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História Amar é um crime pt 2 - CHANGE MY LIFE (Jimin) - VI - Who am I?


Escrita por: paulavhope

Notas do Autor


Promessa é promessa então tá aí.
EU JURO QUE NAO ESPERAVA ESSE TAMANHO DE CAPÍTULO KKKK PERDÃO
Mas leiam mesmo assim, tem bomba nesse e se eu dividisse ia ficar chatinho.
Mais uma vez desculpa a demora, não desistam de mim.
boa leituraaan

Capítulo 7 - VI - Who am I?


Fanfic / Fanfiction Amar é um crime pt 2 - CHANGE MY LIFE (Jimin) - VI - Who am I?

Devo admitir que nunca senti algo como aquilo antes. Era um tipo de mistura louca e intensa de várias emoções. O medo, causado pelo susto ao ver alguém dentro de minha cela, e quem era esse alguém. A surpresa, por finalmente ver o rosto de alguém, além desse estar tão próximo do meu. E, por fim, a admiração. Não podia pensar em nada mais além de como aquele rapaz possuía uma beleza inexplicável. Seu rosto parecia macio, sem nem mesmo tocá-lo. Seus traços eram perfeitamente definidos. Tinha um leve sorriso de lado, um tanto quanto tímido, que estava causando um certo embrulho em meu estômago, mas de uma forma que eu não sentia há muito tempo. Seu cabelo era de um castanho intenso, feito em um tipo de topete, o que deixava seu rosto mais amostra. E por fim... o olhar. O que mais me chamou atenção, mesmo naquela fraca luz dentro do quarto, foi a intensidade de seu olhar. Um tanto quanto tímido, um tanto quanto acolhedor, um tanto quanto sedutor. E eu não conseguia parar de olhar para isso.

Levei apenas alguns segundos para fazer a análise completa do indivíduo há menos de um metro de meu rosto, mas que pareceram horas. Fiquei completamente perdida em sua feição amigável, como quem diz que não há perigo, que percebi que a única coisa que eu queria era que o tempo parasse, congelasse naquele instante para que eu pudesse admirá-lo por mais tempo, sem medo de que um outo alguém interrompesse aquilo.

Jimin parecia se entreter com minha admiração, não deixando de fixar seus olhos castanhos nos meus por um segundo sequer. Acabou que, assim como eu, se perdeu de alguma forma, e não percebeu que ainda estava com um dedo cobrindo meus lábios, contendo o grito que quis sair há um minuto atrás. Quando se deu conta acabou deixando escapar um sorriso um pouco maior do que aquele que já estava estampado, porém dessa vez envergonhado. Abaixou a cabeça, tímido, e logo puxou sua mão de volta. Apenas quando meus lábios não sentiam mais o toque de seu dedo foi que eu me dei conta de que estava quase boquiaberta olhando fixamente para seu rosto, o que fez-me sentir uma tola, repetindo o ato de Jimin de abaixar a cabeça.

Pode-se dizer que naquele momento tudo estava fora de lugar em minha cabeça, e era provável que um segundo se tornasse dez horas, mas se há algo que eu faço bem, é contar coisas quando não há o que fazer. Posso dizer, certamente, que ficamos cinco minutos em intenso silêncio, sem olhar um para o outro, apesar de que me perder em seus olhos novamente fosse tudo o que eu queria fazer.

- Você já pode falar. – a voz de Jimin entrou como um tiro em meus ouvidos, me trazendo bruscamente para a realidade.

- Ahnn? – disse, sem saber exatamente o que queria dizer, após limpar a garganta. Jimin soltou uma pequena risada.

- Bem, se você preferir conversar por papel, posso pega-lo pra você. – pude sentir que sorria e olhava pra mim, por mais que a vista que eu estava tendo fosse a do chão escuro.

- Não! Eu gosto da sua voz. – as palavras voaram de minha boca, sem minha permissão. – Digo... não... não precisa pegar o... – minha tentativa falha de estabelecer um diálogo foi interrompida quando Jimin tocou minha mão, arrancando um suspiro e uma quase parada cardíaca em mim.

- Ei, calma. – deu um leve riso. Por algum instinto ou não-sei-o-que, minha cabeça automaticamente virou, encarando-o novamente, fazendo com que o pouco de consciência que ainda havia em mim fosse embora. – Sou só... só eu. O rapaz da porta. Jimin. Não tem por que desse nervosismo. – ele sorria, como se estivesse tirando sarro de mim, porém seu sorriso era mais intenso do que tudo naquele momento. O olhei com um olhar de deboche, quase que voltando ao meu estado normal, após duros minutos tentando se lembrar de como respirava.

- Não estou nervosa. Foi uma surpresa... só isso. – ele pareceu duvidar, mas continuou sorrindo. Tirou sua mão de minha, como num reflexo de realidade. – Bem... a que devo essa... visita?

- Digamos que... eu queria te ver. – abaixei minha cabeça instantaneamente, envergonhada. Jimin deu um riso nasal. – Ok... Sra. Vergonha. Eu fiz o Tenente desligar os microfones. – levantei minha cabeça no mesmo instante, surpresa.

- O que? – perguntei, um pouco rápido demais. – Digo... como assim? Como você convenceu ele e... – interrompi minha pergunta à medida que me lembrei das possíveis consequências que sofreu naquele dia. – Você... você não está machucado? – perguntei, definitivamente preocupada, analisando cada detalhe de seu rosto sem achar uma imperfeição sequer. Jimin abaixou a cabeça, levando meu olhar para suas mãos, que estavam entrelaçadas. Ele as separou e mostrou o peito de uma delas, levantando também a manga do casaco, deixando amostra vários cortes. Cobri minha boca, por impulso.

- Já disse para não se preocupar comigo. – Jimin disse, ainda de cabeça baixo, num tom um tanto quanto triste, cobrindo de volta os machucados. – Ele faz isso nessa região justamente para não ser visto, portanto não os procure mais, ok? O mais importante aqui é... minha promessa.- disse as ultimas palavras quase que num suspiro, ainda sem olhar pra mim.

- Você não precisa fazer isso por mim, já disse... – tentei convencê-lo.

- E você não precisa se preocupar tanto assim com alguém que aparentemente nem conhece. – disse, sorrindo fraco.

- Jimin, eu não...

- Ei... – interrompeu-me, virando seu olhar novamente pra mim. – Você não tem culpa. Eu mudei muito desde aquela época.

- Que época? – perguntei, repentinamente interessada. Jimin ficou alguns segundos em silêncio me olhando com um olhar intenso, sorrindo como se me provocasse.

- Alguma hora você irá descobrir. – virei os olhos.

- Fala sério... – disse baixo, um tanto quanto decepcionada.

- Relaxa, eu vou te ajudar a lembrar. Na hora certa. – eu o olhei com uma cara brava, mas ele apenas sorriu e se levantou, caminhando em direção à porta fechada, mas logo parando antes de chegar. – Ah... quase me esqueci. Sua janta. – fiz uma cara de nojo ao lembrar da gororoba que estava acostumada a engolir.

- Não se preocupe com isso, não vai descer de qualquer forma, nem precisa me dar. – ele sorriu novamente e se aproximou de mim.

Jimin agachou-se em minha frente, para ficar do tamanho que eu estava sentada na cama. Abaixou a cabeça para olhar para seus bolsos, tirando de lá alguma embalagem metalizada. Levantou seu olhar novamente pra mim e, com um olhar difícil de desviar, estendeu o objeto não identificado para minhas mãos e as fechou para que segurassem o objeto, como o que fez com o primeiro bilhete, porém mais delicado dessa vez. O toque de nossas mãos, sentir sua respiração próxima e seu olhar me faziam perder o chão ali.

- Como havia dito... sua janta. – disse, olhando para o pacote. Tirei o metal que estava envolvendo aquilo e logo me surpreendi. Não sei se era pelo fato de não comer algo decente há dias, ou por medo de nem mesmo lembrar o gosto de tudo aquilo. Era uma espécie de marmitex improvisado, com arroz e alguns pedaços de carne.

- Jimin como... como conseguiu isso? – perguntei, aflita, mas ao mesmo tempo desesperada para sentir o gosto daquilo que eu podia chamar de comida.

- Não importa. Desculpa pela simplicidade, foi tudo o que eu consegui. Você não merece aquilo que estava comendo. Admito que ficava o dia inteiro pensando em como você se sustentava apenas com aquilo que... eu mesmo te dava. – abaixou a cabeça, como se estivesse tendo uma lembrança ruim.

- Mas não era você que fazia, certo? Eles te obrigaram a me dar aquilo. É apenas seu trabalho. – tentei confortá-lo.

- Sim... – Jimin permaneceu em silêncio por alguns segundos e logo se levantou como se lembrasse de algo. – Tenho que ir. As luzes logo irão se apagar e você nem comeu ainda. Daqui a pouco o Tenente passa por aqui pra ver se está tudo certo. Prometa-me que ficará bem. – falou com uma expressão séria e preocupada.

- Ficarei. – sorri fraco. Jimin devolveu o ato e num movimento rápido se aproximou e depositou um beijo em minha bochecha, fazendo com que meu coração batesse tão rápido que parecia estar parado. Fiquei paralisada pelo ocorrido, enquanto Jimin apertava algo na porta, como se fosse um leitor de digitais camuflado, e logo sumiu na escuridão do outro lado.

Naquele momento nada mais fazia sentido dentro de mim, e algumas coisas estavam começando a me incomodar. Primeiro, o fato de eu realmente não saber quem era ele, o que estava me dando uma sensação de culpa. Segundo, saber que ele poderia entrar e sair da cela a hora que quisesse, ou até me tirar dali. E por último... pensar a todo momento como eu sou conhecida por ser uma pessoa fria, que não se preocupa nem se apega a ninguém.  Mas ali dentro, Jimin estava começando a se tornar uma exceção.

Uma exceção que eu não conseguia tirar da cabeça.

~~

No dia seguinte acordei, de certa forma, mais disposta a tudo. Não sabia dizer se era por causa da boa comida que engoli em poucos minutos, mesmo no escuro, no dia anterior, ou se era apenas pela noção de que naquele momento eu tinha um motivo para querer continuar ali dentro. Jimin

Levantei, como na maioria dos outros dias, antes do primeiro alarme. Os pequenos flashes de luz já estavam entrando pelos minúsculos furos das paredes, o que me permitia ter uma visão relativamente clara do ambiente onde estava. Não é como se aquele quarto fosse o lugar mais bonito do mundo, mas eu já estava acostumada a correr meus olhos pelo lugar, mas, surpreendentemente, naquela manhã havia algo de diferente. Do lado da porta havia algumas coisas, como algum tipo de tecido dobrado. Aproximei-me e logo me deparei com uma roupa e uma carta em cima.

Bom dia. Espero que tenha dormido bem. Não me entenda mal, não sou um louco que te observa enquanto dorme, mas não pude deixar de reparar como você parece uma criança inocente dormindo, e confesso, já fez meu dia começar bem. Reparei nisso quando entrei aqui de manhã para deixar isto aqui. Acho que você merece se sentir bem como mulher, por isso te trouxe roupas limpas. Pode deixar essas no chuveiro de manhã, eu darei um jeito de lava-las. Provavelmente não estarei aqui quando sair para tomar banho, mas não se preocupe, voltarei logo. (como se você se importasse...) Um beijo.

                                                                                               - O garoto desconhecido.”

Cada vez mais Jimin me surpreendia com suas piadinhas. Era como se ele achasse engraçado o fato de eu não me lembrar dele, mas aquilo estava me incomodando, na verdade. Confesso que roupas limpas eram tudo o que eu mais queria. Realmente não me sentia uma mulher há dias, e Jimin estava cada vez mais me dando o gostinho de ser um ser humano novamente.

Não demorou muito para que o alarme de som estridente tocasse. Segui meu caminho na escuridão e, de fato, Jimin não estava lá. É claro que fiquei preocupada, porém ele mesmo me pediu para não fazer isso, e eu queria realmente atender a algum pedido dele, visto que ele estava fazendo demais para mim. Cheguei no chuveiro e fui colocar as roupas novas no lugar de sempre, mas acabei sentindo algo diferente, também. Uma toalha, pensei. Não pude evitar o sorriso. Tomei meu banho rapidamente e vesti as roupas que, por sinal, eram incrivelmente cheirosas. Estava com saudades daquela sensação.

No caminho de volta para o quarto pude sentir novamente aquela sensação boa de uma segunda pessoa no mesmo ambiente que eu. Aquilo era uma escuridão completa, porém não evitou que eu visse a silhueta de alguém parado na porta. Minha vista logo foi interrompida quando uma luz intensa de uma lanterna iluminou meu rosto, fazendo-me cobrir meus olhos com uma mão. Houve uma risada. Ah, aquela risada.

- Desculpa, mas precisava ver isso. – tirei a mão dos olhos e olhei para baixo, percebendo que o moletom que eu estava vestindo era masculino. – Não se preocupe, está linda. A calça é nova mas... a blusa é minha.  – sorri, repentinamente sentindo saudade da escuridão para que ele não visse meu rosto.

- Obrigada? – perguntei, incerta e um tanto quanto provocadora.

- Não precisa agradecer. Aliás... – ele colocou a mão livre no bolso e abaixou a lanterna. Abaixou a cabeça e andou em minha direção.  – Eu é quem devo agradecer, por ter uma companhia como essas. – voltou seu olhar para mim, com um sorriso de lado irresistível.

- Ah é? Bom saber... Mas como pretende agradecer, se já faz tantas coisas para mim?

- Acho que chegou a hora de eu te contar quem sou eu.

Jimin, num movimento delicado, apagou a lanterna e pegou minha mão. Senti-me estranha, pois não podia mais vê-lo, mas podia definitivamente sentí-lo. Foi ali, então, que sua presença começou a ficar ainda mais próxima, e como se o tempo houvesse congelado e depois voltado, de repente tive uma sensação incrível. A sensação de dois lábios se tocando. A sensação de finalmente sentir os lábios daquele que eu mais queria.

A sensação de beijar o rapaz da porta.


Notas Finais


AEEEEEEEEWWWW
agora só vem
aproveita e tenta sentir o que tem debaixo da camisa, Chae amiguinha (parei)

Não sei quando postarei de novo mas prometo que vou tentar, repito, TENTAR, nao demorar tanto.

Espero que estejam gostando, deixa o famoso comentário aí que me ajuda pacas.
Amo voces seus lindux


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