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História Amizade: O Maior Amor - Segunda Temporada - Onze


Escrita por: ManuSolaceDiAngelo

Notas do Autor


Oi Gente! Capítulo Pequeno, mas é de propósito!

Não me matem, por favor!

Capítulo 12 - Onze


Onze

Samuel não opinava no assunto que os amigos falavam no carro. Luke estranhou o silêncio do garoto.

- Sam, está tudo bem? - o militar questionou o olhando pelo espelho retrovisor.

Sam sorriu em um sim que não convenceu a nenhum deles. Ele estava se sentindo frustrado. A ideia lhe pareceu tão boa. Não era só sua habilidade artística que estava oferecendo a Vicente. Ele estava superando todas as decepções que marcaram seus 15 anos. Estava passando por cima de todas as lembranças ruins que o ato de desenhar trazia a ele. Vicente não notou a nenhum desses sentimentos por trás dos traços no papel.

O desenho estava ali, amassado na mochila do garoto, assim como todas as esperanças de conquistar Vicente e reconstruir o coração de seu amor.

- O que você tem, Sam? - Luke não se satisfez com a resposta silenciosa do órfão - quer conversar?

- Tio Luke - Bryan chamou a atenção do diálogo para si - foi o Vicente.  - o militar o questionou com o olhar - O Sam fez uma surpresa para ele. Mas não deu em nada. O Vicente não gostou.

- Não importa, de qualquer forma, eu vou desistir - Sam disse afogado em desânimo - não vou mais insistir nele.

Luke nem precisou se esforçar muito para reconhecer no garoto o sentimento de impotência. Ele ja havia sentido aquilo.

- Sabe, Sam, quando eu era um pouco mais velho que você e era inspetor na escola de vocês, eu desprezava o Yan. - os garotos nem conseguiam imaginar que um dia Luke e seu noivo já estiveram separados. Se amavam tão profundamente que não era mais possível enxergá-los longe um do outro.

- E nós dois nos amávamos tanto - Luke suspirou ao se lembrar da cena que estava prestes a narrar - E um dia, ele chegou triste a escola. Eu queria ir até ele e abraçar tão forte, queria retirar toda a tristeza e pegar para mim. Mas eu não fiz. Eu deixei que ele fosse embora. Sam, o Yan sempre me dizia que me amava, mais que minha ex. E eu sempre recusei o amor dele. Talvez por ele ter a coragem que eu não tinha de assumir a mim mesmo.

“Nesse dia, ele não disse coisa alguma. Só foi embora quando eu pedi que ele fosse para a sala. Eu deveria ter tomado uma atitude. Deveria ter sido eu a dizer aquelas três palavras. Mas eu não disse e fugi, ou tentei apenas, daquele sentimento. E sabe o que aconteceu? Eu pedi Luna em casamento. Ele se alistou para a Aeronáutica e se foi. Por dez anos, os dois sentimentos que meu coração conheceu foram os amor e o arrependimento. Não houve um dia sequer que eu não pensasse “o que aconteceria se eu tivesse feito diferente? Se eu dissesse que o amava também?”

“Minha covardia custou uma década de saudades. Quando nos encontramos novamente, tudo o que me veio a mente foi que eu não teria outra oportunidade para dizer aquelas palavras que ficaram entaladas na garganta.

- O que isso tudo tem a ver com meu amor pelo Vicente? - Sam havia gostado daquela história, só não via a qual sentido Luke queria atribuir - Não entendi.

- Contei essa história toda, Sam, para você não desistir do Vicente - Luke dividia sua atenção entre o trânsito e os garotos no carro - não deixa passar nenhum segundo dessa história. Faça o Vicente sentir o seu amor, como eu deveria ter feito naquele dia. Quanto tempo mais eu e Yan não poderíamos ter tido.

- Agora vocês estão juntos - Sam abriu um sorriso bonito - é isso que importa!

Samuel estava animado agora. Não ia desistir de Vicente. Iria provar o quanto seu amor era grande e verdadeiro.

Esquecidos naquela conversa, Bryan e Henrique trocavam olhares cúmplices. Todos já haviam notado o que deveria ser um namoro escondido. Era inevitável.

- Pai - Henrique chamou quando notou que Luke e Sam já haviam terminado aquele assunto - falando em não perder tempo, me deixa namorar com o Bry?

Luke quase se engasgou com o ar que respirava.

- Como?

- Pai! - Henrique quase suplicava - por favor.

Luke nem se deu ao trabalho de responder. Bryan era um garoto inteligente, esforçado, educado, nunca foi motivo de preocupação para os pais. Não havia motivos para o militar desgostar do namorado do filho, muito menos se opor aquela união.

Mas não estava preparado para ver seu filho crescer.

Estava tão perdido em seus pensamentos que não viu o carro que vinha vinha de encontro ao seu.

****


Notas Finais


E ai? Digam suas impressões!


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