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História Amnésia - Capitulo dois.


Escrita por: holyfo0l

Notas do Autor


•Capitulo betado por @intact
•Desculpem a demora para atualização
•Boa leitura!

Capítulo 3 - Capitulo dois.


Fanfic / Fanfiction Amnésia - Capitulo dois.

Harry Styles:
 

Havia duas semanas que eu tinha recebido aquele maldito e-mail. Logo agora que a minha vida estava se estabilizando de um jeito errado, porém certo para mim. O e-mail havia sido mandado por Ella Mason, secretaria da empresa daquela família. Em pleno século 21 quem ainda manda e-mail? Digo, com tantas tecnologias mais avançadas, quem ainda perde tempo escrevendo e-mail quando existe uma coisa muito mais rápida chamada telefone, ou melhor, se você não gosta de perder tempo falando assim como eu, manda uma mensagem pelo WhatsApp, certo? Certo. No entanto, isso só podia ser ordens de minha avó, então é melhor não entrarmos em discussão. Minha avó era a única pessoa que me fazia sentir falta daquele lugar. Maldito lugar. Lugar que a minha razão se obrigava a esquecer o tempo todo e a todo custo. 

No e-mail dizia o seguinte: “sua família precisa urgentemente de você”. Ah, fala sério! A quem estamos tentando enganar? Aquela família não sentia a minha falta em momento algum. Quando decidi colocar os pés para fora daquele lugar, pode ter certeza, ouvi até um grito de “amém” e agora me mandam um e-mail dizendo serem minha família. Minha família aonde mesmo? Somente em uma maldita certidão que não tem o nome da vadia que me colocou no mundo. 

Não que isso iria melhorar alguma coisa na minha vida, já que estou pouco me fodendo para família ou qualquer outro tipo de pessoa. Dane-se! Não quero ser digno de pena de ninguém, nunca precisei disso. Mesmo quando via meus colegas vivendo uma vida perfeitamente “normal” enquanto eu, um maldito cara, que tinha de tudo para ser “feliz”, afinal, todos sabem que nasci em uma das, se não for a melhor família que qualquer outra pessoa poderia ter. Eu era um Parker, mas como sou um filho da puta, segundo aquele cara que apenas doou seus malditos espermas para fazer com que o delicia aqui viesse ao mundo “Você é um filho da puta, Styles”. É, talvez nesse ponto ele realmente esteja certo, eu sou um verdadeiro filho da puta. E cara, eu amo ser um filho da puta. 

Eu realmente gostaria de entender, porquê o rumo dessa história chegou a esse ponto tão lastimável da minha vida. Enfim, vamos esquecer tudo isso e voltar para a parte que recebi o maldito e-mail. Como estava dizendo, havia duas semanas que a secretaria da família tinha me enviado o e-mail dizendo que minha família precisa de mim e, consequentemente, eu deveria retornar à Holmes Chapel o mais rápido possível. 

Dane-se aquela cidade; dane-se aquela família; dane-se o mundo se for necessário. Já estou tão estabilizado com a minha vida em LA que até mesmo já havia esquecido da existência daquelas pessoas. Vocês devem estar pensando “Nossa, que garoto ingrato. Renega a própria família”, todavia se vocês ao menos soubessem o inferno, mais conhecido como minha antiga vida, naquele lugar você iriam entender perfeitamente o motivo do meu desespero em ter que voltar a conviver com aquelas pessoas. Só de pensar em respirar o mesmo ar que aquelas pessoas, tenho ânsia. 


•••

— E você ainda está enrolando em relação ao e-mail — sentou-se Stevens, ao lado do amigo. 

— Não acredito que você está tocando nesse assunto aqui. — o rapaz a sua frente o olhou irritado. 

— Harry, para de ser infantil. Você está enrolando esse fato há duas semanas. 

— Foda-se! Se fosse algo realmente sério, eles me procurariam novamente. — Voltou a sua atenção para a garota a qual estava de olho desde o momento que havia entrado naquele pub. 

— E isso não é sério? Eles não nunca te procuram! E Harry, agora eles estão te procurando. Deve ser um motivo sério! — Irritou-se. 

— O velho está vivo, certo? Não é nada em relação à herança e até mesmo se fosse, vamos ser realistas, eles não lembrariam de mim e caso lembrassem seria por motivos de burocracia — sorriu amarelo. — Okay Stevens, você me convenceu. Amanhã embarco para Londres. 



•••

 

Fazia alguns minutos que havia embarcado e confesso, meu humor anda de mal a pior. Se Colton, um colega lá da Califórnia, me visse nesse estado iria me encher o tempo inteiro alegando ser falta de sexo. Coisa que, cá entre nós, sabemos que não é verdade. 

Durante o voou eu tentei dormir, juro que tentei. Mas, infelizmente, a minha poltrona foi ao lado de uma mulher que tinha um filho, ou melhor, um diabo disfarçado de criança. Aquele ser maligno não ficava quieto, me chutava o tempo inteiro. O garoto conversava, cantava, chorava e quando finalmente pensei que a criança estava dormindo o garoto começou a puxar meu cabelo. 

Aquela, com certeza, havia sido a pior viagem que já havia feito na vida (naquele momento encarar o deserto de Dubai com Stevens parecia mais atrativo), ou seja, nada havia sido tão ruim como aquela volta para Holmes Chapel. Isso já era um sinal de que essa maldita volta não iria ser nada fácil. Se a viagem não tivesse sido tão cansativa, minha primeira ação seria pegar outro voou, mas de volta para casa. Para piorar toda a minha situação aquele garoto (capetinha) estava ao meu lado na fila do Mcdonalds. Maldito estômago que não se segura por um segundo! 

Eu até curto crianças. É tão lindo quando elas estão de preferência longe de mim e com suas mães. E aquele não seria uma criança que eu adoraria ter por perto. 

•••

Tinha que começar a chover quando eu desci do carro? Claro que tinha, porque hoje o mundo resolveu mostrar sua grande conspiração contra mim! Nunca, em toda minha vida, havia me imaginado numa situação dessas novamente. Desde à minha saída dessa casa há quase um ano e meio atrás eu havia jurado para mim e para todas as forças da natureza que nunca mais iria colocar os pés ali novamente. E, como sempre, havia sido um covarde por está quebrando mais uma das minhas inúmeras promessas. 

Colocar os pés ali novamente me dava certa agonia, que se tornava imensa em quase toda lembrança que insistia em me atingir. Eu vivi toda minha vida ali, deveria sentir algum tipo de coisa boa, ter uma lembrança boa e sentir-se ao menos feliz por estar onde passei minha infância. Só que comigo não era assim, não podia ser assim. 

Viver naquela casa havia sido uma tortura durante todos os anos. E quando, finalmente, fiz meus dezoito anos havia sido uma felicidade extraordinária. Não somente pelo fato de que eu poderia sair para beber e ter quantas mulheres pudesse, afinal, já fazia isso mesmo não tendo minha maior idade. E sim, pelo fato de já ter a minha tão sonhada independência e pelo fator principal disso tudo: eu iria sair daquela cidade; iria sair daquele país; iria ser eu mesmo em outro lugar. 

E assim eu fiz, mudei-me para os EUA e lá reconstruí toda a minha vida ou uma parte dela. Uma parte do Harry Styles que não havia sido totalmente perdida. Certo, não fiz uma boa faculdade como o meu irmão fez, não tive foco nenhum nos estudos e só fiquei numa maldita curtição e pode ser que depois eu me arrependa. Foda-se! Eu estava longe de ser o primogênito perfeito que meu pai e toda aquelas pessoas sempre quiseram. 

Agora estou aqui me martirizando por novamente colocar meus pés aqui. Inferno! Talvez um lado humano ainda batesse forte dentro de mim. Rose Parker, uma senhora tão baixinha e querida, junto com Janna eram as únicas pessoas que me faziam sentir saudades de alguns momentos que vivi aqui. 



•••

 

Ainda no carro era impossível e até mesmo engraçado como aquela mansão continuava do mesmo jeito. Até mesmo aquela placa idiota que indicava “Mansão dos Parker, sejam bem-vindos” continuava no mesmo lugar. O caminho de pedras cercado de árvores gigantes, aquele enorme lago com um chafariz continuava do mesmo jeito que eu me lembrava. Chegava até ser tosco uma mansão tão bonita e tão cuidada ser tão vazia por dentro, as pessoas que moravam ali simplesmente pareciam não existir. 

— Muitas vezes tentar fugir não é uma boa opção para os nossos problemas. — Disse o homem que me olhava atentamente pelo retrovisor do táxi. 

— Isso acostumava me ajudar antigamente — suspirei. 

— Tem certeza? Olha meu jovem, tenho o dobro da sua idade, no entanto, tenho o dobro das suas experiências vividas e vai por mim, enfrente todos os seus problemas com a cabeça erguida. 

— Obrigado! — Agradeci enquanto tirava o dinheiro da carteira. — O senhor pode ficar com o troco. 

— Por nada, meu rapaz. — Sorriu. 

— E antes que eu me esqueça, — peguei a enorme mala — obrigada pelo conselho. 

Olhei atentamente o senhor se afastar com o táxi. Eu agora estava aqui respirando aquele ar novamente. Como dizem por aí "que os Jogos Vorazes comecem e que a sorte esteja sempre em seu favor". Era assim que estava me sentindo, mas ao contrário dos personagens do filme, teria que lutar contra eu mesmo. 

•••

— Harry? Querido? -— uma voz tão doce e tão reconfortante me chamou algumas vezes até que despertei do devaneio momentâneo e olhei para o lado. — Tudo bem por aí? — Aquela voz inconfundível olhava-me atentamente. 

— Janna! Nossa, quanto tempo! — Larguei as malas e segui até os braços da mesma. 

— Querido, como você cresceu! Continua tão lindo, pena que esteja tão magrinho. 

— Aí Janna, desse jeito você vai me esmagar. — Sorri — Também senti falta dos seus cuidados. 

— Muito bem, vamos. – Ela me abraçou novamente — Não precisa se preocupar, seus familiares estão jantando. 

— Você sabe o motivo da minha avó me chamar aqui? — Perguntei recebendo apenas um “uhum” como resposta. — Não vai me contar? — Ela fez aquele maldito sinal de “não” com a cabeça. Bufei inconformado. 

Estava frio, era sinal que o inverno já estava chegando. De certa forma, desejei entrar de uma vez na casa para me aquecer. Johanna havia me pedido para deixar as malas lá fora, que logo mandaria um dos criados levarem até o quarto. O meu quarto. 

— Janna, antes de ir até eles, preciso de um banho — levei às mãos até meu cabelo o puxando devagar demostrando o meu desconforto. 

— Tudo bem, querido. — Sorriu — Irei organizar umas coisas, então. 

— E se puder não avisar ninguém sobre minha chegada... — sorri torto. — Quero fazer uma surpresa para minha nobre família. 

•••

O quarto ainda continuava do mesmo jeito. Intacto. Era assim que ele havia permanecido durante esse ano que fiquei longe disso tudo. O quarto típico de um adolescente rebelde, com alguns pôsteres de bandas como Ramones, Guns N' Roses e The Rolling Stones ainda continuavam na parte que tinha a tinha da cor de verde cana. Minha guitarra continuava ali, havia ganhado de presente de natal quando tinha mais ou menos uns doze para treze anos e tinha o sonho em ser um rock star superfamoso. Minha camisa e bandeira do Manchester United também continuavam ali. E acredite, até os meus clássicos do Michael Jackson continuavam do mesmo jeito. Por algum segundo, até me senti feliz por estar ali novamente.

 

 

 


Notas Finais


Qualquer duvida sobre a fanfic aqui >>>http://ask.fm/MilenaKellen ou
aqui >>>http://ask.fm/GrupoDOW
Gostaria muito de saber a opinião de vocês.


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