História Amarrado ao Amor, Preso aos Amigos - Deixa eu ser todo seu?

Não podia estar lidando com isso, com a emoção de se apaixonar. Mais que isso, não posso criar expectativas. As palavras de Bucky não saiam da minha cabeça, não aguentava mais pensar no que ele falou! Já estou ficando paranoico! Bom, se o que ele me falou for verdade, não vou deixar ele me machucar, não vou me dar por completo, não dessa vez!

-Mãe, vou na casa de uma amiga minha, nós vamos ficar assistindo filmes. –Menti, não gosto de mentir para ela, mas falar de Steve toda hora não era uma boa ideia. - Tem problema?
-Vai sair de novo Tony? Poxa, você não fica mais em casa comigo. – Ela falou, parecia um pouco chateada, mas logo isso passa.
-Agora que eu tenho amigos você quer que eu me afaste mãe? Isso é injusto! –Falei batendo o pé no chão.
-Não é isso filho, você pode ir na casa dessa garota, sabe que não vou te impedir, mas pense em como você está distante essas últimas semanas.
-Ta bom, mãe!

Peguei meu casaco e sai de casa, sabia que a única pessoa que me acalmaria nesse momento era Steve, nesses últimos dias ele se aproximou bastante de mim. Sabia que não fazíamos nada além de ficar, mas ele é um ótimo amigo, então liguei para ele!

-Alo?
-Tony?
-Sim. Steve, você está em casa?
-Estou, aconteceu alguma coisa? Quer que eu vá na sua casa?
-Não, estou a duas ruas do seu prédio, vai descendo ai por favor e me espera lá em baixo. Beijos!

Nem esperei ele me responder e deliguei. Fui andando e pensando em como explicar tudo que estava sentindo para ele, desde eu não saber o que nós erámos a o que eu estava sentindo.

Não demorei muito para chegar, talvez uns cinco minutos. Mas a desvantagem era que não sabia como conversar com ele.

-Oi, aconteceu alguma coisa? –Ele disse enquanto caminhava na minha direção.
-Não, só queria te ver. –Falei tentando esconder a verdade.
-Aham, sei. Enfim né, vamos subir? –Ele disse esticando sua mão para mim.
-Vamos! – Confirmei e em seguida segurei a mão dele.

O elevador não é o lugar mais reservado do mundo, mas nele não tem câmeras!
Steve me olhava com tanto desejo que não conseguia nem reconhece-lo, nunca tinha visto ele desse jeito. Ele se aproximava devagar, o que já estava me deixando agoniado, como dava para dar tantos passos em um elevador daquele tamanho? Não demorou muito para que eu puxasse ele, o que talvez não tenha sido minha melhor decisão. Steve me beijava como se o mundo fosse acabar. O lugar tinha ar-condicionado, mas juro que estava quente! Nossas línguas brincavam uma com a outra, como se nos conhecessem a muito tempo. Então me peguei com as pernas envolta da sua cintura e segurando seu cabelo. Sua mão estava me segurando, mas isso não atrapalhava em nada. Quando chegamos no sexto andar fomos obrigados a parar, bom, pelo menos até termos privacidade novamente.

Nós estávamos sozinhos no apartamento, seu pai estava trabalhando, sua mãe tinha acabado de sair para ir no shopping, mesmo assim fomos para o quarto e fechamos a porta.

Ele se aproximou gradativamente, seus olhos estavam presos aos meus, e eu só queria poder beija-lo de novo, e de novo, e de novo, até cansar, o que eu não acredito que posso acontecer. Eu me lembrei do nosso primeiro beijo, nosso perfeito e primeiro beijo. Esteva quase sonhando com a cena, mas então senti que estava vivendo algo parecido.
Intensos e carinhosos, essas são as palavras perfeitas para descrever os beijos do Steve.

Lá estávamos nós, em pé no quarto, e demostrando carinho da melhor forma, mas não podia deixar esse momento passar, tinha que falar, antes que acabace me machucando.

-Steve.
-Oi. –Ele falou me puxando para perto.
-Espera! Por favor. –Falei olhando para baixo.
-Oi Tony, o que aconteceu?
-Nós precisamos conversar! –Falei olhando em seus olhos.
-Tá bem! – Ele falou enquanto me puxava para sua cama e me fazia sentar de frente para ele. –Pronto, pode falar.
-Então, sei que ainda não tem muito tempo, acho que uma semana, ou vá completar duas, mas enfim, eu quero saber o que nós somos. Sei que para você pode ser muito cedo para definir isso, mas para mim não é, Steve. –Falei segurando sua mão.
-Olha Tony, sinceramente, eu não sei o que nós somos, mas se você quiser me dizer vou aceitar, só quero que sabia que ainda não me sinto preparado para contar para as pessoas! –Ele falou, deixando algumas lagrimas caírem e apertando minhas mãos.
-Eu queria que fossemos algo a mais, porque eu estou disposto a ter algo sério com você Steve, mas eu preciso que você queira também. Sabe, já fui muito ferido no passado, não quero que isso aconteça de novo. Eu realmente gosto de você, mas não estou disposto a gostar sozinho! –Confessei, o que fez que algumas lagrimas caíssem também.

Ele me abraçou, um abraço aconchegante e apertado, me senti guardado, cuidado, seguro. Era como se nós fossemos feitos um para o outro, como se tivéssemos procurado a vida toda nossas metades em lugares errados até que nos encontramos. Eu estava me sentido amado, como nunca ninguém amou antes, e como ninguém será capaz de amar!

-Tony Stark, você com certeza é a melhor coisa que já me aconteceu desde o começo do ensino médio! Digo isso com todas as letras e com toda razão do mundo! Você nunca vai gostar sozinho, não enquanto estiver comigo, porque pode ter certeza de uma coisa, eu nunca teria coragem de machucar você!
-Por favor, não me faça se apaixonar antes de você! –Falei o abraçando com mais força.
-Não se preocupe com isso, eu me apaixono mais rápido que você, acredite! – Ele falou enquanto brincava com meu cabelo.

Eu o olhei nos olhos, fiquei olhando por um bom tempo, tentando imaginar tudo que aqueles belos olhos azuis já tinham visto. Não consegui pensar em muita coisa, seus olhos já tinhas visto muitas coisas belas, mas meus olhos estavam vendo a coisa mais bela do mundo!  
Não me segurei por muito tempo, não conseguia olha-lo sem querer beija-lo. Aprendi com Steve que era errado se segurar para fazer o que queria, então fiz o que ele me ensinou, não me segurei. Fechei os olhos e o beijei, um beijo que talvez tenha o surpreendido, mas foi correspondido com a mesma intensidade, com o mesmo carinho, e com o mesmo gosto de satisfação! Foi incrível, foi perfeito, assim como todos os nossos beijos, assim como o primeiro!

-Sabe Tony, estou apaixonado por você! Eu estou completamente apaixonado por você! – Ele falou e beijou a minha testa.
-Eu também estou Steve, também estou apaixonado por você, você não tem noção da intensidade da minha paixão! –Falei e encostei a cabeça no seu ombro.
-Eu quero que você seja só meu Tony, quero que seja meu para sempre! –Falou enquanto acariciava minha cabeça.
-Então me faça ser seu Steve, só me faça ser seu. –Falei e dei uma mordida leve no seu pescoço.
-Vou fazer Tony, pode ter certeza! – Ele me abraçou tão apertado que senti como se fossemos uma pessoa só.