* Décimo dia. *
Os cinco amigos pularam no buraco que parecia não ter fim, eles caíam muito rápido.
— Caramba isso não tem fim não? - falou Leonardo, desconfortável, mas tentando também esconder o seu medo do escuro e de não conseguir voar na hora certa. -
— Isso está parecendo uma cena do filme "Viagem ao centro da terra". - disse Oliver, fazendo uma referência a um filme que gostava para não demonstrar que estava com muito medo de acabarem caindo em um lugar perigoso. -
— Verdade. - concordou o alaranjado, ele também viu o filme com seu amigo. — Ah, e não está com medo não?
— Estou cagado. - brincou o moreno, rindo em seguida. -
O adolescente mais baixo riu também, quando percebeu que aquele "buraco" realmente não parecia ter fundo.
— Agora estou com medo também, ilumina isso aí.
— Por algum motivo eu não acho que vamos nos ferrar.
— Tá, agora ilumina. - Leonardo já estava ficando desesperado, mais do que já estava antes. -
Oliver fez o que seu amigo pediu, não conseguiam ver o fundo.
— Caralho, a gente vai morrer. - disse o garoto de olhos verdes, já estava suando. -
— Ei, não aperta minha mão. - disse Larissa. -
— D-desculpa. - disse o alaranjado. -
— Fica calmo, vai dar tudo certo. - disse Tayamiw. -
O híbrido era o mais otimista do grupo e sempre tinha vários conselhos , além de ser calmo e todos gostarem dessa qualidade dele. O garoto esquilo não estava com medo, sabia que o seu amigo ia conseguir voar na hora certa.
O moreno ainda estava com uma bola de fogo na mão que ninguém segurava, finalmente conseguiu ver o fundo.
— Olhem. - disse ele. — Léo, voa.
O garoto ruivo que sempre insistiam que ele tinha cabelo totalmente laranja tentou voar, ele conseguiu com facilidade e todos se seguravam nele.
— Eu consegui, consegui. - falou alto o garoto, orgulhoso de si mesmo. Tinha um grande sorriso no rosto. -
— Ei, o que é aquilo lá no fund...
Todos caíram no chão, por algum motivo caíram mais rápido do que antes.
— Ai, que coisa estranh... AH. - a garota se assustou com o que viu, todos estavam em cima de vários esqueletos. -
— Eita. - o garoto de olhos verdes levantou rápido e sem encostar a mão no chão. — Muita gente morreu aqui, ein.
— Sim, e é isso que é preocupante. - disse a loira. -
— Não é não, é só a gente subir de volta. - disse Leonardo. -
Ao perceber que sua única e melhor amiga estava com medo, o adolescente tentou acalmá-la.
— Vamos ficar bem. - disse ele. — E pelo menos esses esqueletos não são recentes, nem tem carne, olha. - o garoto pisou no chão, mas sentiu um pedaço de carne em sua perna. — Argh, vamos sair daqui logo.
O quinteto saiu de perto dos esqueletos e olharam para frente, já podiam ver o que procuravam, água.
— Olha lá. - apontou Akira. — Finalmente. - o azulado ficou animado. -
Os cinco amigos foram correndo até lá, quando chegaram perto o homem de cabelo azul pulou na água, mergulhando.
— Que gelado. - disse ele, com apenas a cabeça fora da água. -
— Por que fez isso? Vai ficar gripado. - disse o garoto de cabelo marrom. -
— Não vou não, e não tem problema. Venham logo, vamos pegar a planta e ir embora.
Os quatro amigos ficaram na beirada do rio procurando a alga, enquanto Akira se divertia com pequenos animais que estavam na água.
— É isso aqui. - disse Oliver, olhando para Leo e Larissa. Ele estava segurando a planta que ainda estava presa no fundo do rio. -
— Como sabe? - perguntou o alaranjado. -
— Tinha uma foto da planta no livro, é igual.
— Ah, entendi. Pega algumas e coloca no bolso da sua calça.
O moreno colocou algumas algas no bolso.
— Agora podemos ir embora. - disse ele. -
— Por que não damos uma olhada na caverna? Vai ser legal. - disse Leonardo. -
— É, também acho uma boa ideia. - disse o híbrido. -
— Está vendo aquela parede? Tem um buraco nela, como uma passagem. Vamos lá. - disse o garoto de olhos verdes. -
Akira saiu da água e seguiu os outros, que caminhavam até a "parede".
— Não tem como passar aqui.
O caminho estava todo cheio de mato.
— Tem outro caminho ali. - Tayamiw apontou para o lugar que estava um pouco mais à frente. -
O quinteto foi até lá e o caminho estava limpo, o " buraco" era grande naquela parede.
— Eu entro primeiro. - disse Leonardo, estava determinado a achar algo interessante ali. -
Ao entrar o garoto gritou.
— Ei, ei. Venham aqui. - falou o alaranjado. -
O quarteto entrou e olharam para as paredes daquele local, ficaram impressionados, chocados.
— Estamos ricos. - festejou o moreno, dando pequenos pulos de alegria. -
— Pega tudo. - disse Akira. -
Se tratava de pedras brilhantes nas paredes. Eram grandes, pequenas e médias, de todas as cores possíveis.
— Isso aqui parece cena de meu filme favorito, nossa. - Oliver ainda estava chocado. -
— Nem sabemos se isso vale alguma coisa. - disse Larissa. -
— Claro que vale, estamos ricos. - disse Akira, muito animado. -
Larissa estava parada e olhando todos puxarem as pedras pequenas da parede e colocarem no chão. Ela pensava que aquilo não valia nada, para ela nada na vida é fácil demais. Ela pensou que devia ser otimista como Tayamiw, iria tentar.
— Essas pedras são muito bonitas, vou pegar algumas. - pensou ela. -
A loira chegou perto deles, eles já tinham tirado todas as pedras pequenas da parede, depois iriam ver o que fariam com as grandes.
— Os dias aqui nesse mundo estão sendo os melhores da minha vida. - disse Leo. -
— O que vamos fazer agora que todas estão no chão? Não temos mochilas. - disse Oliver, olhando para as pedras. -
— Colocar dentro da roupa, simples. - disse o azulado. — Só que não vai ser uma experiência muito boa. - riu ele. -
— É, mas vamos tentar. - disse o garoto de olhos castanhos. -
— Mas acho melhor a gente dormir aqui, está de noite. - disse o garoto híbrido. -
— É, e eu estou com medo daqueles cachorros. - disse a loira. -
Os cinco resolveram deixar aquelas pedras aonde estavam para buscarem depois e explorar mais aquela parte da caverna, ainda faltava muito para olhar mas resolveram descansar. Escolheram se deitar em um lugar que não estava frio.
— Estou com frio. - disse o azulado, tremendo e deitado no chão com seus amigos. -
— Culpa sua, foi você que pulou na água.
— Falando em água, aonde está as plantas? - perguntou Larissa. -
— No meu bolso. - disse o moreno. -
— Esse lugar é legal, seria bom se a gente tivesse uma câmera. - disse Leonardo. -
— Já que estamos ricos nós podemos comprar. - disse Oliver. -
— É. - o alaranjado estava de barriga para cima e sorrindo, ainda estava chocado com o monte de pedras que tinha ali e animado para o dia seguinte, nem sabia se iria conseguir dormir. -
— Boa noite gente. - disse o azulado, fechando os olhos e se agarrando na cauda de seu irmão para se esquentar. -
— Boa noite.
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