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História Amar é Preciso - Non piangere


Escrita por: ArvoreDaVida

Notas do Autor


Salve, ragazzi! ♥
Gente, passamos de 20 mil visualização *-* Se eu estou feliz? Imagina hahaha
Só tenho a agradecer a cada um que acompanha Amar é Preciso. O feedback de vocês é maravilhoso. Muito obrigada pelo carinho e paciência com as minhas demoras para atualizar.

Bom, leiam esse capitulo, digam o que estão achando, deem palpites rs
Ah, na capa do capítulo há a família Machado :3 Deem uma olhada especial na Antônia. A bicha é cretina, mas é linda rs
Nas notas finais deixarem um link para que vocês vejam o casting da história;

Capítulo 27 - Non piangere


Fanfic / Fanfiction Amar é Preciso - Non piangere

“Seja lá o que foi isso que tivemos, está acabado” — A frase de Marina fica martelando em minha cabeça. Embora fosse óbvio que nosso “relacionamento” não fosse durar para sempre, não cheguei a imaginar um término.

Mesmo que queira chorar, controlo a emoção para que ao menos eu tenha uma explicação acerca dessa situação. Me levanto do sofá e cruzo os braços, em seguida Marina também se levanta, põe as mãos na cintura e me encara.

— Por isso não recebi mais ligações ou mensagens suas? Porque queria acabar com tudo?

— Achei que seria mais apropriado acabarmos com isso pessoalmente. — Sua voz soa tão seca que imagino tê-la magoado de alguma forma. Mas nada me vem à cabeça a não ser ter dormido com Helena, só que ter essa informação seria algo impossível a Marina.

— Eu fiz alguma coisa que você não gostou? 

— Não, só acho que essa nossa brincadeira precisa acabar. — Diz firmemente e enxugando as lágrimas que outrora caíram.

— Brincadeira? — Pergunto sem acreditar no que acabara de ouvir — Então tudo isso não passou de uma brincadeira para você? Marina, eu me entreguei a você e agora você resume tudo a uma mera brincadeira?

— Não seja hipócrita! — Grita praticamente cuspindo as palavras.

— Hipócrita? Do que você está falando? — Num instante, a decepção e tristeza por causa desse fim dá lugar a raiva — Desde o início, o que você me dizia, hein? Me dizia que não tinha idade para aventuras, que qualquer coisa que tivéssemos não poderia ser uma brincadeira, que eu era apenas uma adolescente com os nervos à flor da pele... E agora, Marina? Você diminuiu tudo o que a gente tem... tinha a uma brincadeira. Sempre soube que essa história teria um fim, mas não pensei que você me resumiria a nada.

— Acabou? Agora é melhor que você vá embora.

— Como você pode ser tão fria? Cadê a Marina que eu vi há um mês? A Marina que conversei há algumas semanas? Todo esse teatrinho só para pegar a aluninha?

— Cala a boca, Ana Clara, ou não respondo por mim.      

— Cansou da adolescente com os nervos à flor da pele? — A pergunta vem ignorando o que ela dizia — Ou melhor, redescobriu o amor que sentia pelo seu marido? Parabéns, professora Marina. Parabéns e felicidades.

Não demora para que eu sinta meu rosto arder em função do forte tapa lançado por Marina. Levo a mão ao local e finalmente as lágrimas descem. Marina olha assustada para as mãos como se não pudesse crer não acabou de fazer.

— Me desculpa, eu...

— Não... Se é que um dia você sentiu alguma coisa por mim, agora eu sei que acabou. Eu que peço desculpas por todo o transtorno causado. — Ando em direção a porta, mas antes de sair falo-lhe uma última vez — E não se preocupe porque não vou abrir a boca sobre o que aconteceu. A senhora ainda será a professora perfeita do colégio.

Saio da residência às pressas e, já na rua, encosto-me no muro da mesma. Meu pranto não é cessado. As lágrimas descem e a intensidade delas parecem aumentar ainda mais. Depois de inutilmente limpar meu rosto, vou andando pelas ruas a fim de tomar o metrô. Voltar para casa não é uma opção. Não quero dar explicações a ninguém a respeito do meu estado deplorável, sobretudo a dona Antônia e Bianca.

Depois de quase ser atropelada algumas vezes e esbarrar constantemente em diversas pessoas, chego na estação e embarco sem saber aonde ir. Depois de inúmeras estações terem ficado para trás, pego o celular e ligo para uma das poucas pessoas que pode me consolar agora.

— Quem é vivo sempre aparece.

— Melissa, será que a gente pode se encontrar agora?

A conversa não se estende muito. Prontamente, Melissa diz que me buscará na estação Berrini, já que sua casa fica próximo dali. Depois de uma hora chego na dita estação e encontro Melissa perto das catracas. Minha aparência já está um pouco melhor, mas Melissa me conhece, além de saber que eu jamais a chamaria desesperadamente se não houvesse algo errado.

— Meu amor, o que aconteceu? — Ela me pergunta após envolver com os braços. Nesse instante, me sinto mais tranquila, mais calma. Apesar de me irritar às vezes, Melissa me faz muito bem.

— Não quero falar sobre isso aqui.

Ela assente com a cabeça e me leva até sua casa. Chegando, sou apresentada a sua mãe e logo nos trancamos em seu quarto. Eu me sento na cama e ela numa cadeira próxima.

— Eu acho que já imagino o porquê disso, mas vou perguntar mesmo assim: O que aconteceu?

Sabe. É lógico que sabe. Como ela mesma disse uma vez que Marina e eu não sabíamos disfarçar.

— Acabou. A Marina terminou tudo comigo e nem se deu ao trabalho de me dar uma explicação minimamente razoável. Eu cheguei de viagem hoje, estava com saudades e ela despejou isso em mim sem ao menos se importar com o que sinto. Não parecia a mesma pessoa...

— Eu sabia que você se machucaria nessa história. — Se senta ao meu lado na cama e me abraça — Eu vou matar a professora Marina.

— De certa forma, ela não tem culpa, Mel.

— Como não? Ela é bem grandinha, sabia muito bem o que estava fazendo.

— A culpa é minha. Eu que insisti, fiquei cercando...

— Cala a boca, Ana Clara. Se a Marina é cretina, a culpa não é sua. Sem contar que você não a obrigou a nada.

— Obrigada, viu? Obrigada por me ajudar.

— Amizade é como um casamento: Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe.

— Não quero mais chorar, mas não consigo parar.

— Chora, Ana. Chora.

Em meio aos afagos e conselhos de Melissa, acabo adormecendo. Depois do que creio ser algumas horas, meu celular toca e minha mãe, preocupadíssima, perguntava aonde eu havia me metido. Explico que estou na casa de uma amiga e passo o endereço para que ela venha me buscar, mas antes de encerrar a ligação, sugiro que Bianca me busque e ela parece concordar. Saio do quarto e encontro Melissa na sala de estar.

— Está melhor?

— Graças a você, sim. — Me sento ao seu lado no sofá — Cadê sua mãe?

— Saiu com uma amiga.

— E seu pai?

— Acho que nunca te falei, mas meus pais são divorciados. Eu praticamente não vejo meu pai e também nem faço questão.

— Não sente falta dele?

— No início sim, mas agora eu não me importo mais. Eles brigavam muito, sabe? Divorcio foi o melhor para a felicidade dos dois.

— Meus pais brigam às vezes, mas eles jamais se divorciariam, eu acho. Acho também que eu não saberia lidar muito bem com isso. — Inevitavelmente o tema da conversa acaba me lembrando Marina e Melissa, percebendo a minha mudança, trata de levar a conversa a outro rumo.

— Mas, me fala, vai dormir aqui em casa, né?

— Minha mãe já me ligou e ela, ou Bianca, vem me pegar aqui.

— Ahh, pensei que faríamos a noite das meninas. Assistiríamos filmes, conversaríamos sobre assuntos aleatórios...

— Num outro dia, quem sabe?

— Vou cobrar isso. Agora vamos assistir um episódio de Doctor Who antes que sua mãe, ou irmã, chegue.

Bianca me telefona avisando que já chegou. Me despeço devidamente de Melissa e saio do prédio. Assim que Melissa dá partida no carro, pergunta:

— Aquele prédio é onde a sua namorada mora?

— Não. Casa da Melissa, amiga do colégio.

— Ah, sei quem é Melissa. Você me apresentou. Mas pensei que você tinha ido ver a namoradinha... Então? O que aconteceu, hein? Você está toda jururu.

— Nada.

— Ok. E, me diz, quando você vai me apresentar a garota?

— Não vou.

— Não? Pensei que...

— Bianca, ela terminou comigo.

— Terminou? Ela simplesmente esperou você voltar de viagem e terminou?

— É o que parece, né?

— Você está bem?

— O que você acha?

— Desculpa. Se você quiser conversar...

— Obrigada, Bianca, mas eu estou bem.

— Você chorou?

— O suficiente.

Três dias se passaram desde o dia em que entendi que não significo nada para Marina. Durante três dias venho tentando parar de pensar nela, mas me parece impossível. De alguma forma, tudo que acontece ao meu redor parece me lembrar dela. Uma música, um poema, um filme... Não choro desde aquele dia, mas a dor da perda ainda insiste em permanecer. Eu queria entender o porquê d’ela ter feito isso comigo, me usado e descartado assim, sem mais nem menos. Às vezes acho que a odeio, noutras queria apenas que ela voltasse. Sei, entretanto, que ela não voltará. Como ela disse, foi tudo uma brincadeira que chegou ao fim.

O restante do Ensino Médio será um inferno.

Não me encontrei com Melissa depois daquele dia, mas me liga e manda mensagens sempre para ver como estou. Bianca também tenta me animar, mas isso não tem dado muito certo. No mais, apenas as duas sabem a respeito do meu estado. Para as outras pessoas, principalmente meus pais e irmão, Renato, eu estou exatamente como antes, bem. Mostro um sorriso e tudo ótimo.

— Ana Clara? — Dona Antônia, parada na porta do meu quarto, me chama.

— Bom dia, mãe. — Sorrio após me espreguiçar gostosamente na cama.

— Quase uma hora, boa tarde! — Faz a correção, me fazendo rir — Sábado e você aí deitada. Pensei que retomaria as aulas de italiano assim que voltasse de viagem.

— Eu também pensei, mas... Sei lá, mãe, acho que vou desistir.

Eu já havia pensado sobre isso. Duvido que Marina continuará me dando essas aulas particulares; sem contar que já não quero fazer essas aulas com ela.

— Desistir? — Quase posso sentir a felicidade de dona Antônia preenchendo todo quarto. Ela entra e se senta na cama ao meu lado — Por quê? Aconteceu alguma coisa?

— Ficar um mês sem estudar o idioma me desanimou um pouco. — Minto.

— Sempre soube que essas aulas não levariam a lugar algum. — Se não fosse pelo fato de estar odiando Marina, eu provavelmente retrucaria minha mãe, pois seu ar de dona da razão chega me incomodar. — Bem, a Joana estava apenas esperando o Fábio e o Renato voltarem do tênis para pôr a mesa. Vamos?

Levanto da cama, ajeito o cabelo e vou à mesa com dona Antônia. Meu pai, Renato e Bianca já estão sentados apenas nos aguardando.

Renato olha para mim com uma cara de pena que me faz rir.

— Nossa, você está horrível.

— Não estou horrível! — Digo após mostrar-lhe a língua — O problema é que acordei agora.

— Você dormindo até essa hora, filha? — Dou um beijo em sua testa e tomo meu lugar ao lado de Bianca. Como meu pai está na ponta, minha mãe se senta ao seu lado direito.

— Eu já estava acostumada com o fuso de Portugal. — Tento achar uma boa desculpa para o meu repentino “cansaço” — Ainda estou tentando voltar ao meu normal.

O almoço é servido e como sempre o silêncio não prevalece por muito tempo. Meu pai começa a falar do seu trabalho e engata nos treinos de tênis; O que dá margem para que Renato também dê palpites. Bianca diz que fará um ensaio fotográfico com uma tenista e tantos outros atletas. Depois de tantas e tantas falas, dona Antônia pela primeira vez diz algo:

— Daqui duas semanas haverá um jantar em comemoração a um caso que defendi e ganhei. Quero minha família comigo.

É sempre a mesma história. Ela ganha uma causa em nome de uma empresa ou pessoa muito influente e recebe uma festa, jantar em sua homenagem. Pelo o que entendi, nesse caso em específico, ela e um grupo de advogados representaram uma empresa que era processada por outra e saíram vitoriosos. O caso foi extremamente complicado e durou meses.

— E quando eu digo minha família, isso inclui você, dona Ana Clara.

— Ahhh, mãe... — Digo praticamente implorando — Me deixa ficar quietinha em casa?

— Para de ser preguiçosa, Ana Clara.

— Cala a boca, Renato. Você gosta desses negócios, eu não.

— Só dessa vez, Ana Clara, você vai prestigiar o meu trabalho.

— Seja uma boa menina. Apenas dessa vez. — Nem mesmo a voz doce do meu pai me convenceria a isso.

Ela sempre me obriga a ir, mas também sempre dou um jeitinho de me livrar. Essas coisas não são para mim, além do mais, não tenho cabeça para pensar nessas comemorações irritantes.

Vamos ver, mamãe! Se você não conseguiu me fazer ir a essas comemorações por anos, isso não mudará agora.

Volta às aulas. Como eu gostaria que esse dia jamais chegasse. O restante do ano será um inferno. Cruzar com Marina pelo colégio será horrível. Mas, de todo modo, precisarei aprender a seguir sem ela, mesmo que essa nunca tenha, de fato, estado comigo.

Após esperar um tempo para que o acesso às salas seja liberado, me direciono a minha e alguns minutos depois os alunos começam a entrar, junto deles, Melissa. Apesar dos pesares, eu tenho uma boa relação com todos os colegas de classe, exceto com Gabriela; mas com Melissa é diferente. Essa moça torna-se cada vez mais uma pessoa querida. É nítida a sua preocupação e carinho comigo e sou muito grata por isso.

 Algumas aulas se passam até que Seu Paulo, o zelador, aparece na porta, dá um recado ao professor e logo sou informada que devo comparecer na sala da diretora.

Mais essa agora.

Bato na porta e coloco a cabeça dentro da sala.

— Com licença, senhora diretora.

— Entre e se acomode, Ana Clara.

Em outro momento a diretora e eu conversamos, mas na ocasião eu tinha pela certeza do que tratava: Aquela história de que Francisca e eu mantínhamos um relacionamento. Edith é uma gaúcha de longos cabelos castanhos e olhos azuis. Aparenta ser uma boa pessoa, além de excelente profissional.

— Por que a senhora mandou me chamar? — Pergunto ao me sentar na cadeira a sua frente.

— Edith. — Ela corrige o senhora usado por mim — Bem, te chamei aqui porque quero saber se há algum problema entre a professora Marina e ti.

— Problema? — Tento disfarçar o meu incomodo diante do tema — Creio que não, por quê?

— A Marina me enviou um pedido para que tu tenhas tuas aulas de língua portuguesa com a professora Margarida Viotti. —Eh, Marina pensou muito bem em como me manter afastada. — Pelo teu espanto, presumo que não sabias de nada, correto?

Uma coisa que aprendi nesse tempo em que estive com Marina foi mentir às pessoas a minha volta e usar esse recurso será inevitável na situação em que me encontro.

— Na verdade eu já havia conversado com ela sobre isso, mas não sabia se ela iria aceitar.

— Aceitar?

— Sim, eu que pedi para ter aulas com a outra professora.

— Posso saber o porquê? — Edith apoiou os braços na mesa e perguntou curiosamente.

— Eu não gosto do seu método de aula.

— Tudo bem. Vou aceitar a transferência de professor, mas espero que estejas ciente de que Marina é a única professora do 3° ano.

— No próximo ano eu não estarei aqui. — Não sei se isso acontecerá, mas farei o possível para que sim. Ver Marina por mais um semestre será péssimo, quem dirá um ano e meio.

— Ok. Então, tuas aulas de português a partir de agora são com a professora Margarida. Há uma outra turma do 2° ano em que a aulas dela são nos mesmos horários que as de Marina; então essa troca não interferirá nas aulas das outras disciplinas que você tem. — Ela me entrega duas folhas: Uma com o nome da minha mais nova professora de português e sala onde terei as aulas; e outra que é o documento da troca de docente. — Assine aqui. — Ela aponta para uma linha na folha e eu assino. Numa linha ao lado daquela em que assinei, há também a rubrica de Marina.

— Obrigada, Ana Clara. — Pega a folha da minha mão e a coloca junto a outros papéis. — Por ora é só. Espero que sua experiência com a Margarida seja melhor do que foi com a Marina.

— Também espero.

Sem mais me estender, saio da sala da diretora e, passando pelo mesmo corredor, vejo um professor saindo da sala dos docentes e deixando a porta aberta. Inevitavelmente acabo olhando para dentro dela e vejo Marina sozinha. Sentada numa das cadeiras que ficam envolta de uma grande mesa redonda, ela está de pernas cruzadas e olha atentamente as páginas de um livro. A calça jeans e a camisa social que por muito tempo me tentaram estão ali juntas ao seu corpo. Por um instante me perco ao olhá-la, mas logo me lembro do porquê de ter chorado tanto e porque agora estou tão enraivecida. Não sei ao certo se é mesmo raiva que me move, mas entro na sala e encosto a porta.

— Ficou louca? — Ela pergunta quando bato a porta e me aproximo — O que está querendo com isso? — Bato as mãos na mesa e ela me olha assustada.

— Você não tinha o direito de me jogar para a outra professora.

— Eu deveria ter feito isso quando você me pediu lá no início do ano, lembra?

— Por que você fez isso? — Meu tom de voz acaba saindo mais pesaroso do que eu queria.

— Porque quanto menos eu te ver, melhor. Não torne as coisas mais difíceis, Ana Clara, por favor. Será que é tão complicado você entender que o que nós tínhamos acabou?

— Eu já entendi que você está pouco se lixando para mim, Marina. A questão aqui é outra: Você não tinha o direito de me trocar de docente sem que eu soubesse.

  — Você assinou a documento? — Pergunta com uma evidente irritação.

— Assinei, claro. Fui pega de surpresa pela diretora, nem sabia ao certo o que fazer.

— Então pronto. Acabou. A Margarida é uma ótima professora. Só peço para que tenha cuidado porque agora você não tem mais a mim para te defender.

— Defender? — Ela se levanta da cadeira como se se preparasse para despejar um punhado de informações acumuladas.

— Quem você acha que interviu quando a diretora quis chamar seus pais aqui para falar sobre o escândalo que a Gabriela promoveu na escola? Você nem pensou nisso, não é? Pois Edith queria chamar seus pais para conversar sobre o ocorrido e ela estava certa em fazer isso. Mas eu intervi porque sabia o quão duro seria se eles descobrissem que a filha era lésbica e ainda mais por outra pessoa senão a própria filha. — Embora não sabia bem o que falar, faço menção de dizer algo, mas ela me impede — Ainda não terminei. Você não acha muito estranho que ninguém esteja lhe enchendo os ouvidos por conta da sua sexualidade? Pois adivinha por que. Eu, Ana Clara, eu intervi para que ninguém mexesse com você e deu certo... tão certo que você vem para a escola e conversa com a maioria das pessoas como o dia em que a Gabriela fez aquele escândalo nunca tivesse existido.

— Eu realmente não sabia dessas coisas. Agradeço por tudo o que você fez, mas isso não anula o fato de que...

— Ana Clara, por favor. Estamos no colégio e já não temos mais o que conversar.

Ela pega alguns cadernos e livros que estão sobre a mesa se direciona a porta com a intenção de sair

— Por que você estragou tudo, Marina? — Pergunto com pesar. Ela tira a mão lentamente da maçaneta e olha para mim com um misto de raiva e... tristeza?

— Não fui eu que estraguei alguma coisa aqui, Ana Clara. Não fui eu. — E vai embora me deixando totalmente desolada e ao mesmo tempo enraivecida e ignorante com relação ao que foi dito por ela.


Notas Finais


Link do casting: http://weheartit.com/arvoredavida/collections/113391592-amar-e-preciso
É isso. rs
Vocês conseguem imaginar o porquê da Mari ter terminado o “namoro”? Isso será revelado no próximo capítulo, mas, por ora, deem palpites aí. ^^


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