História Amigos e amantes? - Capítulo 40 - Mark Tuan /Park Jin Young

Capítulo 40 – Mark Tuan / Park Jin Young

Mark saia da sala de reuniões com Jackson satisfeito. O novo contrato com a Ômega tinha sido fechado sem muitas dificuldades. E tudo havia voltado ao seu normal. Sem mais complicações. Despediu-se de Jackson no elevador e foi caminhando lentamente por seu setor, procurava por Junior disfarçadamente, mas não conseguiu conter o sorriso quando o viu em frente à impressora. Aproximou-se lentamente do garoto e falou baixo perto de seu ouvido.

-Bom dia.

- ! Bom dia... – disse Junior serio.

- Vamos almoçar juntos? – disse Mark sorrindo.

- ... Eu preciso falar com você. – disse Junior ainda serio.

- Ah... Quer vir para a minha sala? – perguntou Mark achando meio estranho.

Junior assentiu com a cabeça olhando para o outro seriamente. Mark retribuiu o olhar, sentindo que algo estava errado, mas sorriu sem mostrar seus dentes e seguiu para sua sala. Ao entrar nela, aguardou ate que Junior atravessasse a porta para fechar a mesma.

Mark se aproximou de Junior que estava de costas para si e o abraçou. Mas rapidamente, Junior se soltou de seus braços e se afastou, deixando o garoto confuso. Mark olhava o amado esperando uma resposta.

- ... Temos que conversar... – disse Junior depois de um tempo.

- ... – Mark sentiu seu coração desacelerar com o tom da voz de Junior.

- Mari está grávida... – disse Junior levantando o olhar que estava no chão.

- !!! – Mark arregalou seus olhos.

- E eu vou assumir a responsabilidade, tanto do bebê quanto dela... – disse Junior firmemente.

- Ah... E-eu... – gaguejou Mark.

- Vamos terminar. – falou Junior sem demonstrar muita emoção.

- E-eu não quero... Eu não... – disse Mark se aproximando de Junior.

- Entenda Mark, não é questão de querer. – falou Junior se afastando.

- Você não a ama! Você não vai ser feliz com ela! Você me disse que eu era o único que podia te fazer feliz! – disse Mark segurando o braço de Junior e o olhando nos olhos.

- Minha felicidade não importa mais... Eu fiz isso e tenho que assumir a responsabilidade – falou Junior se soltando dos braços de Mark.

- Há outras formas de assumir as responsabilidades! – disse Mark com os olhos marejados.

- Não, não há Mark. Esta é a minha decisão... Por favor, entenda. – disse Junior franzindo o cenho para tentar manter a expressão monótona.

- Eu amo você Junior... – falou Mark se agarrando na camisa de Junior.

- ... – Junior segurou nos punhos de Mark que tremiam com força.

Mark olhou para Junior e então soube que o garoto já tinha tomado à decisão. E que nada do que dissesse ou fizesse iria mudá-la. Suspirou profundamente, se soltou das mãos de Junior e se virou lentamente, saindo de sua sala sem dizer mais nada.

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Junior continuava parado na sala de Mark, viu a reação do garoto, o sorriso desaparecendo de seu rosto. Podia imaginar o choque que ele causou no menor e isso lhe doía profundamente. Sua verdadeira vontade era de sair correndo dali e seguir Mark, dizer que nada iria separá-los e que iria achar outra solução para aquele problema. Mas não podia fazer aquilo, iria se tornar “pai” e Mari não tinha culpa de nada. Seria terrível abandoná-la naquela situação, deixar com que os outros a rotulassem de “mãe solteira” e a olhassem friamente.

Sua cabeça então começou a latejar de dor lhe causando uma leve tontura e fazendo com que se encostasse à cadeira em sua frente.

Está inchado...

Ah... Não é nada demais...

Você chorou muito...?

[...]

Você vai ficar longe de mim? Se eu estiver incomodado?

... E-eu... Vou...

[...]

Estou dizendo que gosto de você... Mais do que como um amigo...

Um flash de memória lhe veio com força. Deixando-lhe confuso.

- E-eu e Mark... Antes de eu perder a memória...? – disse colocando sua mão em sua têmpora.

Junior não sabia daquele fato, Mark não havia contado-lhe. Outra onda de dor veio lhe com força.

Bom dia...

Bom dia.

...Que horas são?

Não sei... Mais ainda tá cedo...

Vamos dormir mais então...

[...]

Você vai agora?

Sim, ela já deve estar me esperando...

Tudo bem... Vai lá...

Te vejo mais tarde...

[...]

Mari, vamos terminar.

Aconteceu alguma coisa? Eu fiz algo que te incomodou?

Estou gostando de outra pessoa. E não acho justo continuar com você.

... Quem é? Eu conheço?

Isso não vem ao caso...

Me diga, eu preciso saber!

Mari, por favor, não complique as coisas...

Vocês já estão juntos? É por isso que não quer me falar!?

... Mari...

[...]

Não vá embora Junior!

Se fizer isso, vai se arrepender!!

Junior começava a ficar com a respiração dificultada. Os flashes vieram com uma grande intensidade. Deixando o confuso. Sua dor de cabeça começava a aumentar gradativamente, fazendo com que tudo em sua volta girasse e começasse a ficar escuro. Então, sentiu suas forças saírem de seu corpo. Junior caiu no chão sem consciência.

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Mark sentia seu coração partido, não sabia o que poderia fazer para aliviar a dor que sentia, estava terrivelmente arrasado com a notícia que recebera de Junior hoje no escritório. Não sabia mais se conseguiria agir normalmente perto de seu amado fingindo estar tudo bem. Depois da noticia que recebera, se sentia na obrigação de terminar todos os seus sentimentos.

Mari está grávida...

E eu vou assumir a responsabilidade, tanto do bebê quanto dela...

As palavras de Junior se repetiam dentro de sua cabeça, causando um grande estrago em seu interior, cobriu seu rosto com suas mãos e sentiu as lágrimas escorrendo entre seus dedos.

Mari estava grávida e não havia o que fazer, sabia como Junior era. Não teria como ele não aceitar a consequência de seu ato. Junior era a pessoa mais justa e bondosa que já conheceu em toda a sua vida. O rosto sem muita expressão de Junior mostrava o quanto ele estava sofrendo por dentro, por isso Mark não conseguiu dizer nada e apenas o deixou em sua sala.

O vento gelado se chocava contra Mark no terraço do edifício, fazendo suas mãos ficarem doloridas pelo frio. Fitou a vista borrada em sua frente. O que deveria fazer daqui em diante? Como deveria agir com Junior? Iria conseguir vê-lo e tratá-lo normalmente? As perguntas ecoavam em sua cabeça sem receber nenhuma resposta.

Seu celular tocou no bolso notificando a chamada de sua secretária.

- Alô? – atendeu Mark disfarçando a voz de choro.

- Sr. Tuan, Junior desmaiou em sua sala e foi encaminhado para o hospital.

Mark engoliu seco, desligou seu celular e correu até a porta do terraço...