“Oi amigo, tudo bem?
Por que você tem medo de mim?? Eu nunca fiz nada com você, eu só quero que a gente aja um com o outro como verdadeiros amigos. Ah sim, acho que é melhor eu me apresentar.
Bem, eu não tenho um nome ainda, eu sou quem e o que você quiser. Eu vim pra te ajudar, eu sei das coisas que tem acontecido com você. Sobre mim, isso é tudo que posso contar, até porque nem eu sei ao certo minha origem, mas minha função é ser seu companheiro.
Isso tudo é muito estranho né? Eu sei. Estudei vocês, oque não conhecem, acham estranho, mas enfim, é bem provável que você não acredite no que leu agora.
‘Esse cara é louco’ você deve estar pensando. Bom, sei que essa não é a melhor forma de te provar que isso é real, mas apenas aguarde até amanhã, pois quando acordar, saberá que eu tenho poderes inimagináveis e que somente uso-os para o seu bem. Por favor, não me odeie por isso.
Até amanhã c:”
Mas que...
---No dia seguinte---
Abri os olhos, esperando por alguma coisa. Talvez o céu tivesse sumido ou algo assim, devagar, sentei na cama e esfreguei os olhos, olhando para a janela. Não, o céu ainda estava lá, acinzentado Os passarinhos cantavam, nada de estranho por ali.
Talvez ele estivesse na ponta da cama. Olha para lá, não também.
Levantei-me e caminhei até sair do quarto. Foi quando percebi uma coisa: estava tudo muito silencioso.
Isso seria normal se todo dia fosse assim, mas sempre de manhã o dia era muito agitado e barulhento.
Fui para a cozinha, meus pais não estavam lá como de costume, achei que eles haviam apenas dormido demais então, rapidamente, fui ao quarto deles, mas... nada lá também.
Nesse ponto eu já estava muito nervoso, procurei pela casa toda, nenhum sinal deles... nenhum sinal de nada além da minha cadela Rosie.
Senti meus olhos começarem a lacrimejar, foi quando corri para a porta de casa e estranhamente ela estava destrancada. Abri-a e...o que eu vi foi assustador, ou melhor, o que eu não vi.
Ninguém, nenhum vizinho saindo para trabalhar, nenhuma criança a caminho da escola, nem mesmo qualquer automóvel eu consegui ver.
Apenas os cachorros e gatos de rua caminhavam pacificamente por ali, além de alguns pássaros no céu escuro.
O que aquele ser estava fazendo comigo? Ele queria mesmo que eu fosse amigo dele? Eu estava assustado, eu tinha só 10 anos e estava sozinho em uma cidade enorme e deserta.
Sem muitas opções, caminhei amedrontado e ainda de pijama por ali. Chorando, pensando em como eu nunca mais iria querer ver aquela criatura na vida.
Foi aí que eu ouvi chamarem por meu nome. Não parecia vir de fora mas...parecia um pensamento meu, como se eu estivesse pensando no meu nome. Achei que estava ficando louco quando comecei a ouvir isso repetidamente.
Corri sem prestar atenção no caminho, eu só queria que aquilo parasse. Então, um cachorro apareceu na minha frente e eu tive que parar.
Quase caí em cima do animal. Atrapalhado e confuso, notei que era Daisy, lentamente me abaixei em direção a ela, olhando-a nos olhos.
Passei a mão em sua cabeça, ainda com os olhos marejados.
-Por que, Daisy? Por que ele fez isso comigo? - eu me encontrei sussurrando para o animal
-Ele queria que você acreditasse – eu ouvi uma voz responder.
Rapidamente, me levantei e olhei ao redor. Ninguém.
- Eu estou aqui, amigo
A voz desta vez parecia bem mais aconchegante. Eu teria me sentido aliviado por finalmente ouvir a voz de alguém se eu não tivesse visto uma silhueta familiar ao longe, e não era a de alguém que eu gostasse muito.
Peguei Daisy nos braços e corri na direção oposta...e desejei que aquilo tudo fosse um pesadelo.
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