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História Amélie Dixon - Longe de Woolsey


Escrita por: lalimoonx

Capítulo 4 - Longe de Woolsey




[ Amélie Dixon ]


Já se sentiu estar sendo sufocado pelas pessoas ao redor?
Eu sei que eu me sinto assim sempre. Principalmente quando sinto ser forçada a ficar perto de pessoas com quem não converso mais e não tenho mais o que conversar.

Judith e Dylan.

Vamos lá, aposto que já acham que eu sou a mocinha na história, certo? Me perdoem por decepciona-los, sinceramente. Tudo que envolve três pessoas que eram melhores amigos não se falarem mais, é simples: ciúmes.

Sim, ciúmes.

Não é algo que eu queira comentar, porque não tenho motivos ou coragem suficiente para tocar em dores adormecidas, mas é bom que estejam cientes disto, caso um dia julguem alguém que acreditem estar errado.

Enfim, passei a semana toda elaborando um plano simples: sair de Woolsey e enfrentar o problema da humanidade de perto, e para isso, Michonne e Rick seriam minhas peças chave, juntamente com a Beth- minha conselheira de todas as horas-, e a vítima seria meu querido pai Daryl.

E, finalmente, o tão sagrado dia havia chegado.

Tudo ia bem, muito bem.

O que faltava era Beth convencer meu pai (já convencido por Rick e Michonne) e eu sair por ai com o grupo de busca de Woolsey(não que a ajuda dela fosse realmente necessária, eu queria mesmo é que conversassem), enfrentar minha nova, doce e maravilhosa aventura em busca de mantimentos nas cidades vizinhas.

-Amélie... -Paro de escrever e guardo a folha na caixa. Giro a cadeira e meu pai está encostado na porta com as mãos na cintura, me olhando com o típico olhar "Eu sei o que você está tramando".

Sorrio com inocência fajuta.

- Somente a mente de uma  Dixon faria essa maldade com o próprio pai -Ele começa e se senta na ponta da minha cama. -E como você é uma Dixon, achei justo que tivesse sua aventura longe de Woolsey. -Sorrio abertamente e ele suspira. - Lembrar sempre de...? -Ele faz sinal para que eu continue.
-De não abaixar a guarda, atenta sempre e para sempre. -Completo e o abraço.
-Exatamente. -Concorda e retribui o abraço. - e lembre-se que medo...
- não pertence aos Dixon. -Completo.
-Ok. Pode parar de me completar. -Ele repreende com seriedade e eu contenho o riso. -Tenho uma coisa pra te dar –Me Afasto, me sentando do seu lado.
Daryl pega algo no bolso da jaqueta com uma das mãos e coloca na palma da minha mão esquerda

–Andrea deu para Amy quando ela fez aniversário... Nada mais justo que você fique com ele, certo?

Um colar com um pingente de sereia.

Meu pai sempre me contava histórias de sereias e suas aventuras, o que ele contava ia muito além do que Carol contava sobre princesas indefesas em busca de um príncipe encantado, e eu gostava disso, mas isso só acontecia quando havia outra pessoa "grande" por perto, se não, ela nos ensinaria o manuseio de facas.
Gostava de pensar nas possibilidades de não precisar ter um príncipe encantado para deixar a história "fofinha" no fim de tudo e tudo terminar monótono como um casamento.

Qual é, cresci vendo esses bichos feios, não me julguem.

De qualquer forma, princesas merecem príncipes sim, mas isso não significa que a história deve ser tão tosca sempre. Veja bem, meu pai me contou a história de Delavine, não teve um final tão feliz como nos contos de fada, mas foi um final bonito, eu garanto.

Sorrio ao lembrar da memória e coloco o colar.

–Obrigada, papai! –Agradeci e me olho no espelho.  –Nunca se passou por sua cabeça... Não sei, ficar com... A Beth? –Paro de me olhar no espelho para encará-lo. Dava pra ver o espanto inegável em seus olhos.
– Vá dormir! Está muito tarde! –Ele se levanta e sai caminhando para fora do meu quarto.
– O tio Glenn ainda está acordado –Comento olhando para a janela da casa ao lado acesa.
– O "Tio Glenn" é adulto, casado, e dono de si. –Papai responde desligando a luz do meu quarto. –Bons sonhos, pequena Amy.
–Boa noite, grande Nick –Provoco e olho para a porta. Posso ser sua feição fechada com a ajuda da luz da lua que entra na janela.
–Quem te contou?
–Fatídico dia em que o Ex da sua mulher aparece num apocalipse e beija ela assim que a vê, não acha? Fiquei sabendo até que um certo alguém que eu não vou falar o nome, mas já falando, Daryl Dixon, teve um chilique e quebrou a boca galã com uma besta aí... –Finjo comentar um assunto qualquer enquanto brinco com a cortina do meu quarto.
–Amélie... –Tiro os sapatos e me jogo na cama quando sua voz  ecoa no quarto.

–Terei bons sonhos, papai. –Me despeço e me entrego aos braços de Morfeu, deus do sono, ou não. Só queria que ele saísse para que eu tivesse meu ataque de risos malignos em paz.

O amanhecer é um belo cenário no horizonte quando se está sentado nos muros altos de Woolsey. Todos deveriam acordar cedo e ver a beleza natural que não foi afetada por esse vírus idiota.

Sinceramente, eu daria tudo pra ver pessoas apressadas para o trabalho logo quando o sol se ergue. Juro que ficaria na janela olhando de cima com minhas pantufas de gatinho e uma xícara de café e... Nossa, o vento está cheirando a café!

–Amélie? –Olho para meu lado e Beth está com um copo descartável de café. Sorrio abertamente.
–Beth! –Pego o copo e abraço Beth de lado.
–Não tem medo de cair, maluca?
–Querida, medo é só coisa da cabeça! –Cheiro o copo e bebo o conteúdo.
–Vai começar com aquela historia de que um Dixon não sente medo?
–Prometo que não, porque você já sabe. -  Balanço os braços convencida e Beth ri baixinho. – Tenho uma perguntinha "marota" pra você...
– Já disse que tenho medo das suas perguntas? –Ela pergunta levantando as sombrancelhas.
–Talvez, sei lá. –Deixo o café de lado e encaro-a. –Por que você e meu velho nunca ficaram?

Ao contrário do que eu achei que ficaria (com a face no chão de chocada com a pergunta), Beth simplesmente balança os ombros e fita o  nascer do sol.

–Não é que nós nunca tenhamos ficado... É que...
–Então vocês já tiveram algo!? –Sorrio abertamente e ela abaixa a cabeça.
–Amélie, ele estava com a Amy. –Disse e, aos poucos meu sorriso foi broxando. –Eles estavam passando por um momento difícil na relação e brigaram feio... e ele bebeu além do que deveria no bar da cidade onde fiquei como dupla dele na procura de mantimentos... Aconteceram outras vezes e... Outras coisas também e quando Amy descobriu foi... Foi mordida naquele mesmo dia e você nasceu. –Eu podia sentir sua voz trêmula e chorosa, eu a abraçaria se não estivesse tão sem ação. –Me desculpe por te contar isso... Mesmo.

Olho para baixo, vendo alguns zumbis em seu estado desligado, se rastejando lentamente e ouço alguém gritar meu nome. Me levanto e olho em direção aos portões, vendo Rick em cima de um carro olhando para os lados e ao seu lado meu pai gritando meu nome e os amiguinhos do Kennedy,–ou Ken, como preferir–, mandando-o parar.

–Já vou... –Sussurro e vou descendo as escadas ainda ouvindo suas desculpas.

Corro empurrando todos que vejo pela frente e entro no carro que Rick está em cima.

– Amélie? –Fecho os olhos, tentando controlar a respiração. –Você está bem?
–Pai... Por favor, me deixa... –Peço devagar, meio zonza.
–Eu não sou seu pai. – Aos poucos, vou retomando a consciência de quem é a tal voz e ainda ouço uma risada espontânea de Carl, que está na poltrona na minha frente.
– Foi tipo Star Wars agora! –Carl ri novamente. –"Luke, eu sou seu pai" –Imita uma voz grossa e ri descontrolado.

Reviro os olhos e olho para o ser ao meu lado.

–Dylan. – Falo e olho para a janela.
–Amélie. –Diz e se acomoda no banco enquanto meu pai e Rick conversam sobre onde iremos Ir.

A vista fora dos muros é linda, embora vez ou outra Zumbis apareçam para estragar a paz momentânea. Dylan está ao meu lado, brincando com um chaveiro qualquer e, as vezes, tenta conversar comigo.
Carl, lindo e maravilhoso (Sun que me perdoe), cantarola uma música qualquer enquanto Rick concentra-se em dirigir.

O local da nossa "caça" é apenas um armazém enorme com cheiro de morfo e coisa velha, uma janela de vidro pequena em cima da porta e as luzes queimadas, como Carl constatou na energia.

–Carl e eu vamos vasculhar  as prateleiras da direita e vocês dois, da esquerda, entendido? –Afirmo com a cabeça e caminho para o meu lado ( não sem antes olhar para a vista charmosa de Carl de costas).

–Não tem nada de interessante no Carl, acredite. –Dylan comenta e eu lhe foi um tapa no ombro.
–Fale baixo! E quem é que está falando nele? –Seguro minha faca e no momento em que ouço ruídos, levando a mão para que Dylan pare no mesmo momento ele faz o mesmo movimento. Reviro os olhos e ele vai na minha frente, procurando o alvo, quando ele é achado, Dylan crava seu facão no zumbi e ri, sentindo-se vitorioso.
Logo, sons mais altos sugerem e vem na nos direção.

– A culpa é sua, seu escandaloso! –Balanço as prateleiras para ver se estão firmes e uso-a de escada para despistá-los.  – Se os zumbis não nos matarem, EU te mato! – Já no alto, ficamos agachados e me posiciono para mirar no alvo, mas Dylan me interrompe.

– Olha o Carl ali. – Ele muda de assunto, apontando para algum lugar.
– Onde!? –Olho e vejo apenas um zumbi vindo na nossa direção. – Você é um idiota, Dylan. De verdade. –Pego a aljava e tiro o arco das minhas costas.
– Pode ser, mas eu não sou do tipo que desrespeita um relacionamento. – Dylan murmura e eu finjo não ter escutado.

O fato não é meu "desrespeito", é observar. Observar nunca matou ninguém... A não ser que seja um atirador, claro.

CARL, NÃO! –Dylan e eu levantamos e ambos, batemos nossa cabeça no teto.

Agora, além de um possível galo e uma raiva pelo comentário de Dylan, eu terei uma parada cardíaca por Carl.


Notas Finais


Comentários e críticas construtivas são sempre bem vindas!


Até o próximo capitulo!♡


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