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História Ambitious Love - AL: Capítulo VIII


Escrita por: whysmoldobrev

Capítulo 8 - AL: Capítulo VIII


Fanfic / Fanfiction Ambitious Love - AL: Capítulo VIII

 

But if we're strong enough to let it in
We're strong enough to let it go oh oh
Let it all go, let it all go, let it all out now

Who says, who says
Who says truth is, beauty after all
And who says love should break us when we fall

– Let it all go 

 

Elena Gilbert P.O.V.

 

Os últimos dias passaram num estralar de dedos na vista de todos, porém, aos meus olhos, eles haviam demorado uma década, era como se o tempo para mim estivesse parado. Eu ainda não entendia muito bem com detalhes, mas já imaginava a razão. Era possível notar a diferença na minha pessoa desde o momento em que entrei no colégio Whitmore. De um tempo para cá, passei noites em claro, meus banhos se tornaram mais demorados e pensativos, vivia com um sorriso bobo no rosto, mais corada e “alegrinha”, tudo isso segundo Caroline, a qual exigia explicações, mas eu normalmente desviava do assunto. Não queria admitir o que estava acontecendo ou o que estava prestes a acontecer, não faço ideia, somente não queria sequer cogitar a possibilidade, pois corria riscos de entender que era realmente daquilo que estávamos falando.

Sempre achei algo meio precipitado e inusitado, por um certo ângulo hipócrita ou qualquer outro motivo, a ideia de conhecer alguém em míseros dias e em pouquíssimo tempo, questão de minutos talvez, sua vida ser alterada a ponto de seu dia não ser o mesmo se aquele alguém não estivesse presente. Isso estava me incomodando em um nível absurdo, mais do que devia, causando uma raiva por mim mesma. Eu havia prometido e feito tantas juras que nada parecido iria ter procedência, que não iria me aproximar das pessoas e que, especialmente, não iria gostar ou me apegar á ninguém, e aqui estou, pegando a mim mesma com os pensamentos distantes, porém que possuem apenas um dono: Damon Salvatore. Clichê? Sim, era muito, mas não minha culpa. Tinha consciência de que dele também não era, entretanto, preferia pensar que sim, o rapaz era responsável por ter me cercado, por algum pretexto desconhecido, desde o primeiro dia de aula. Por ter me lançado sorrisos, flertes, ter me arrancado risadas e suspiros, e quase informações valiosas. Ele fazia com que eu esquecesse todos meus objetivos e quisesse abrir apenas aquela pequena e única exceção, apenas para servir de desculpa. Já tínhamos saído uma vez, a qual aceitei apenas para ele me deixar em paz, porém acabei caindo na sua armadilha, me envolvi um pouquinho mais e concordei com o segundo encontro.

Nosso jantar havia sido incrível, pelo menos para mim. Damon foi incrivelmente ou talvez estranhamente cavalheiro, fez questão de lidar com tudo para que o jantar saísse perfeitamente de acordo com seus planos, exceto pelo incidente da carteira esquecida, mas isso passou despercebido por mim. Eu havia ficado com sua jaqueta e, não vou negar, quando cheguei em casa acabei inalando o cheiro gostoso que estava presente ali, era bem másculo e sedutor. Durante o momento agradável, nos olhamos pelo cantinho dos olhos tantas vezes, logo sorrindo como dois bobos e abaixando a cabeça, o olhar para a mesa. Perdi as contas de quantas vezes ele me deixou sem palavras, principalmente quando, descaradamente e cheio de segundas intenções, deu a entender que no quinto encontro eu seria o jantar. Eu poderia lavar aquilo com uma ofensa e sair brava do local, mas tudo que consegui fazer foi soltar um suspiro, quase um gemido, pela garganta com a proximidade, quase encostando nossos rostos, a boca roçando na minha orelha. Juro que iria desmaiar, então tentei entrar em seu jogo, o que acabou piorando tudo. A noite toda foi assim, em base de conversas, olhares, climas tensos e quentes, e até mesmo confissões, da minha parte por incrível que pareça. Contudo, no final, quando ele achou que a conclusão seria conseguir algo a mais de mim, acabou se enganando e percebendo que mais uma vez eu fugia de um beijo seu.

É claro que era o mesmo motivo de sempre, eu estava insegura e repleta de medos. Eu estava afetada por ele, mais do que gostaria, e sem sombra de dúvidas nutria algum sentimento, o qual, apesar de esforços, e de não querer alimentá-lo, só crescia a cada instante. Nem todas suas atitudes e tentativas me trazia a coragem de dar um segundo e maior passo já que tinha medo que essa parte era onde tudo desmoronava. Sentia que tudo estava bom demais para ser verdade. Estávamos curtindo, gostando um do outro, ao que parece, indo com calma, apesar das saídas, e conversando, se entendendo, encontrando no outro um confidente. Eu sentia que podia confiar em Damon, que ele não estava ali com o propósito de me machucar e que se eu precisasse podia lhe contar o que fosse, mas ainda sentia aquele friozinho na barriga de fechar os olhos e, para me guiar, pegar na mão de uma pessoa. Isso é errado, não é? Ele não havia culpa que todas as pessoas que passaram na minha vida haviam sido cruéis e interesseiras. Não podia culpá-lo, afinal, como já foi dito, é loucura odiar todas as rosas porque uma espetou seu dedo ou desistir de todos os seus sonhos porque um deles não se realizou e, particularmente, descrer de todo amor porque um deles foi infiel. Há outras chances e novos recomeços, o único porém é que comigo não foi uma rosa, um sonho ou um amor, foi todos.

– Alô, alô, Terra chamando Elena! – Ouvi a voz de Caroline e logo pulei da cadeira, afastando meus olhos da janela. Não havia percebido que havia perdido um período inteiro de aula, apenas observando Damon com seus amigos na aula prática que estava acontecendo do lado de fora. – Você está fora da casinha estes dias, amiga, e aposto que sei o motivo. Não prestou atenção na matéria do Sr. Harper, seu favorito... – Seu tom de voz era malicioso e sugestivo. – Claro, está ocupada demais babando no Damon.

Olhei incrédula para minha amiga loira e dei um cutucão forte em seu braço.

– Eu não estava babando. – Me defendi, mas não resisti e passei a mão pelo canto da boca, apenas para ter certeza mesmo.

–  Até achei que escorreria pelo pescoço.

– Caroline Forbes, que nojo! – A repreendi e fiz a mesma rir com isso.

– É, tem razão, não faz muito sentido, pois tenho certeza de que a única saliva que você queria escorrendo pelo seu pescoço é a de Damon. Devia até estar sonhando com isso. – Caroline era muito sem noção, não se importava o quão depravada ela parecia quando falava desse jeito.

Torci o nariz, mas não pude deixar de imaginar a cena, afinal, noite passada ele chegou bem perto disso. Ele poderia ter me pego pelos braços e aproximado o rosto do maxilar, colocando aquela boca, a qual só pude ter a chance de admirar até agora, na pele entre meu ombro e pescoço...

– Por que não respondeu xingando? Estava fantasiando com isso, não é? – Ergueu as duas sobrancelhas e apenas revirei meus olhos. – Agora me diz, o que você fez ontem?

– Fui para escola. – Dei de ombros.

– Depois disso.

– Fui para casa.

– Mais tarde, na noite. Sei que saiu, pois fui até sua casa e você não estava. – Insistiu ainda mais específica.

– Dei uma volta... – Comecei a inventar alguma coisa, mas já desisti, afinal ela não iria acreditar, não com cara que estava me olhando. – Tudo bem, eu saí com ele. Nada demais. – Tentei passar a imagem de quem não dava a mínima, mas obviamente falhei. Vi o sorriso de quem entendeu tudo se estendendo pelo rosto da loira.

– Pode começar me contar tudo.

 

 

Damon Salvatore P.O.V.

 

– Cara, você errou e perdeu tantos lances hoje, qual o seu problema? – Klaus veio, todo estressado, cobrando mais uma vez minha atenção.

Deus, eu não tinha tempo para isso, não agora com problemas e coisas para fazer cercando minha cabeça. Eu tinha que focar no meu intuito e não me desligar dele. Quase estraguei tudo no jantar, para mim claramente, deixando um lado meu, aquele estranho e irreconhecível lado, que nutria algum “sentimento” pela garota idiota, transparecer. Como isso era possível? Sentir algo, logo por ela? Não podia ser, não tinha como ser. Era outra coisa. Isso não aconteceria comigo e faria de tudo para impedir caso estivesse perto de ocorrer. Eu ria para ela como um bobo, admirava seus olhos castanhos e por um momento entrei naquele jogo de sedução, o que fazia parte do plano, porém não poderia me deixar levar. Não poderia me deixar ficar afetado, grogue com a situação.

– Não enche, Klaus, não hoje, tenho muita coisa pra fazer. – Eu dizia, enquanto guardava meu uniforme e entrava no banheiro do vestiário para tomar meu banho, me aprontar para ir encontrar com Elena. Hoje ela teria uma surpresinha e ficaria sem saída para escapar.

– Vai se arrumar e sair com aquela feiosinha? – Ele falou com um tom esnobe e respirei fundo.

Não sei o que estava acontecendo comigo, se fosse antes um comentário desses não me incomodaria, pelo contrário, eu apenas iria rir, mas agora, esse tipo de coisa só me fazia pensar no quão mesquinho ele era, até mais que eu. O “feiosinha” era pela imagem que ele tinha dela de longe, considerava apenas as roupas, a aparência, e isso fazia dele um nada, um cara vazio que não via nada mais nada menos do que a beleza exterior.

“Olha quem fala, aquele que só se importa com dinheiro”, resmungou aquela voz maldosa dentro da minha consciência, dando eco e causando uma enorme dor de cabeça.

– Você parece que é meu dono, me deixa em paz, cara. – Falei já perdendo o pouco de paciência que me restava.

– Você vai se dar mal se acha que ela tem alguma coisa além daquelas roupas ridícula. Larga ela e vamos atrás do que interessa, vamos apostar. Conheço um lugar... – Ele começou a citar lugares nojentos, os quais, na maioria deles, já frequentei. Ele era filhinho de papai e tinha tudo nas mãos, porém, jogava a vida fora aos poucos, com as drogas que ingeria e apostas que fazia.

Por que ele era meu amigo mesmo? Eu não deveria considerá-lo como um, mas precisava de seu dinheiro, então aguentaria o que fosse. Precisava da sua companhia e apartamento, muitas vezes de seu carro também. Pensei melhor e apenas soltei o ar de meus pulmões, fechando os olhos e me concentrando para não estragar tudo.

– Assim que der vou, ok? Hoje não dá. – Ao ouvir minha resposta, ele apenas bufou e saiu batendo portas.

 

[...]

 

Senti duas mãos, pequenas e delicadas, cobrindo meus olhos. Gelei ao achar que era Rose, a qual eu estava evitando o máximo por causa de Elena. Mas não podia ser, eu sentia um perfume, um perfume que eu tinha impressão de já ter sentido antes...

­– Adivinha quem é. – Ao sussurrar no meu ouvido, logo deduzi que se tratava de Elena. Desde quando ela havia se tornado tão atrevida a esse ponto? Acabei sorrindo e não percebi.

– Hum, acho que é a garota mais linda que já conheci, aquela que eu estava pensando agora mesmo... – Coloquei as mãos sobre as suas, como se tentasse desvendar pelo toque.

– Talvez, apenas sei que ela vai ficar bem magoada se não adivinhar. – Pela sua voz pude ver que estava sorrindo.

– Ana? – Chamei por um nome qualquer apenas para ver sua reação cômica e foi exatamente como já era previsível.

Ela tirou as mãos e o silêncio se instalou no local. Sua cara se formou em uma carranca brava de um minuto para o outro e eu tinha que admitir, até que era bonitinho. Bonitinho e nada demais.

– Estou brincando, sabia que era você. Como eu podia não lembrar desse perfume? – Questionei, levantando do banco e me aproximando dela. Elena ficou vermelha e em seguida passou as mãos pelo rosto como se quisesse tirar o rubor que estava presente em suas bochechas.

Um, dois, três... Ação!

Fiquei sério de repente, soltando suas mãos e fazendo meu semblante cair. Ela percebeu assim como eu achei que aconteceria, franzindo o cenho e estranhando minha falta de piadinhas.

– Algum problema? – Perguntou com certo receio.

– Não, deixa para lá... – Me fiz de difícil, querendo que ela insistisse para ver se realmente se preocupava com o que eu achava e pensava. Dei a impressão que estava inseguro para dizer o que tinha para dizer a ela.

– Fale, pode me dizer qualquer coisa. – Sua voz era tão compreensiva que tive a abertura de começar com o teatro. Hoje ela me falaria tudo.

– Só estou um pouco chateado, achei que ontem você também queria... – Ela pareceu confusa e isso quase me fez revirar os olhos. – O beijo... – Falei baixinho como se fosse segredo. Seus olhos arregalaram e a expressão de culpa tomou seu rosto. Eu sempre a observava bastante para ter sempre cartas na manga quando precisasse. – Eu não ia tocar no assunto e realmente não quero apressar as coisas ou fazer com que se sinta pressionada, mas fiquei a noite inteira pensando no porquê. No porquê de você recusar.

 

 

Autora P.O.V.

 

Elena começou a se sentir mal, causadora da dor de rejeição que o rapaz a sua frente parecia sentir. Aquilo fez com que seu mundo caísse. Damon aparentava estar afetado, tristonho com sua recusa ao beijo, e a garota passou a temer que ele desconfiasse que ela não o queria, que não desejava seu beijo. E seu coração dizia desesperado que não podia deixar ele pensar isso de maneira nenhuma. Com um impulso, ela puxa ele pelas mãos, guiando ele até o final da rua onde seu motorista iria lhe esperar na saída.

– Onde estamos indo? – Perguntava Damon sem entender o que ela pretendia, mas extremamente curioso caso fosse agora em que teria sua resposta definitiva.

– Preciso que fique calado, não faça perguntas, por favor. Consegue fazer isso até chegarmos no lugar onde quero? – Perguntou ela, colocando as mãos nas laterais do rosto de Damon, o que fez com que seu peito apertasse, seu estômago contraísse, apenas com aquele toque, mas fingiu não sentir nada disso. Seus olhos castanhos olharam no fundo dos dele e isso mexeu com seu psicológico, mexeu com suas profundezas, aquelas que guardavam o velho e carinhoso Damon, o qual tinha leves relances de vida novamente. Ele não sabia, mas ela trazia á tona essa velha versão de si mesmo cada vez mais.

Assentiu e fechou a boca como prometera.

A limousine chegou e o rapaz não sabia o que fazer, apenas encarar a belezura á sua frente. Tinha a vontade de nocautear o motorista e roubá-la, entretanto se conteve. Elena fez sinal para que ele entrasse e ele foi sem abrir a boca. Os olhos azuis apenas estavam como duas bolitas, olhando tudo ao seu arredor e decorando o caminho que faziam. Elena esfregava os dedos um no outro, o que, ele já havia percebido, que era uma mania sua quando estava nervosa. Em segundos, chegaram em seu destino. Uma mansão, bem estilo de filme mesmo, aquelas onde apenas os barões, e pessoas de alto nível econômico, tem condições para morar. Eles desceram e Damon tentava permanecer calmo, cobrindo o disfarce, não estragando a atuação pelo seu entusiasmo. Estava certo desde o início, ela era quem ele achava que era.

Ambos sentaram no banco que havia na frente dos portões daquele castelo e ali permaneceram, num enorme silêncio ensurdecedor, até Elena o cortar.

– Essa é minha casa... – A voz dela falhou, o que denunciava choro. Os castanhos chocolates lacrimejaram antes mesmo de começar a falar. O nó em sua garganta parecia querer lhe impedir de falar. Damon, achando que fazia parte de seu dever, pôs a mão sobre a dela, incentivando-a a continuar falando. – Você deve estar se perguntando como e tem razão, é quase impossível alguém como eu... – Apontou para as suas roupas. – Ter uma mansão dessas. Bom, irei te explicar, como fiz para poucas pessoas, o porquê.

Ela estava desabafando segundos depois, contando seus maiores problemas e segredos mais profundos. Damon estava perdido em seu rosto, não conseguindo acompanhar cada lágrima que caia de seus olhos, pois elas eram muitas. Enquanto ela contava de suas dores e medos, compartilhando aquilo que havia de mais pessoal com alguém que mal conhecia a um mês, o rapaz estava sem o que dizer, apenas deixou que ela colocasse para fora, não lembrando de seu plano pela segunda vez, apenas a consolando com os dedos que acariciavam a parte de cima de sua mão, a qual segurava entre as suas. Elena, agora, conseguia ver o quanto ele significava para ela, afinal, se abrir desse jeito com alguém envolve extrema confiança e naquele momento ela não sentia nenhuma oposição ou impedimento de dividir toda sua história com ele. Pelo contrário, sentia-se como se estivesse sufocando caso guardasse mais um pouquinho toda aquela masmorra de sentimento e levasse o mundo em suas costas sem explicar o porquê de ser completa de muros e restrições para relacionamentos. Sentia-se, com ele ao seu lado, forte o suficiente para deixar tudo ir, já que uma vez permitiu tudo vir.

– Nunca, na minha vida inteira, alguém, além da minha única amiga, se aproximou de mim por quem eu sou, apenas pelo meu dinheiro... Você faz ideia do que é isso? Ser vista por todos como uma máquina de dinheiro, uma maneira de se aproveitar? ­– As palavras tocaram Damon, ele teve que piscar algumas vezes e quase foi ao chão pelos joelhos fracos ao ouvir isso. A culpa já dava as caras e, por mais inacreditável que seja, no fundo ele se sentia horrível. – E quanto aos meus sentimentos? E quanto ao que eu tenho aqui dentro? As pessoas acham que eu sou feita de pedra. – A cada sílaba pronunciada por ela, Damon era atingido por tapa na cara. Agora ele via outro lado da situação. Achava que pessoas milionárias fossem realizadas e satisfeitas, afinal, “tinham tudo”, porém via que nem tudo funcionava desse jeito. Ela não tinha tudo, não tinha o essencial que precisava. Amor, ela não tinha amor e isso pode acabar com uma pessoa. E sobretudo não ser amado Damon entendia muito bem, já havia sentido na pele. – Me desculpe, sei que nada disso é sua culpa, acabei de te encher com meus problemas, mas eu precisava... Eu precisava... – Ele fez sinal para que ela prosseguisse. – Eu precisava que você soubesse que não sou difícil de ter porque me faço ou porque simples não quero... É porque eu realmente sou insegura, cheia de dramas e pavores. Precisava saber que você entenderia isso. – Ele ainda estava sem palavras, gaguejava, mas nada saia. – Mas, não se preocupe, você é diferente. Insistiu em sair comigo desde o começo sem saber disso tudo, sem saber que sou praticamente uma conta bancária... – Ela soltou risinho, bonitinho na visão dele, e aquilo cortou seu coração. Todo seu lado fraco, aquele escondido, estava vulnerável e exposto nesse momento. – Você é bom, Damon. Me desculpe se cheguei a desconfiar de você, mas espero que entenda meus motivos. Se está comigo é porque... É porque... – Ela limpou as lágrimas e ficou envergonhada, abaixando o olhar. Em um ato involuntário, ele ergueu seu queixo. – É porque gosta de mim... Não é? – Aquela questão soava como uma pergunta esperançosa, era como se ela estivesse quase implorando para que sua resposta fosse sim. Afinal, como ela havia explicado, se fosse machucada mais uma vez, seria seu fim.

Sem pensar, ele disse:

– Gosto. Gosto mesmo. – Confessou, naquele momento, para si mesmo, mas não teve essa percepção, repetiu em sua mente que estava dizendo aquela besteira por ela, porque ela precisava ouvir isso.

Colocou seu cabelo para trás da orelha, puxou Elena e colocou os braços na sua volta como proteção, percebendo que ela era bem mais frágil do que parecia, como se fosse quebrar a qualquer aperto. A segurou forte e ouviu um suspiro satisfeito e tranquilo de quem sabia que estava no colo certo de quem se confia. Damon lamenta por ela, entende suas razões como achou que nunca entenderia, pois para o seu outro lado, aquele que se preocupava com o plano e nada mais, aquilo era bobagem, não havia como ficar triste enquanto se tem tudo aquilo de dinheiro.

– Agora limpe essas lágrimas e vamos sair daqui. Temos uma mudança para fazer, não? – Sugeriu ele, fazendo ela sorrir mais uma vez.

Damon fez Elena entender que amor nem sempre nos machuca quando caímos e que sim nos levanta. Damon deu esperança á ela novamente.

 

[...]

 

 

 


Notas Finais


Damon se sentindo culpado... Ficar com peninha ou raiva dele, eis a questão 😤💜


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