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História Amargo Amor - O início


Escrita por: leoescritor2013

Notas do Autor


Minha doce cabeça de insanidade. Quero escrever um romance. Uma fic. Espero que gostem. O primeiro capítulo vai ser pequeno. Os próximos vão ir aumentando devagar. Espero de verdade que gostem.
Boa leitura. Beijuuxx!

Capítulo 1 - O início


Fanfic / Fanfiction Amargo Amor - O início

Justin o laçador de corações. Eu não ligava pra ele. Até por que terminei com ele faz 4 meses. Só não pensei que ele estaria tão bem depois de tudo. Tentei evitar o chuvisco que estava caindo no meu rosto, mas olhar ele agarrado com Ariana era difícil.
A garota mais popular do colégio. Meu coração estava mais frio do que a chuva que caía do céu.

--- Harry? – Louis me sacudiu – Harry Styles! Ande cara, o ônibus.
--- Oh! – eu saí do meu devaneio e levantei limpando os pingos de chuva no meu rosto.
--- Harry, Harry – Louis seguiu meu olhar e viu Jus e Ana se beijando – Você tem que superar isso.
--- Eu sei – peguei minha mochila e entrei no ônibus.

Uma chuva danada caía em Londres. Não conseguia entender o por que daquele temporal. Talvez fosse a maneira de Deus rir da minha situação. O que mais podia acontecer?

--- Oi gatinho! – Mia chegou com seu uniforme molhado e me deu um beijo no rosto – Alerta de ex pegando vadia no fim do ônibus.
--- Eu sei – falei por fim – Não sei por que ainda estou na mesma escola que ele...
--- Por causa de mim? – ela me olhou e riu – É sério. Você me deixaria no Instituto com esse bando de loucos?
--- Nunca – eu sorri. Mia sabia como alegrar um deprimido – Eu não estou com recalque... mas é que ele ainda me manda mensagens.
--- Tipo...? – ela me encarou com os olhos sinceros.
--- Na maioria das vezes é sobre o Tuffy – eu ri.
--- Adotar um cachorro juntos não foi uma coisa legal – ela amarrou o cabelo em um rabo e me olhou – E o Tuffy é mais mimado que uma criança.
--- Não é culpa do meu poodle – eu a olhei e ela mordeu o lábio – Tuffy foi presente de namoro dele. Eu não sabia que ele ia se apegar a ele assim.
--- Ir na justiça pra dividir guarda é se apegar? – Mia riu alto e eu fiquei nervoso. A pior parte de ser ex do Justin é que Tuffy passa uma semana com ele e uma semana comigo.

Ela tinha razão. Nosso namoro foi muito mais que só apego. Nossa última briga tinha sido feia. Tinha sido na porta da casa dele. Eu tinha ido deixar Tuffy lá e o vi sentado com Ariana na rede que ficava na sua varanda.

--- Uma garota? – eu falei colocando Tuffy no chão.
--- Qual o problema? – ele me olhou pálido.
--- Você ser gay? – eu o olhei incrédulo.
--- Ele é quem ele quiser – Ariana me olhou rindo.
--- Cala a boca vadia – falei e ele me pegou pelo pulso e me arrastou pra dentro da casa dele.

Justin era o mesmo. Ele tinha o mesmo calor, o mesmo cheiro. O hálito quente que por diversas vezes me confortara em momentos de raiva.

--- Não é culpa dela – ele disse me encarando.
--- Não – falei e olhei pra Tuffy que se aninhara no sofá – É sua. Se você não me obrigasse a vir aqui, eu não tinha que ser obrigado a te ver.
--- Você não queria me deixar ver o nosso cachorro! – ele passou a mão pelo cabelo liso.
--- Nosso? – perguntei cético – Agora é nosso?
--- Você entendeu o que eu quis dizer – ele falou se sentando e acendendo um cigarro.

Era ali que nossas brigas sempre terminavam. Ariana apareceu da porta e me olhou com pena. Eu não tinha percebido que tinha chorado. Coloquei a bolsa com as coisas de Tuffy  no chão e saí correndo dali.

--- Amigo? – Mia me balançou – Anda, estamos chegando.

O ônibus parou na porta do Instituto de Londres. Estávamos no último ano. Eu tinha uma vida pra seguir. De jeito nenhum ia ficar nessa de sofrer. Bola pra frente.
Abri um guarda chuva simples e fui junto de Mia para o grande colégio que se erguia a nossa frente. Instituto de Educação de Londres. O colégio mais tradicional de toda a Inglaterra. Meninas com saias pregadas e meninos de roupa social.
Fora um colégio muito bom em alguma época. Hoje, parado no tempo com suas metodologias velhas e modos de ensinar caducos, não passava de uma ‘prisão’. Os pais adoravam colocar os filhos ali para serem colocados no eixo. No caso de alunos como eu, era o mais perto de casa. Não tinha como discutir.
Me despedi de Mia e fui ao meu armário. Coloquei a gravata padrão e arrumei meu uniforme no corpo. Meu cabelo caía em ondas pra trás do modo mais rebelde possível. Peguei o livro de química e olhei pra Niall que vinha em minha direção.

--- Bom dia querido primo – ele sorriu – Espero que tenha lembrado que nossa escola ganhou o prêmio de Crescimento Social e que todos te esperam no teatro depois da aula.
--- Não precisam de mim – falei fechando o meu armário e começando a andar.
--- Harry – Niall parou na minha frente – É o seu projeto cara.
--- Leitura de poesia e sopa para moradores de rua? – eu o olhei – Eu pensei muito maior que isso. Eu disse cultura, educação, planejamento do grêmio estudantil para ir além...
--- Discutindo relacionamento essa hora? – Cris chegou voante e serena como sempre, se jogando nos braços de Niall. Os dois se beijaram por um longo instante.
--- Eu não sei por que eu devo ir – falei por fim.
---- Talvez por que você seja presidente do clube de poesia? – Cris balançou seus cabelos loiros por um instante e sorriu.
--- Vamos receber o prêmio perante todos os jornais de Londres – Niall falou enquanto os corredores se enchiam de pessoas correndo para as suas aulas.
--- Imagina quanta verba você pode receber de livrarias ou melhor – Cris me olhou confiante – Do governo.
--- Vocês não entendem... – comecei, mas Mia chegou por trás de mim e tampou minha boca.

Mia conseguia ser a menina mais irritante do mundo. Cris riu baixo e Niall gargalhou.

--- Ele vai – Mia falou e eu protestei com um olhar pra ela.
--- Ótimo – Cris e Niall saíram vitoriosos e eu lambi a mão de Mia.
--- Eca garoto! – ela passou a mão na minha blusa e me olhou com raiva.
--- Sabe o que você fez? – eu comecei a andar indo pra sala de química no terceiro andar.
--- Um favor – ela vinha atrás de mim estudando minhas feições.
--- O projeto não é todo meu... – eu comecei, mas as palavras morreram na minha boca.
--- Medo do Justin? – ela me encarou.
--- Não – gaguejei – Jamais.
--- Então coloca essa cabecinha pra funcionar. Estamos no último ano. Último ano Harry. Justin foi uma coisa legal, todos concordamos. Mas passou – ela mexeu no celular e me olhou – O clube da poesia vai se reunir com o clube da música as 11h. Uma ótima oportunidade pra estabelecer laços.
--- Toda vez que tento falar com ele – comecei – Nós brigamos.
--- Deixam de se falar? – ela perguntou.
--- Não... – eu a olhei. Ela estava com aquela cara de esperança.
--- Então pronto – ela parou em frente a porta da aula de química e me deu um beijo no rosto – Até as 16h. Não se atrase.

Um gosto amargo subiu na minha boca. O pior dos gostos já sentidos: esperança.
*************
Pov Justin

Beijar Ariana parecia errado. Ela era bonita, inteligente e gostosa. Sim, ela era. Mas eu não era assim. Cheguei na escola e fui direto pra sala de música. Eu não estava com paciência para aula hoje. Dedilhei o violão algumas vezes e depois toquei bateria. Depois sentei no piano e toquei algo leve e crescente. O piano me acalmava. Ele me deixava relaxado. Terminei a melodia e ouvi uma pessoa batendo palmas na porta da sala.

--- Você é bom – Zayn falou.
--- Sem provocações Malik – respondi sem paciência.
--- Ora ora ora – ele riu – Hoje vamos cantar pra representantes de vários jornais e do governo. Pensou em algo?
--- Pensou sim – Tess falou entrando na sala – Em como os lábios da Ariana são maiores que a bunda e os peitos juntos.
--- Tess – falei a reprovando – Menos por favor.
--- Como quiser – Tess respondeu indo para o teclado e a picape de dj.
--- Foco Justin – Zayn falou.

Onde estava meu foco?
Zoológico de Londres. Uma manhã qualquer. Tuffy estava no meu colo e Harry do meu lado devorando um sorvete. As risadas dele, os latidos de Tuffy. Tudo era confortante.
Esqueça! Balancei a cabeça e comecei a dedilhar uma música aleatoria. Foi Harry que terminara comigo. A melhor coisa a se fazer é seguir em frente.

--- Oi coisa linda – Ariana entrou na sala e me beijou – Oi pessoal.
--- Oi Ana – Zayn falou e Tess acenou.
--- Vai cantar algo conosco hoje? – Tess perguntou.
--- Não – ela falou me entregando umas pastas – São as poesias que vão ser lidas hoje no prêmio. Você e Harry precisam fazer uma ata e resolver nossa vida. Preciso de tudo assinado antes que Niall surte.
--- Deixa comigo – falei sorrindo e ela me beijou novamente.
--- Bye bye – ela acenou pra todos e saiu.

O projeto era meu e de Harry. Era assustador ter que encarar ele outra vez.

--- Eu posso ir – Tess falou – Se quiser.
--- Harry é difícil de lidar, mas ainda sim é o mesmo Harry de sempre – falei olhando a pasta – Vamos ensaiar.

Tocamos Coldplay por fim. Eram musicas legais e acho que passaria o que queríamos. Quando terminamos, andei até o clube de poesia onde Harry ensinava literatura os novatos. Ele estava daquele jeito meigo e sorridente de sempre. Seus cabelos caiam em mechas castanhas pra trás e sua voz preenchia a sala com a matéria.
Eu não queria encarar ele, mas ele percebeu que eu estava o olhando.

--- E é por isso que literatura alemã é tão criticada – ele falou por fim – Podem ir almoçar mais cedo, depois voltem pra treinarmos a leitura de poesia.

Seus olhos se viraram pra mim e eu tentei não sorrir.

--- Bom dia – ele falou – Cadê Ana? Pensei que ela fosse um brinquedinho seu...
--- Não vim brigar... – comecei, mas ele me interrompeu.
--- Eu sei – ele falou indo até a gaveta tirando os papéis que seriam entregues ao governo – Fiz uma síntese de tudo que pensamos inicialmente e coloque nos eixos de um projeto. Objetivo, justificativa, identificação etc.
--- Ótimo – falei pegando a caneta e assinando.
--- Não vai ler? – ele me encarou.
--- Não – assinei e entreguei os papeis para ele – Confio em você.

As palavras saíram da minha boca num choque que nem eu acreditara. A sala de poesia era grande, tinha computadores, uma pequena biblioteca, estantes e um quadro branco. O silêncio depois do que eu disse foi pertubador.

--- Essas foram as poesias aprovadas – falei por fim e entreguei a pasta ele.
--- Nem metade das que eu mandei – Harry passou a mão pelo cabelo e olhou as poesias na pasta – Sua banda vai tocar?
--- Coldplay – falei rindo e vi que Harry estava nada feliz – Você está com cara que vai vomitar.
--- Talvez eu vá – ele falou se sentando em uma cadeira.
--- Hoje de manhã... – comecei e ele balançou a cabeça.
--- Não precisa se explicar – ele sorriu – É seu direito seguir em frente. Já tivemos essa conversa mil vezes. Eu estou bem.
--- Não é o que parece – sentei numa mesa a frente dele e o olhei nos olhos – Ainda estou aqui, qualquer coisa.
--- Vamos expor nosso projeto hoje da melhor forma que podemos – ele pegou o celular e digitou algo nele – Vamos mostrar ao governo que vale a pena nos patrocinar.
--- Tudo bem – falei e saí da sala.

Andar pelos gigantes corredores do Instituto me confortava de certa forma. Estavam lotados de alunos indo para o refeitório. O dia que Harry terminou comigo foi em um dia muito parecido com esse. Fazia um mês que eu não estava muito bem. Eram provas finais e eu já era repetente no 2° ano. Eu estava pilhado, andava fumando e bebendo demais. Eu o amava, mas eu nunca tive ajuda dos meus pais.
Eu nunca fui ninguém até conhecer Harry. E o medo de não ir pro último ano com ele me aterrorizou. No dia que o Jornal britânico nos entrevistou sobre o nosso projeto, eu não pude ir. Tinha bebido demais, batendo com o carro e preso.
Foi a gota d’agua é claro. Eu pedi perdão, mas ele me odiou um mês inteiro. Foi quando pedi pra ver o nosso cachorro que vi quão sozinho eu estava no mundo. Ele me proibira e aquilo rasgou minha alma.
Meus pais me deixam morar com eles por pena. 19 anos, cursando o último ano, sem um pingo de futuro. Minha tia Gilda que me dá roupas, dinheiro e tudo mais. Minha tia morava a mais nove horas de Londres, numa fazenda de gado. Ela inumeras vezes me chamara pra morar com ela, mas depois que Harry me abandonou, repensei em toda minha vida.
Almocei rápido e depois fui pro ginásio da escola onde estava sendo montado o local pra apresentação. Havia um palco e na frente dele inúmeras mesas. Uma cozinha improvisada estava ao canto, onde faziam a sopa. E varios jornalistas estavam se arrumando na arquibancada.
Lembrei de Harry quando estávamos em uma das praças de Londres servindo sopa e lendo poesia. Como ele sonhava com tudo que fazia. O sorriso brilhando quando uma criança chegava perto dele e o abraçava.
Balancei minha cabeça. Ele terminara comigo. Eu não podia ficar pensado nisso. Entrei na minha aula de biologia e senti um gosto amargo na boca: esperança.


Notas Finais


Gostaram? Estou realmente me esforçando. Nunca fiz uma fic assim tão vida real. Comentem o que acharam. Beijuuuuux!


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