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História Amigo - Frente a frente


Escrita por: Bob_01

Notas do Autor


Olá.
Então, se possível, leia a historia(não só este capítulo, mas todos) ouvindo alguma musica de creepypasta ou qualquer musica de suspense ou d4rk das trevas que você conhecer.
Ps: recomendo muitíssimo Myuuji (procura no YouTube que tem todas as musicas dele)
Enfim, espero que gostem deste capítulo, boa leitura c:

Capítulo 2 - Frente a frente


Eram mais ou menos 08h20 quando eu acordei. Estava tentando esquecer o que aconteceu na noite anterior, mas você sabe, não seria possível, não naquele momento. Eu me levantei um pouco mais disposto, peguei o copo que estava no criado-mudo, e simplesmente levei pra cozinha e o coloquei na pia. Andei pela casa achando que a qualquer momento esbarraria com o menino, mas não o encontrei. Previsível.

Meus pais estavam na garagem, já prontos. Eles me chamaram quando ouviram os barulhos que eu fiz. Vesti-me e fui até eles. Entramos no carro e partimos.

Não era tão longe, então a viagem durou alguns poucos minutos, mas foram o suficiente para eu criar teorias sobre aquele garoto misterioso. Imaginei até a possibilidade de ele estar no porta-malas do carro.

Ao chegarmos, saí do carro e arrumei meu cabelo que estava desengonçado devido ao vento. Era um dia lindo, a paisagem de um outono ensolarado não tem preço. Era 20 de março, como você deve presumir. Pena que esta época só dura dois dias...

Andei até a igreja segurando a mão de minha mãe. Sentamo-nos em um dos bancos e esperamos até a missa começar. Alguns instantes depois, o padre chegou, e deu início à cerimônia. Tudo correu normalmente, até o momento da “Paz de Cristo”, quando todos os presentes apertam as mãos uns dos outros.

 Veja, eu já havia me esquecido do ocorrido, afinal, eu não ia me lembrar daquilo logo naquela hora. Então imagine minha surpresa ao apertar a mão de uma das pessoas lá, e quando ela se retira, ver atrás dela... aquele menino.

Sim, até ali. Eu não sei como, mas ele estava lá, no banco atrás do meu, a alguns centímetros de distância. Ficamos apenas nos encarando. Agora eu podia vê-lo com mais clareza: vestia a mesma roupa da noite anterior, magro, cabelos escuros, baixo, olhos castanhos e...só. Ele não possuía boca, orelhas ou nariz. Apenas um rosto acinzentado sem expressão.

Tudo pareceu ficar mais lento,e ele fez oque eu mais temia: estendeu a mão para mim. Ninguém mais aparentava estar vendo ele de fato. Eu mais uma vez fiquei parado. Mas, hesitando, estendi minha mão de encontro à dele. Apertamos as mãos, porém sem dizer “a paz de Cristo”. Ele tinha uma mão fria. Foram apenas alguns poucos segundos segurando-a, mas para mim pareceram horas.

Depois, ele soltou, afastou-se lentamente, e caminhou até estar fora da igreja.

Eu continuei olhando para ele, que do lado de fora, acenou.

Ainda de pé, o vi se afastando ainda mais do local. Com uma cara de espanto, sentei-me novamente, remoendo aqueles momentos em minha cabeça. O resto do dia passou-se tranquilamente. Bom, pelo menos sem ser incomodado pelo garoto.

Após o término da cerimônia, eu e minha família voltamos ao carro e fizemos viagem de volta a casa.

 Lá, tomei banho, vesti uma roupa qualquer, e fui até a cozinha almoçar. Meus pais estavam lá, porém eles não estavam com roupas comuns quando se está em casa em um domingo.

-Filho – minha mãe começou a falar, terminando seu prato de comida – Eu e seu pai teremos que sair. Você se cuida sozinho, né?

-Claro – eu respondo

-Tudo bem então. Porque você não dorme um pouco enquanto nós estamos fora?

-Pode ser – eu respondo.

Fui para meu quarto, vesti um pijama e me deitei. Antes de adormecer, meus pais vêm ate mim, me beijam, dizem que vão voltar logo, e saem.

Acho que dormi por uma ou duas horas. Ao acordar, fui até a cozinha beber um pouco de água. Abri a geladeira e peguei uma garrafa, porém, ao retirá-la, percebi um bilhete colado nela. Neste estava escrito:

“Por que você tem medo de mim? Eu só quero ser seu amigo :c” Na verdade, havia um desses colado em cada coisa dentro da geladeira.

Perdi a sede imediatamente. Ele estava brincando comigo. Mas por quê? O que eu havia feito?

No mesmo momento, retirei cada um dos papéis das coisas ali, joguei-os no lixo e guardei a garrafa.

Com o bilhete na mão, sentei-me em uma cadeira, cabeça direcionada ao chão. As janelas estavam abertas e a luz do Sol iluminava todo o cômodo. E se aquele menino não fosse ruim? Talvez eu devesse dar uma chance a ele.

Então, no momento que pensei isso, levantei meu rosto em direção à porta da cozinha e fui pego de surpresa por ele, lá, na entrada da cozinha, olhando para mim. Seus cabelos negros balançando com o vento, assim como sua camisa listrada. Aproximou-se de mim, me encarando sem piscar com aqueles olhos castanhos e, de certa forma, atraentes.

Eu não pensei duas vezes e me levantei, o garoto a centímetros de distância de mim. Ele fitou-me por alguns segundos, talvez esperando uma reação e novamente estendeu sua mão para mim. Sim, eu sei o que você leu, mas eu desisti de ser amigo...daquilo. Balancei lentamente a cabeça, em sinal de negação.

Ele abaixou o braço, depois a cabeça, olhando diretamente para o chão. Virou-se e caminhou até sair da cozinha.

Arrependi-me imediatamente. Como eu pude ser tão egoísta e burro? Corri até o corredor que levava a cozinha, depois até a sala, e não o achei.

Encontrei, porém, um papel amarelo no chão, amassado.

Era uma carta do garoto estranho...


Notas Finais


comentem aaaaa


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