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História Amigos Para Sempre - Capítulo Um


Escrita por: Amanda_Sants

Notas do Autor


Espero que gostem

~~Sants

Capítulo 1 - Capítulo Um


Meus olhos estavam em um estado deplorável, minhas pupilas estavam avermelhadas do tanto que por ali escorriam lágrimas grossas, salgada e uma atrás da outra. Meu rosto tinha um ardor doloroso, contudo, não mais que o meu coração. Eu estava toda vermelha, conseguia controlar meu choro silencioso, porém meus soluços saiam sem o meu total controle. Meu peito doía, mas não em uma dor supérflua - esse pelo ao mesmo eu sabia que um dia cessaria -, mas sim uma dor interna e dolorosa demais para se por em palavras. Doía como um soco, não! Como um soco não como uma facada partida de um punhal sego de porte pequeno, que se cravou no meu peito. Eu sentia sua lamina polida deslizar devagar para baixo para rasgar meu coração ao meio. E o pior, o golpe foi desferido da mão e dedos que tanto eu amava. Doía mais saber de quem partira o golpe, do que o próprio golpe.

Todos na minha festa de aniversario de 18 anos olhavam pra mim com pena e nem meus pais escapavam da piedade que todos me banhavam com seus olhos, que repentinamente, alcançaram a dadiva de se tornarem penetrantes e superiores a mim. Eu estava me sentindo envergonhada e humilhada pelas palavras de uma das pessoas que eu mais amava e pela situação que eu me encontrava. Mas eu não poderia culpa-lo, fui eu que procurei aquela dor desnorteadora no meu peito. Não tinha outro culpado, além de mim mesma.

Perdida na minha auto piedade, eu vi toda a trajetória que me levou a aquele estado. Foi como se eu estivesse morrendo e visse toda a minha vida passar como o flash na frente dos meus olhos, porém, eu não estava morrendo para ter esses devaneios, não era pra tanto. Na verdade eu estava bem viva e sentindo dor - Eu ouvir dizer uma vez, não me lembro de se fora da boca do meu pai ou de um medico, ou até mesmo em um filme, que quando nos ferimos e sentimos dor é um sinal que vamos viver, caso contrario, comesse a rezar pois o fim esta próximo -. Resolvi mergulhar na dose fatal dos meus devaneios e entender por que me permite ferir de tal forma. Da forma mais cortante e profunda que eu poderia me ferir.

 

~Flashback on

Acho que tudo começou no Brasil, onde nasci e vivi até meus seis anos, mas mais tarde tive que sair para me mudar para Suíça com os meus pais.

Eu era uma garotinha de seis anos em um país e um lugar totalmente novo. Eu tinha medo do lugar, não por ele ser ruim, mas sim porque eu não conhecia ninguém como conhecia no Brasil. Papai nos levou para lá a trabalho, lembro-me muito bem o que ele disse a mim e a mamãe: "Estamos indo para Suíça e vamos ter uma vida melhor.” E ele de certa forma estava certo. A economia do país era muito melhor que no Brasil, além de muitos outros aspectos no país, como por exemplo: a saúde, segurança e o mais importante - segundo os meus pais - a educação.

Meu pai, senhor Pedro Fontes Andrade, tinha um negocio de exportação de frutas da zona rural do Brasil. Mas precisamente Uvas. Ele plantava uvas na parte sul do país, no entanto, nosso plantio era muito pequeno, apesar das vastas terras que tinham ao nosso redor. A gente só tinha uma pequena parte do terreno, a qual dividia com o seu irmão Carlos, meu tio. Eles não só dividiam os pequenos negócios da família, como a paixão pelo plantio - na verdade, meu pai amava a terra e a parte orçamentaria do trabalho, mas meu tio Carlos, amava todos os processos feitos na terra. Ele mesmo fazia questão de checar cada uva plantada para pode colhê-las depois.

Eles vendiam suas maravilhosas uvas para pequenos empresários exportadores específicos, eram as melhores das redondezas, quer dizer, ainda são. A vida lá era mais calma, mas acho que prefiro a minha atual.

Um dia meu pai conheceu um empresário Suíço chamado John silver, ele era fabricante de vinhos. Ele não era famoso no mercado, mas tinha seus méritos. Quando ele conheceu meu pai e suas maravilhosas uvas, ele soube dali, daquelas uvas tão doces, redondas e de tons roxos e verdes, sugeriam maravilhosos vinhos.

Fizeram negócios firmes e promissores iniciando uma sociedade duradoura entre eles. No entanto, o Suíço tinha que voltar para casa, por isso, como a minha família e a dele tinham negócios alguém tinha que voltar com ele para outro país, para assim poderem checar os negócios lá também. Mas é claro que quem foi, foi o meu pai, pois meu tio Carlos nunca se separaria das suas preciosas uvas e terras.

Fizemos as malas e eu fui dar uma volta para me despedir de casa. Foi bem melancólica a minha despedida, recordo-me que chorei ao ver meu cachorro senhor peludo ficar pra trás - nunca irei admitir isso em voz alta, mas chorei como bebê.

Fomos a Suíça para morar lá depois de dois dias que o estrangeiro se foi. Sr.Silver preparou tudo para a nossa chegada. Ele arrumou uma casa para nós na sua mesma rua de casa, a rua que todas as casas de assemelhavam e tinha o mesmo perfil de todos os ângulos. Elas não eram feias, eram muito bonitas. Elas eram todos brancos leites, tinhas apenas uma única arvore do lado esquerdo da parte da frente da casa e um gramado verde e saudável. Elas tinham pequenas varandas bem desenhadas na frente delas, davam até um charme nelas. Eu diria que a minha casa é mais bonitas de todo quarteirão, contudo, todas as outras eram idênticas a minha.

A casa era grande e bastante espaçosa. Dentro dela tinha uma escada linda que ia ao primeiro andar. Ela tinha três quartos na parte superior, um banheiro em cada um deles. Ela também tinha um banheiro comunitário na casa. Ele, coincidentemente ficava no primeiro andar, em um dos quatros portas do andar. No térreo, ficava uma grande sala de estar e um cozinha maravilhosa um pouco mais a diante. E não parava por aí, atrás da casa tinha um lindo jardim com cantis de flores, rosas vermelhas, pra serem exatas escoradas propositalmente na borda da casa. Tinha outra arvore lá também, uma palheiteira vivido e grandioso, com galhos grandiosos que chegavam a bater na janela do meu quarto. No chão se estendiam um lindo gramado que se assemelhavam muito ao que tinha na frente da casa, bom, de todas as outras casas da rua.

 

Minha mãe, Katarina Fontes, dias depois da nossa mudança tratou de me matricular em uma escola a pouquíssimos quilômetros da nossa casa. Ela tinha um nome bobo, pois só era para alguns alunos em uma faixa etária de idade, 5 aos 10 anos.  Campos das flores, era o nome dela.

Na manhã do meu primeiro dia, eu me vi nervosa para ir para a nova escola. Era um nervosismo infantil, daqueles que você pensa consigo mesmo “Será que vão gostar de mim? ". Minha mãe penteou os meus cabelos cacheados que passavam um pouco dos meus ombros magros de criança. Fui com eles soltos e uma pressinha de borboleta brilhante de cor lilás na parte lateral da minha cabeça prendendo poucos fios que tinham ali.

Minha mãe me levou para a escola e disse que me amava após um beijo e um eu te amo da forma dela, da forma que toda mãe diz aos seus filhos. - bem maternal.

Fui pra minha nova sala naquela escola e entrei de cabeça baixa, totalmente corada e envergonhada. A professora, que era muito bonita com os seus olhos azuis e cabelos aloirados, se levantou quando me viu e praticamente me arrastou para frente da sala. Ainda envergonhada e acanhada, eu abaixei a cabeça diante a uma turma de vinte e uma crianças.

Senhorita Betty, me incentivou a me apresentar. Alias, eu não me apresentei ainda, então, deixemos a velha eu fazer isso:

- Oi... - disse quase inaudível.

- Se apresente querida - continuava a me incentivou a minha apresentação a simpática professora da segunda serie.

Eu pela primeira vez ali levantei meus olhos e face para olhar para cada uma das pessoas na sala de aula. A maioria ali eram brancos de cabelos pretos ou loiros de cabelos indiscutivelmente lisos, escorridos nos ombros e nos olhos - no caso dos meninos. Todos me fitavam curiosos. Eu era uma forasteira de cabelos encaracolados e armados, pele bronzeadas ao estilo peguei no sol do Brasil, que todo brasileiro adquiri em um bom dia de sol e temperatura de 39° grau.

- Eu sou A-anna Fontes, sou do Brasil, mas v-vim morar aqui com os meus pais que se mudaram há quase uma semana - tive alguns deslizes no idioma do país e gaguejei por vergonha, mas todos pareciam entender cada palavra dita pela minha boca pequena e avermelhada ao natural.

Sendo incentivados pela bela loira e simpática professora, todos disseram em coro e uníssono um “Seja bem vinda, Anna”. Fitei todos e percebi um menino de olhos verdes claros e cabelos pretos em formato de cuia, ao estilo Justin Bieber no começo da sua carreira na musica. Essa foi a primeira vez que o vi, mas não foi a ultima.

Sentei-me no meio da sala sendo observada por todas aquelas crianças tão diferentes em tantos aspectos de mim. Mas o olhar que mais me intrigava era do menino que eu nem mesmo sabia o nome ou conhecia.

 

Foi um dia solitário, ninguém falava comigo ou mesmo dirigia um misero e simples oi... Eu só recebia olhares do menino de olhos verdes que sempre parecia cercado de pessoas. Almocei sozinha e passei o intervalo solitário no meu canto. Naquele dia, atrás da escola, quase na hora se tocar para o fim do intervalo da tarde, eu fui explorar aquela parte da escola. Tinham arvores e brinquedos como escorregos, gangorras, e o meu favorito: balanços. Eles de certa forma me faziam lembrar-se de casa, o balanço que meu tio Carlos fez pra mim, minha prima e primo Miguel e Maria Clara. Eu quis ir me balançar neles, porém tinham crianças nele que persistiam em me olhar feio ou como se eu fosse estranha, e eu tinha medo - na verdade, seus julgamentos eram devidos a minha aparência descontrataste a todos o resto das pessoas daquela escola... E talvez, eu disse talvez, de todo país.

Foi assim no meu primeiro dia. No segundo eu fui para trás da escola para observar as crianças brincarem sorridentes nos brinquedos –principalmente os balanços- que eu tanto amava e desejava me divertir também. Naquele dia, as outras crianças pareciam ter enjoado do brinquedo, pois pouco antes de tocar eles o desocuparam por completo e foram brincar de correr uns atrás dos outros me excluído da brincadeira. Eu me perguntava: mas como alguém pode sequer enjoar de se balançar? Eles são brinquedos ótimos e mágicos.

Por conta da falta de companhia, eu fui temorosa e até me arisco a dizer que fui um pouco sorrateira e com medo em direção aos balanços. Percebendo que ninguém parecia da à mínima para o que eu estava fazendo, eu me sentei no meio de dois balanços e me balancei timidamente para frente e para trás. Mas nem de longe a altura que eu alcançava se assemelhava as que o meu tio Carlos, e às vezes o meu pai, me fazia alcançar. Eu não conseguia me conduzir como eu realmente e secretamente queria. Decepcionada, freiei os solavancos do meu corpo pondo meus pés no chão. Então passei a me balançar minimamente frustrada e muito pensativa.

Ainda triste, eu senti duas mãos pequenas nas minhas costas me jogando repentinamente para frente. Contorci um pouco meu rosto para o lado por cima dos meus ombros para poder admirar a pessoa que me ajudava a me divertir. E surpresa, era ele. O garoto de olhos verdes claros que ficava me encarando. No entanto, no momento em questão eu estava me divertindo, e muito, por isso nem me dei ao trabalho de lhe perguntar o porquê dele esta sendo gentil.

Recebíamos olhares curiosos e surpresos. Acho que ele era popular mesmo quando pequeno.

Foi assim por uns tempos: eu ia até os balanços e me sentava no mesmo todos os dias, o do meio, ele vinha e me balançava me lembrando da casa que deixei para trás no meu subdesenvolvido e amado Brasil. Estávamos nos tornando amigos e nem ao menos percebíamos ou tomávamos conhecimento desse fato que acontecia naturalmente.

Contudo, tudo mudou quando os Silvers nos convidaram - eu e a minha família - para um jantar na casa deles as duas casas da nossa. Os Silver tinham apenas um único filho, a qual eu nem mesmo conheci. Naquela noite minha mãe me vestiu como uma verdadeira “mocinha” - apesar de eu ter convicção que as roupas não tornam os homens íntegros ou éticos - e fomos para o jantar.

 

Então eu conheci finalmente o filho único da sua família, a qual atendia pelo nome de Benjamin silver. Além disso, descobrir que ele era meu amigo da escola. A noite fora legal nesse dia. Ele me mostrou seu quarto e sua coleção de medalhas e troféus esportivos em vários esportes diversos como corridas, futsal, handebol entre outros.

Ele já era um prodígio.

Dei a ele um apelido, Ben, e ele amou. Pedi que ele me desse um também, mas ele disse com a sua voz infantil:

- Seu nome é bonito, não precisa de um apelido - sorri doce para ele que ele retribuiu-o.

Ficamos a partir daí cada vez mais próximos. Passamos a fazer tudo juntos dentro e fora da escola.

Em um dia desses na escola conversando, eu e ele juntamos nossos dedos mindinhos de tons de peles diferentes - ele era mais branquinho que eu - e sorrimos um para o outro em meio a uma promessa de mindinho que fizemos para eternizar a nossa amizade. Logo conjurando as palavras que selamos aquele pacto de amizade em vozes uníssono: Amigos para... Sempre.


Notas Finais


Desculpem a falta de dialogo, mas o cap foi mais um prologo.
Logo posto um novo cap, eu já tenho escrito uns nove caps *-*

Espero que tenham gostado e até mais xox


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