1. Spirit Fanfics >
  2. Amigas, Inimigas ou Meio-Irmãs? >
  3. Megan Bubblegum

História Amigas, Inimigas ou Meio-Irmãs? - Megan Bubblegum


Escrita por: Eloloise

Notas do Autor


Créditos ao ~SenhorB pelo nome, e obrigada a todos que sugeriram. Boa leitura e até nas notas finais.

Capítulo 11 - Megan Bubblegum


-Mãe?!

Ela me abraçou apertado. Eu estava tão supresa que demorei alguns segundos para conseguir reagir e a empurrar.

-O quê você pensa que está fazendo?! Me solta!

Megan Bubblegum pareceu ficar surpresa quando eu a empurrei. Marceline apenas assistia a tudo, de boca aberta.

-Jujuba, eu... 

-Não me chame assim! Você perdeu o direito de me chamar assim quando me abandonou!

Eu estava tremendo. Aquela bomba de emoções era demais pra mim. Me virei para a Marceline.

-Me leva para casa, Marcy? Eu preciso sair daqui.

Marceline demorou alguns segundos para "acordar". Sem falar nada, ela me entregou um capacete, colocou outro e saímos de lá cantando pneu.

-Eu estou muito curiosa para saber o que aconteceu ali, mas vou dar um tempo para você. Só me prometa que vai me explicar depois.

-Não sei como vou explicar. Estou tão confusa quanto você.

Chegamos em casa antes que eu percebesse, mas foi o suficiente para me acalmar. Marceline estacionou a moto e nós descemos. Olhei para a minha casa e uma sensação ruim tomou conta de mim. Por sorte, Marceline percebeu meu desconforto. 

-Quer que eu fique um pouco com você? Quero te derrotar no Mortal Kombat de novo.

Forcei um sorriso para a tentativa dela de me animar e concordei com a cabeça. Fomos para a minha casa em silêncio, eu perturbada com tudo o que tinha acontecido e a Marceline preocupada comigo, me olhando sem parar.

-Você está enjoada, não está?

Menta apareceu na sala, um pouco surpreso de nos ver juntas, e nos chamou para almoçar. Meu estômago deu um grito de 360 graus ao pensar em comida.

-Sim, estou nervosa. Não consigo nem pensar em comer. Desculpa, Menta, mas não consigo ir almoçar.

Menta ficou visivelmente decepcionado. Se eu não estivesse tão perturbada, teria rido.

-Hey, sr... Mordomo? Desculpa, não seu seu nome. Pode trazer um copo de água para a Bonnie, por favor?

Menta concordou e praticamente correu para a cozinha.

-Não precisa se preocupar, Marceline. Esse enjôo é normal quando fico nervosa.

Menta voltou com a água e um remédio. Marceline, me ignorando completamente, me obrigou a beber.

-Ótimo. Agora descanse um pouco e o remédio fará efeito.

Marceline, ainda ignorando meus protestos, me obrigou a deitar no sofá. Acho que o remédio baixou minha pressão, porque em poucos minutos eu estava dormindo.

Pov's Marceline

Olhei a Bonnie dormindo e suspirei. Não conseguia nem imaginar o que ela estava sentindo.

"Meu maior sonho seria ver minha mãe de novo, viva e com a saúde perfeita... Porém, minha mãe me amou até o último minuto. A mãe da Bonnie a abandonou. Realmente não sei o que ela está sentindo. Deve ser tão difícil..."

Depois de cerca de duas horas, Bonnie acordou. Confusa de estar dormindo no sofá e comigo do lado, Bonnie levantou assustada.

-Wow, calma. Você me chamou aqui, lembra?

As poucos, Bonnie foi se acalmando. Até conseguiu sorrir, mas logo voltou a ficar nervosa ao se lembrar do porque da minha presença lá.

-Nossa, o Menta me dopou. Que remédio forte!

-Você acha que consegue comer agora?

-Vou tentar.

Fomos para a cozinha. Bonnie preparou um sanduíche para mim e outro para ela. Comemos em silêncio por algum tempo.

-Sei que prometi explicar o que aconteceu para você, mas eu não sei como. Realmente não entendo o que aquela mulher está fazendo aqui.

-Se não quiser falar sobre isso, não precisa. Sei que isso está te perturbando.

Ficamos em silêncio de novo, dessa vez tomando chocolate quente. Bonnie parecia estar perdida em pensamentos, a quilômetros de distância. Quando ela resolveu falar novamente, foi tão súbito que tomei um "mini-susto".

-Talvez você esteja me achando idiota. Afinal, minha mãe voltou depois de tantos anos e eu estou furiosa com ela.

Apesar de achar isso uma grande falta de educação, a interrompi.

-Não, não te acho idiota. Ela te abandonou, sua raiva é totalmente compreensível.

Bonnie ficou visivelmente aliviada.

-Estou sentindo uma montanha-russa de emoções. Raiva, saudade, mágoa, raiva de sentir saudade... Nem sei mais.

Bonnie suspirou e fechou os olhos com força. Passei o braço por cima do balcão que nos dividia e segurei sua mão. Bonnie me olhou, supresa.

-Tenta se acalmar. É muita coisa para lidar de uma vez só.

Voltamos para a sala. O céu estava escuro e estava ventando muito, logo cairia uma tempestade. Sentamos no sofá e Bonnie nos enrolou em uma coberta.

-Estou tão confusa... Não quero vê-la de novo. Será que virá atrás de mim ou do meu pai? Estou com medo até de ir para a escola amanhã.

-Vou ser sincera com você. Ela vai te procurar de novo. Ela não voltou para Candy Kingdom depois de dez anos só para aquela "aparição supresa" na escola.

Bonnie suspirou, preocupada.

-Desculpe pela sinceridade, Bonnie.

-Tudo bem. Não é culpa sua. 

Bonnie, exausta, deitou a cabeça no meu ombro. Cobri ela com a coberta e ela suspirou de novo.

-Você não precisa ter medo. Ela não vai te machucar, ou algo assim. Você tem que mostrar que é mais forte que isso.

Bonnie sorriu. Fiquei um pouco confusa com essa reação.

-É muita coincidência. Meu pai disse praticamente a mesma coisa no meu primeiro dia de aula, quando eu estava preocupada em reencontrar você.

Sorri, achando graça.

-Quer dizer que é um bom conselho, não é?

-É ótimo. Funcionou com você, certo?

-É! Fiquei perturbada o dia inteiro quando você falou comigo no bebedouro aquele dia.

Percebi que aquilo tinha a animado e comecei a fazer piadas, a fazendo rir alto. Bonnie também começou a fazer graça, me fazendo rir. Depois dela tirar onda com a minha cara com uma das piadas, me joguei por cima dela, a derrubando deitada no sofá.

-Não faça cócegas, Marceline.

-Olha, eu não estava pensando nisso. Obrigada pela sugestão.

-Ah, não.

A ataquei com cócegas, a fazendo gritar e se debater.

-Não, Marceline! Pára!

Bonnie conseguiu erguer os dois pés e me empurrou para trás. Caí deitada de costas e Bonnie ficou por cima de mim.

-Vai em frente, eu não sinto cócegas.

Bonnie fez um bico infantil de frustração. Eu sorri, achando fofo.

"Que fofo... Eu poderia beija-la agora."

Antes de ficar chocada, decidi colocar meu pensamento em ação. Bonnie tentava fazer cócegas nas minhas costelas. Segurei suas mãos frenéticas e sorri.

-Desista.

Soltei suas mãos e a puxei seu rosto para perto de mim, passando a mão por trás da sua nuca. Antes que ela pudesse protestar, colei nosso lábios. Depois de alguns instantes de choque, Bonnie reagiu e correspondeu o beijo.

-Bonnie? Cheguei!

Por causa da chegada do Gumball e do meu pai na casa, partimos o beijo depois de alguns poucos segundos. Enquanto eles tiraram os casacos e as roupas molhadas, tentamos disfarçar o que tinha acabado de acontecer ali.

-Bonnie? Ah, oi, Marcy! Não sabia que você estava aqui também. Filha, porque não me respondeu?

Senti um arrepio passando pela minha espinha. Por sorte, Bonnie foi rápida em inventar uma desculpa.

-Desculpe, acho que não ouvi. Está chovendo muito forte e estávamos conversando.

Gumball pareceu acreditar. Ele e meu pai se jogaram juntos no outro sofá, os dois visivelmente cansados.

-Nossa, está acontecendo a parte dois do dilúvio lá fora. Marceline, vamos ter que ficar aqui por um tempo.

Olhei para fora, surpresa por não ter percebido aquela chuva extremamente forte. Bonnie me olhou, provavelmente pensando a mesma coisa.

-Podem ficar o tempo que precisar.

Começamos a conversar sobre coisas aleatórias. De vez enquando, Bonnie e eu trocavámos um olhar rápido, o suficiente para me fazer ficar vermelha. Apesar disso, Bonnie não parecia estar zangada comigo por te-la beijado.

"Parece que ela simplesmente ignorou o que aconteceu... Porque estou triste com isso? Eu não deveria estar aliviada por ela não querer me matar?"

Pov's Gumball

Passei o dia com uma sensação ruim, apesar de não saber porque. Parecia que algo ruim estava prestes a acontecer, mas eu não sabia o que. Aquilo estava acabando comigo, eu me sentia exausto.

-Ainda com a sensação? O que você acha que é?

-Não faço ideia. Estou ficando agoniado.

Menta nos chamou para irmos jantar. Tentei me distrair comendo, mas não funcionou. Estava com um frio na barriga que me impedia de comer e relaxar.

-Gumball, sinto-me na obrigação de contar o que houve hoje, mesmo que a Bonnibel fique brava comigo.

Imediatamente, Bonnie e Marceline ficaram agitadas.

-Menta, não!

-Desculpe, Bonnibel. Gumball, por algum motivo, a Bonnibel chegou muito nervosa da escola junto com a Marceline. Nenhuma das duas almoçaram e Bonnie tomou um remédio anti-enjôo.

Marceline parecia disposta a bater no Menta. Bonnie queria matá-lo.

-Menta, seu dedo-duro! Eu te pedi para parar!

Meu frio na barriga aumentou ao ouvir a palavra "enjôo". Estava mais preocupado ainda.

-Bonnie, o que houve? Seja sincera comigo.

Bonnie suspirou, tentando se acalmar, e abriu a boca para falar, mas foi interrompida pela campainha. Ela sorriu, aliviada.

-Vai atender a porta. Depois eu termino de falar.

Bufei de raiva e frustração, me levantei e fui atender a porta. No momento que a abri, um raio cortou o céu, acompanhado de um trovão muito alto. Eu não consegui ver quem estava na porta, mas só a voz dela foi capaz de me dar um calafrio.

-Oi, Gumball. Lembra de mim?

Continua...


Notas Finais


O capítulo ficou um pouco menor que o normal, mas está cheio de emoções para compensar.

Para quem acompanha Senhorita Bonnibel: desculpem a demora. Eu não abandonei a fanfic, apenas estou com um bloqueio horroroso para ela. Prometo postar logo o capítulo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...