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História Amizade: O Maior Amor - Segunda Temporada - Nove


Escrita por: ManuSolaceDiAngelo

Notas do Autor


Gente! Oi!
Então, mais alguém da primeira temporada volta hoje! E trazendo TRETAAAAAASSSS!

Boa leitura! Até as notas finais!

Capítulo 10 - Nove


Nove

Já era a quarta ou quinta vez que Vicente olhava aquela foto. Ou seria a sexta? Tinha perdido as contas das vezes que olhou, das vezes que chorou por causa daquela maldita foto.

Quando voltou para casa, depois da briga com o irmão e da melhor tarde de sua vida, nem a bronca que recebeu de Bruno foi capaz de tirar de seu rosto aquele sorriso feliz.

Thomas entrou em sua vida em um momento difícil. Estava se sentindo sozinho. Tinha Bryan e Henrique, mas o ar de romance entre eles já ele estava sufocando Vicente. Não tinha espaço para ele naquele trio. Então apareceu Thomas, que o fez se sentir acolhido por alguém novamente. Se entregou sem abrir espaço para a dúvida.

Ele estava amando.

E tudo ruiu em um segundo. Uma foto de seu namorado com outro homem e ainda havia aquela atualização de status:  “Thomas Richards está em um relacionamento sério com Frederic Cameron”. Vicente leu e releu aquele até sua que consciência gravasse aquilo como real. E uma semana havia passado e ele ainda não havia conseguido absorver a situação.

Não faltava mais as aulas, mas também não ia por vontade própria. Não estava vivendo, apenas sobrevivia.

- Oi, Meu Anjo - era mais uma das tentativas de Sam devolver o ânimo a Vicente. Mas não houve resposta. - fala comigo. Pode me xingar se quiser, eu não ligo. Só fala comigo. - pediu entristecido. A melancolia de Vicente estava dilacerando com o coração de Sam - Meu Anjo, eu sei que você não quer se lembrar dele, mas o maior erro do Thomas foi deixar você. Mas, eu estou aqui. Não vou deixa-lo. Até quando não quiser mais a minha presença, eu prometo que não vou.

Vicente já sentia as lágrimas se acumulando no canto dos olhos. Sam  abraçou o corpo do amigo, deixando que ele acomodasse a cabeça na curva do pescoço dele. Logo sentiu a manga de sua camisa se molhando. Não que ele se importasse. Eram meros detalhes, se comparados aos estragos no emocional do garoto.  Ele não conseguia entender como, em pouco mais de uma semana, em tão pouco tempo,  conseguiu desenvolver sentimentos tão fortes por Vicente. Queria fazer o garoto parar de sentir tanta dor. Se pudesse, teria sido ele a chorar por tais motivos.

- Amor - Sam afagou os cabelos de Vicente, separando os fios com os dedos. Nem penteá-los Vicente fazia. Nos primeiros dias, jogava uma touca para esconder, até que se lembrou que a peça pertencia a Thomas.

Ele só queria parar de chorar. Mas nem para isso ele tinha forças.

Henrique e Bryan passaram a semana observando de longe. Vicente não permitiu que eles se aproximassem mais. Sam só estava assim tão perto por ignorar todas as vezes que Vicente pediu para ficar sozinho. O órfão consolava, todos os dias, o irmão de Victor mesmo sabendo que seria enxotado quando Vicente acabasse de chorar em seus braços.

Samuel não se importava. Tudo o que vinha tirando sua paz era Vicente. Ficou melhor quando Vicente aceitou seu abraço. O carinho que fazia nos cabelos do menor nem foi recusado como nas outras vezes, que foram feitos.

O sinal para o fim do intervalo tocou. Vicente deu fim ao abraço e se afastou de Sam com uma expressão desanimada.

- Não me chama mais de “Amor” - falou sem olhar para o órfão - não existe amor.

Vicente foi andando para a sala sem se importar com os olhares que pousaram em si no caminho. Nem todos sabiam da verdade por trás das lágrimas que ainda escorriam por sua face. Era demais pedir pra dormir e não acordar nunca mais?

Samuel ficou parado no jardim vendo seu amor ir embora. “o meu amor existe” - pensou consigo mesmo - “eu vou provar que é de verdade”

*****

Raras eram as vezes que Yan e Luke estavam juntos no quartel. Mas não podiam fazer muitas coisas juntos, de qualquer maneira. Era um batalhão de Forças Especiais. Oficiais. Exército, marinha e aeronáutica dividiam o espaço. Ingressar ali foi a solução encontrada por Luke e Yan para ficarem na mesma cidade.

Ainda se lembravam da época que ficaram em diferentes quarteis. Foram só quatro meses, mas foram os piores das vidas deles. Yan estava a bons quilômetros do marido e do filho. Normalmente, se viam uma uma vez por semana, nos dias de folga de Yan, porém havia quase um mês que o oficial da aeronáutica não visitava seu lar. Conversava com Henrique por telefone todos os dias, mas não era suficiente. E sentia falta dos carinhos de Luke.

Ele não se importou se pareceu fraco quando pediu transferência para sua cidade. Estava em um dos melhores lugares. Podia fazer sua carreira militar ali. Mas a que custo? Ver seu noivo uma vez por semana e perder o crescimento de seu filho? Não queria se submeter a isso. Sua família era mais importante que uma imagem diante dos colegas, e superiores. 

Por isso, Luke e Yan aproveitavam cada momento juntos. Como naquele dia.

A troca de turno tinha acontecido a alguns minutos. Luke estava sonolento, descansava de sua ronda apoiado em uma parede nos corredores da torre de vigia. Estava esperando por Yan. A próxima hora seria vigiada pela aeronáutica. Viu a farda branca e encorpada do noivo e sorriu com a visão. Como pôde desprezar Yan por tanto tempo?

Foi impossivel não perceber que Yan havia chegado. Antes que Luke dissesse algo, a boca atrevida do oficial da aeronáutica alcançou a curva do pescoço de Luke. Um suspiro profundo ficou preso na garganta dele. Sentiu o marido beijando sua pele e raspando os dentes pela extensão. Queria gemer baixo, do jeito que Yan gostava, mas não podiam se dar ao luxo de serem pegos por alguém.

Yan continuava torturando prazerozamente todo pedaço de pele exposta ali. Abriu alguns botões da farda do marido. Adorava sentir os músculos de Luke contra seu corpo.

- Lembra da escola, amor? - a voz rouca de Yan era a coisa mais sexy para Luke, principalmente tão perto de seu ouvido - Lembra que eu fazia tudo para chamar sua atenção e você nunca olhou pra mim? - Luke se distraiu com a boca de Yan mordendo o lóbulo de sua orelha. Nem se deu conta da mão que invadiu sua calça.

- Ah… Humm - Yan começou os movimentos de ir e vir tirando qualquer resquício de sanidade em Luke. - Se eu soubesse que ia ser tão bom, teria arrastado você para qualquer canto daquela escola e te dado toda a atenção do mundo.

- Pode compensar o atraso agora - Yan gemeu manhoso quando Luke ergueu seu corpo. Se beijaram apaixonados, enquanto Luke seguia para qualquer sala vazia. 

A mesa serviu de cama para eles enquanto se amavam. Luke e Yan se completavam fisica e emocionalmente. Eram como as duas metades de um mesmo amor.

Luke beijava o noivo com paixão. Sentia o aperto do corpo de Yan em seu membro ereto. Fazia o noivo gemer manhoso em baixo de seu corpo, enquanto estocava firme e rápido. Sentiu seu orgasmo se aproximar. Masturbava o noivo no mesmo ritmo.

- Ah… Amor - gemeu sentindo as contrações do corpo do noivo. Gozou gemendo baixo no ouvido de Yan, do jeito que ele gostava. Não demorou a sentir sua mão se molhar com o esperma do noivo.

- Luke, amor - chamou Yan controlando sua respiração. Luke não respondeu. Não conseguia falar e sorrir ao mesmo tempo. - Amor, tenho que ir. Minha hora de ficar de vigia.

Colocaram suas fardas novamente, riram pelos tropeços. Trocaram um selinho demorado. Luke viu Yan sair correndo pelo corredor, arrumando o cinto na roupa.

- Yan, meu anjo - chamou outra vez - Casa comigo?

- Você já me pediu isso,  amor - respondeu sorrindo o oficial da aeronáutica - e eu já aceitei.

- Só não consigo acreditar que você está comigo - Yan sentiu seu rosto esquentar, logo ficou com vergonha. Luke era romântico, não conseguia ser diferente com o noivo - eu te amo.

Yan sorriu feliz e foi cumprir seu trabalho. Luke ainda ficou um tempo ali. Passou tempo demais sem Yan. Foram dez anos sem ele. Não ia perder a oportunidade de estar com seu amor nunca mais.

Foram embora juntos pela manhã. Henrique já havia ido para a escola quando chegaram em casa. Nem café tomaram. Apenas entraram em um banho quente e dormiram juntos.

Eram dez horas quando Luke acordou. Deixou Yan dormindo e foi preparar algo para levar na cama quando o noivo acordasse.

Antes que pudesse chegar a cozinha, o telefone tocou. Foi até a mesa, pegou o aparelho da base e se dirigiu ao caminho que pretendia tomar antes da interrupção. Pegou uma panela no armário e a pessoa do outro lado da linha falou. Quase derrubou a frigideira quando escutou aquela voz.

- Luna? - perguntou para confirmar. Talvez fossem coisas de sua cabeça. Ainda estava com sono, afinal. - É mesmo você?

Não falava com a ex noiva a longos dez anos. Soube pelo irmão da moça, também militar, que ela não havia reagido bem a separação. Ela, que era modelo, afundou-se em uma depressão e terminou por abandonar a carreira. Culpou Luke por isso. E alimentou um desejo de vingança.

Quando soube do noivado de Luke, logo reconheceu nas fotos, o antigo aluno da escola militar.  Desde cedo, no dia do jogo de futebol do ensino médio, ela havia notado o amor platônico de Yan por Luke. Logo deduziu que foi por causa do mais novo que Luke terminou o noivado com ela.

- Oi, Luke! - Disse ela - Não vou perguntar se está bem. Com certeza esse garoto está te fazendo feliz. Ele tem um pênis, afinal de contas.

Luke não podia acreditar no que ouvia. Sabia que Luna sofreu com a separação dos dois. Mas seria egoísta se continuasse o noivado, se não sentia amor por ela. Luke nem mesmo sentia atração por mulheres.  Ver a aliança com o nome dela nunca pareceu certo para ele. Nunca sentiu com ela a felicidade que o enchia só de escutar a voz de Yan.

- Olha, Luna, não precisa agir assim. Não era para ser nós dois - Luke encostou na bancada e suspirou - eu não amava você. Mesmo que eu quisesse, não conseguiria.

- E ama a ele? - foi irônica - Acho que estamos falando do garoto chato, mimado e irritante que estava apaixonado por você? Eu me lembro de você dizendo algo sobre isso.

- Eu sempre amei o Yan - Luke nem precisava pensar muito para dizer aquilo com toda convicção - só me dei conta disso mais tarde, mas sempre foi amor.

- Blá Blá Blá Blá - ela fez uma voz enojada - para de falar em amor.  Isso não existe. E adivinha quem provou isso para mim?

- Eu não queria te fazer sofrer - havia um tom sincero em sua voz - só queria ser feliz, só queria ser eu mesmo - era verdade que Luke estava cansado de fingir. Não conseguia mais estar na intimidade com Luna, pensando em outros homens. Até porque, Yan ainda dominava seus pensamentos.

- Mas fez - ela foi ríspida - e agora, quem vai fazer você sofrer sou eu.

O telefone foi desligado por Luna. Até porque Luke ficou sem reação. Deixou o aparelho cair no chão e ficou fixando seu olhar no nada. Em sua cabeça mil pensamentos.

Podia aguentar as ameaças da ex, só não ia deixar que ela chegasse perto de sua família.


Notas Finais


Gostaram Amores?

Espero que sim! Até o próximo? :)


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