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História Amarrado ao Amor, Preso aos Amigos - Me Deixe Ficar?!


Escrita por: Mel_Alice

Notas do Autor


Gente, me desculpa por não responder o comentário de vocês, eu sempre esqueço, não faço por mal!
Espero que gostem do que vão ler! :)
*Mel

Capítulo 12 - Me Deixe Ficar?!


Fanfic / Fanfiction Amarrado ao Amor, Preso aos Amigos - Me Deixe Ficar?!

A casa de Tony não estava com o mesmo ar de sempre, e eu compreendia o porquê.

Assim que Tony viu que eu não iria lhe pedir nada ele foi tomar banho. Não era a primeira vez que estava sozinho com Tony em sua casa, mas nunca fiquei tão desconfortável antes. Fui até a cozinha procurar algo para comermos, como sua mãe tinha falado, a comida estava pronta.

Tony não era o tipo de cara que demorava no banho, mas ele já estava no chuveiro faziam 15 minutos.
Então eu entrei lá, eu invadi o banheiro de Tony. Talvez eu tenha entrado mais por mim do que por ele, talvez eu tenha entrado apenas por querer, mas eu já estava lá, não tinha como voltar.


-D-desculpa, eu achei que tivesse acontecido alguma coisa, achei que você estivesse com algum problema. Bom, me desculpa. – Falei antes de notar que minhas bochechas estavam vermelhas.
-Na verdade Steve, eu tenho um problema sim! – Ele disse enquanto abria a porta de vidro do chuveiro.
-E qual é o problema?
-Você não está aqui dentro comigo!

Eu não pensei duas vezes, apenas entrei, nem me preocupei em tirar minhas roupas, não queria atrasar esse momento.

Eu andei de forma lenta e forte até poder tocar Tony. Coloquei minha mão em sua nuca e conduzi seus lábios até os meus. Uma de minhas mãos estava brincando com seu cabelo e a outra estava segurando a dele. Eu fiz com que Tony encostasse na parede, o que nos deixou de baixo do chuveiro. Minhas roupas já estavam encharcadas, bom, Tony não estava com esse problema.
Eu fiz minhas mão passearem por todo seu corpo. Era diferente toca-lo nessa situação. Sua pele estava fria, ele estava arrepiado, por mais que demostrasse conforto com a situação, ele também mostrava seu cansaço.


-Se você não quiser Tony, nós não precisamos continuar! – Falei fazendo com que ele desencostasse da parede para poder abraça-lo.
-Mas Steve, eu preciso agir diferente. Você está aqui comigo agora, mesmo que não precise. Eu não posso me prender a dor! Eu, eu...
-Eu estou aqui por que te amo Tony! Estou aqui porque eu quero cuidar de você, e olha, não preciso de nada em troca! – Falei o abraçando apertado.
-Eu também te amo Steve!
-Venha, vamos sair daqui! Você precisa comer alguma coisa. – Falei segurando sua mão e o puxando para fora.
-Steve, eu não estou com fome, só estou cansado. Eu quero dormir! – Ele disse enquanto parava de andar.
-Tudo bem. Quer que eu vá deitar com você? Pelo menos até você dormir.
-Sim, eu quero!

Seguimos até seu quarto. A cama estava desarrumada, tinha algumas roupas no chão. Olhei para mesinha que ficava ao lado de sua cama, e lá encontrei uma foto nossa. Eu me lembro daquele dia, nós estávamos no cinema. Foi a primeira vez que saímos juntos.


-A foto ficou linda, Tony! – Falei me deitando ao seu lado.
-É, ficou mesmo. –Ele disse enquanto chegava mais perto de mim. – Gosto muito dessa foto, gosto mais ainda de olha-la quando eu acordo.
-Você é tão amável Tony!
-Você que se apaixona rápido Steve, porque te garanto que eu não sou amável.
-Mas eu não estou apaixonado Tony! Eu estou amando!
-Ah claro, vai lá capitão do amor!
-Sai dessa coração de lata! Vai dormir vai.
-E eu vou mesmo!

Fiquei acariciando sua cabeça, fiquei sentindo seu cheiro. Estava me entretendo com a sensação de nossos corpos colados um no outro. Eu estava tão perdido em meus pensamentos que nem notei quando Tony finalmente dormiu.
Não conseguia parar de pensar em como faria para manter Tony em casa amanhã, ou como faria para ele ir para escola. Não conseguia parar de pensar, até que finalmente cai no sono.

 

Fim do Pov Steve

 

Acordei com o despertador tocando, Steve estava dormindo ao meu lado. Já eram dez horas da manhã e eu estava morrendo de fome. Fui até a cozinha comer algo.

Eu estava fritando alguns ovos para comer com Steve, eu estava planejando acorda-lo depois que eu acabasse de preparar o café, mas não foi preciso. Eu estava virado para o fogão quando senti alguém me abraçar, e era Steve. Seus abraços eram confortáveis e protetores.


-Bom dia amor! – Ele disse com a voz rouca.
-Bom dia! Dormiu bem?
-Sim, dormi. – Ele falou sorrindo. – Você nem me acordou para irmos para escola né.
-Eu não sabia que você ia querer ir, achei que hoje fosse ficar no hospital comigo.
-Mas hoje nós não iremos pro hospital, Tony.
-Claro que vou Steve! Ficou doido?
-Não vai não, já está tudo resolvido com sua mãe, hoje você vai passar a manhã  comigo! Depois nós vamos para lá! Só até a hora do almoço, está bem?
-Ah Tony, mas é que o Suel pode partir a qualquer momento e quero estar com ele.
-Eu sei Tony, mas se tiver que acontecer sua presença não vai mudar nada. – Ele disse colocando sua mão na própria nuca. – Só hoje, por favooooor.
-Ta bem Steve, eu fico!

Eu nem terminei de falar e ele já me abraçou, me erguendo do chão.


-Obrigado! Eu te amo!
-Ai Steve, eu que te amo! – Falei o abraçando mais apertado. – Então, o que nós vamos fazer já que você vai me prender aqui até depois do almoço?
-Já que já são quase onze horas, nós vamos assistir um filme, almoçar, e só.
-Perfeito! Então você nem vai querer tomar café né? Porque já está quase na hora do almoço e você é sarado, então não deve comer muito.
-O que? Nunca ouvi tanta besteira na minha vida. Claro que vou tomar o café que o meu amor fez!
-Sério? – Falei deixando escapar uma risada.
-Com certeza!
-Ok então! Bom, nós temos ovos com pão e suco.
-Perfeito!

Nós tomamos o café da manhã, sem pressa, conversávamos mais do que comíamos, mas estava perfeito. Nunca tinha reparado que em como Steve demora para comer.
Quando acabamos fomos para a sala. Steve foi no quarto pegar uma coberta e eu estava escolhendo o filme. Como todas as vezes que eu e Steve assistimos um filme juntos, o gênero era Terror. Steve se amarrava em filmes de terror, e eu me amarrava no jeito que ele me abraçava quando assistíamos um filme assim.

No meio do filme o celular de Steve tocou, não tinha ninguém ligando para ele, mas ele havia recebido uma mensagem. Sua expressão mudou assim que debloqueou o telefone, sabia que era algo ruim, então pausei o filme. Ele olhou nos meus olhos, estava prestes a chorar.


-Steve, o que aconteceu? – Falei segurando sua mão. Ele estava demorando para me responder, apenas balançava a cabeça. –Steve, me responde! O que aconteceu?
-Tony, sua mãe acabou de me mandar mensagem. Ela disse que o Suel... Tony, eu sinto muito! Eu sinto muito.
Eu não tive reação, não queria acreditar, não podia acreditar! Eu não chorava, não tremia, na verdade, não conseguia nem me mexer.
-Tony, por favor, fala alguma coisa, faz alguma coisa!
-O que vou fazer Steve? Meu irmão morreu!
-Você quer ir no hospital?
-Sim, quero!

***

Meus pais estavam na sala de espera, ambos choravam. Queria consola-los, mas eu não podia, não podia ajuda-los pois eu também precisava de ajuda. Me joelhei diante dos dois, e os abracei. Não tinha muita coisa a se falar, mas enquanto desse para passar conforto passaria.
-Mãe, e o enterro? Vai ser hoje? –Falei, me afastando para conseguir fita-la.
-Sim, vai ser hoje. Não chamamos ninguém que não seja da família. E acho melhor continuar assim filho. Está bem?
-Tudo bem. Mas o Steve pode ir?
-Claro que pode! –Falou meu pai.

Eu olhei para Steve e notei que ele fez o mesmo. O encontro do nosso olhar sempre me confortava. Eu não sabia porque minha mãe tinha mandado mensagem para Steve invés de mandar para mim, mas essa não era a melhor pergunta para se fazer agora. Eu queria saber como Suel tinha falecido, não perguntaria agora, mas era estranho demais.
Eu me levantei e caminhei até o banheiro, e Steve veio atrás de mim. Eu não queria companhia, mas não podia pedir para ficar sozinho. O enterro seria daqui a algumas horas, e eu não estava pronto para falar com toda minha família. Não nos reuníamos muito  desde a partida de Suel, era chato estar com todos sem sua presença.

Quando Suel foi embora paramos de se falar, ele não ligava, e eu também não. Às vezes eu via ele em alguns lugares, mas nunca parei ele para conversarmos, talvez eu tivesse medo do que ele poderia falar, talvez eu tivesse medo de ser ignorado pelo meu próprio irmão. Mas hoje percebo que fui um idiota, que deixei meu medo tomar decisões por mim, e agora perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida!


-Eu só sei desistir das pessoas, eu não consigo manter alguém por perto. Eu sou um idiota! –Sussurrei. – Eu não mereço ter ninguém por perto! Eu não mereço ser feliz, eu não luto pelas pessoas que amo. – Completei permitindo que algumas lagrimas caíssem.
-Não diga isso! Me ouviu? Nunca mais repita essas palavras! – Falou o loiro segurando em meus ombros. – Eu já perdi a conta de quantas vezes te falei que você é bem mais do que diz ser! Já perdi a conta de quantas vezes te disse o quanto você é fantástico! Então nunca mais Anthony, nunca mais diga isso!
-Você está perdendo seu tempo comigo Steve! Sabe disso! Por que não vai embora logo? Por que não me deixa sozinho?
-Porra Tony! Eu já falei que eu te amo! Eu não abandono as pessoas que amo! Eu fico com elas, até o fim! Eu permaneço até não poder mais! –Ele falou, quase gritando. –Eu já disse que vou cuidar de você! Não tente me fazer desistir, porque não vai funcionar! Sei que está passando por um momento difícil, mas isso não é desculpa para agir dessa forma! Não seja um babaca!
-Eu quero ficar sozinho Steve. Não me peça para ser diferente, eu sou assim! Como já tinha dito, é melhor você ir logo. – Falei me esforçando o máximo para não chorar, ao contrário de Steve, que já estava chorando.
-Como você quiser Stark! – Ele disse e em seguida saiu.

Assim que ouvi o barulho da porta fechar meu mundo caiu, dessa vez por completo. Eu não podia ir atrás dele, pois tinha mandado ele ir embora, mas não queria perde-lo. Steve foi a melhor coisa que me aconteceu esse ano, não queria terminar sem ele, não podia.

***

Já estava quase na hora do enterro de Steve, meus pais já estavam lá, mas eu iria sozinho. Peguei um taxi com 40 minutos de antecedência. O cemitério não era longe, mas não chegaria lá na hora que ele fosse ser enterrado.

“Meus pêsames ”. Não sentimos o peso dessas palavras quando nós que falamos, mas quando elas são direcionadas a nós é uma dor terrível.
Estavam todos lá, todos da família, pessoas que eu não via há anos, todos presentes. Mas eu procurava apenas uma pessoa, estava torcendo para encontrá-la, torcendo para vê-la no meio da minha família. Steve, eu precisava dele, precisava de seu abraço, precisava de seu carinho. Então eu o vi, ele estava de calça jeans, uma blusa preta, e tinha uma rosa na mão. Não podia correr, não queria me agitar, mas era quase impossível. Eu andei o mais rápido possível para poder abraça-lo. Até que nossos corpos finalmente se encontraram.


-Me perdoa Steve, me perdoa, por favor! Eu fui um idiota! Não quero que você vá embora, eu preciso de você, eu preciso te ter por perto! Eu te amo! –Eu disse o abraçando apertado.
-Eu nunca deixarei você Tony. Nem mesmo se eu quisesse. Como já te falei, você faz parte do meu tudo, faz parte de mim! Não posso viver sem metade do meu coração! –Ele disse, retribuindo o abraço.
-Eu... Eu quero ter você para sempre, quero te amar para sempre.
-Eu também quero, Tony!

Queria ficar abraçado com ele para sempre, mas não podia.

O enterro não demorou muito. A parte mais dolorosa foi a descida do caixão, sabia que parte de mim estava sendo enterrada também. Não ouviria mais a voz de Suel, nem mesmo o veria novamente. Queria poder voltar no tempo, queria ter impedido que ele fosse embora, queria impedido que ele sumisse da minha vida. Mas não podia. Eu não podia voltar atrás, mas podia seguir em frente, seguir e viver com quem eu amo. 


Notas Finais


É ISSO GENTEE
Desculpa, não sou boa com dramas.
Espero de coração que tenham gostado!
Beijão e até o próximo capítulo


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