1. Spirit Fanfics >
  2. Amizade: O Maior Amor - Segunda Temporada >
  3. Três

História Amizade: O Maior Amor - Segunda Temporada - Três


Escrita por: ManuSolaceDiAngelo

Notas do Autor


Gente! O capítulo da semana!!!!
Por enquanto vai ser apenas um por semana porque sou em semana de provas na faculdade. Tenho que formar, fazer o que? :)
Mas tá aí o capítulo. Aproveitem!

Capítulo 3 - Três


Três

Naquela noite, Bernardo não tinha ido ao encontro com os amigos. Tinha dito para eles que faria plantão no hospital. Só queria uma desculpa para não precisar ver Renan. Não odiava o ex marido, pelo contrário, ainda o amava com o mesmo amor que sempre tivera na adolescência. 

Naquela noite fariam dois anos, quatro meses e 5 dias que tinham se separado. O pediatra tinha contado cada dia desde que resolveram acabar o casamento. Sentia falta cada dia mais dos carinhos do goleiro. Sentia falta de verem Grey's Anatomy juntos enquanto Bernardo explicava todos os termos técnicos da série. Sentia falta de ver futebol enquanto Renan explicava as regras para ele.

A televisão passava um jornal qualquer que ele nem prestava atenção e do lado dela, ainda estava o porta retrato com a foto do dia em que se casaram.

Quando já era bem tarde e ele estava cansado de chorar naquele dia, escutou seu telefone tocar. Pensou em recusar a chamada. Com certeza era Paul ligando para dar boa noite, mas o que ele menos estava tendo era uma noite boa. No fim das contas, atendeu, assim ele pararia.

- Oi - falou desanimado.

- Oi Pequenininho - era Renan do outro lado - você está bem?

Bernardo pensou em dizer não. É pensou em dizer que sentia falta dele, que queria estar com ele e que só assim estaria bem, mas não o fez. Renan estava feliz sem ele. Até tinha saído para beber.

- Sim, eu estou. - fingiu animação - e você?

Renan escutou a voz animada do ex e pensou ser o único que sofria ali. Bernardo estava feliz, estava com outro. Quando teve a ideia de ligar foi por estar desesperado. Saiu do bar com os amigos e chegou em casa pior do que tinha saído dela. Quando se separaram foi Renan quem saiu de casa. Alugou um apartamento pequeno perto do campo de treinamento e foi viver sozinho. A falta que sentia de sua antiga casa era imensa. Não pela construção, mas por todas as lembranças que tinha de lá. Foi lá que passaram a lua de mel, a primeira noite de amor depois que se casaram, quando prometeram se amar em todos os momentos. Padre nenhum podia falar que não cumpriram a promessa, pois mesmo separados, ainda se amavam imensamente.

Quando Renan deitou em sua cama, sozinho, as memórias voltaram dolorosas e entre lágrimas pegou o celular digitando o número que sabia de cor. Pensou se deveria ligar. Precisava tentar fazer Bernardo entender que eles ainda tinham jeito. Por isso ligou. Ele diria tudo o que estava sentindo, o quanto o ex fazia falta, o quanto ainda o amava. Quando escutou aquela voz desanimada do primeiro "Oi" ficou preocupado que alguma coisa estivesse acontecendo com ele, e se fosse pelo mesmo motivo que levava o goleiro a chorar, eles ainda podiam tentar novamente, mas então Bernardo disse estar bem, e disse animado. Com certeza a voz anterior era pelo cansaço e Renan não queria nem imaginar o porque dele estar cansado, já que Renan sabia que ele não estava de plantão.

- Só liguei para saber como estava - Renan engoliu o choro para dizer alguma coisa - que bom que está bem.

Ficaram em silêncio por um tempo, cada um pensando nas coisas que queria dizer mas o orgulho não deixava.

- Vou no seu jogo na semana que vem - Bernardo disse depois de um tempo - eu e Paul.

Era desnecessário ter dito aquilo, mas disse só para provar a Renan que podia seguir sem ele como achava o goleira vinha fazendo.

- Os caras falaram - Renan respondeu - acho que vou levar o Ash para a festa depois.

Era sempre assim quando se falavam. Bernardo fazia ciúmes em Renan com Paul e o jogador falava de Ashton, um amigo de quem o médico sempre teve ciúmes.

- Ótimo para ele - Bernardo disse com raiva - talvez você queira ele como o pai de seus filhos.

- Talvez eu queira que ele seja o pai dos meus filhos - foi o que Renan disse antes de desligar e jogar seu celular contra a parede.

Não foi muito diferente do destino do celular de Bernardo que agora tinha muito mais motivos para ficar com Paul, mesmo não sentindo nada pelo colega de trabalho. Tomou uma decisão naquela noite: pararia de contar os dias sem Renan e daria uma chance para Paul.

****

- Porque estão com essas caras mesmo? - Yan perguntou quando chegou em casa no sábado de manhã. Esperou Bryan ir embora e quando seus amigos buscaram o filho ele pôde finalmente perguntar o porquê da cara fechada de Luke e da expressão assustada do filho. Nenhum dos dois respondeu a pergunta - Luke, amor, não vão me dizer?

- Seu filho deveria te dizer - foi o que o militar respondeu.

- O que nosso filho deveria me dizer? - Yan disse calmo abraçando o marido. Henrique entendeu que era o momento de sair da sala e deixar os pais conversarem.

- Ontem, quando eu voltei do bar ele estava se agarrando com o Bryan no sofá - Luke falou um pouco mais calmo.

- Sabe que ele não vai ser criança para sempre, não é? - Yan perguntou passando seus braços ao redor do pescoço do noivo.

- Mas, amor, eles estavam quase transando lá - Luke disse novamente. Apertou o corpo de Yan contra o seu e continuou - ainda são muito novos pra isso.

- Eu sei que são e vamos falar para o Henrique não apressar as coisas - Yan falou concordando. - mas não é só isso que está te preocupando.

Yan passou muito tempo de sua vida observando e desejando Luke. Sabia decifrar todos os sentimentos de Luke só de olhá-lo. Como agora.

- Tenho medo, Meu Amor - Luke grudou a testa com a testa do noivo - de que ele encontre nos lugares alguém que o trate como eu tratava você.

Luke não tinha se perdoado por toda a tristeza que tinha trazido a Yan anos antes.

- Eu te amo, Soldado Carter - Yan beijou o noivo e disse (ou tentou dizer enquanto suas bocas ainda estavam coladas) - muito mesmo.

***"

Já era tarde da noite quando Vicente abriu a porta de casa com um sorriso feliz. Seu dia não podia ter sido melhor.

  Tudo começou na sexta a noite. Ele até tinha recebido a mensagem dos amigos dizendo que iam dormir na casa de Henrique. Preferiu ignorar e ir para outro destino que ele estava bem conhecendo nos últimos dias: o apartamento de Thomas.

Era inútil negar que o garoto estava apaixonado pelo mais velho. O sentimento crescia em exponencial toda vez que o universitário o tratava como o único homem do universo. Como naquela noite.

- Oi, amorzinho! - Thomas atendeu a porta com um sorriso bonito no rosto. Estava sem camisa e com o cabelo molhado, Vicente logo notou que ele havia saído do banho para atendê-lo. Não porque quisesse, claro que não, Vicente abaixou o olhar encontrando uma toalha amarrada a cintura do mais velho. Virou o rosto de vergonha.

- Posso entrar? - disse baixo, fitando o chão como se ele fosse a coisa mais interessante do mundo.

Thomas sorriu mais ainda, diante da vermelhidão no rosto do mais novo. Talvez naquela noite ele pudesse convencer Vicente a transar com ele e acabar logo com aquela relação que já o estava cansando. Mas tudo virou uma questão de honra, ele nunca tinha demorado tanto tempo para levar alguém para a cama. Além do mais, seu tempo estava acabando. Tinha apostado com os amigos que até o fim do mês já teria transado com o garoto. E só faltavam alguns dias para isso. Era sua reputação em jogo.

Por isso ao ver a vergonha de Vicente em vê-lo de toalha, colocou um sorriso doce no rosto e falou levantando o queixo do adolescente.

- Amor, pode entrar - Vicente sorriu - e não precisa ficar com vergonha. Mas você fica mais perfeito ainda todo vermelhinho assim.

O coração do mais novo pareceu querer sair do peito de tão forte que batia. Entrou no apartamento e se jogou no sofá enquanto Thomas ia colocar uma roupa. Já tinha intimidade o suficiente para ligar a televisão, por isso o fez e colocou em qualquer série que passava no momento. Thomas apareceu alguns minutos depois, já vestido, e ficou observando o garoto concentrado na tela de plasma.

Olhou para a caixa de chocolates na sua mão e pensou que aquilo deveria valer a pena. Com o dinheiro do doce dava para comprar no mínimo três cervejas. Suspirou irritado e foi até o sofá atraindo para si a atenção de Vicente.

- É pra você - falou fingindo embaraço - Não sabia qual sabor você gostava então comprei o tradicional.

Vicente não se deu ao trabalho de responder. Se jogou no colo de Thomas roubando vários selinhos seguidos do namorado.

- Thom - beijo - eu - outro Beijo - amo - mais um - você! 

Thomas puxou Vicente para um beijo mais profundo para não rir da ingenuidade do garoto. Até podia dizer que amava de volta, mas beijando Vicente, pelo menos o garoto ficaria quieto.

O ósculo começou lento e romântico. As mãos de Vicente faziam carinho na nuca de Thomas enquanto o mais velho tinha seus dedos acariciando a barriga do garoto por baixo da camisa. As bocas não deixaram de se encontrar nem para Thomas puxar o adolescente para cima de sua ereção. E foi o suficiente para Vicente parar.

- Amor - Thomas falou com doçura - prometo que vou ser carinhoso.

Vicente pensou na possibilidade de se entregar para o namorado, mas ainda tinha medo. Até o início do atual namoro, nunca tinha ficado com outro garoto de forma mais íntima. Ainda tinha um monte de dúvidas de como fazer. Ia conversar com o irmão sobre isso quando saísse do castigo por ter chegado atrasado e falado daquele jeito com Bruno.

- Eu não estou pronto para isso - escondeu seu rosto na curva do pescoço do namorado e não viu a expressão impaciente que o mais velho fez.

- Tudo bem, meu anjo, eu espero o seu tempo.

Dormiram juntos naquela noite. Thomas ficou ainda mais impaciente por ter acordado com uma ereção visível pela conchinha. Mas manteve um sorriso no rosto e preparou um café da manhã digno de aniversário para o namorado. Até levou na cama. Passaram a manhã vendo desenhos e a tarde jogando videogame. No fim da tarde, Vicente foi embora com um sorriso mais que feliz no rosto. Thomas porém, estava decidido a transar com o garoto nem que fosse a força. Não ia perder a aposta de jeito nenhum.

Vicente chegou em casa radiante. Abriu a porta lendo a mensagem de boa noite que Thomas tinha enviado. Seu sorriso aumentou ainda mais se é que era possível. E morreu dois segundos depois

- Onde você estava? - a voz de Bruno se fez presente na sala.

Vicente se assustou. Claro que teria que enfrentar a bronca, mas só a aceitaria se viesse de Victor. Bruno não era nada seu, afinal.

- Não interessa a você - falou ríspido. Bruno tentou não se abater com a resposta do genro, mas foi impossível não notar a ponta de desânimo na sua expressão.

Vicente se arrependeu no segundo seguinte de ter falado daquele jeito com Bruno. Só teve tempo de pensar o quanto errou quando sentiu a mão de Victor sobre a sua face. Com a ardência veio a irritação do irmão.

- Não fala desse jeito com ele - falou pausado e rígido - você é o errado da história. Você! - gritou a última frase. Era injusto que Bruno fosse tratado daquela maneira depois de passar todo o dia preocupado com o garoto. Até mais que o próprio Victor

- O que aconteceu com o meu irmão que respeitava o Bruno e a mim? - perguntou Victor buscando o olhar do mais novo.

Não encontrou. Vicente não tinha coragem para encarar o irmão mais velho - você quase me faz me arrepender de ter te tirado da casa dos nossos pais. - falou decepcionado.

Vicente não aguentou mais ficar ali depois disso. Ele mesmo não sabia quando começou a desprezar tanto a presença de Bruno. Talvez por ele ter "roubado" a atenção do irmão. Só sabia que não conseguia ver Victor triste com ele. 

Desde pequeno seu irmão foi seu maior exemplo e ele sempre se orgulhou de fazer o mais velho sorrir. Agora tudo que Vicente via no irmão era decepção. Foi para seu quarto sem ao menos olhar para trás. Se olhasse veria o olhar de Bruno brilhando pelas lágrimas que tentava segurar.

- Amor - Victor chamou a Bruno mesmo sem saber o que dizer a ele.

Terminaram aquela noite daquele jeito.  Bruno chorando silencioso no colo do marido, Vicente revoltado por ter sido bronqueado pelo irmão e colocando a culpa de tudo em Bruno. Com certeza aquela não foi a melhor noite daquela casa.


Notas Finais


Tô perdoada?
Me doi escrever o Bernardo é o Renan separados!
O que acham deles?

Luke e Yan sempre tão fofos! Valeu a pena cada segundo do ensino médio né?

Já querem matar o Thomas? E o Vicente revoltado?

Que acharam gente?

Até o próximo?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...