1. Spirit Fanfics >
  2. Amaranthiss >
  3. O Amanhecer - Like A Child

História Amaranthiss - O Amanhecer - Like A Child


Escrita por: acklia

Notas do Autor


GENTE DO CÉu, era pra eu ter postado ontem, fiquei esperando mas quando ontem chegou eu esqueci COMPLETAMENTE, ME DESCULPA ;_;
Eu ia ler o mangá de Fairy Tail e entrar aqui antes pra ver se tinha alguma coisa e quando eu fui ver a hora acabei vendo a data e MEU DEUS ESQUECI DE POSTAR
Eu tô de férias, não olho datas ;_;
Desculpa mesmo <3
Ah, e essa vai ser a capa de todos os capítulos .u. (euzinha que fiz)

Boa leitura <33

Capítulo 13 - O Amanhecer - Like A Child


Fanfic / Fanfiction Amaranthiss - O Amanhecer - Like A Child

Chapter Thirteen – Like a Child

Eu era uma criança, esse monstro que os adultos fabricam com as suas mágoas.

— Jean-Paul Sartre

 

|Kala |

 

Evan parou apenas quando já estava prestes a escurecer. Voltou a sua forma normal e, ofegante, escorou o antebraço no tronco de uma árvore, escondendo o rosto, e, quando recuperou a respiração – pois estava ofegante –, achei que fosse se virar e brigar comigo, mas apenas permaneceu naquela mesma posição.

Sentei-me ali mesmo no chão esperando pela bronca, mas ela não veio. Evan não se mexia. Preocupada, perguntei-me se deveria ou não ir até ele e perguntar se está tudo bem, talvez ele me falasse mal e me mandasse calar a boca, entretanto, ao pousar minha mão direita em seu ombro, ele apenas se virou.

Seus belos olhos verdes estavam marejados, e as lágrimas percorriam seu rosto por todos os lados, como uma criança que caíra de bicicleta e agora chorava toda cheia de ranho no rosto. A diferença era que não tinha ranho em seu rosto e Evan não tinha caído de bicicleta. Passei meus braços ao redor de sua cintura envolvendo-o num abraço, logo sendo retribuída. Ele tossia e soluçava de tanto prantear. Nunca pensei que o veria assim.

E sim, isso me incomoda bastante o fato de Aislin ser tão importante pra ele. E por esse sentimento passei a confirmar o egoísmo que raras vezes Stephanie disse que eu tinha. Ficamos em silêncio por alguns minutos, até eu descobrir o porquê de tanta tristeza – bom, eu estava triste também, mas não era pra tanto. Na verdade, estava mais pasma do que assustada – sem nem ao menos ter perguntado.

— Ela... Ela foi tudo o que eu tive Kala. Eu não tinha mais ninguém. — Sua voz estava embargada. — Eu jurei protegê-la e agora, depois de tudo, ela vai sofrer de novo... E eu não posso fazer nada... — Me apertou mais — Me desculpe, mas será que podemos ficar assim por um tempo?

— Claro... Podemos sim... — Respondi iniciando um carinho em suas costas. Infelizmente, eu não era a melhor pessoa para consolar ou dar conselhos, mas sempre tentei fazer o meu melhor. Estava em pânico, lógico que estava, mas como poderia demonstrar sendo que Evan estava tão abalado? Eu também não sei o porquê de me importar tanto, mas consigo senti-lo. Sentir sua dor, desespero, medo, insegurança. Olhando-o assim, consegui me dar conta que ele era apenas uma criança arteira, birrenta e mimada. Uma criança daquelas que, quando se não é possível mais aguentar o peso de suas ações ou as situações momentâneas, mostra seu interior dócil e delicado.

Não sei dizer quanto tempo passamos naquela posição, mas assim que o alphyn parou de chorar, segurou minha mão direita e voltamos a caminhar. Já estava escuro, mas ele não parecia se importar, e na verdade eu também não. Já estou tão acostumada com algumas caminhadas repentinas no meio da noite que nem faz mais diferença. Mas convenhamos que se eu tivesse café aqui tudo se tornaria bem mais simples.

Talvez fazer perguntas agora seja o melhor momento. Não que eu vá me aproveitar da fragilidade e tristeza momentânea do meu familiar, é apenas estratégia.

Tudo bem, eu vou me aproveitar sim, mas é por um bom motivo não é mesmo? Sei que não vou receber todas as respostas do dia pra noite, mas pelo menos posso arrancar algumas dele agora. Esperei dar o momento certo, então comecei.

— Eu tenho algumas perguntas.

— Você sempre tem. — Sorriu de canto. Estávamos caminhando lado a lado agora e ele ainda não tinha soltado a minha mão. Ás vezes o braço dele roçava no meu, e como efeito disso, sentia algumas ondas elétricas percorrerem o meu corpo e o estômago revirar. E não, não é legal sentir isso.

— Eu tenho algumas perguntas. — Repeti, ignorando seu comentário anterior. É, a gente se acostuma.

— Não, na verdade você tem três.

— Por que apenas três? — Perguntei indignada.

— E lá vai a primeira delas! — Como ele consegue ser tão... Nem tenho palavras pra definir, sério. Bufei.

— Por que precisamos ir até o Poço de Sangue? — Soltei.

— No meio do palácio em que Rhiannon vive e que antes pertencia ao seu avô, existe uma Flor de Lótus. A Lótus Negra. Ela é a energia vital de Amaranthiss e se ela apodrece, nosso reino apodrece junto. A água do Poço de Sangue é sagrada por motivos que todos os habitantes desconhecem. Ela é capaz de restaurar a Lótus Negra, e consequentemente, Amaranthiss também.

— E como vamos armazenar a água e restaurar a flor? Se vamos lutar, Rhiannon pode jogar a água no chão e depois nos matar.

— Primeiro que não vamos lutar contra ela. — Após um tempo, ele pareceu se lembrar de algo. — Ah, e não beba a água do Poço.

— Por que não?

— Suas perguntas acabaram.

— Não acabaram não! Evan, só mais essa, por favor. — Pedi.

— Não.

— Por que não?

— Porque não.

— “Porque não” não é resposta. — Respondi mostrando a lingua para ele.

— É sim, agora pare de falar. Vai gastar saliva e se gastar saliva vai ficar com sede. Temos pouca água e caminho até a próxima fonte é longo.

Estou gritando internamente. Parte por raiva desse deboche, parte por eu querer esganá-lo. Quero descobrir o porquê de não poder saber o motivo de ele dizer pra eu não beber a água do Poço, mas acho que vou ter que esperar o próximo momento delicado pra perguntar. Não que eu esteja me aproveitando nem nada disso.

Talvez eu esteja sim, mas só um pouquinho.

Ou talvez eu beba a água mesmo assim. O meu medo é que a água me faça ficar imortal ou velha e enrugara de uma hora pra outra, ou até mesmo me reduza a cinzas já que é sagrada, mas se fosse isso com certeza ele me contaria. Não é? Ele me contaria, ou não contaria?

— Por que vocês não respondem as minhas perguntas?

— Mas eu já não te respondi? — Respondeu com outra pergunta. Ele estava calmo.

— Não respondeu a última. — Parei em sua frente. — Evan, poxa, eu tenho o direito de saber não acha? É algo que diz respeito a mim!

— Não é algo que diz respeito somente a você, Kala. — Era incrível como ele pode mudar de uma hora para a outra. Se fosse ontem com certeza ele me daria uma resposta irônica. O que está acontecendo? Certamente não é o Efeito-Perder-Aislin porque ele já foi assim antes. — E não cabe à mim dizer. Eu não sou nada além de um familiar. Você deve descobrir por si mesma.

Ele passou por mim, soltando a minha mão. Se eu fosse uma criança birrenta e Evan fosse o pai que não queria comprar a Baby Alive que eu pedi, esse seria o momento exato de eu me jogar no chão e espernear. Suspirei e fechei os olhos.

— Vai ficar aí sozinha? — Sua voz soou distante. Corri até ele e continuamos a caminhar.


Notas Finais


Não sei se vou conseguir postar o próximo no dia por causa da minha viagem mas vou tentar <3
Espero que tenham gostado desse capítulo enrola-enrola kajfafjpa

XXX


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...