangue.

- Meu Deus, Hiccup. – pegou um pano desesperada vendo o amigo vomitar ainda mais sangue. Puxou o rosto dele vendo escorrer sangue de seus olhos. Meu Deus o que era aquilo tudo?! Pensou alarmada. Arregalou ainda mais os olhos quando viu que saia sangue de seus ouvidos e nariz. Olhou para ele torturada. Então era isso...Pensou. – Então eram essas coisinhas que você estava falando não é ?  – passou a mão em seu rosto o limpando com o pano. O sangue não parava de jorrar de seus olhos e nariz. Era agonizante. Tamanha era a dor que ele sentia. Hiccup assentiu fraco para ela, logo a empurrando para o lado e vomitando o líquido vermelho novamente.

- Meu Deus isso não vai parar?!  – exasperou Astrid com medo de alguém entrar no quartinho de limpeza. Eles haviam voltado já que não tinha como pular daquela altura é sair vivo. Ah não ser que eles voassem. Desistiram de todas as possibilidades. Teriam que arrumar outra forma de fugir dali. Os dois tinham achado uma maletinha com alguns analgésicos e curativos. Todavia, naquele momento nem mesmo os remédios medíocres ajudariam eles contra os efeitos colaterais que a perda de sangue no corpo trazia.

- E-eu...eu v-vou ficar bem.  – Ela ouviu os sussurros roucos de Hiccup enquanto o mesmo se segurava na parede com uma das mãos na barriga. Viu ele cuspir o líquido vermelho três vezes no chão. Seu corpo inteiro tremia. Tossiu algumas vezes antes de se afastar cambaleando. Astrid o segurou.

- Você está melhor?  – perguntou o olhando com amargura. Odiava ver ele sofrer assim e não poder ajudar. Ele assentiu ofegante virando-se para o outro lado sentando no chão. Astrid o observou suspirar e apertar levemente a barriga. Abaixou-se a sua frente pegando um pano branco que havia achado por ali e limpou todo aquele sangue que escorria de seus olhos, nariz e ouvidos.  – Quer dizer que eu sofro de velhice e você de hemorragia interna...porque sempre fica com o mais legal?  – Perguntou ironicamente. Ele riu fazendo-a  retribuir com um sorriso fraco.

- Não quero que fique toda emotiva comigo Astrid. Eu vou sobreviver. – resmungou sorrindo. Ela o olhou apreensiva. Observou o rosto do moreno se contorcer de dor quando passou o pano por seus lábios. Haviam pequenos cortes ali.

- Quando disse que morreu 7 vezes… foram por falta de sangue ou teve outras causas?  – perguntou com receio. Hiccup observou-a calado enquanto ponderava nas palavras que iria usar. Abaixou o olhar observando as mãos pequenas e delicadas da amiga, sorriu segurando as de leva. Entrelaçou os dedos nos dela.

- Bem, em boa parte foi por falta de sangue. Já outra…  – franziu o cenho lembrando dos dias horríveis que passara naquele maldito quarto. Astrid observou o incômodo dele com a sua pergunta.– Eu comecei a ter hemorragia interna e eu não podia virar pro lado pra tirar todo aquele sangue porque estava amarrado. Então eu morria engasgado com ele. –  Astrid arregalou os olhos e olhou para ele com uma expressão torturada. Ele sorriu alegando para ela que estava tudo bem, mas ela não mudou a expressão. O sorriso dele morreu um pouco quando se lembrou de quando estava se engasgando com todo aquele sangue. O esforço que fazia para pedir ajuda e não passar pela humilhação e a dor asfixiante.

- Eu já disse que estou bem... Bruxa do 71.  – Astrid revirou os olhos dando-lhe um tapa no braço fazendo o mesmo rir. Riu também. O ar pesado de antes agora estava descontraído. Sorriu com o senso de humor do amigo. Uma das coisas que ela mais amava nele. Se levantou o encarando ainda sorrindo.

- Não podemos ficar aqui pra sempre. Uma hora eles vão descobrir que a gente fugiu do... – foi interrompida por um som alto como se fosse uma sirene de bombeiro. Os dois se entreolharam assustados. Já tinham notado suas ausências.

- Droga!  – falaram ao mesmo tempo. Astrid correu para a porta trancando-a enquanto Hiccup abria novamente o duto de ar. A loira encostou a cabeça na porta tentando aguçar a audição. Ouviu passos rápidos pelo corredor. Se afastou alarmada encarando a porta branca e opaca.

- Vem logo Astrid!  – resmungou puxando-a pelo braço. Ela o parou encarando-o surpresa.

- Ficou louco? Você sabe que esse duto é como um beco sem saída! – ralhou irritada. Ele revirou os olhos. Como ela era pessimista. Pensou.

- Só entra na droga do duto!  – ordenou. A loira o encarou por alguns segundos ouvindo barulhos e correria do outro lado da porta. Hiccup a encarava com resignação com a postura intimidadora. Astrid bufou e contra gosto ela entrou. Hiccup sorriu vitorioso e foi logo atrás colocando a grade de volta no lugar. Chegaram no abismo é Astrid parou olhando para baixo. Sorriu em desdém virando a cabeça para trás encarando o amigo.

- E agora gênio? Vamos pular com pára-quedas invisíveis? – Virou a cabeça para trás olhando o amigo com desdém.

- Não. Vamos ir por esse caminho aqui. – apontou para uma pequena barra de pedra que rodeava o paredão indo até uma árvore. Astrid o encarou com deboche. Ele não estava falando sério. Pensou.

- Você tá de brincadeira né?  – falou olhando a fina barra. Arregalou levemente os olhos diante da altura que estavam. Eles passariam numa boa. Ou quase. Porém é como está em uma corda bamba. Muito arriscado.

- Você tem uma ideia melhor?  – retrucou passando do seu lado. Ela observou Hiccup colocar as pernas em direção ao abismo. Prendeu a respiração. Ele era mais louco que ela. Pensou. Ele ficou de pé na barra de pedra e começou a caminhar lentamente segurando-se na parede rochosa. Sem opção Astrid o acompanhou.

- Não olha pra baixo.  – falou colocando pé por pé como em uma dança de tango. Hiccup quase podia ouvir os sussurros de medo da garota atrás de si.

- Ahh...tarde demais.  – Astrid sentiu um tremor nas pernas mas continuou a caminhar. Não tinha passado por aquele inferno todo só pra morrer com medo de altura. Suspirou olhando novamente para baixo. Uma tontura veio a tona fazendo-a inclinar o corpo um pouco pro lado. Entrou em alerta.

- Falta só mais um pouco Astrid...– sussurrou. Olhou a árvore de relance. Estava perto. – Sabe...era bem mais fácil quando eu era um espírito. Eu podia ir pra onde quisesse sem me preocupar em morrer. – resmungou quando uma pedra soltou da fina barreira rochosa. Ouviu Astrid rir atrás de si nervosamente.

- Realmente. Eu também preferia você como um espírito. Era menos mandão e...turrão.– disse sorrindo vendo ele suspirar resmungando alguma coisa que ela não compreendeu. Irritar ele era uma boa distração.

- Eu não sou turrão.– pronunciou a última palavra imitando a voz da garota de um jeito fino. Ela até riria da imitação barata mas não estava no clima. A mesma fez uma careta de desgosto.

- Eu não falo assim...– resmungou parando de andar vendo o rapaz a sua frente esticando-se para alcançar o tronco da árvore. Observou algumas folhas da árvore balançarem diante ao vento. Virou o rosto para o lado vendo a paisagem a sua frente. Embora fosse assustador pensar que não tinha ninguém ali que ajudaria os dois. Tinha que admitir que o grande matagal era lindo e extremamente grande rodeando a grande represa. Ou seja lá o que era aquilo.

- Fala sim.–  resmungou rouco pulando no galho. Astrid prendeu a respiração quando ouviu o galho estalar. Hiccup a olhou paralisado. Os dois se encararam apreensivos por alguns segundos até ele apoiar as mãos no galho grosso da árvore e se sentar. Astrid olhou para baixo vendo o caule da árvore sumir em meio às fumaças que a água fazia ao se chocar com o pedregulho. Que árvore imensa. Pensou.

- Agora é sua vez. – olhou para o amigo a sua frente vendo-o esticar o braço em sua direção. Ela olhou para baixo novamente. Isso não vai dar certo. Imaginou o próprio corpo despencando daquela altura assustadora.

- Eu acho melhor não Hicc...– olhou incerta para ele que revirou os olhos.

- Astrid você não tem...– disse perdendo a paciência, porém se acalmou. Fechou os olhos respirando fundo. O medo de alguém aparecer e pegar ela estava quase o matando. A encarou novamente vendo a loira com o olhar perdido nos próprios pés. Seu cenho estava franzido e o lábio levemente puxado para o lado. Sua expressão de indignação fez Hiccup sorrir por um momento. Ela estava linda com as bochechas coradas e os cabelos longos balançando violentamente para os lados.  Astrid estava revoltada consigo mesma. Ele podia ver a luta interna que ela sofria ao demonstrar fraqueza na frente dele. Respirou fundo. – Asty…a gente não veio até aqui pra você desistir de uma hora pra outra. Pega minha mão que eu puxo você e pronto. Só...confia em mim. – falou calmamente vendo Astrid olhar sua mão estendida com receio.

- Tá bom...– sussurrou tão baixo que Hiccup teve que fazer um pequeno esforço para ouvi-la. Andou em sua direção lentamente soltando pequenos suspiros. Chegou um pouco perto da árvore e segurou sua mão. – Agora eu quero ver como você vai me pu...AH! – soltou um grito quando ele agarrou seus braços a puxando de uma só vez para seu colo. O movimento foi tão rápido e ágil que ela só notou que estava em seu colo quando sentiu suas próprias pernas apertarem inconscientemente o quadril do rapaz.

- Viu? Foi rápido. – Sorriu vendo a garota o olhar assustada e ofegante. Estavam tão próximos que podia sentir o hálito quente dela soprar em sua boca. Não conseguiu controlar o olhar involuntário para os lábios rosados da garota. Suspirou mantendo o controle. Perto demais. Pensou.

- Como você… eu não sou tão leve assim! – resmungou ainda admirada com a força dele. Hiccup revirou os olhos ajudando-a ficar em pé na árvore. Observou os lados vendo as inúmeras árvores ao seu redor. Era uma paisagem bonita.

- Ok...fase três concluída. Agora a fase quatro...–  Olhou para baixo tentando ver o chão. Como eles iriam descer aquilo? Pensou.

- Tá bom...e qual seria a fase quatro...? – Astrid perguntou o encarando. O mesmo olhava o tronco da árvore pensativo. Havia alguns galhos para baixo. Porém eles podiam se quebrar e matar os dois. É muito arriscado. Sua consciência o avisou. Mas é a única opção. Retrucou o seu lado menos pessimista. Ele esticou a perna apoiando os braços no galho acima. Astrid o observou alcançar o galho grosso debaixo. Droga! Pensou.

- Ótimo. Vem.– Hiccup esticou os braços pra cima para pegá-lá. Astrid olhou para baixo. Fechou os olhos com força e depois os abriu alcançando os braços do amigo que a pegou pela cintura a colocando no galho grosso. Sentiu se como uma criança pedindo ajuda para descer da casinha com um escorregador.

- Essa árvore é muito alta. E se não tiver mais galhos e ainda não estiver perto do chão? – Ela perguntou vendo o esticar novamente a perna para alcançar outro galho mais baixo que o segundo. Aquele era mais difícil de alcançar. Queria fazer piada do jeito que ele se esticava parecendo até mesmo uma bailarina. Mas preferiu guardar aquele pensamento para si mesma. Ele estava muito concentrado.

- Essa árvore pode até ser grande. Mas ela não é reta. O tronco dela é mais torto. Então seguindo a minha teoria onde nós não vamos morrer, a gente vai ter que descer uma parte dela sem a ajuda de galhos. E se não der certo...foi bom te conhecer. – falou tranquilamente quando alcançou o terceiro galho grosso. Astrid suspirou mais uma vez. Estava cansada. Talvez por conta do corpo velho. Revirou os olhos com a ideia de ter fadiga. Tentou descer no galho como Hicc mas o mesmo a parou.

- Não. Espera. – ela o olhou esperando que lhe desse as ordens. Já que aparentemente ele era o macho alfa ali. – Vira de costas pra mim e vai se apoiando no galho da árvore que eu te pego aqui embaixo.–  Ela franziu o cenho confusa. Hiccup respirou fundo. Como ele ia explicar…

- Pronto! É como sair de uma piscina sem escadinhas Astrid, pela borda dela. Só que em vez de subir você vai descer. Entendeu? – Ela assentiu. Agachou-se e apoiou os braços no galho virando-se de costas para ele. Não sentiu o galho em seus pés e isso a fez ficar mais nervosa.

- Hiccup...– sussurrou nervosa tremendo levemente. Hiccup observou alarmado. Se desse alguma coisa errada ali ele tinha que estar preparado para pega-la.

- Calma. Eu estou quase te alcançando. Só desci mais um pouquinho. – ela fechou os olhos e respirou profundamente contando até três. Mais que inferno de árvore grande! Pensou irritada. Impulsionou mais o corpo para baixo sentindo as cascas grossas e ressecadas da árvore arranhar sua pele  por conta da força que ela usará para se segurar. Farpas entravam em seus braços fazendo-a soltar gemidos baixo de dor. Tudo ficou ainda pior quando sentiu as mãos de Hiccup em sua bunda a segurando.

- Mas que...tira as mãos da minha bunda seu idiota! – gritou remexendo o quadril para ele soltar. O mesmo riu da situação e apertou ainda mais seu bumbum vendo-a se contorcer de raiva. Hiccup não podia negar que a visão era um tanto tentadora ainda mais quando ela remexeu o quadril em uma rebolada leve  e imperpesquitivel. Mas claro que ele percebeu. Porém, diante da situação de vida ou morte que os dois se encontravam ele não podia ter qualquer pensamento impróprio. Seria insano demais. Até pra ele.

- Você quer que eu te pegue sim ou não? Porque se não, eu te deixo aí.– falou tirando as mãos do seu traseiro. O que fez o corpo da garota descer mais por falta de apoio. Soltou um gemido de frustração diante da humilhação que iria passar. Parabéns Haddock! Você venceu! Pensou raivosa.

- Eu só quero sair logo daqui Haddock! – resmungou exasperada. Hiccup a olhou surpreso. Ela nunca o chamava de Haddock. Isso era um sinal de que ela estava com raiva. Muita raiva. Pensou. Sem aviso prévio, apoiou as mãos em seu bumbum novamente vendo ela ficar tensa é suspirar diante do toque nada sutil. Ele sorriu se aproveitando da situação. Astrid foi soltando os braços aos poucos conforme Hiccup a puxava agora pelo quadril. Assim que ela colocou os pés no galho percebeu que seu vestido estava até a metade das coxas já que Hiccup a puxava sem pudor.

- Pervertido! – resmungou para ele ajeitando o vestido. O mesmo riu tendo que concordar com a garota a sua frente.

- Anda. Ainda tem muitos galhos por baixo.– sorriu maliciosamente dando-lhe uma piscadela. Ela revirou os olhos.

O percurso foi o mesmo. Se apoiando aqui, pondo o pé ali. Farpas entrando aqui e ali. Até que, como Hiccup tinha previsto os galhos acabaram. Porém a árvore era tortuosa. Assim dava para os dois descerem se agarrando no tronco. Por fim chegaram ao chão.

- Graças a Deus! – gritou Astrid se jogando no chão com várias folhas. Fez uma careta no ato quando sentiu uma pontada de dor nos braços. Malditas farpas! Resmungou mentalmente. Hiccup a encarou por alguns segundos antes de se levantar do chão sujo de terra.

- Não fique tão feliz assim. A gente está em uma floresta. Sabe-se lá o que tem nesse mato. –  resmungou enquanto limpava a calça de moletom dando leves batidas na roupa para tirar a poeira. Astrid bufou revirando os olhos.

- Como sempre estragando o curto momento de felicidade que eu tenho...– Ela resmungou se levantando do chão limpando seu vestido. Sentiu um ardor nos braços mas ignorou. Ela observou a roupa de Hiccup. Era melhor que a sua. Um conjunto de blusa cinza com uma calça de moletom da mesma cor. Já ela usava um vestido largo até abaixo da panturrilha com bolinhas pequenininhas de cor azul e amarelo. Ela sentia-se vestida com uma cortina. Fora sua aparência. Observou a água da cachoeira descer como um rio pela frente. Foi até a beira é agachou-se em direção ao rio. Olhou surpresa e assustada para seu rosto. Seus cabelos estavam quase totalmente brancos com míseros fios dourados que passavam despercebidos entre todos aqueles fios brancos e tinha rugas espalhadas pelo o rosto junto com manchas e pintinhas marrom.

- Meu Deus...eu estou horrível...– sussurrou passando as mãos no rosto meio enrugado.

- Não tá não. Você é uma coroa linda. – ouviu Hiccup dizer atrás de si. Virou-se e o encarou. Seus olhos transmitiam sinceridade. Embora sua frase estivesse carregada de humor. Ela sorriu mas logo se desfez.

- Será que eu vou ficar assim pra sempre…? – perguntou para si mesma olhando seu reflexo na água. Ele não respondeu. Apenas pegou sua mão e a puxou para longe do rio adentrando a floresta. Ela abaixou a cabeça perdendo-se em pensamentos. Mas logo foi tirada deles quando seu amigo lhe chamou a atenção.

- Eu vou continuar te achando linda. Até porque sempre achei excitante mulheres mais velhas.– sorriu maliciosamente enquanto arrastava Astrid, passando das grandes árvores e algumas flores. A garota fez uma careta mas não pôde deixar de sorrir com o comentário do amigo.

- Que nojo. – Ela resmungou ainda sorrindo disfarçando com uma careta. O mesmo riu. Entrelaçando seus dedos. Até ouvirem um barulho de sirene novamente. Olharam assustados um para o outro antes de dispararem a correr sem rumo dentre as milhares de árvores daquele lugar estranho e sem fim. 


Notas Finais


E então?? O que acharam?
Espero que tanham gostado amores e amoras.
Até o próximo cap. Bjs.

See you later. ❤💋


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