P.O.V João:
- Bom... pela demora do socorrimento, ela teve uma coagulação sanguínea e é muito preocupante seu estado. -o médico falou.
- O que quer dizer com isso? -perguntei.
- Eu quero dizer que ela pode ou não acordar, e se acordar as chances vão ser quase nulas de não apresentar sequelas. A única notícia boa é que a cirurgia foi um sucesso. -respondeu.
- E... eu posso vê-la?
- Não permitimos visitas a nenhum paciente depois de uma cirurgia, quem sabe amanhã.
- Obrigado.
Eu não estou acreditando, a Lari pode nunca mais acordar. Como eu vou viver? Por que as coisas tem que ser tão difíceis? Vi o Gilberto, a Vanessa e a Celeste entrando no hospital.
- Ela tá bem? -Gilberto perguntou.
Não consegui dizer nenhuma palavra, quando levantei e vi a Celeste com aquela cara de vitoriosa, eu me descontrolei.
- A LARISSA PODE MORRER AGORA, SATISFEITA? -gritei a segurando-a pelo pulso.
- Me solta, eu não fiz nada. -mentia.
- PARA COM ESSE FINGIMENTO QUE EU SEI A VERDADE, ACHOU MESMO QUE EU NÃO VI VOCÊ SAINDO COM ELA PRA FORA DA IGREJA!
Eu esqueci que ela era mulher e já ai bater, sorte que me seguraram.
- Sai um pouco e esfria a cabeça. -Vanessa sugeriu.
- Eu vou, porque se ficar aqui eu vou fazer alguma besteira. -olhei diretamente para a Celeste. -Se acha que venceu tirando a Lari do caminho está bem enganada, vou transformar a sua vida num inferno.
Sai do hospital, e fui numa lanchonete que tinha perto. Pedi um hambúrguer, suco e um pote de sorvete, sentei e comi sem sentir gosto nenhum. Estava tudo sem sal, assim como minha vida.
- Eu soube do acidente, ela tá bem? -Bia me encontrou por acaso.
- Eu juro que se alguém perguntar se ela tá bem de novo eu vou dar porrada, não interessa quem for.
- Desculpa, como você está? -perguntou.
- Um caco, querendo me atirar da ponte, matar a pessoa que fez isso, tá bom ou quer em ordem alfabética? -respondi.
- Nossa, eu não sei como te ajudar nesse momento mais precisa ser forte, por ela e por você. Tenha fé que vai melhorar, assim como tenho.
- Se fosse fácil assim...
Ela me abraçou, realmente estava precisando.
P.O.V Bia:
Caramba, a situação não é nada fácil. O confortei, dei conselhos, coisas que amigos fazem. A frase que a Celeste falou não parava de rodar na minha cabeça.
Liguei para ela:
- Quem é?
- Sou eu a Bia, preciso falar urgente com você.
- Tem que ser agora?
- Sim, me encontra fora do hospital daqui a pouco. -desliguei sem deixar terminar de falar.
Esperei mais tempo que devia, mas pelo menos veio.
- Até que enfim, achei que tinha morrido. -falei.
- Engraçadinha, estava no hospital. Sabe, a minha irmãzinha postiça sofreu um acidente bem grave. -não acredito que fala isso na minha frente, mentiu descaradamente na minha cara.
- Só se for para terminar de mata-la, não sente culpa? Saber que podia ter matado uma pessoa não te trás arrependimento. Não entendo como consegue ser tão fria.
- kkkkkkk, era só o que me faltava, escutar sermão. Saiba que ela mereceu, eu fiz e não me arrependo se pudesse faria de novo. -riu, falando de um jeito de psicopata.
- Eu tenho pena de você! Por estragar a vida de uma pessoa pra conseguir o que quer.
Não aguentei ficar ali discutindo com ela, e fui para casa.
DOIS DIAS DEPOIS...
P.O.V João:
Já se passaram dias e nada, permanece em coma. Estou aqui junto com ela sem sair nem um minuto do hospital, todos ficam falando que tenho que voltar para a escola, se não vou perder o ano e blá blá.
Hoje o médico me permitiu visita-la (depois de perturbar muito), avisou para não levar muito em conta seu estado físico por conta da medicação. Respirei fundo e entrei, estava toda entubada, machucada e o contorno do olho estava roxo. Olhando-a assim foi como se tivesse levado um tiro.
- Foi tudo culpa minha, se eu tivesse ido atrás de você nada disso teria acontecido. -peguei em sua mão.
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