~Helena~
Estou desesperada. A Gabi acabou de ligar pra mim dizendo que iria se matar, nem me deixou falar e já foi desligando o telefone em minha cara.
Eu sai desesperada, peguei meu carro e fui em direção ao apê da Gabi.
Chegando lá expliquei a situação ao porteiro e ele me deixou entrar. Toquei a campainha várias vezes e nada dela abrir. Estava muito aflita, mas voltei a portaria e pedi pra o porteiro abrir o apê pra mim. Quando finalmente consegui entrar encontrei a Gabi deitada com sangue escorrendo do braço.
Meu Deus! Como aquela cena me deu um desespero fui correndo até ela gritando o seu nome. Será que cheguei tarde demais? A minha melhor amiga já está morta?
Ao chegar perto dela percebi que ela ainda estava respirando, então liguei para a ambulância que graças a Deus não demorou a chegar.
Ao chegarmos no hospital ela foi encaminhada para a UTI. Estava na sala de espera aguardando com muita preocupação. E se ela morrer o que vai ser de mim? Como vou conseguir comunicar isso aos pais dela? Não aguentei tanta pressão e comecei a chorar sozinha ali mesmo.
Não conseguia mais imaginar a minha vida sem a Gabi. Não sei o que fazer sem ela.
Algum tempo depois uma enfermeira chamou meu nome. Enxuguei as lágrimas que ainda escorriam, tentei me recompor e fui falar com ela.
- A senhorita que é Helena Machado?- perguntou a enfermeira.
- Sim, sou eu. Tem notícias da minha amiga?
- Sim. Ela nesse momento está recebendo soro, mas está desacordada ainda. Ela vai precisar de doação de sangue, porque ela perdeu muito.
- Qual é o tipo sanguíneo dela?
- É o A- .
- É o meu tipo sanguíneo também. Eu posso doar para ela.
- Ótimo. Vamos coletar o seu sangue ainda hoje se se sentir à vontade.
- Claro, quando quiser. Mas, posso ver ela um instante?
- Sim, mas bem pouco tempo.
- Pode deixar.
A enfermeira me levou até a sala em que a Gabi estava. Eu entrei e logo vi que aquela não era a minha Gabi. Ela estava pálida, e com o rosto abatido completamente diferente da Gabi alegre que sempre conheci.
Ao ver ela assim me veio dois sentimentos. O primeiro de tristeza ao ver ela naquela situação por causa se alguém que a não merecia. E o segundo foi uma vontade imensa de cuidar dela, de fazer dela a minha pequena.
- Parece que o meu sangue vai correr em suas veias não é, pequena?- falei, mesmo sabendo que ela não podia me escutar.
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