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História Amar é um crime pt 2 - CHANGE MY LIFE (Jimin) - IV - Note


Escrita por: paulavhope

Notas do Autor


Tentei postar mais cedo hoje pra vocezinhos
Partiu salvar o Jimin?
sei la vê aí
Boa leitura 😂🌈

Capítulo 5 - IV - Note


Fanfic / Fanfiction Amar é um crime pt 2 - CHANGE MY LIFE (Jimin) - IV - Note

Uma semana depois

Oficialmente, estava enjaulada há exatamente um mês e meio naquele lugar. Há exatos quarenta e cinco dias não via a luz do sol. Há exatos quarenta e cinco dias não dormia direito. Há exatos quarenta e cinco dias não me lembrava o que era comer direito. Entretanto, quanto ao uso das palavras em um simples diálogo não... isso fazia apenas uma semana. Sete dias que pareciam sete anos, devido ao vazio que tomou conta de mim, mais intenso do que quando cheguei aqui. O motivo? Bem... duas palavras.

Park Jimin.

Desde o momento em que outra voz respondeu ao meu chamado, até o dia presente não mantive minha consciência limpa. Tive noites de sono piores do que antes, não consegui comer direito. Pode até parecer exagero, mas não saber o que havia acontecido com ele me deixou mais aflita que o normal, por mais que não tivesse visto nem mesmo seu rosto. Algo como um sentimento de culpa, pode-se dizer, tomou conta de mim. Sentia que o sumiço dele era por minha causa, pela minha insistência tola em conversar com ele, apesar de saber que não deveria. Onde quer que ele estivesse, o que quer que estivesse sofrendo, querendo ou não, era minha culpa. E para fechar com chave de ouro, consegui minha solidão de volta.

Parabéns, Chaeyoung.

Durante esses sete dias tive, também, uma sensação estranha de que minha cela não estava mais sob a guarda de um soldado, nem de ninguém. Ao sair para tomar banho, não ouvia mais o som de uma respiração, além da minha. Não sentia a presença de mais ninguém, além dos mosquitos que de vez em quando passeavam pelo corredor. Quem quer que fosse o dono da mão que deixava o prato no compartimento, com certeza não permanecia lá para terminar o trabalho. Apesar disso, nenhuma vez me passou pela cabeça fugir, desviar o caminho do chuveiro e encontrar uma saída. Por mais que tenham sido três dias de pouca conversa com o soldado, não queria sair de lá sem ter mais notícias dele, sem saber o que eu fiz pra ele.

~~

O alarme das 13h soou tão melancólico quanto meus últimos dias naquele lugar, como se estivesse perdendo a vontade de funcionar. Não pude conter o riso ao comparar o alarme comigo.

Somos dois objetos inúteis que servem apenas para lembrar que há gente que deve trabalhar alí.

Aguardei, sem empolgação alguma, o prato da mistura cinzenta entrar pelo compartimento com a ajuda da grande mão enluvada que havia feito aquilo na última semana, sem vontade nenhuma, sendo colocado de qualquer forma. Duas ou três vezes o serviço foi tão mal feito que o prato chegou a cair no chão. Não que eu me importasse, mas aquilo me fazia pensar em como cada vez mais as pessoas trabalhando ali se tornavam máquinas, realizando suas tarefas sem vontade de tanto que as repetiam, além de me tornar um mero consumidor de seus produtos mal feitos.

Esperei um, dois, três minutos pela cena monótona de uma pequena montanha de comida mastigada entrando pelo compartimento, aguardando para ver se a pessoa iria falhar novamente ou não. Por mais egoísta que seria, esperava ver uma falha, sim, com o prato caindo. Precisava de, pelo menos, alguma emoção no meu dia, e ver que ignoraria a massa cinzenta com um motivo coerente me permitia sentir aquilo, mesmo que fosse por cinco minutos. Após a espera, o show começou. Fiquei observando o prato entrar, mais lentamente que o normal, indicando que, infelizmente, não haveria nada de interessante. Quase desisti de continuar olhando a cena, decepcionada, quando finalmente chegou ao fim e pude ver a mão que estava realizando o serviço. Dessa vez não era uma mão enluvada. Era uma mão bem menor, aparentemente macia, porém com alguns cortes feios em sua parte superior. Não pude deixar de me espantar com a imagem vista, pois finalmente haviam mandado outra pessoa fazer a tarefa, sem ser o grande homem ignorante da voz grossa. Sem contar que, de alguma forma, aquela mão parecia familiar.

- Oh... céus, o que acon... – comecei a falar, instantaneamente após analisar os ferimentos da mão da pessoa desconhecida, porém logo me interrompi, lembrando-me das palavras daquele homem. Eu realmente não deveria tentar conversar com ninguém. E qualquer que tenha sido o destino... dele... não queria passar por algo pior.

 Apesar de que, por mais depressivo que possa soar, creio que não havia nada pior do que a solidão que eu estava enfrentando.

~~

As últimas sete horas daquele dia, antes do alarme das 21h, foram completamente entediantes. Tive tempo para pensar mais um pouco sobre onde havia chegado, tempo para pensar em como meu estômago, vazio, sentia falta de nem que fosse um simples arroz, tempo para pensar... nele. Tive até tempo para começar e terminar uma nova contagem de algo que ainda não havia contado: as rachaduras e furos das paredes. Consegui contar e sentir um total de vinte e uma rachaduras e dezessete furos, por onde a pouca iluminação entrava e me permitia fazer tais contagens. Por um lado, a parede era triste e quebrada como eu estava por dentro. Por outro, era o único ponto de luz daquele lugar. Não é como se fosse tão ruim ser uma parede tão velha, já que permitia cinco minutos de alegria no dia de uma prisioneira solitária.

Aguardei, ansiosamente, o último alarme, para que pudesse respirar um pouco o ar do lado de fora. Apesar do frio do inverno, meu quarto estava incrivelmente abafado. Creio que fosse por causa de chuva. Só sabia que, mesmo por dez minutos, faria do momento “fora” dali o melhor do dia.

Quando o som, novamente desanimado, tocou, me posicionei rapidamente de pé, aguardando o rangido da porta sendo aberta. Caminhei até o banheiro, onde molhei meu rosto com o pouco de água que saia do que acreditava ser uma torneira. Não tinha certeza de nada ali dentro, pois como de usual, as luzes ficavam todas apagadas. Tinha que confiar mesmo no meu sentido de tato. Sequei-me em minha roupa, mesmo, pois se não havia nem mesmo comida decente, quem diria uma toalha. Havia papel higiênico, porém estava no fim e não sabia quando iriam decidir repor, portanto optei por economizar. Fiquei ali dentro até o último minuto de “liberdade”, pois não queria voltar tão cedo para a cela abafada e melancólica.

No caminho de volta para o cubículo, onde andava lentamente, um tanto quanto triste por ter que voltar, tive uma sensação estranha de déjà vu. Por alguns segundos, parada em frente à porta aberta, acreditei estar maluca. Estava sentindo aquilo novamente. Aquela presença de mais alguém presente, aquela respiração. Não sabia qual era o “tal destino” que o grande homem havia mencionado, porém acreditava ser um destino sem volta, portanto não poderia ser... ele. Acreditava fortemente que estava maluca. E tinha certeza, até... até alguém segurar meu pulso.

Senti, novamente, o ar quente de alguém realmente próximo de mim. Naquele momento de tensão pude jurar estar sentindo o cheiro do rapaz que ocupava aquele mesmo lugar há uma semana atrás, assim como senti que meu coração iria sair pela boca. Toquei a mão que estava segurando meu pulso, numa tentativa inútil de tirá-la dali, e pude sentir alguns... cortes. Com certeza era a mão que havia visto mais cedo. Num ato de reflexo, a pessoa que estava em minha frente retirou a mão, soltando um pequeno suspiro, como se houvesse se machucado. Tentei ignorar aquilo, querendo acreditar ser tudo obra de minha imaginação, porém antes que pudesse entrar novamente na cela, um papel foi empurrado em minha mão, sendo em seguida fechada à força para que segurasse esse papel. Ouvi o rangido da porta e sem pensar duas vezes corri para dentro. Tudo que queria era que a mão que havia visto mais cedo não fosse dele. Não podia ser...

Apoiei minhas costas contra a porta, já fechada, tentando acalmar as batidas de meu coração, enquanto a luz foi lentamente invadindo o ambiente. Lembrei-me, num relance, que havia um papel em minha mão, o que fez meu coração acelerar novamente, instantaneamente. Suspirei, e me aproximei de um lugar onde o foco de luz era maior. Abri o papel, tentando tirar as pequenas rugas criadas ao ser empurrado em minha mão, e forcei os olhos para ler. Tudo que posso dizer foi que realmente senti que meu coração fosse parar após ler o pequeno bilhete amassado.

...

“ Eu tirarei você daí de dentro. É uma promessa.

                                                                               - O rapaz da porta. “


Notas Finais


uhulessss
ceis sabem quem é o rapaz da porta né pelamor
só vem Jimin
me tira dali de dento e me leva pra dentro de vc
~Jimin: me chama de Jimin e vem pr dentro jimin~
parei perdão
até próxima, nao esqueçam do comentário com muito amor que me incentiva pacas e do coraçãozinho chamado favorito tmb
amo vocês 🙏💘


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