História Amigos e amantes? - Capítulo 18 - Mark Tuan

Capítulo 18 - Mark Tuan

Chegando ao aeroporto, Jackson fez seu check in e estava prestes a embarcar no avião. 

- Venha me vistar, estarei esperando. - disse Jackson.

- Eu vou... Sentirei saudades. - falou Mark sorrindo. 

- Também sentirei. - retribuiu o sorriso. - Fique bem, qualquer coisa é só me ligar. Entendeu? - disse olhando sério para o amigo. 

- Entendi, mamãe ! - falou Mark rindo.

Mark deu um abraço forte em Jackson para se despedir, o amigo retribui o abraço e se afastou de Mark. Se despediu dos outros e entrou no portão de embarque. 

Mark voltou para o carro com os outros dois, um pouco triste pela partida do amigo. 

- Jackson fará falta... - falou Bambam. 

- Sim... - respondeu Mark. 

- Mudando de assunto um pouco, fiquei sabendo que você finalmente fisgou Junior. Meus parabéns! - falou Yugyeom tentando animar Mark.

- Ah sim... Obrigada... Eu acho... - respondeu sorrindo meio envergonhado. 

- Bam, você vem para minha casa está noite né? - disse Yugyeom olhando para Bambam. 

- Sim! Temos que deixar os pombinhos à vontade!! - respondeu Bambam rindo.

- ... - Mark ruborizou. 

- Pode deixar a gente na casa dele? - perguntou Bambam. 

- Claro, só me falem o caminho. - disse Mark. 

.

.

.

Mark voltava sozinho depois de ter deixado Bambam e Yugyeom, quando percebeu no carro de trás que andava com os faróis desligados. Achou estranho, mas continuou dirigindo normalmente. 

Percebeu então, que estava sendo seguido por ele. Acelerou seu carro e passou pelo farol que estava amarelo e se aliviou percebendo que o outro ficará para trás no farol vermelho. 

Chgou no apartamento e havia terminado de estacionar o carro quando sentiu novamente aquela sensação estranha. Saiu do carro atento, olhando ao redor. Trancou o carro e correu até o apartamento que estava vazio, fechou a porta e trancou ela. 

Acendeu a luz do apartamento e foi para cozinha tomar um copo de água. Estava ofegante, estava começando a ficar desconfiado daquela sensação. Aquela sombra. Seria melhor contar para alguém? Pensou consigo mesmo. 

Então seu celular tocou.

- Alô? - atendeu a chamada desconhecida. 

- ...... - desligou sem falar nada. 

- Trote a essa hora? - disse Mark largando o celular na mesa. 

O celular tocou novamente, dessa vez notificando a chegada de uma mensagem. Mark abriu a mensagem e se assustou. 

A mensagem continha uma foto de Mark dormindo na cama, que aparentava ter sido tirada do lado de fora do apartamento. Seu celular vibrou novamente, mostrando lhe outras fotos, todas tiradas escondidas.

- Mas... Que ... - disse Mark sentindo medo. 

Mais uma foto chegou ao celular, mas dessa vez a foto estava diferente. Mark congelou. Viu que a foto foi tirada agora. 

Virou lentamente sua cabeça para a direção de onde a foto foi tirada e seu coração parou. 

A sombra estava alí, parada na varanda. Ela levantou a mão lentamente e colocou na porta de vidro, abriu a devagar e entrou na sala. Tomou forma se tornado um homem todo de preto encapuzado, usava uma máscara preta que cobria metade do rosto. Mas, Mark soube quem era no instante em que seus olhos se encontraram. 

O coordenador, aquele velho nojento. Estava alí vindo em sua direção, a adrenalina correu nas veias de Mark fazendo o acordar da transe que estava impedindo o de se movimentar. Se virou e correu para a porta de entrada do apartamento, mas não conseguiu abri-la antes de ser puxado com força. 

- Ah Mark, não deveria fazer isso... - disse o velho. 

- Me solta!! - gritou tentado se soltar. 

- Eu não vou te perdoar.... Você... Meu anjo... Se sujou... - falou o velho segurando o garoto com mais força, arrastando o para dentro do apartamento. 

Mark lutava com todas as suas forças para se soltar, mas a força do velho era surreal. Sua resistência também, parecia que não sentia nada. 

- Não vou perdoar, não... Não... - o velho travou seu maxilar. - Vou matá-lo. Vou.. vou matar. 

- Você é louco!! Me solta!! - Mark usou toda a sua força novamente, mas não adiantou. 

O velho lhe deu um tapa seguido de um soco no estômago. Fazendo Mark arfar. 

- Não fale assim comigo, eu ainda não te perdoei... - disse amarrando o. - Mas, primeiro, tenho que cuidar do moleque maldito... Acho que ele já está voltando não é? - falou olhando para a janela. 

Mark percebeu então o verdadeiro objetivo do velho. Não era ele, Junior era seu alvo. Entrou em desespero, tinha que impedir, Junior não podia voltar para casa. 

- Você não vai fazer isso!! - gritou Mark. 

- Ah eu vou... E você vai me ajudar.. - disse o velho rindo.

Mark não entendeu. Foi puxado pelo braço e amarrado na cadeira. O velho o centralizou na sala, de frente com a porta da entrada. Tapou a boca do garoto com panos e se posicionou, esperando Junior aparecer. 

Não demorou muito, para a maçaneta da porta ser girada. Junior abriu a porta devagar e avistou Mark amarrado. Correu até ele com os olhos arregalados. 

- O que houve!? - falou Junior segurando em seu rosto. 

Mark tentava avisar o homem que estava atrás dele com os olhos e gritos abafados pelo pano. 

- Está tudo bem.. Vou tirar isso de você! - puxou os panos da boca de Mark.

- JUNIOR ATRÁS DE VOCÊ!!!! - gritou Mark desesperado.

- Tarde demais.. - disse o velho dando uma pancada na cabeça de Junior. 

- NÃO!?! - gritou Mark, com toda sua força.

Junior caiu, ainda consciente, olhou para Mark e tentou se levantar. Mas foi atingido com socos e pontapés pelo velho. 

- Não!!! Pare! Pare!! Pare!!! - lágrimas caiam loucamente de Mark. 

O velho não parou, continuou com o espancamento até Junior perder completamente a consciência. Estava ofegante quando parou. Olhou para Mark e riu. 

- É assim que se faz... - disse se sentando no sofá. 

A mente de Mark pareceu se desligar do mundo ao seu redor, não ouviu mais nada. Olhava para Junior caído no chão, sangrando. Seu coração doía. Frustado por ser tão fraco e não poder proteger o amado, a dor e a frustração o enchia. 

- Agora... - disse o velho se levantando - Nós vamos para casa anjo... - chegou perto de Mark. 

- ... - Mark continuava olhando para Junior. 

- Não fique assim... - passou a mão no rosto do garoto. - Você vai esquecer ele rápido e quando eu te purificar, nos teremos nossa noite juntos. 

- ... - não respondeu. 

- Então vam-... - foi interrompido pelo som da sirene. - Polícia? Como!?!?! - o homem correu pra janela avistando as viaturas chegando. - Não! Não! Não pode ser! Vamos logo!! - disse desesperado.

O velho desamarrou Mark com pressa e puxou o pelo braço. Tentando fugir do apartamento. Mark não reagiu. Só enxergava Junior no chão. 

Os policiais então invadiu o apartamento detendo o velho. Mark caiu no chão, ainda fitando Junior. A culpa era sua. Tudo aquilo tinha acontecido por sua causa. Pensava Mark.

.

.

.

Mark estava sentado ao lado do leito de Junior. Depois que a polícia chegou, o resgate foi chamado e Junior foi trazido para o hospital, onde deu entrada com algumas fraturas nas costelas e traumatismo craniano. 

O médico havia explicado que as costelas não perfuraram nenhum órgão interno o que foi muito bom e que por causa da pancada na cabeça, Junior poderia ficar alguns dias sem acordar. Mas que ele estava fora de risco de morte. 

Bambam e Yugyeom estavam fora do quarto conversando entre si. 

- O que eu faço se algo acontecer com Junior ? - disse Bambam com olhos cheios. 

- Não fique assim... Tudo vai ficar bem, não ouviu o que o médico disse? - falou Yugyeom abraçando o amado. 

- ...Pobre Mark... Você viu o rosto dele ? .. - disse Bambam.

- .... Ele parece outra pessoa.... - respondeu Yugyeom. 

- .... Por que com eles? ... - Bambam afundou seu rosto no peito do outro. 

- Vamos pensar positivo... Se o vizinho não tivesse chamado a policia teria sido pior... - falou consolando Bambam. 

- ...Não quero nem pensar nisso!! - respondeu.

Os dois se separaram vendo a agitação dos funcionários do hospital. O médico responsável veio correndo e entrou no quarto de Junior. Os dois seguiram o médico. No quarto Mark estava em pé segurando a mão de Junior, lágrimas caiam de seu rosto. Junior tinha acordado. 

- Olá Junior, sou o Dr Marcos. Você consegue me ouvir? - perguntou o médico. 

Junior assentiu com a cabeça. 

- Muito bem, você foi trazido para cá depois de sofrer alguns traumas, então sentira um desconforto. Mas nada de grava aconteceu. - falou o médico. 

Assentiu novamente. O médico então começou a fazer alguns exames físicos rápidos.

- Bom parece que ele está bem, qualquer coisa é só me chamarem. - disse se afastando do quarto. 

- Obrigado Dr. - disse Bambam se aproximando de Junior. 

- Bam... - Junior falou fraco. 

- Sim! Estou aqui, tudo vai ficar bem... - disse Bambam olhando para o amigo. 

- .... - Junior sorriu. 

- Junior... Me desculpe!!! - falou Mark chamando a atenção do garoto. - A culpa... Tudo isso aconteceu por minha causa... - disse abaixando a cabeça. 

- .... - Junior olhava Mark que chorava. 

- Mark a culpa não é sua ! - falou Bambam. 

- Eu sei que é minha... - rebateu Mark. 

- Quem é você....? - falou Junior confuso.

A voz fraca de Junior tinha ecoado no quarto. Mark olhou para o amado e depois olhou para Bambam que o olhava também....