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História Amar é um crime pt 2 - CHANGE MY LIFE (Jimin) - V - Visitor


Escrita por: paulavhope

Notas do Autor


Mil perdões pela demora, e por postar tarde também, mas é a hora que eu consigo tempo TT.TT
Não me matem, esse ta bem legalzinho pra compensar.
boa leitura 🐵

Capítulo 6 - V - Visitor


Fanfic / Fanfiction Amar é um crime pt 2 - CHANGE MY LIFE (Jimin) - V - Visitor

Colégio. Estava enjaulada num quarto aparentemente branco, escuro e solitário, e o que vem à minha mente é o colégio. O motivo? É simples. Um pequeno pedaço de papel amassado em minha mão. Um bilhete. Senti como se estivesse novamente no tempo do colégio, recebendo bilhetes das amigas, dizendo coisas idiotas, porém que nos tiravam risadas silenciosas durante as aulas. O único imprevisto dessas horas era quando o professor conseguia nos pegar no ato, e não vou mentir, éramos famosas na coordenação. Não era muito diferente na cela onde estava. Recebi um bilhete, de certa forma um sorriso saiu de minha boca, e tinha medo de responder, visto que, não um professor, mas alguém pior poderia ver a cena e tanto eu quanto o rapaz ficaríamos encrencados. Não parava de pensar nos cortes que senti ao tocar sua mão... ou no toque em sí.

~~

Na manhã monótona do dia seguinte acordei antes mesmo do primeiro alarme. Não sabia dizer exatamente que horas eram, pois os únicos números que haviam ali eram os de minhas contagens inúteis. A única coisa que eu tinha certeza era que estava esperando ansiosamente por esse alarme, para verificar se receberia outro bilhete, ou só para ter certeza de que o rapaz não fora para longe novamente. De certa forma, apenas sua presença já me deixava confortável. Nunca fui de me apegar por alguém, sempre fui indiferente com as outras pessoas. Um pouco rude, pode-se dizer. Mas Park Jimin foi uma exceção. O mistério de sua relação comigo, da qual eu não conseguia me lembrar, me fazia cada dia mais querer respostas, e para isso, precisava dele ali.

Quando o som estridente entrou por meus ouvidos, eu já estava de pé posicionada em frente à porta, esperando esta ser aberta. A julgar pelo tempo que esperei desde a hora que acordei, eu deveria estar de pé por volta das quatro da manhã. Observei, angustiada, o rangido da porta indicar que a escuridão do lado de fora já estava acessível para mim.  Ao pisar para fora do quarto, uma sensação de alívio logo me tomou, ao sentir a presença e a respiração de alguém. Continuei meu caminho, para que não parecesse desesperada, e fui para o banho. Pode-se dizer que aquele havia sido o banho mais rápido de minha vida. Não só pela baixíssima temperatura, mas pela necessidade de voltar logo ao encontro do garoto. Vesti, rapidamente, minhas roupas, um tanto quanto encardidas, e saí do local do chuveiro. Parei em frente à porta aberta, novamente, e esperei.

Um, dois minutos se passaram. Senti-me uma idiota. Já a ponto de desistir, comecei a caminhar para dentro do quarto. Sentei-me encostada na parede ao lado da porta, um tanto quanto decepcionada e iludida. Naquele momento já não esperava mais o alarme para sair, e sim o rangido da porta se fechando. Queria mais era me trancar novamente na inutilidade que estava sendo minha vida. Ouvi, finalmente, o estrondo da porta se chocando contra a escuridão, indicando que estava, novamente, sozinha. Senti uma leve pontada de alívio, porém o sentimento predominante, de verdade, era a tristeza. Perguntei-me como o garoto pretendia me tirar dali, e por que, sendo que nem sequer se comunicava comigo. Claro, que assim era melhor, pois havia menos chance dele se meter em confusão e acabar machucado de novo. Mas lá no fundo eu queria receber uma palavra dele, mesmo que fosse por papel.

Alguns minutos se passaram depois de aceitar que a solidão era minha melhor amiga, e eu já havia me encolhido novamente no canto daquilo que eu dormia em cima. Estava tentando contar quantas pintas haviam em meu braço, porém com a péssima iluminação, que já havia voltado, e com os pensamentos bloqueando qualquer coisa, desisti logo no início. Senti-me, de fato, solitária, pois naquele momento nem mesmo minhas contagens me faziam companhia. Mas foi naquele momento, depois de desistir de fazer qualquer coisa, que soube que estava errada.

- Psiu! – um leve assovio veio do compartimento da porta.

Não que eu já soubesse exatamente como era cada som gerado pela voz de Jimin, mas sabia que o pequeno som viera de sua boca. Levantei-me e caminhei em direção ao barulho. Logo joguei fora os pensamentos melancólicos de um minuto atrás, quando enxerguei uma folha, bem maior do que o pedaço anterior, e uma caneta ao lado. Junto daquilo havia outro pequeno pedaço de papel, só que dessa vez não estava amassado. Peguei o papel, animada, e fui novamente para o maior foco de luz. Apertei meus olhos e logo consegui ler as palavras contidas ali.

Desculpe-me por não ter feito nada mais cedo. Arrisquei-me muito, mas valeu apena, pois desligaram a câmera que havia em seu quarto e do lado de fora. Sinta-se à vontade para escrever ou... simplesmente me ignorar. Só tome cuidado, tenho certeza de que deixaram os microfones ligados, portanto confie mais no papel do que na fala. Saiba que estou trabalhando na promessa, e isso já é um começo.

                                                                                     -O rapaz da porta ( Jimin )

O fato de ele ter colocado seu nome deu-me uma sensação de maior confiança. Foi como se ele quisesse que eu estabelecesse certa intimidade com ele e, não vou mentir, estava disposta a fazer aquilo. Outro fato que fez meu coração palpitar foi o de se arriscar por mim. Creio que não seja algo fácil convencer o Tenente a desligar as câmeras da cela de uma prisioneira. Fiquei um tanto quanto preocupada, pensando que ele possa ter sofrido algo para conseguir aquilo, e que seria tudo minha culpa. Tudo que eu tinha certeza naquele momento era que, definitivamente, eu não estava mais sozinha, e de que faria de tudo para tentar descobrir o porquê de alguém se arriscar tanto por uma pessoa como eu.

Fiquei um tempo relendo e pensando nas palavras do segundo bilhete, e então decidi mostrar que não desprezaria o ato de se colocar em perigo por minha causa, e que não o ignoraria. Rasguei um pequeno pedaço da folha de sulfite que ele havia deixado no compartimento, levei até onde havia luz, apoiei na parede e comecei a escrever.

Ele te machucou de novo?    

                                             - a prisioneira

Empurrei meu bilhete para fora da porta, um pouco aflita de que ele não estivesse lá para pegar, porém precisava saber daquilo. Estava preocupada, sim, e não sossegaria enquanto não obtivesse respostas. Não demorou muito para que eu pudesse ver outro pedaço de papel entrando pelo compartimento. Fiquei feliz pela resposta rápida, porém o sentimento logo diminuiu ao ver que era o mesmo papel que eu havia acabado de entregar. Fiquei um tempo tentando entender, sentada encostada na porta, até que ouvi num tom baixo, quase que num sussurro, aquela voz.

- Vire. – disse rápido como se não quisesse ser ouvido. Sua palavra veio junto de uma leve risada, como se ele soubesse que eu não havia encontrado sua mensagem.

Logo que percebi minha idiotice, virei o papel, dando de cara com uma nova mensagem, que mesmo sem ler já fez meu coração palpitar.

Não gaste seu papel se preocupando comigo, não foi fácil conseguir uma dessas. Eu estou bem, não é como se eu tivesse levado um tiro.

                                                    - PS: A partir de agora, eu sou o Jimin, e você é a Chae. Não se rebaixe a uma prisioneira. “

Confesso que essa mensagem tirou um sorriso torto de minha face, mas também me deixou um pouco aflita com “não é como se tivesse levado um tiro”. Acabei repetindo essas palavras em voz alta, por instinto, e ganhei uma risada como resposta.

- Estou te zoando. – sua voz foi ouvida novamente, me fazendo sorrir mais uma vez.

- Você não presta. – respondi, o mais baixo possível, envergonhada.

O silêncio então se instalou novamente, fazendo-me lembrar de que eu não deveria falar. Ele realmente parecia não se importar com as consequências que poderia receber, pois ele que iria sofrer, e não eu. Tudo entrava em minha mente como um quebra cabeças de inúmeras peças que era impossível de resolver. Não conseguia entender porque ele se importava tanto comigo a ponto de se arriscar daquela forma.

~~

Depois do super almoço de cardápio “massa cinzenta”, resolvi tirar uma soneca. Por incrível que pareça, me senti sonolenta pela primeira vez. Era como se Jimin tivesse apaziguado meu cérebro, mesmo que o estivesse confundindo cada vez mais.

Acordei depois de algumas horas, com o som do último alarme. Aproveitei a oportunidade e fui ao banheiro. Lavei meu rosto, fiz o que tinha que fazer e tomei meu caminho de volta. Ao chegar na porta, senti algo estranho. Era como se aquele lugar estivesse vazio, como se Jimin não estivesse mais lá. O mais estranho foi que não senti isso quando saí do quarto. Fiquei, obviamente, preocupada com aquilo, mas não poderia perder meu tempo olhando para o nada. Entrei no quarto, logo sendo seguida pela porta se fechando. Comecei a tatear a parede para me guiar até a super cama, pois mesmo já estando lá há um bom tempo, ainda não sabia localizar com a luz apagada. Foi quando aconteceu algo...

Achei a cama, depois de alguns segundos, porém quando me sentei nela, estava um pouco mais afundada do que o normal. Foi quando me virei para tentar enxergar algo, que a leve iluminação surgiu de novo. Um pequeno grito quis sair de mim logo que entendi a situação, porém ele logo foi contido por algo. Ou melhor... por alguém.

- Shhh... não grita. Sou eu, Chae. Jimin. O rapaz da porta.


Notas Finais


AE MANOLO ADORO UMA ATITUDE DESSAS
SÓ VEM JIMIN
parei
Espero que tenham gostado, peço desculpa de novo pela demora, mas não desistam de mim <3
deixa teu comentário aí que me ajuda pacas

saranghaeio mt vcs 🌈💕💙


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