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História Ambiçãob Fatal. - A balada.


Escrita por: MRyanS

Capítulo 1 - A balada.


Pensamentos Diversos.

Ah!, ela é tão misteriosa!

Essa sua indiferença me atrai.

Um corpo escultural de 1,70, tampado com um longo vestido vermelho. Extensos cabelos negros contrastando com a pele branca. Seus olhos castanhos combinam perfeitamente com as sobrancelhas cuidadosamente desenhadas e grandes cílios curvados - mas acho que esses não são dela. E aqueles lábios carnudos e rosados...

Neste momento, posso sentir meus instintos aflorarem, quero agarrá-la e beijá-la mesmo que a força.

Mulher de enigmáticos e indecifráveis olhares, o que você faz por aqui?

Sem dúvidas é uma daquelas ricas, filhinhas de papai, que gostam de se divertir com caras fáceis...

...

Idiota! Olhando pra mim desse jeito deve estar pensando que sou como aquelas vagabundas ricas que passam suas noites com um cara qualquer.

Apesar que eu poderia ganhá-lo muito fácil. Um drinque, um olhar e um sorriso obsceno já seriam suficiente para o ver comer na minha mão.

Pensando assim, seria muito prazeroso poder abusar desse seu corpo.  Ele não é de se jogar fora... Alto, corpo atlético, braços fortes, quase um deus grego. Deve estar em torno de vinte e cinco anos.

Mas talvez não seja uma boa escolha. Nem se quer o conheço.

Ainda sinto o peso do olhar dele sobre mim enquanto, com toda a elegância, caminho até o bar. Meus olhos fixos no garçom ignoram o resto do cenário com arrogância.

_Garçom, uma Jack Daniel's, sem gelo.

_Sim senhora.

Enquanto corro meu dedo sobre a borda do copo, avalio seus aspectos e chego a conclusão de que talvez ele esteja a procura de mulheres que fazem de seu corpo um objeto de venda, como se não fossem nada além de instrumentos sexuais. Não consigo entender como eles alcançam prazer com essas moças que na sua maioria, se dopam para aguentar a pressão.

Já são quase três da manhã.

O clima aqui está bom, mas tenho que ir. Preciso descansar, amanhã acordo cedo. Além disso, meus meninos me esperam. Levanto-me calmamente, saindo sem demonstrar qualquer satisfação nem olhar de despedida, passando com um pouco de dificuldade pela multidão que se diverte ao som da música remixada. Caminho com meus saltos clássicos pretos até a saída da boate, chegando na calçada mal iluminada.

Droga, não tem táxi uma hora dessa, afinal são três da manhã. O jeito é ir andando mesmo.

A rua está escura e deserta, e eu nervosa e com medo. A qualquer instante posso ser assaltada pois traficantes e mendigos ocupam os becos, os cachorros latem inquietantemente com o cheiro da droga que paira pelo ar.

Sorte a minha não morar longe.

Tive que escolher estes saltos justo hoje, meus pés estão doendo e o cansaço invadindo minhas pernas, e ainda tenho que comprar comida para os meus meninos. Mas onde vou achar um lugar aberto uma hora dessa?

Lá está ela, a mercearia do Santino!

_Boa noite San. Dá tempo de eu comprar algumas coisinhas?

_Sim, mas não enrola não, já estou fechando.

_Quanta gentileza...

Caminho até o açougue, olhando por entre as pratilheiras suspeitosamente.

_Ah que susto!

Me assusto com o açougueiro que me aparece de súbito.

_Susto por que, dona? Sou tão feio assim?

_Não! Por favor não se sinta ofendido. É só que hoje estou muito distraída.

_Então, o que vai ser hoje?

_Hum... Quero três quilos de carcaça de carne e cinco de carne bovina.

Observo os produtos na mercearia enquanto ele prepara meu pedido e após ter a carne em mãos passo pelo caixa e saio pelos fundos porque a entrada já está fechada. Tenho que confessar, arrepia minha espinha ter que ficar no mesmo lugar, sozinha, com Santino e o açougueiro, me dá medo de ser...

_Vamos dona, estamos fechando!

Enfim chego em casa.

Lar doce lar.

A única coisa que quero neste momento é um banho quente de espuma.

Abro o zíper do vestido e vou deixando que ele deslize, de alto a baixo, pelo meu corpo enquanto caminho devagar em direção a cozinha para colocar as sacolas no balcão.

Ao tempo que a banheira se enche, ouço apenas os ruídos da água jorrando pela torneira e os tique- taque dos relógios espalhados pela casa. Viro-me de frente para a banheira e entro, relaxando a medida que meu corpo desliza por ela. Fecho os olhos enquanto o som hipnotizante me faz cochilar.

Ouço um barulho bem lontano que se aproxima cada vez mais, chegando a ser quase ensurdecedor. Na escuridão dos meu olhos, apenas este barulho infernal me puxa de volta para a realidade.

_Que droga de despertador.

Percebo que a água já está esfriando e me seco na toalha de algodão.

A cama está me chamando, cada vez mais atraente e meu corpo está sedendo a vontade de dormir. Com a minha camisola acetinada mergulho em um emaranhado de travesseiros, cobertores e lençóis.


Notas Finais


Obrigado por ler!


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