História Amigo imaginário - Eles se amam

--É O QUE?-- Berrei me levantando e batendo com força na mesa. Minha mãe, aliás, Chul-moo e Xiumin me olharam assustados.-- Você... Omma, por que faz isso comigo?-- Perguntei segurando o choro. As vezes acho que minha mãe não me ama, digo, ela vê que eu não me sinto a vontade com Chul-moo, e mesmo assim me obriga a conviver com ele. As vezes me pergunto, se não era melhor morar somente com meu Appa e ver a Omma apenas nos finais de semana... pelo menos não teria que ficar remoendo aquele sonho, pois desde aquele dia na minha casa, eu não faço outra coisa senão pensar nele. Por causa dele, o Jungkook morreu, é tudo culpa dele.

Omma: Sun... querida, do que você está falando? Amor, olha, você deveria entender que nós nos amamos, por que não aceita isso? Se você pode aceitar seu pai com aquela moça, aceite-me com Chul-moo também.-- Seu tom de voz era duro. Desviei o olhar para não revirar os olhos.

--O Papai e a Vitória são só amigos, e eu aceito e até encorajei Appa a pedi-la em namoro, mas, a Vitória é uma pessoa boa, não distraiu a felicidade de ninguém.-- Falei séria. Com isso de felicidade, eu me referia a mim e a Jungkook, mas pelo o que veio a seguir, Omma achou que falava dela e do Appa:

Omma: NÃO! Ninguém destruiu a felicidade de ninguém, eu não era feliz com seu pai, e duvido que é também estava sendo comigo, estávamos distantes, Sun hee! Não o culpe, pois Chul-moo não tem culpa...-- Ela ia continuar falando, ia... 

--E quem disse que estou falando da felicidade do Appa com a senhora? Eu estou falando da MINHA felicidade!! Mas parece que ela não importa, então se ela não importa, eu também não importo, e não ligo pro seu casamento de merda, pega seu casamento e engasga com ele!!-- Falei fria.

Omma: Olha o jeito que você fala comi...

--Não, olha o jeito que VOCÊ fala comigo, afinal, que tipo de Omma é você, que leva o amante pra casa quando sua filha pode aparecer amando qualquer momento? É, pois é, você é uma péssima mãe!-- Nem eu me reconheço mais, eu nunca falaria desse jeito com alguém, muito menos com a minha Omma. O que eu menos esperava, aconteceu: Minha Omma, sentou-se na cadeira novamente (Já que ela havia se levantando junto comigo) e começou a chorar. Chul-moo pôs as mãos nas costas dela e alisou. Essa cena me deu ânsia, mas ao mesmo tempo me arrependi do que disse para minha mãe, ela não tem culpa de estar apaixonada. Mesmo que seja por esse homem. Então eu já não aguentava mais ficar nesse ambiente. Preciso sair. Sai da sala de jantar, e andei para a saída da enorme casa de Chul-moo. Era uma mansão na verdade, Appa tinha dinheiro para comprar uma 3 vezes maior, porém ele gosta de coisas simples, assim como eu e nunca quis sair da nossa casinha. Agora ele mora em um apartamento de cobertura muito luxuoso, mas é só por enquanto pois ele disse que pretende comprar uma casa próxima a minha escola. Eu gosto dessa idéia.

Quando me dei conta, já estava no enorme jardim. Tinha muitas rosas vermelhas aqui, pelo o que parece Chul-moo gosta de flores. Tinha um banco de madeira prendido em dois arcos, parecia um balanço e ele estava pintado de branco. Me sentei nele e deixei as lágrimas caírem. Não por tristeza, por saudade e remorso. Saudade do coelho, e remorso por ter dito aquelas coisas horríveis para minha própria Omma. Ela sempre foi uma boa mãe, nunca tive do que reclamar, aquilo deve ter magoado muito ela. Eu que sou uma péssima filha por por meus sentimentos acima dos delas. 

Porém, eu realmente sinto medo do atual namorado dela.

Ele deve estar achando que sou egoísta, que aceito a felicidade do Appa e não a felicidade dela. 

Isso não é verdade.

O banco-balanço se mexeu, e eu olhei. O filho dele tinha se sentando ao meu lado.

Xiumin: Eu entendo você... Também não gosto da idéia desse casamento, porém sei que meu Appa gosta da sua Omma, e que se desejo a felicidade dele tenho que aceitar.-- Falou depois de um tempo. Suspirei. A verdade é: Eu não ligo pra coisa do casamento, eu só estou zangada por minha mãe se casar justo com ele, que causou a morte de alguém, que embora eu nunca tenha conhecido vivo, sempre foi muito importante pra mim.

--Na verdade, você n-não me entende...-- Falei baixo, me sentindo envergonhada.

Xiumin: Como? -- Perguntou confuso.

--Eu não gosto do seu pai por conta do casamento... na verdade, eu... eu não me importo com a minha mãe teto outro namorado. Mas... Não aceito que seja ele.-- Falei triste.

Xiumin: Por quê? Meu Appa fez algo pra você?-- Perguntou confuso.

--Não nessa vida...-- Murmurei quase inaudível.

Xiumin:... Como assim, "não nessa vida"?-- Perguntou sem entender. Suspirei.

--Você acredita em vidas passadas? Eu sinto que, seu pai e eu não nos demos muito bem em nossas vidas passadas... e agora... eu não o suporto pois... alguém que que gosto se afastou de mim por conta dele.-- Falei baixo.

Xiumin: Wow... posso ser sincero? Nunca acreditei nessas coisas, maas se você acredita...-- Deu de ombros.-- Eu só sei que, eles, sua Omma e meu Appa, se amam.-- Falou com voz mansa.-- Eles parecem se gostar muito... Você deveria dar uma chance para ele fazer sua Omma feliz, sabe ela está muito triste agora, se achando a pior mãe do mundo.-- Falou calmo. Aí,  essa doeu. Nossa, que vontade de voltar no tempo. Talvez Xiumin tenha razão, e eu devesse deixar minha mãe ser feliz. Ela ainda é minha mãe, e mesmo que eu não goste dele, eu gosto dela. 

--Obrigado, Kim Min-Seok.-- Falei calma.

Xiumin: Por?-- Perguntou rindo.

--Por me mostrar que estou sendo estremamente egoísta, e uma tremenda idiota.-- Falei sorrindo mínimo. Ele riu.

Xiumin: De nada, então.-- Falou calmo.

--Acho que talvez... Não, sem talvez. Eu devo pedir desculpas para a minha Omma.-- Falei para mim mesma.

Xiumin: Concordo, irmãsinha.-- Falou sorrindo.  Olhei para ele rapidamente, e ele me olhava sorrindo de forma doce. Ele seria mesmo meu irmão, caso esse casamento saísse. Meu semblante surpreso se tornou calmo e sereno e então sorri para ele da mesma forma. Me levantei e fui em direção à sala de jantar.

Omma: Ela tem razão, sou uma péssima mãe...-- Ouvi ela sussurrar quando cheguei perto da porta.

Chul-moo: Não querida, ela só está irritada, e falou da boca pra fora.-' Tentou acalma-la. Pigarreei. Eles me olharam.

--O-omma... A senhora me desculpa pelo o que eu falei?-- Perguntei olhando meus pés. Eles pareciam bem interessantes, não estava afim de fitar minha Omma.-- Eu que sou uma péssima filha, e estava sendo muito egoísta, mas eu conversei com o Min-Seok e... E que eu não sou uma boa filha, e devo querer que a senhora seja feliz, não importa como é nem com quem. M-me desculpa? Por favor...-- Completei ainda fitando meus pés.--Mianhae!?-- Ergui a cabeça e fitei minha Omma. Ela sorriu e veio até mim. Ela me abraçou.

Omma: Claro, querida... Eu amo você,  não tenho como não te desculpar!-- Falou ela e pude senti-la sorrindo. Depois que ela me soltou, olhei Chul-moo.

--Me desculpe também, senhor Kim. Eu não conheço o senhor, não devia falar essas coisas de você.-- Falei sentindo linhas bochechas se tornarem rubras. 

Chul-moo: Tudo bem, Sun hee... Eu prometo que vou fazer sua Omma feliz, e se você deixar, prometo fazer você gostar de mim também.(Au: Não senti firmeza nisso...)(Chul: Ninguém te perguntou, cala a boca e escreve)(Au: Fofo, ninguém falou com tu, aqui é papo de autora e leitor u.u)(Au: Fico quietinho é? Haters se calaram... ^-^) Voltando --> Ele disse sorrindo de forma doce. Tentei sorri de volta.

Omma: Por que não dá um abraço nele?-- Sussurrou em meu ouvido. Muito a contragosto, eu andei até ele é lhe dei um abraço desajeitado. O qual ele retribuiu. Diferente do que pensei, eu gostei do Abraço. Sempre amei Abraços e esse abraço era bom.